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1 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG RCP ADULTO E PEDIÁTRICO A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é a ausência das funções vitais do cérebro e coração e a falta dos movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A parada cardíaca e a respiratória ocorrem de forma isolada por um curto espaço de tempo, em questão de alguns instantes, uma acarreta a outra, ocasionando, consequentemente, a parada cardiorrespiratória, onde será necessário que a prestação de socorro seja imediata. Os sinais de uma parada cardiorrespiratória são: inconsciência, ausência de batimentos cardíacos e ausência de movimentos respiratórios. Fonte: Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante - INBRAEP PULSO O pulso relaciona-se com as pulsações ou batidas do coração, que impulsionam o sangue para as artérias. Esse movimento gera uma onda de pressão que é percebida nas artérias. Podemos identificar uma onda de pressão quando a mesma fica oscilante, ou seja, ao pressionar as artérias, verificamos que há uma variação das pulsações. Dependendo da idade da vítima, você irá perceber o pulso mais facilmente em determinados locais do corpo. Para isso, é necessário que conheça os principais tipos de pulsos: Em crianças com menos de um ano: • Pulso braquial: para sentir esse pulso, você deve repousar os dedos na região da axila, debaixo do ombro. • Pulso femoral: para sentir esse pulso, você deve repousar os dedos próximo à região da virilha. • Em crianças com mais de um ano e em adultos: • Pulso radial: para sentir esse pulso, você deve repousar seus dedos na região do pulso, na direção do dedo polegar. • Pulso carotídeo: para sentir esse pulso, você deve repousar seus dedos na região do pescoço. É um pulso forte devido à proximidade ao coração. OBS: Nunca verifique o pulso usando o polegar, pois poderá se enganar, sentindo seu próprio pulso. Além do pulso, você pode sentir os batimentos cardíacos da vítima encostando seu ouvido no lado esquerdo do peito dela. TEMPERATURA CORPORAL Nosso organismo possui uma diversidade de mecanismos que trabalham juntos, para manter a temperatura corporal quase constante, permitindo apenas variações mínimas. A temperatura é medida por meio de termômetros (de mercúrio ou digitais), que devem ser colocados durante alguns minutos (3 a 5 minutos) na axila ou na boca. Veja, a seguir, quais são os desvios de temperatura: • Estado febril: 37,5 a 38ºC • Febre: 38 a 41ºC • Hipertermia: maior que 41ºC • Hipotermia: menor que 35ºC A temperatura sentida na pele sem o uso de um termômetro é a temperatura corporal periférica, que difere da corporal central. Esta, por sua vez, é a temperatura interna (pode ser medida com o auxílio de um termômetro), que, ao longo do dia sofre grandes transformações, de acordo com a temperatura do ambiente. Mesmo se a pessoa estiver muito fria ou muito quente, deve-se checar a temperatura, usando-se o termômetro, para que seja possível classificá-la como hipotermia ou febre. RESPIRAÇÃO https://inbraep.com.br/publicacoes/o-que-sao-parada-respiratoria-e-parada-cardiorrespiratoria/ 2 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG A respiração, na prática, é o conjunto de dois movimentos: o dos pulmões e o dos músculos do peito. A respiração envolve a inspiração, que é a entrada de ar pela boca e pelo nariz, e a expiração, que é a saída de ar também pelo nariz e pela boca. E como você, socorrista, deve sentir a respiração da vítima? Você pode percebê- la de dois modos: • Através dos movimentos respiratórios, ou seja, o movimento de “sobe e desce do peito”, chamado de “arfar”. • Através da aproximação até a boca ou nariz da vítima, para ouvir a respiração ou para senti-la. QUAIS SÃO OS TIPOS DE PARADA? PARADA RESPIRATÓRIA A parada respiratória é a parada súbita da respiração, ou seja, a parada dos movimentos de inspiração e expiração. Com isso, há falta de oxigênio nos tecidos do corpo, principalmente em órgãos vitais, que necessitam de um maior teor de oxigênio, como o coração e o cérebro. A falta de oxigênio no coração pode levar ao comprometimento de sua função. Quando isso ocorre, observa-se um quadro de parada cardíaca, que você verá na próxima sessão. É por isso que, muitas vezes, observamos a parada cardiorrespiratória, que é a parada respiratória seguida pela parada cardíaca. Quando uma pessoa sofre uma parada respiratória, ela apresenta diversos sinais. Como socorrista, você deverá estar atento aos seguintes sinais: • ausência de movimento no tórax; • arroxeamento da face; • unhas e lábios azulados; • inconsciência; • imobilidade. As principais causas da parada respiratória são: • inalação de vapores ou gases; • afogamentos; • choque elétrico; • contusão no crânio; • obstrução das vias aéreas. Imagine que você se encontra em uma situação de emergência e tem que agir como socorrista. A vítima apresenta parada respiratória. O que você faria? É chegada a hora de descobrir! Existem alguns passos que você deverá seguir se algum dia se encontrar nessa situação. Analise com atenção o passo-a-passo descrito a seguir, pois é muito importante que você saiba como agir ao socorrer uma vítima com parada respiratória: • 1° passo: Coloque a vítima em lugar seguro. • 2° passo: Verifique o estado de consciência da vítima, procurando conversar com ela. Caso ela não esteja respondendo, é sinal de que está inconsciente • 3° passo: Mantenha desobstruídas as vias aéreas (nariz ou boca) da vítima. • 4° passo: Afrouxe as roupas da vítima (colarinho, cinto, sutiã etc.). • 5° passo: Faça respiração artificial, se necessário (na próxima sessão, você verá com detalhes o que é e como realizar a respiração artificial). • 6° passo: Mantenha a vítima deitada, mesmo depois de recuperar o movimento da respiração. • 7° passo: Fique atento à respiração, pois ela pode parar novamente. O que é respiração artificial? Após realizar os passos descritos, é necessário aplicar o método de respiração artificial. Esse método é muito utilizado e consiste em soprar ar para dentro dos pulmões da vítima. A respiração artificial é dividida em duas técnicas: • Respiração boca-a-boca. • Respiração boca-nariz. A técnica mais utilizada é a da respiração boca-a-boca. Observe a descrição a seguir, que apresenta, passo-a- passo, como utilizar essa técnica: • 1° passo: Ajoelhe-se junto à vítima, na altura do ombro. • 2° passo: Verifique se há objetos na boca, obstruindo a respiração (prótese, dente solto etc.). • 3° passo: Ponha uma das mãos na testa e a outra sob o queixo da vítima. • 4° passo: Empurre a mandíbula para cima, inclinando a cabeça da vítima para trás. • 5° passo: Mantenha a vítima com a boca aberta. 3 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG • Verifique, então, se ela recuperou o movimento da respiração. Caso contrário, inicie o procedimento de respiração artificial propriamente dito. • 6° passo: Aperte o nariz da vítima com os dedos polegar e indicador e inspire profundamente. • 7° passo: Coloque a sua boca sobre a boca da vítima, cobrindo-a totalmente. • 8° passo: Expire na boca da vítima, forçando o ar para dentro dos pulmões. • 9° passo: Faça pressão moderada com as mãos, na região do estômago da vítima para expelir o ar • 10° passo: Inspire profundamente e repita o procedimento. A respiração artificial deve ser feita em intervalos de cinco segundos, até que a vítima recupere o movimento da respiração ou até que o atendimento médico especializado chegue ao local. A técnica da respiração boca- nariz geralmente é mais utilizada em crianças. Neste procedimento, os passos descritos para a respiração boca- a-boca devem ser repetidos. A diferençaé que, em vez de você colocar sua boca sobre a boca da vítima, você deve colocá-la sobre o nariz e fechar a boca da vítima. Se, depois da respiração artificial, a vítima não voltar a respirar, verifique sua pulsação. Caso não consiga sentir seu pulso, inicie a massagem cardíaca externa, pois ela está sofrendo uma parada cardíaca. E é justamente sobre esse assunto a nossa próxima sessão, logo depois que você realizar uma atividade. Você deve estar atento aos seguintes aspectos: • A parada respiratória leva à morte, num período de 3 a 5 minutos. • Assim, não interrompa a respiração artificial. Ela só deverá ser interrompida quando aparecerem os movimentos respiratórios espontâneos ou quando chegar o socorro médico. • Após o restabelecimento da vítima, vire sua cabeça de lado para facilitar a respiração. PARADA CARDÍACA Como você viu nesta aula, o coração é um órgão que bombeia o sangue para todo o corpo, inclusive para os pulmões, onde será oxigenado. A parada cardíaca ocorre quando o coração para. Com isso, não há transporte de oxigênio para o corpo. Como o cérebro é um órgão muito sensível à falta de oxigênio, após cerca de 4 minutos, ele começa a sofrer lesões irreversíveis, levando à morte cerebral. Como mencionado anteriormente, para identificar se a vítima está sofrendo parada cardíaca, você deve verificar seus batimentos cardíacos. E qual a maneira correta de verificar os batimentos cardíacos? Os principais sinais de uma parada cardíaca são os seguintes: • ausência de batimento cardíaco; • ausência de pulsação (critério isolado mais confiável); • ausência de respiração; • pele fria e amarelada; • pupilas dilatadas; • inconsciência. As principais causas de parada cardíaca são: • ataque cardíaco; • afogamentos; • choque elétrico; • reação alérgica grave; • contusão no crânio; • intoxicação por gases ou medicamentos. Atendimento em caso de parada cardíaca Na parada respiratória, você, como socorrista, deve realizar respiração artificial. Já no caso de parada cardíaca, qual o procedimento mais adequado? Nesse caso, o procedimento mais adequado é a realização da massagem cardíaca externa. Essa técnica consiste em pressionar a região média do tórax contra a coluna vertebral, comprimindo, assim, o coração e fazendo um bombeamento artificial do sangue, com a finalidade de manter o funcionamento dos órgãos vitais. Veja, a seguir, como realizar uma massagem cardíaca: • 1° passo: Coloque-se à esquerda ou à direita da vítima, que deverá estar deitada sobre uma superfície plana e dura. 4 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG • 2° passo: Apoie a palma da sua mão esquerda sobre o ponto de pressão (parte inferior do tórax da vítima), pondo a mão direita sobre a esquerda, na mesma posição desta, mantendo os dedos voltados para cima. • 3° passo: Faça pressão de, aproximadamente, 40 a 50 kg, a qual comprimirá o externo em, aproximadamente, 3 a 5 centímetros, de modo a estimular o coração. Em crianças de 2 a 10 anos, a pressão deverá ser menor, utilizando-se apenas uma das mãos, podendo a outra ser colocada sob o tórax para apoio. Em recém-nascidos (até um ano), deve-se utilizar a ponta dos dedos, pois a região é muito frágil e flexível. Faça duas respirações artificiais para cada 15 massagens cardíacas. Lembre-se de que estes procedimentos são para atendimento a uma vítima que está sofrendo uma parada cardíaca. Verifique se o pulso e a respiração espontânea voltaram ao normal. Se negativo, continue... Se positivo, monitore-o e aguarde ajuda médica. COMO AGIR DIANTE DE UMA VÍTIMA COM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA? A parada cardiorrespiratória significa que a pessoa não está respirando e que seu coração não está funcionando. Neste caso, o socorrista deve: • 1° passo: Determine o estado de consciência da vítima (faça perguntas fáceis, como “Qual é o seu nome?”). • 2° passo: Posicione corretamente a vítima (deitada com as costas para o chão e os braços estendidos ao longo do corpo). • 3° passo: Peça para alguém ativar o Sistema Médico de Emergência (192/193). • 4° passo: Realize a reanimação cardiopulmonar, a ser explicada na próxima sessão. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) Procedimento usado em vítimas que estão sofrendo, ao mesmo tempo, uma parada respiratória e cardíaca. Observe: • 1° passo: Coloque a vítima deitada de barriga para cima, no chão. • 2° passo: Posicione-se de joelhos ao lado da vítima, para fazer o procedimento de respiração artificial. • 3° passo: Comece as massagens cardíacas. • 4° passo: Faça duas respirações artificiais alternadas com quinze massagens cardíacas. • 5° passo: Verifique, de 10 em 10 minutos, se o movimento da respiração foi recuperado. Para isso, aproxime-se da boca ou do nariz da vítima, para ouvir a respiração ou para senti-la. • 6° passo: Se a pessoa recuperar o movimento da respiração, realize apenas as massagens cardíacas. Cuidado! De nada adiantará uma massagem cardíaca, por mais eficiente que seja, se não houver oxigênio entrando nos pulmões e circulando no sangue bombeado pelo coração! Portanto, devemos sempre iniciar a RCP pela respiração artificial. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA DO ATENDIMENTO CARDIOVASCULAR DE EMERGÊNCIA (ACE) 1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço de emergência/urgência 2. RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas 3. Rápida desfibrilação 4. Suporte avançado de vida eficaz 5. Cuidados pós-PCR integrados ATENDENDO PCR Verifique o local à procura de algum perigo. Se você encontrar alguém inconsciente, é preciso ter certeza de que não existe nenhum risco para você antes de tentar ajudá-lo. Será que o escapamento do carro não está funcionando? Você está sentindo cheiro de gás vindo do fogão? Há um incêndio? Os cabos elétricos estão caídos no chão? Se há qualquer coisa colocando você ou a vítima em perigo, veja se existe algo que possa ser feito para eliminar o problema. Se possível, abra a janela, desligue o fogão ou apague o fogo. Porém, se não há nada que possa ser feito para neutralizar esse perigo, mova a vítima de lugar. A melhor formar de fazer isso é colocar um cobertor, ou casaco, por baixo de suas costas e puxar. A abordagem inicial e imediata deve observar, ao mesmo tempo, o nível de consciência e a respiração da vítima. 5 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG Verifique se a vítima está consciente, mexa ou bata levemente em seu ombro e pergunte em um tom alto e nítido "Você está bem? Você está bem?". Se ela responder significa que está consciente. Caso ainda seja uma situação de emergência (se ela estiver com dificuldade de respirar, desmaiar ou ficar inconsciente), ligue para a emergência e comece a realizar os primeiros socorros, tomando medidas para tratar o choque. Se ela ainda não responder, siga os passos a seguir. Peça para alguém chamar uma ambulância e que traga o desfibrilador (DEA). Se você estiver sozinho, faça a reanimação cardiorrespiratória. Caso o paciente não responda aos estímulos e não possua respiração efetiva, solicita-se ajuda, acionando-se o SAMU pelo número 192 com o objetivo de se obter o desfibrilador externo automático o mais rapidamente possível. Em seguida, verificamos o pulso central, em até 10s, palpando o pulso carotídeo ou o femoral. Na ausência de pulso, devem-se instituir imediatamente as manobras de RCP, iniciando pelas compressões torácicas externas (CTE). Após 30 compressões, abre-se a via aérea através da elevação da mandíbula e inclinação da cabeça e fazem-se duas ventilações. Lembre-se da sequência de procedimentos C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração). Em 2010, a Associação Americana de Saúde mudou a sequência recomendada de RCR e colocou as compressões torácicas antes da abertura das vias aéreas e da respiração boca a boca. As compressõestorácicas são mais importantes para corrigir os ritmos anormais do coração e como um ciclo de 30 compressões leva apenas 18 segundos, não interfere em nada. Faça 30 compressões torácicas. Coloque as mãos uma em cima da outra e coloque-as sobre o esterno, ou no centro do peito, entre os dois mamilos. Seu dedo anelar deve ficar sobre o mamilo (isso irá diminuir as chances de quebrar alguma costela). Comprima o peito, com os cotovelos travados, empurrando para baixo cerca de 5 cm (um terço da espessura do peito de uma criança). Faça essas compressões em uma taxa de, no mínimo, 100/minuto. Adulto: • 30:2 – 1 ou 2 socorristas Crianças e Bebês: • 30:2 – 1 socorrista • 15:2 – 2 socorristas Deixe o peito recuar após cada compressão. Reduza pausas na compressão torácica quando tiver que trocar com outra pessoa. Tente limitar as interrupções para menos de 10 segundos. Repita as 30 compressões torácicas e duas respirações boca a boca. Você deve fazer a reanimação cardiorrespiratória por dois minutos, antes de verificar se há sinais de vida. Continue a RCR até que outra pessoa assuma, a ambulância chegue, você fique cansado demais para continuar, um desfibrilador fique disponível para uso ou o pulso e a respiração da vítima voltem ao normal. Se um desfibrilador ficar disponível, ligue-o, coloque as pás sobre a vítima conforme consta nas instruções (uma sobre o peito direito e a outra sobre o lado esquerdo), deixe que o aparelho analise seu ritmo cardíaco e, se necessário, peça para todos se afastarem, e aperte o botão de choque. Volte a fazer imediatamente compressões após cada choque, antes de reavaliar a vítima. Se no final de cada ciclo a vítima não voltar a apresentar movimentos respiratórios, faça todos passos anteriores novamente. MANOBRA DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA NAS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS FAIXAS ETÁRIAS Adultos e adolescentes Crianças de 1 ano até o início da puberdade Crianças menores de 1 ano de idade Recém-nascido Ventilação 2 ventilações efetivas, de 1 segundo por ventilação 2 ventilações efetivas, 1 segundo por ventilação 2 ventilações efetivas, 1 segundo por ventilação 2 ventilações efetivas, em torno de 1 segundo por respiração Número de ventilação por minuto 10 a 12 (1 ventilação a cada 5 a 6 segundos) 12 a 20 (1 ventilação a cada 3 a 5 segundos) 12 a 20 30 a 60 Local de checagem Carotídeo Carotídeo Braquial ou femoral Umbilical Pontos de referência para a compressão Metade inferior do esterno Metade inferior do esterno Metade inferior do esterno (imediatamente Metade inferior do esterno (imediatamente 6 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG abaixo da linha intermediárias) abaixo da linha intermediárias) Método de compressão 2 mãos: região tenar e hipotênar de 1 mão e a outra sobre a primeira região tenar e hipotênar de 1 mão ou duas mãos 1º socorrista: utilizar 3º e 4º dedos, de forma perpendicular ao esterno 2º socorrista: 2 polegares das mãos que envolvem o tórax utilizar 3º e 4º dedos, de forma perpendicular ao esterno. Profundidade da compreensão Aproximadamente 1/3 a 1/2 da profundidade do tórax Aproximadamente 1/3 a 1/2 da profundidade do tórax Aproximadamente 1/3 a 1/2 da profundidade do tórax Aproximadamente 1/3 a 1/2 da profundidade do tórax Frequência da compressão (comprima forte e rápido, permita retorno completo do tórax, minimize as interrupções nas compressões Aproximadamente 100/min Aproximadamente 100/min Aproximadamente 100/min Aproximadamente 120/min (90 compressões/30 ventilações) Relação compressão/ventilação* 30:2 (1 ou 2 socorristas se paciente não estiver intubado) 30:2 (socorrista sozinho); 15:2 (2 socorristas) 30:2 (socorrista sozinho); 15:2 (2 socorristas) 3:1 (1 ou 2 socorristas) RESUMO • Parada é a ausência de algum mecanismo corporal, neste caso, a respiração ou o batimento cardíaco, percebidos pela não existência de sinais vitais. • Existem vários sinais vitais utilizados na prática clínica de profissionais de saúde. Os principais são: o pulso, a temperatura corpórea e a respiração. • O pulso relaciona-se com as pulsações ou batidas do coração, que impulsionam o sangue para as artérias. • Os principais tipos de pulsos são: braquial, femoral, radial e carotídeo. • A temperatura corporal é medida por meio de termômetros (de mercúrio ou digitais). • A temperatura sentida na pele, sem o uso de um termômetro, é a temperatura corporal periférica, que difere da temperatura corporal central. Esta, por sua vez, é a temperatura interna (pode ser medida com o auxílio de um termômetro). • A respiração, na prática, é o conjunto de dois movimentos: o dos pulmões e o dos músculos do peito. A respiração envolve a inspiração – a entrada de ar pela boca e pelo nariz – e a expiração – a saída de ar também pelo nariz e pela boca. • A parada respiratória é a parada súbita da respiração, ou seja, a parada dos movimentos de inspiração e expiração. • O método de respiração artificial é muito utilizado e consiste em soprar ar para dentro dos pulmões da vítima. A respiração artificial é dividida em duas técnicas: respiração boca-a-boca e respiração boca- nariz. • A parada cardíaca é a parada do coração. Com isso, não há transporte de oxigênio para o corpo. • Na parada cardíaca, o procedimento mais adequado é a realização da massagem cardíaca externa. • Na parada cardíaca, o procedimento de massagem cardíaca deve ser realizado junto com a técnica de respiração artificial (duas respirações artificiais para cada 15 massagens cardíacas). • A parada cardiorrespiratória significa que a pessoa não está respirando e seu coração não está funcionando. • O procedimento usado em vítimas que estão sofrendo, ao mesmo tempo, uma parada respiratória e cardíaca é a reanimação cardiopulmonar. http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/588/Aula_02P-COLOR.pdf?sequence=2&isAllowed=y http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/588/Aula_02P-COLOR.pdf?sequence=2&isAllowed=y 7 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG 8 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG https://cpr.heart.org/-/media/cpr-files/cpr-guidelines- files/highlights/hghlghts_2020eccguidelines_portuguese.pdf https://cpr.heart.org/-/media/cpr-files/cpr-guidelines-files/highlights/hghlghts_2020eccguidelines_portuguese.pdf https://cpr.heart.org/-/media/cpr-files/cpr-guidelines-files/highlights/hghlghts_2020eccguidelines_portuguese.pdf 9 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG OUTRA FONTE: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf BC4 – Parada respiratória no adulto Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central palpável. Conduta: 1. Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar a presença de respiração. 1. Se não responsivo e respiração ausente ou gasping, posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 2. Solicitar ajuda (DEA). 3. Checar pulso central (carotídeo) em 10 segundos. se pulso presente: • abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com bolsa valva-máscara. • a insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do tórax. Considerar a escolha da manobra manual segundo a presença de trauma; • precocemente instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min) na bolsa valva-máscara; • considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF); • na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidadea cada 5 a 6 segundos (10 a 12/min); • verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso, iniciar RCP com compressões torácicas eficientes e seguir Protocolo BC5; e • manter atenção para a ocorrência de PCR (Protocolo BC5). se pulso ausente: • iniciar RCP com compressões torácicas eficientes e seguir Protocolo BC5. 4. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada. 5. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde. Observações: • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3). • Manter a reanimação ventilatória initerruptamente até chegar apoio, chegar ao hospital, ou se o paciente apresentar ventilação espontânea (respiração, tosse e/ou movimento). BC5 – PCR RCP em adultos (Guidelines AHA 2015) Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Paciente inconsciente, respiração ausente ou em gasping, sem pulso central palpável. Conduta 1. Checar a responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta). 2. Se não responsivo: • Profissional 1: comunicar imediatamente a Regulação Médica, para apoio do suporte avançado de vida (SAV) e providenciar desfribilador externo automático (DEA) e os equipamentos de emergência; • Profissional 2: verificar a respiração e o pulso simultaneamente. Atenção: Checar pulso central (carotídeo) em até 10 segundos. 3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 4. Se respiração ausente ou em gasping e: • Pulso PRESENTE: abrir via aérea e aplicar uma insufl ação a cada 5 a 6 segundos (10 a 12/min) e verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Siga o Protocolo BC4 (Parada respiratória); https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf 10 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG • Pulso AUSENTE: informar imediatamente à Central de Regulação Médica, solicitando apoio (caso ainda não o tenha feito) e iniciar ressuscitação cardiopulmonar (RCP). 5. Iniciar RCP pelas compressões torácicas, mantendo ciclos de: • 30 compressões eficientes (na frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6 cm com completo retorno) • Duas insuflações eficientes (de 1 seg cada e com visível elevação do tórax) com bolsa valva-máscara com reservatório e oxigênio adicional. 6. Assim que o DEA estiver disponível: • Instalar os eletrodos de adulto do DEA no tórax desnudo e seco do paciente sem interromper as compressões torácicas; • Ligar o aparelho; e • Interromper as compressões torácicas apenas quando o equipamento solicitar análise. Seguir as orientações do aparelho quanto à indicação de choque. 7. Se choque for indicado: • Solicitar que todos se afastem do contato com o paciente; • Disparar o choque quando indicado pelo DEA; e • Reiniciar imediatamente a RCP após o choque, começando pelas compressões torácicas, por 2 minutos. 8. Após 2 minutos de compressões e insuflações eficientes, checar novamente o ritmo com o DEA: • Se choque for indicado, siga as orientações do equipamento. Em seguida, reinicie imediatamente a RCP com ciclos de 30 compressões para duas insuflações; • Se choque não for indicado, checar pulso carotídeo e, se pulso ausente, reiniciar imediatamente a RCP com ciclos de 30 compressões para duas insuflações. 9. Checar novamente o ritmo após 2 minutos (considerar possibilidades do item 8); 10. Manter os ciclos de RCP e avaliação do ritmo até: • A chegada do SAV; • A chegada ao hospital ou • A vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento); 11. Se retorno à circulação espontânea, seguir Protocolo de cuidados pós-RCP (BC7); 12. Na ausência de retorno a circulação espontânea ou outras condições de risco, considerar Protocolo de Interrupção da RCP (BC8). 13. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino. 14. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de ocorrência. Observações • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3). o Compressões torácicas eficientes e de boa qualidade compreendem: o Mãos entrelaçadas; o Deprimir o tórax em pelo menos 5 cm (sem exceder 6 cm) e permitir o completo retorno entre as compressões; o Manter frequência de compressões em 100 a 120 compressões/min; o Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 2 min; e o Minimizar as interrupções das compressões. • Insuflações eficientes e de boa qualidade compreendem: o Insuflação de 1 segundo cada o Visível elevação do tórax. • Utilizar o DEA assim que disponível, mantendo as manobras de reanimação até a efetiva instalação e disponibilidade do equipamento. • Não interromper manobras de RCP. 11 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG BC6 – Interrupção da RCP Quando suspeitar ou critérios de inclusão: • RCP em andamento sem indicação de choque pelo DEA acompanhada de exaustão da equipe e após autorização do Médico Regulador (condição obrigatória). • RCP em andamento quando as condições ambientais se tornam inseguras e/ou muito insalubres. • RCP em andamento quando as condições de segurança pessoal na cena se tornam comprometidas. Conduta: 1. Na condição de exaustão da equipe: • realizar contato com a Central de Regulação Médica antes de tomar a decisão de interromper a RCP, para informar os motivos e receber orientações e ou definição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino. 2. Na condição de riscos para a equipe por cena ou ambientes inseguros: • se possível e sem oferecer maiores riscos para a equipe: remover o paciente para local mais seguro, na maior brevidade possível e continuar com as manobras de RCP; e • se não for possível remover o paciente: realizar contato com a Central de Regulação Médica, o mais breve possível, para informar os motivos que levaram a interrupção da RCP e receber orientações/definição do encaminhamento e/ou unidade de destino. 3. Sempre que possível, orientar os familiares quanto aos procedimentos que serão adotados. BC8 – Decisão de não Ressuscitação Quando suspeitar ou critérios de inclusão: • sinais de morte evidente. • risco evidente de injúria ou de perigo para a equipe (cena insegura). • presença de diretiva antecipada de não reanimação. (Resolução 1.995 – CFM) BPed6 – Parada respiratória no paciente pediátrico Quando suspeitar ou critérios de inclusão Paciente irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente, com pulso central palpável e com frequência maior do que 60 batimentos por minuto (bpm). Conduta 1. Checar responsividade: • No bebê: estímulo plantar; • Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta. 2. Se paciente não responsivo: • Um dos profissionais da equipe deve comunicar imediatamente a Regulação Médica e solicitar apoio do suporte avançado de vida (SAV), além de providenciar o desfribilador externo automático (DEA) e os equipamentos de emergência; • Outro(s) profissional(is) da equipe deve(m): o Permanecer com o paciente; o Checar respiração e pulso simultaneamente. ATENÇÃO: checar pulso central por, no máximo, 10 segundos: o No bebê: pulso braquial; o Na criança: pulso carotídeo ou femoral. 3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 4. Se respiração ausente ou agônica (gasping) e pulso presente e com frequência maior do que 60 bpm: • Abrir via aérea e administrar insuflações com dispositivo bolsa-valva-máscara (a insuflação de boa qualidade deve ter duração de 1 segundo e promover visível elevação do tórax); 12 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG • Administrar uma insuflação de boa qualidadea cada 3 a 5 segundos (12 a 20 insuflações/minuto) e verificar a presença de pulso a cada 2 minutos; • Lembrar da proteção cervical na presença de trauma; • Instalar rapidamente suprimento de oxigênio 100% em alto fluxo (10 a 15 L/min) na bolsa-valva- máscara; • Considerar a instalação da cânula orofaríngea – Protocolo BPed 32; • Confirmar constantemente a efetiva insuflação (visível elevação do tórax). 5. Instalar oxímetro de pulso. 6. Manter constante atenção para a ocorrência de parada cardiorrespiratória. 7. Se, a qualquer momento, ocorrer ausência de pulso, iniciar manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), começando pelas compressões torácicas, conforme Protocolo BPed7, e instalar o DEA; 8. Se, a qualquer momento, ocorrer pulso com frequência ≤ 60 bpm, com sinais de perfusão inadequada apesar da ventilação e oxigenação adequadas: iniciar manobras de RCP (começando pelas compressões torácicas), rechecando o pulso a cada 2 minutos, conforme Protocolo BPed7, e instalar o DEA. 9. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada. 10. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e ou transporte para a unidade de saúde. BPed 7 – PCR e RCP no bebê e na criança Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Identificar parada cardiorrespiratória (PCR) quando o paciente pediátrico estiver irresponsivo ao estímulo, com respiração agônica ou ausente e sem pulso central palpável. Critérios de inclusão para a necessidade de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pediatria: • Paciente que apresente PCR; • Paciente irresponsivo e com respiração agônica ou ausente, que apresente pulso central palpável mas com frequência ≤ 60 batimentos por minuto (bpm) e com sinais de perfusão insuficiente, apesar da oxigenação e ventilação adequadas. Conduta 1. Checar responsividade: • No bebê: estímulo plantar; • Na criança: tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta. 2. Se paciente não responsivo: • Um dos profissionais da equipe deve comunicar imediatamente a Regulação Médica e solicitar apoio do suporte avançado de vida (SAV), além de providenciar o desfribilador externo automático (DEA) e os equipamentos de emergência; • Outro(s) profissional(is) da equipe deve(m): o Permanecer com o paciente; o Checar respiração e pulso simultaneamente. ATENÇÃO: checar pulso central por, no máximo, 10 segundos: o No bebê: pulso braquial; o Na criança: pulso carotídeo ou femoral 3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca. 4. Se respiração ausente ou agônica (gasping), considerar: • SE PULSO PRESENTE E MAIOR DO QUE 60 BPM (Protocolo BPed 6 – Parada respiratória) o Abrir via aérea; o Aplicar uma insuflação efetiva com dispositivo bolsa-valva-máscara (BVM) e oxigênio (O2) suplementar a 100% a cada 3 a 5 segundos (12 a 20 insufl ações/min); o Verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. 13 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG • SE PULSO PRESENTE, MAS QUE PERMANECE COM FREQUÊNCIA MENOR OU IGUAL A 60 BPM E COM SINAIS DE PERFUSÃO INADEQUADA, APESAR DE VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO ADEQUADAS o Iniciar imediatamente as manobras de RCP (começando pelas compressões torácicas) e checar pulso a cada 2 minutos. • SE PULSO AUSENTE o Iniciar imediatamente as manobras de RCP, começando pelas compressões torácicas, enquanto é instalado o DEA: • Após 30 compressões torácicas (se um profissional realiza as manobras), abrir manualmente as vias aéreas e aplicar duas insuflações com dispositivo BVM com O2 suplementar a 100% (10 a 15 L/min). • A relação compressão e insuflação deve ser de: o 30:2 se houver apenas um profissional realizando a RCP, com frequência de 100 a 120 compressões por minuto; o 15:2 se houver dois profissionais realizando a RCP (um para compressões e um para insuflações), com frequência de 100 a 120 compressões por minuto. • Assim que o DEA estiver disponível e sem interrupção dos ciclos de RCP, posicionar os eletrodos no tórax desnudo e seco do paciente. Se o DEA for equipado com atenuador de carga, utilizar da seguinte forma: o No bebê (< 1 ano): se disponível, usar DEA com sistema eletrodos-cabos pediátricos (que atenuam a carga de energia); o Na criança entre 1 e 8 anos ou < 25 kg de peso: se disponível, usar DEA com sistema eletrodoscabos pediátricos (que atenuam a carga de energia); o Na criança > 8 anos ou > 25 kg: usar DEA com sistema eletrodos-cabos adulto. IMPORTANTE: caso não disponha de sistema eletrodos-cabos pediátricos, podem ser utilizadas pás de adulto em qualquer idade pediátrica, devendo assegurar-se de que as pás não se toquem ou se superponham quando posicionadas no tórax do paciente; se necessário, pode ser colocada uma pá na parede anterior do tórax e a outra no dorso (na região interescapular). • Interromper as compressões torácicas para a análise do ritmo. • Seguir as orientações do DEA e aplicar choque se indicado pelo aparelho. • Reiniciar ciclos de RCP (sempre começando pelas compressões torácicas) imediatamente após: o A aplicação do choque ou o Na ausência de pulso após o aparelho não ter indicado choque. o Se, a qualquer momento após a análise do ritmo pelo DEA, o aparelho não indicar choque, deve- se checar o pulso e: o Se pulso não palpável: reiniciar imediatamente os ciclos de RCP (começando pelas compressões torácicas); o Se pulso palpável, mas com frequência ≤ 60 bpm e sinais de perfusão inadequada (apesar de ventilação e oxigenação adequadas) e respiração ausente, reiniciar imediatamente as manobras de RCP (começando pelas compressões torácicas); o Se pulso palpável (e com frequência > 60 bpm) e respiração ausente: seguir o Protocolo BPed 6 (Parada Respiratória); o Se pulso palpável e respiração presente ou paciente apresentando sinais de circulação (respiração espontânea, tosse e/ou movimento): interromper as manobras de RCP e instituir Cuidados Pós Ressuscitação (Protocolo BPed 8). 5. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada. 6. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e ou transporte para a unidade de saúde. Observações • Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3). • Atentar para o direito da criança de ter um acompanhante (responsável legal ou outro). • Compressões torácicas de boa qualidade compreendem: o Paciente pediátrico posicionado em decúbito dorsal horizontal, sobre superfície rígida e plana; o No bebê: comprimir o esterno com dois dedos posicionados imediatamente abaixo da linha intermamilar, deprimindo pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax ou cerca de 4 cm; 14 HABILIDADES MÉDICAS Brunna Meira Bonfim Aguiar – Medicina UniFG o Na criança: realizar compressões com uma ou duas mãos posicionadas na metade inferior do esterno, deprimindo pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax ou cerca de 5 cm; o Permitir o completo retorno do tórax após cada compressão; não se apoiar sobre o tórax após cada compressão; o Minimizar ao máximo as interrupções nas compressões torácicas (limitar as interrupções a menos de 10 segundos); o Comprimir na frequência de 100 a 120 compressões/min; o Alternar os profi ssionais que aplicam as compressões a cada 2 minutos. • Insuflações de boa qualidade compreendem: o Insufl ação com duração de 1 segundo, com volume sufi ciente apenas para promover a elevação do tórax; e o Visível elevação do tórax. • Utilizar o DEA assim que disponível, mantendo as manobras de reanimação até a efetiva instalação e disponibilidade do equipamento. o Manter os ciclos de RCP ininterruptamente até a chegada do apoio (SAV) ou até chegar à unidade de saúde, conforme orientação da Regulação Médica, ou se o paciente apresentar sinais de circulação(respiração espontânea, tosse e/ou movimento). NÃO HÁ INDICADORES SEGUROS DE RESULTADOS PARA ORIENTAR QUANDO TERMINAR OS ESFORÇOS DE REANIMAÇÃO NO PACIENTE PEDIÁTRICO.
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