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reclamação trabalhista

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB 
CENTRO DE HUMANIDADE – CH 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
ISRAEL HILQUIAS BEZERRA DA SILVA
NAJILA LARISSA MARTINS PATRICIO
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA A LUZ DO FILME “O DIABO VESTE PRADA”
Guarabira
2020
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE XXXXXXX. 
Andrea Sachs, brasileiro, solteira, segunda assistente, filho de xxxxxx, portador da carteira de identidade de nºxxxxx, com o CPF/MF nºxxxx, CTPS nºxxxxx, série xxxx , PIS nºxxxx, residente e domiciliado à Rua xxxxxx , nºxxxxx, bairro xxxx, CEP nº xxxxx, por meio dos seus advogados que esta subscreve, nos termos da procuração (anexa), com escritório à Rua Wildes Saraiva Gomes, nº 14, Guarabira/PB, em nome de quem e para onde quer que sejam remetidas as notificações, vem, perante a Vossa Excelência, com fulcro no art. 840, § 1º da CLT propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Pelo rito ordinário, contra a Empresa RUNWAY, CNPJ nºxxxxx, situada no Edifício Elias Clarke Publications , nº xxxxx, bairro: xxxxx, CEP: xxxxx,  o que faz de acordo com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos:
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorárias advocatícias, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, enquadrando-se como hipossuficiente na forma da lei, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86.
II. SÍNTESE DO FATOS
O Reclamante foi admitida pela Reclamada no dia 13 de março de 2006, para exercer o CARGO DE SEGUNDA ASSISTENTE DA EDITORA CHEFE MIRANDA PISTLY, percebendo o salário mensal de R$ xxxxx.
No dia da entrevista de emprego da reclamante, fora observado por ela o destrato para com a forma que estava vestida por sua futura superior hierárquica que argumentou: “Você não tem estilo nem moda” colocando Andrea em exposição e situação vexatória logo nos primeiros contatos com a empresa. 
Subsequente a contratação, no primeiro dia de trabalho efetivo, a reclamante recebeu ligação às 06:17 da manhã, da primeira assistente, ou seja, fora do seu horário de trabalho, à referida ligação de cunho profissional continha ordens para o inicio da jornada de trabalho, foi dito na ocasião a reclamante que: “Eu quero café expresso com leite magro, sem espuma e mais três cafés sem leite e bem quente”. Mostrando, que as obrigações da reclamante estava para além dos serviços administrativos e no interior da empresa. 
Em seu primeiro dia de trabalho, após atender as exigências da ligação, a reclamante dirigiu-se até o escritório da editora chefe, Miranda Piestly, para a entrega do café e questionar a sua superior sobre os afazeres para o dia, Miranda por sua vez, recusou-se a chamar a reclamante pelo nome corretamente e começou a apelida-la de “Emili”, nome da sua primeira assistente, causando desconforto para com a reclamante. 
Após um breve dialogo com a colega de trabalho sobre a forma que foi tratada por Miranda Piestly, a primeira assistente em tom de deboche faz a seguinte afirmação: “Esse é um trabalho difícil para o qual você não serve”. Em seguida, a assistente afirma que a Reclamante está colada na mesa, deixando claro que ela não poderia sair nem sequer para fazer as necessidades fisiológicas. Posteriormente, Andrea é informada que seu intervalo de almoço será de 15 minutos. 
Dentre as atividades desenvolvidas pela Reclamante, destaca-se: comprar sandálias para a filha da sua chefe Miranda, pegar café, buscar a cachorro no petshop, fazer atividades escolares das filhas de Miranda, entregar em sua residência roupas limpas e o “livro” que continha informações de trabalho para que Miranda pudesse opinar sobre. 
Observou-se que em diversos momentos a reclamante foi ofendida, primeiramente por sua chefe Miranda, que disse após um momento de dialogo referente a sua contratação: “contrate a garota esperta e gorda”, nesse momento Andrea não conteve o choro e voltou para sua mesa de trabalho bastante frustrada e indignada. Em outro momento um dos colegas de trabalho lhe deu um sapato insinuando que a reclamante se vestia mal, além de em várias outras situações em que houveram burburinhos sobre a forma de vestir e o comportamento de Andrea, pois parecia que ali não era o seu lugar. 
Ato continuo, inesperadamente a Reclamante em um momento de lazer com os amigos, recebe outra ligação fora do horário de trabalho para que ela executasse tarefas relacionadas a sua profissão, convocando-a para uma reunião com várias pessoas do ramo da moda, ali Andrea foi acompanhar a sua chefe Miranda. 
Finalizando todo o contexto de assedio e abuso de autoridade no ambiente laboral, Miranda exige que Andrea consiga um manuscrito da sequencia dos livros de Harry Potter, caso contrário estaria demitida, dando-lhe o prazo de 4 horas para ele está nas mãos das filhas da sua chefe. Além disso, exigiu um almoço especifico para encontrar na mesa assim que Miranda voltasse. Passado 15 minutos, Andre após conseguir o almoço e levar até a mesa de sua chefe, Miranda diz que não irá comer, pois fara isso em outro lugar, e exigiu que Andrea, conseguisse o café para algumas horas depois, quando ela retornasse de sua reunião. 
No decorrer dos meses, vendo que estava sendo motivo de “chacota” dentro da empresa, Andrea sentiu-se deslocada e começou a mudar sua imagem na tentativa de se sentir aceita naquele meio, mudou a forma de vestir, calçar e andar. Abriu mão de momentos com as pessoas próximas, afastou-se deles para praticamente respirar, suportar e cumprir todas as exigências da sua superior Miranda Piestly. 
III. DO DIREITO 
A Reclamante, sofreu continuamente, durante todo o trato contratual, assédio moral. É dizer, o procedimento adotado pela primeira Reclamada, ao exigir o cumprimento de tarefas absurdas, levava verdadeiro terror e constrangimentos a todos empregados que estavam submetidos e a ela vinculados.
De forma rigorosamente excessiva, exercia o controle da jornada de trabalho não só da Reclamante, mas de todas as empregadas que trabalhavam na revista RUNWAY.
O empregador, assume os riscos do negócio, e deve propiciar a todos os empregados um local de trabalho no minimamente respeitoso. Isso sob todos os aspectos, tanto os da salubridade física, quanto o da salubridade psicológica. Sendo assim, o empregador não pode impor ao empregado rigor excessivo, colocar a perigo manifesto de mal considerável ou praticar contra ele ato lesivo da sua honra e reputação, que é a hipótese exposta.
Definida, por conseguinte, as hipóteses das alíneas "a" e "b" do art. 483 da CLT, bem como, de passagem, a de prática contra o empregado de ato lesivo à honra deste (alínea "e").
Ante a exposição fática, não resta duvidas que está configurado a violação da norma contida no no seu art. 5º, inciso X, "in verbis": " X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". Bem como, no artigo 223 -C da CLT. 
A Reclamante, logo nos primeiros dias de trabalho fora informada sobre o tempo que teria de intervalo de almoço, conforme explicitado pela primeira assistente da Editora Chefe, Miranda Piestly que seu horário para a refeição seria de 15 minutos, violando completamente o art. 71 caput, que diz: 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
                               
Diante disso, não resta dúvidas que a Reclamante tem direito de acréscimo de 1 hora e 15 minutos de horas extras, que fora negado ao longo de seu contrato de trabalho. 
IV- DO PEDIDO
Diante do exposto, pleitea a Reclamante a condenação da Reclamada nos seguintes pedidos: 
a) Que seja designadoa audiencia de conciliação ou mediação na forma do art. 334 do NCPC; 
b) A notificação da Reclamada para oferecer resposta no prazo legal, sob pena de preclusão, revelia e confissão; 
c) Que seja deferido o beneficio da Justiça Gratuita, devido a sua hipossuficiencia na forma da Lei; 
d) A condenação da Reclamada por Dano Moral; 
e) A condenação da Reclamada por Assedio Moral 
f) Condenar a Reclamada ao pagamento das horas extras trabalhadas pela Reclamante;
g) Pugna para que todas as intimações sejam realizadas EXCLUSIVAMENTE em nome dos patronos: Israel Hilquias Bezerra da Silva - OAB/PE-XXXXX e Najila Larissa Martins Patricio - AOB/PB- XXXXX. 
V. DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em Direito admitas na amplitude do Art. 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, testemunhal e pericial. 
Dá-se à causa o valor de 80.000,00 (oitenta mil reais) para efeitos fiscais. 
Guarabira, 27 de outubro de 2020. 
Israel Hilquia Bezerra da Silva 
OAB/PE- XXXX
Najila Larissa Martins Patricio 
OAB/PB - XXXX

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