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Temas: carcinomas não pequenas células, adenocarcinoma e carcinoma escamocelular Considerações gerais : Principal fator de risco é o TABAGISMO (influência sobre o tipo histológico); ➤ Fumantes (60x > risco); fumante passivo (2x > risco); ➤ Principal causa de mortalidade por câncer em nível mundial; ➤ Pico de incidência entre 50 - 60 anos de idade; ➤ Apenas 16% diagnosticados em estádio inicial; câncer de alta mortalidade Câncer de pulmão O carcinoma de pulmão é a mais importante causa de morte Os 4 principais tipos histológicos de carcinomas de pulmão são adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas, carcinoma de pequenas células (um subtipo de carcinoma neuroendócrino) e carcinoma de grandes células Epidemiologia : Tem casos elevados em sexo masculino principalmente ( 7,9 por cento ) e em mulheres ( 5,8 por cento ) Assim como ocorre com outros cânceres, os carcinomas de pulmão relacionados com o tabagismo surgem a partir de acúmulos graduais de mutações condutoras que resultam em transformação maligna de células progenitoras benignas no pulmão em células neoplásicas, que possuem as características típicas do câncer. Fatores genéticos: Polimorfismos no sistema CYP 450 – CITOCROMO P450 função de metabolizar substancias externas exógenas como medicamento , carcinógenos do tabaco ,poluição e estão nos hepatócitos , Variabilidade genética em: ➤ Genes de reparo (p53, Rb); , Genes de fatores de crescimento (EGFR/ HER2); associada a CA pulmão em não fumantes. Potencialização de risco em Fumantes QUANTO MAIOR A EXPRESSÃO DE maior a predisposição a câncer , CYP 1B1 metaboliza o tabaco e o produto é uma molécula mais genotóxica do que a original forma os aductos do DNA tornando ele instável susceptível a mutações que leva ao câncer Carcinoma é de origem epitelial e maligno no pulmão é o principal . No carcinoma escamocelular tem localização mais central e é derivada do epitélio dos brônquios maiores , câncer predominante no fumante Já no adenocarcinoma é mais associada a transformação dos bronquíolos terminais localizada mais periférica Adenocarcinoma É uma neoplasia maligna de aspecto glandular que se diferencia a partir de células de epitélio colunar de bronquíolos, células de – Club cell ou pneumócitos tipo II. É o mais prevalente em mulheres; É o mais comum em não fumantes CARACTERISTICAS Hiperplasia atípica- lesão < 5mm, caracterizada por displasia de pneumócitos (epitélio cubóide) levemente fibrótica. Adenocarcinoma in situ- lesão < 3cm, caracterizada por displasia mais acentuada (epitélio colunar), com células em crescimento ao longo do septo alveolar (padrão de crescimento lepídico), diferenciação glandular (mucinoso)sem invasão de estroma Adenocarcinoma minimamente invasivo- lesão ≤ 3 cm, com componente invasivo < 5mm, presença de cicatrizes e crescimento lepídico. Adenocarcinoma invasivo- lesão de qualquer tamanho com componente invasivo > 5mm. CASO CLINICO Paciente feminina, 63 anos, moradora São Paulo- SP, ascendência asiática. Procura serviço de pneumologia, com queixa de tosse persistente, dor torácica, cansaço ao mínimo esforço, dispnéia. Relata ter apresentado 2 episódios de tosse com sangue (hemoptise) na última semana; perda de peso (7 Kg nas 2 últimas semanas). Nega tabagismo. TC de tórax mostrou nódulo solitário de superfície irregular em parênquima pulmonar medindo cerca de 3,7 cm. Realizada . biópsia por agulha fina que revelou adenocarcinoma sólido indiferenciado. IHQ positiva para TTF-1. – marcador do adenocarcinoma Paciente encaminhada para cirurgia de remoção. A pesquisa dos linfonodos revelou presença de êmbolos neoplásicos em pelo menos 1 dos linfonodos. Iniciada a quimioterapia pós cirúrgica. Após 2 anos a paciente apresentou uma recidiva!!! Adenocarcinoma indiferenciado: a morfologia celular não diz muita coisa ,já ta muito diferente do padrão de normalidade A molécula ttf-1 é um marcador de adenocarcinoma pela imuno-histoquímica expressão esta aumentada PERGUNTAS : 1) Quais os padrões morfológicos dos adenocarcinomas pulmonares? Como essa análise influencia no prognóstico? Essa determinação de grau é muito importante para entender , lipídicos ,acinar,papilar,micopapila e solido 2) Qual a lesão precursora? A lesão precursora do adenocarcinoma é a hiperplasia adenomatosa atípica 3) Quais indicadores genéticos mais frequentemente alterados? RAS E EGFR 4) Qual marcador pode ser avaliado na análise IHQ? TTF-1 Determina o grau: Acinar e papilar de grau intermediário E o micropapilar e o solido de alto grau Lipídico adenocarcinoma de grau baixo Mutação principalmente no RAS FUMANTES E NÃO FUMANTES – EGFR CARCINOMA ESCAMOCELULAR ( CEC) (Carcinoma epidermóide ou carcinoma espinocelular) Com queratina nas células córneas , as células neoplásicas que produz queratina formando as pérolas córneas Setinha vermelha mostra queratina - pérolas córneas Na primeira seta tem a ação do cigarro caso clinico: Paciente masculino, 72 anos, tabagista (55 anos.maço), morador na baixada Santista, trabalhador de polo petroquímico. Inicia um quadro de perda de peso progressiva (10 Kg no último mês), hemoptise, inchaço de membros inferiores, cansaço ao mínimo esforço, dispnéia e palpitações. Relata ter tosse seca há pelo menos 4 anos, mas que tem piorado nos últimos tempos. Um RX de tórax revelou nódulo radiopaco em pulmão direito localizado centralmente. Linfonodos mediastínicos apresentando aumento de volume. Avaliações bioquímicas revelaram elevação de TGO e TGP, diminuição dos níveis de albumina globulina; elevação dos níveis de PTH. Realizada biópsia que revelou carcinoma escamocelular com presença de figuras de queratina. Perguntas norteadoras 1) Explique a patogênese do carcinoma espinocelular pulmonar. 2) Quais marcadores na imunohistoquímica (IHQ) podem ser utilizados para diferenciar esse tipo de neoplasia? O p40 positivo e ck5 positivo 3) Justifique os seguintes sinais que o paciente apresenta: elevação de transaminases hepáticas, edema em membros, elevação de PTH. Tem elevação do paratohormonio pela síndrome paraneoplasica Síndrome Paraneoplásica conjunto de sinais e sintomas que acontece paralelamente ao desenvolvimento da célula neoplasia não acontece no órgão primário Células neoplásicas passam a produzir substâncias que resultam na manifestação de sinais e sintomas que ocorrem paralelamente à doença (paraneoplásica). No caso do CEC - células escamosas se diferenciam e passam a produzir PTH- que pode levar a uma condição de hipercalcemia e suas manifestações como no caso a arritmias, calcificação metastática . hipocalcemia . As síndromes paraneoplásicas são mais frequentes em neoplasias de pequenas células (produção ectópica de ACTH, ADH, GnRH e outros). Os carcinomas de células escamosas são mais comuns em homens do que em mulheres, e estão fortemente relacionados com um histórico de tabagismo; tendem a surgir no centro dos brônquios principais, podendo eventualmente se disseminar para nódulos hilares locais; contudo, disseminam-se para fora do tórax mais tardiamente do que outros tipos histológicos. Lesões de grandes dimensões podem sofrer necrose central, levando à formação de cavitação. As lesões pré-neoplásicas que os antecedem, e que geralmente os acompanham, são bem-caracterizadas.