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Classificação e nomenclatura - Oncologia

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Classificação e nomenclatura anatomo-patológica de tumores
· Introdução
Análise histopatológica → Avaliação diagnóstica de tumores → Compreensão da biologia do câncer → Etapas da carcinogênese.Se todas as células do nosso organismo têm origem em uma única célula, logo... Os tumores se originam de uma única célula; guardam relação com sua origem tecidual.
Como determinados tumores poderiam dar origem a outros tumores em órgãos distantes?
Origem comum = tumor inicial ou primário → Metástases = tumores ectópicos
Histopatologia: Permitiu estabelecer relação entre características clínicas e microscópicas dos TUMORES em Benignos ou Malignos.
Tumor = Termo genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou de totalidade de um tecido. 
Exemplos: Tumor sublingual da glândula salivar; Adenoma pleomórfico: tumor benigno na glândula parótida;
Patologia: Definindo uma neoplasia. A afirmativa “nem todo tumor é uma neoplasia, assim como, nem toda neoplasia forma tumor” é verdadeira ou falsa?
Neoplasia (Neo = novo + plasia = tecido)
 Proliferação desordenada de células → Invasão de tecidos e órgãos → Dispersão para outras regiões do corpo
Neoplasia (Patológica): “Massa anormal de tecido, cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais, e que persiste mesmo cessada as causas que a provocou” – Rupert Willis
Neoplasia (Genética): É um grupo de doenças associadas ao desenvolvimento, crescimento e propagação desordenada das células, devido a uma alteração na expressão gênica desta célula
Diagnóstico e classificação: Baseada nas características morfológicas do tecido
Capacidade de diagnosticar um tumor depende: Reconhecimento de mudanças citológicas e na arquitetura tecidual
Componentes básicos – Proliferação: de células neoplásicas e do estroma de suporte (tecido conjuntivo e vasos sanguíneos); 
Crescimento e evolução – dependentes do estroma: Estrutura para a proliferação e suprimento sanguíneo adequado; 
Desmoplasia: excesso de colágeno e matriz extracelular; presença de células fibroblásticas e depósito excessivo de matriz extracelular.
Classificação: Histogênese (célula de origem) e Comportamento biológico → Planejamento do tratamento
Benignas = Não invadem os tecidos adjacentes e crescem localmente;
Malignas = Invadem estruturas vizinhas e originam metástases;
Diagnóstico com segurança: baseado em critérios morfológicos;
Crescimento:
B = Lento e expansivo:
Estroma adequado, bom suprimento vascular, raramente necrose e hemorragia, longo tempo de duplicação
M = Rápido:
Taxa de crescimento inversamente correlacionada ao seu grau de diferenciação;
Caráter infiltrativo, alto índice de multiplicação celular, rapidez e desorganização no crescimento;
Desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado;
Exibem extensas áreas de necrose e hemorragia;
Encapsulamento (ou Encapsulação):
B = Dentro do tecido de origem – encapsulados por tecidos conectivos
M = Penetram a lâmina/membrana basal
Invasão local e destruição do tecido subjacente
Invasão local:
B = Crescem como massas expansivas, no local de origem:
Sem capacidade de infiltração, invasão ou metástase
Expandem-se lentamente – desenvolvimento de cápsula fibrosa
M = Progressiva infiltração e destruição do tecido circundante:
Maioria é invasiva, penetrando as paredes do órgão - Torna sua ressecção cirúrgica difícil
Morfologia:
B = Estruturalmente semelhante ao epitélio de origem
M = Arquitetura desorganizada e diferente daquela do tecido de origem
OBS: Nem sempre pode predizer o comportamento biológico ou curso clínico de uma neoplasia
Critérios morfológicos: normal; neoplasia benigna, neoplasia maligna bem diferenciada, neoplasia maligna pouco diferenciada, neoplasia anaplásica.
Diferenciação:
B = Tumores bem diferenciados
M = Desde bem diferenciados a pouco diferenciados
Grau de diferenciação – clinicamente importante: Medida de progressão tumoral;
Fator de prognóstico: Resposta ao tratamento, estado de recorrência, sobrevivência;
B = Células semelhantes às células normais maduras do tecido de origem da neoplasia
M = Células primitivas de aspecto indiferenciado, constituindo células não diferenciadas
Anaplasia: Perda/falta de diferenciação; Marco de transformação maligna;
Antigenicidade:
B = Sem capacidade de produzir antígenos
M = Apresentam capacidade de produzir antígenos
Identificação de antígenos tumorais → Diagnóstico
Displasia – Encontrada principalmente em epitélios:
Perda de uniformidade das células individuais e da arquitetura espacial - Considerável pleomorfismo
Núcleos hipercromáticos, grandes para o tamanho da célula
Número de mitoses mais abundante que o habitual
Displasia cervical
Metástases:
Invasão → Penetração em vasos sanguíneos e linfáticos
Disseminação por todo o organismo
Todos os cânceres podem metastizar, exceto: Neoplasias malignas de células gliais do sist. Nervoso central e carcinomas basocelulares da pele
Tumores mais agressivos e de rápido crescimento = maior probabilidade de metastizar
 
Origem embrionária dos tumores
 Maior parte = de origem epitelial: Diversas camadas de células, assentes sobre a membrana basal sobrepostas ou justapostas; 
Carcinomas = tumores epiteliais (cerca de 80% das mortes por câncer no mundo ocidental)
Origem - Folhetos germinativos: Endoderme, Ectoderme, Mesoderme
 Não é possível definir qual a origem embrionária de um tumor apenas pela sua classificação histológica
Maior parte dos carcinomas – dividida em 2 grupos:
Pavimento-celulares: Origem em células epiteliais, cuja função é formação de uma camada celular com finalidade de proteger.
Adenocarcinomas: Cujas células têm como função secretar substâncias para ductos ou cavidade que revestem
 Restante dos tumores = Origem em tecidos não epiteliais:
Conjuntivos = maior grupo = origem na mesoderme:
Sarcomas – 1% dos tumores observados = origem em: Fibroblastos, adipócitos, osteoblastos, miócitos, endotélio
Hematopoiéticos = Origem nas linhagens eritrocitrária e leucocitária: Leucemias e linfomas
Células do sistema nervoso (central e periférico) = Origem na neuroectoderme: Gliomas, glioblastomas, neuroblastomas, schwanomas, meduloblastomas - 1,3% dos tumores diagnosticados; 2,5% das mortes por câncer
Tumores não inclusos nos grupos referidos: Melanomas, tumores de pequenas células do pulmão
Transdiferenciação – em certas condições: Uma célula tumoral pode reprogramar-se de uma linhagem tecidual para outra;
Transição epitélio-mesênquima – em carcinomas: Alteração de fenótipo: na forma, na expressão gênica
Implica em grande plasticidade das células epiteliais → Indicadora de invasão de tecidos adjacentes
Tumores desdiferenciados (ou anaplásicos): Perdem todas suas características específicas; 1-2% dos casos;
Desenvolvimento progressivo dos tumores
Fases de evolução – Tumor maligno – dependem: Velocidade de crescimento tumoral; Órgão-sede; Fatores intrínsecos do hospedeiro; Fatores microambientais;
Detecção: fases microscópicas, pré-clínica ou clínica
História biológica de alguns tumores: Permite prever quando a lesão ainda se encontra em fase pré-neoplásica
Diferentes fases de evolução podem refletir: Graus de agressividade e capacidade de invasão distintos
Espectro de morfologias intermediárias: 
Hiperplasia: Aumento no número de células; 
Metaplasia: Presença de tipo celular distinto habitualmente não encontrado
Displasia: Habitualmente existem alterações citológicas
Papilomas ou pólipos: Alterações detectáveis a olho nu; Crescimento adenomatoso
Carcinoma in situ (CIS): Mudanças displásicas mais evidentes; Envolvem todo o epitélio; Lesão confinada ao tecido normal. 
Câncer invasivo: Células tumorais avançam além dos limites normais
Diagnóstico do Câncer
O papel do patologista: Obtenção da Amostra: Biópsia, excisão cirúrgica, punção aspirativa
Exame da Amostra: Tecido neoplásico? Benigno ou maligno? Tipos de células? Graduação?
Processamento do tecido e preparação das lâminas: Fixação, secção, coloração
Análise laboratorial: Microscopia, imunohistoquímica, citologia, técnicas molecularesNomenclatura de Neoplasias: Baseia-se: histogênese e histopatologia
Tumores Benignos: Sufixo ...OMA, anexando-o ao nome da célula de origem
De células mesenquimais: Fibroma, condroma, osteoma
Epiteliais – mais complexa – baseada em: células de origem, arquitetura microscópica, padrões macroscópicos
Adenomas: padrões glandulares ou derivado de glândulas
Papilomas: originam projeções da superfície epitelial
Cistadenomas: grandes massas císticas
Cistadenomas papilíferos: padrões papilares em espaços císticos
Pólipos: projeção macroscópica acima da superfície mucosa
Tumores Malignos: Segue o mesmo esquema utilizado nos tumores benignos
Além disso... Considerar a origem embrionária dos tecidos:
Sarcomas: no tecido mesenquimatoso; pouco estroma de tecido conjuntivo; são carnosos
Carcinomas: nas células epiteliais; em qualquer camada germinativa
Adenocarcinoma: padrão glandular
Carcinoma escamocelular: células com aparência escamosa, em qualquer epitélio do corpo
Exceções: Pouco diferenciado ou indiferenciado (composto por células indiferenciadas do tecido de origem desconhecida)
Mistos – adenoma pleomórfico: Diferenciação divergente de uma única linhagem celular parenquimatosa
Teratomas: Variedade de tipos de células parenquimatosas representativas de mais de uma camada germinativa
A partir de células totipotentes – encontrados em gônadas, células primitivas de outros locais
Benignos ou malignos – grau de diferenciação: Melanomas, seminomas, hepatocarcinomas (hematomas)
Alguns não derivam de critérios morfológicos ou histogênicos
Classificação Internacional de Doenças para Oncologia (CID-O)
Variedade de classificações não sistemáticas + dificuldade de realizar estudos comparativos entre diferentes regiões do mundo → Tentativa de uniformizar a nomenclatura mundial - Organização Mundial da Saúde (OMS); 
Classificação dupla:
Sistema de códigos para:
Topografia: Registra o local de origem do tumor – categorias – 3 a 4 caracteres
Morfologia: Indica o tipo celular e a atividade biológica do tumor
Graduação histológica – Tumores malignos
1) Grau de diferenciação das células tumorais: Medida da anaplasia; Semelhança com as células do tecido normal originárias do tumor
2) Número de mitoses dentro do tumor: Em pelo menos 10 campos de grande aumento
Presumível correlação com sua agressividade - Critérios para diferentes graus variam com o tipo de neoplasia
Grau I: 75 a 100% diferenciados; Grau II: 50 a 70%; Grau III: 25 a 50%; Grau IV: 0 a 25%
A correlação histológica entre aparência e comportamento biológico: longe de ser perfeita!
Estadiamento – Tumores malignos Sistema TNM - Union for International Control of Cancer (UICC) e American Joint Commite on Câncer (AJCC)
T: Tamanho da lesão primária
N: Grau de disseminação – gânglios linfáticos regionais
M: Presença ou ausência de metástases – via sanguínea
Objetivos: Ajudar no planejamento do tratamento; Providenciar categorias de forma a prever o prognóstico e avaliar os resultados do tratamento; Facilitar a troca de informação.
Varia para cada tipo de câncer, mas existem princípios gerais: Determinam o estádio clínico do doente – varia de I a IV
T0: Lesão local T1 a T4: Lesão primária com crescente dimensão
N0: Sem envolvimento de gânglios linfáticos N1 a N3: Envolvimento de maior número e variedade de gânglios
M0: Sem metástases distantes M1 ou M2: Presença de metástases por via sanguínea
 
 
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Classificação e nomenclatura anatomo
-
patológica de tumores
 
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Introdução
 
Análise histopatológica
 
?
 
Avaliação diagnóstica de tumores
 
?
 
Compreensão da biologia do câncer
 
?
 
Etapas da 
carcinogênese
.
Se todas as células do nosso organismo têm orig
em em uma única célula, logo... 
Os tumores se 
originam de uma única célula; 
guardam relação com sua origem tecidual
.
 
 
Como determinados tumores poderiam dar origem a outros tumor
es em órgãos distantes?
 
Origem comum = tumor inicial ou primário
 
?
 
Metástases = tumores ectópicos
 
Histopatologia: 
Permitiu estabelecer relação entre características clínicas e microscópicas dos TUMORES
 
em 
Benignos
 
ou 
Malig
nos
.
 
Tumor
 
= Termo genérico que indica u
m aumento anormal de uma parte ou de totalidade de um tecido
. 
 
Exemplos:
 
Tumor sublingual da glândula salivar
; 
Adenoma pleomórfico: tumor benigno na glândula parótida
;
 
 
Patologia:
 
Definindo uma neopla
sia
. 
A afirmativa “nem todo tumor é uma neoplasia, assim como, nem toda 
ne
oplasia forma tumor” é verdadeira ou falsa?
 
Neoplasia (Neo = novo + plas
ia = tecido)
 
 
Proliferação desordenada de células
 
?
 
Invasão
 
de tecidos e órgãos
 
?
 
Dispersão para outras regiões do corpo
 
Neoplasia (Patológica): 
“Massa anormal de tecido, cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento 
dos tecidos normais
, e que persiste mesmo cessada as causas que a provocou” 
–
 
Rupert Willis
 
Neoplasia (Genética): 
É um grupo de doenças associadas ao desenvolvimento, crescimento e propagação 
desordenada das células, devido a uma alteração na expressão gênica desta célula
 
Diagnóstico e classificação: 
Baseada nas características morfológicas do tecido
 
Capacidade de
 
diagnosticar um tumor depende: 
Reconhecimento de mudanças citológicas e na arquitetura tecidual
 
Comp
onentes básicos 
–
 
Proliferação: 
d
e células neoplási
cas e do estroma de suporte
 
(
tecido conjuntivo e vasos 
sanguíneos
); 
 
Crescimento e evolução
 
–
 
dependentes do estroma: Estrutura para a proliferação e suprimento sa
nguíneo 
adequado
; 
 
Desmoplasia
: 
excesso de colágeno e matriz ext
r
acelular
;
 
presença de células fibroblásticas e depósito excessivo de 
matriz extracelular
.
 
Classificação: 
 
Histogênese (
célula de origem
) e 
Comportamento biológico
 
?
 
Planejamento do tratamento
 
Benignas =
 
Não invadem os tecidos adjacentes e crescem localmente
;
 
Malignas
 
= Invadem estruturas vizinhas e originam metástases
;
 
Diagnóstico com segurança: baseado em critérios morfológicos
;
 
 
Crescimento:
 
B 
= Lento e expansivo:
 
Estroma adequado, bom suprimento vascular, raramente necrose e hemorragia, longo tempo de duplicação
 
 
M
 
= Rápido:
 
Taxa de crescimento inversamente correlacionada ao seu grau de diferenciação
;
 
Caráter infiltrativo, alto índice de multiplicação celular, rapid
ez e desorganização no crescimento
;
 
Desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado
;
 
Exibem extensas áreas de necrose e hemorragia
;
 
 
Encapsulamento (ou Encapsulação):
 
B 
= Dentro do tecido de origem 
–
 
encapsulados por tecidos conectivos
 
 
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Classificação e nomenclatura anatomo-patológica de tumores 
 Introdução 
Análise histopatológica ? Avaliação diagnóstica de tumores ? Compreensão da biologia do câncer ? Etapas da 
carcinogênese.Se todas as células do nosso organismo têm origem em uma única célula, logo... Os tumores se 
originam de uma única célula; guardam relação com sua origem tecidual. 
 
Como determinados tumores poderiam dar origem a outros tumores em órgãos distantes? 
Origem comum = tumor inicial ou primário ? Metástases = tumores ectópicos 
Histopatologia: Permitiu estabelecer relação entre características clínicas e microscópicas dos TUMORES em 
Benignos ou Malignos. 
Tumor = Termo genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou de totalidade de um tecido. 
Exemplos: Tumor sublingual da glândula salivar; Adenoma pleomórfico: tumor benigno na glândula parótida; 
 
Patologia: Definindo uma neoplasia. A afirmativa “nem todo tumor é uma neoplasia, assim como, nem toda 
neoplasia forma tumor” é verdadeira ou falsa? 
Neoplasia (Neo = novo + plasia = tecido) 
 Proliferação desordenada de células ? Invasão de tecidos e órgãos ? Dispersão para outras regiões do corpo 
Neoplasia (Patológica): “Massa anormal de tecido,cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento 
dos tecidos normais, e que persiste mesmo cessada as causas que a provocou” – Rupert Willis 
Neoplasia (Genética): É um grupo de doenças associadas ao desenvolvimento, crescimento e propagação 
desordenada das células, devido a uma alteração na expressão gênica desta célula 
Diagnóstico e classificação: Baseada nas características morfológicas do tecido 
Capacidade de diagnosticar um tumor depende: Reconhecimento de mudanças citológicas e na arquitetura tecidual 
Componentes básicos – Proliferação: de células neoplásicas e do estroma de suporte (tecido conjuntivo e vasos 
sanguíneos); 
Crescimento e evolução – dependentes do estroma: Estrutura para a proliferação e suprimento sanguíneo 
adequado; 
Desmoplasia: excesso de colágeno e matriz extracelular; presença de células fibroblásticas e depósito excessivo de 
matriz extracelular. 
Classificação: Histogênese (célula de origem) e Comportamento biológico ? Planejamento do tratamento 
Benignas = Não invadem os tecidos adjacentes e crescem localmente; 
Malignas = Invadem estruturas vizinhas e originam metástases; 
Diagnóstico com segurança: baseado em critérios morfológicos; 
 
Crescimento: 
B = Lento e expansivo: 
Estroma adequado, bom suprimento vascular, raramente necrose e hemorragia, longo tempo de duplicação 
 
M = Rápido: 
Taxa de crescimento inversamente correlacionada ao seu grau de diferenciação; 
Caráter infiltrativo, alto índice de multiplicação celular, rapidez e desorganização no crescimento; 
Desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado; 
Exibem extensas áreas de necrose e hemorragia; 
 
Encapsulamento (ou Encapsulação): 
B = Dentro do tecido de origem – encapsulados por tecidos conectivos

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