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Hemostasia
Definição: um conjunto de manobras destinadas a 
prevenir ou debelar um sangramento. É um tempo cirúrgico. 
Uma hemostasia rigorosa previne choque 
hipovolêmico, formação de hematomas, diminui risco de 
infecção e permite a cicatrização adequada. 
Uma perda sanguínea em excesso diminui a 
capacidade de resistência do paciente, podendo levar a 
anemia, hipoproteinemia e choque. 
Um adulto em torno de 70kg pode perder 500ml sem 
alterações hemodinâmicas. Se perder 1000ml de forma aguda: 
queda de pressão arterial, taquicardia, outros sinais de choque 
hipovolêmico. 
Hemorragia pode ser: 
● Arterial: cor vermelho vivo, flui em pulsos. 
● Venosas: fluir contínuo, lento e cor escura. 
● Capilar: múltiplos focos microscópicos. 
● Mista: formação de lago de sangue, cor escura. 
Hemostasia temporária 
É a interrupção transitória da circulação. Pode ser: 
Garrote ou torniquete: uma faixa de borracha elástica 
(membro superior e inferior), passada na raiz do membro, que 
comprime os vasos conta uma estrutura óssea, impedindo o 
fluxo de sangue. 
 
Manguito pneumático: semelhante ao esfigmomanômetro, a 
pressão de insuflação deve ser de 5-10 mmHg da pressão 
sistêmica. 
Faixa de Esmarch: faixa elástica de borracha que envolve o 
membro deixando sem sangue, após se colocar o manguito 
pneumático. Ficando por no máximo uma hora e meia. 
Utilizada em cirurgias em que necessita conectar vasos, 
tendões. 
 
Posição anti-hemorrágica: são posições onde o campo é 
levado acima do nível do coração, usado em cirurgias 
abdominais e membros inferiores (trendelemburg), na cabeça 
e pescoço elevar a cabeça. 
Tamponamento compressivo: em um sangramento intenso, 
compressão da ferida, com gazes ou compressas por alguns 
minutos, proporciona colabamento dos capilares seccionados, 
dando tempo para que ocorra espasmo vascular reflexo e 
formação de coágulo. É efetivo para sangramento arteriolar e 
capilar. 
Compressão digital: faz-se compressão contra uma resistência 
ou entre dois dedos (pinça) - pode ser numa artéria, 
diminuindo o sangramento da lesão até reparo definitivo do 
vaso. 
Manobra de Pringle: dedo indicador da mão esquerda no 
hiato de Winslow e o polegar por cima. Compressão do 
pedículo hepático em casos de hemorragia no pedículo ou no 
parênquima hepático. 
Ligadura temporária de vasos calibrosos: essencial em 
cirurgias vasculares como embolectomia, endarterectomia, 
anastomoses vasculares. Pode ser de diversas formas, fio 
grosso, cateter flexível, fita de cadarço, passadas ao redor do 
vaso 2 vezes e reparada em pinça hemostática. A tração 
exercida fará estrangulamento do vaso. Usada em veias e 
artérias de até médio calibre. 
Clampeamento vascular transitório: usa-se clamps 
vasculares, são pinças especiais elásticas e pouco traumáticas 
para os vasos. São usadas para bloquear dois pontos do vaso 
para poder fazer uma anastomose ou sutura de lesão. 
Instrumentais de hemostasia 
Kelly e Crile, Halstead, Mixter, Kocher. 
Hemostasia definitiva 
Interrupção definitiva da circulação. 
Coagulação térmica: em uso para vasos finos ou capilares. 
Fotocoagulação: uso de laser, a luz em contato com o tecido 
gera calor e coagula proteínas, uso limitado, alto custo, para 
neurocirurgia e oftalmologia - gera um feixe de luz 
infravermelho, concentrada num condutor de quartzo, . 
Eletrocoagulação: corrente elétrica, gerando calor quando em 
contato com tecidos, produzindo desidratação e coagulação 
proteica, ocluindo vasos sanguíneos. Usada em vasos de 
menor calibre. Pode ir direto com o eletrocautério ou encostar 
o eletrocautério na pinça que está segurando o vaso e 
cauterizar, queimando. O eletrocautério transforma corrente 
de baixa frequência em alta frequência. São dois tipos: bisturi 
elétrico bipolar constituído por eletrodos que são as hastes de 
uma pinça, o tecido a ser coagulado é apreendido entre as 
duas pontas da pinça coagulando o tecido (não corta tecidos). 
Geralmente utilizado em vasos e estruturas delicadas. No 
bisturi elétrico monopolar a corrente flui de um polo inativo 
até um polo negativo - da placa para eletrodo atravessando o 
organismo é inócuo, mas pode interferir com aparelhos 
eletrônicos tipo marcapasso. Pode ser usado para coagulação 
e diérese. Pode cortar tecidos. Cuidar com isolamento do 
paciente. Método mais rápido, eficaz, seguro para pequenos 
e médios vasos. 
Ligaduras: dos vasos pode ser feita com ou sem pinças usa-se 
fios maleáveis de fácil manejo e que fixem o nó. 
Ligadura por transfixação e suturas hemostáticas: usamos 
pontos em X e em U, em bolsa. 
Clipes: onde é tecnicamente impossível fazer ligadura. Pode-
se usar clipes metálicos de colocação rápida e segura. Muito 
usado em neurocirurgia, videocirurgia e aneurismas 
intracranianos. 
Coagulantes tópicos: onde meios convencionais são 
inexequíveis. Como em fígado, baço, rins, neurocirurgia. 
Produtos como gelatina absorvível (gelfoam), esponja 
hemostática da pele de animais, celulose oxidada regenerada 
(surgicel), esponja absorvível de colágeno. São colocadas 
topicamente nos locais sangrantes e ali deixadas para 
reabsorção tem efeito hemostático limitado e aumentam o 
risco de infecção, pois são corpos estranhos. 
Cola de fibrina: fibrinogênio humano e trombina bovina - 
reparar canais lacrimais, fístulas bronquiais em traumas no 
baço e fígado. Também em “sem suturas” no transplante de 
córnea, incisão no pterígio num trauma ocular da córnea ou 
defeitos conjuntivos.

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