Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
tumores de trato geniturinário CA de bexiga Epidemiologia · Ca mais frequente do sistema urinário · 3 homens:1 mulher · Idosos – mediada de 70 anos Fatores de risco · Tabagismo – 70% dos casos, aumenta entre 2-6x o risco de incidência. Risco se mantém mesmo após cessar · Ambientais: aminas aromáticas, ciclofosfamida (cistite hemorrágica), hidrocarbonetos, solventes, formaldeídos. · Pintores, cabeleireiros, refinarias de petróleo, fábricas de tintas, alumínio. · Doenças urinárias: cálculos, cistite crônica, pós radioterapia. · HF: aumenta em o risco em 50-100% em familiares de 1º grau. Patologia · Carcinoma urotelial (células transicionais) · 90% dos CA de bexiga · Na áfrica prevalece o CEC por causa do Schistosoma haematobium · Variantes: adenocarcinomas (úraco/não úraco), CEC, pequenas células, neuroendócrino. · Metastáticos: cólon, reto, útero, próstata. Apresentação clínica · Hematúria assintomática, em geral macroscópica · Sintomas urinários irritativos · Sintomas de doença metastática raramente · >40 anos e com hematúria sempre investigar Diagnóstico · Cistoscopia, citologia urinaria e biópsias: RTU de tumores visíveis ou biopsias aleatórias quando a citologia é positiva, porém tumor não visualizado. · Img de trato urinário superior: sempre descartar segundo primário · Estadiamento: exame bimanual, RTU, TC tórax + TC/RNM de abdome e pelve (preferência pré RTU) – 20 a 30% FN em LN · CO em doença de alto risco/sintomas/FA elevada · PET-CT em casos selecionados – 20 a 47% de detecção de doença a distância. · 70% são não invasivos/não letais, não invadiu musculatura · 70% superficias/recorrentes · 10 a 15% são invasivos/metastáticos · Tratamento da doença não músculo invasiva *indução 6 anos seguidos, para estimular a bexiga a produzir epitélio saudável* Tratamento de doença músculo invasiva · 20 a 40% dos pacientes se apresentam com doença musculoinvasiva ou PD pós tratamento/doença superficial. · Tratamento cx: cistectomia – bexiga, próstata/vesículas seminais ou uretra proximal e na mulher retira bexiga/uretra/SOB/porção anterior da parede vaginal+LNs pélvicos bilaterais · QT antes da cirurgia · Preservação da bexiga · RTU/QT concomitante a RT · 1/3 acabam necessitando de cistectomia (doença residual ou recorrente) · Indicação: doença invasiva T2-T4a · Função renal e bexiga boa (QT) · Sem hidronefrose ou divertículos · Morbidade RT: bexiga, esfíncter anal, colon · Prognóstico: estadiamento, resposta ao tto, RTU completo Ca de rim · Benignos: oncocitoma, adenoma papilifero, angiomiolipoma · Malignos: carcinoma de células renais (hipernefroma, adenocarcinoma de rim), carcinoma de células transicionais (urotélio), linfoma, sarcoma, carcinoma medular. · Podemos diagnosticar pelo padrão de captação de contraste Histologia · Subtipos – 75% de células claras · Pilíferos – 15% · Cromófobos 5% · Em geral tem mutação do VHL somática. · Todos se originam do epitélio tubular de rim · Corresponde a 80-85% das neoplasias de rim · 2-4% de aumento de incidência a cada ano, provavelmente por mais diagnósticos Epidemiologia · Mais comum em homens, 2:1 · Maior incidência entre 50-70 anos · Maioria esporádico · Maior incidência em países escandinavos, América do Norte e países desenvolvidos Fatores de risco · Tabagismo: cerca de ¼ dos casos, aumenta 2x o risco de incidência · Ambientais: cádmio, petróleo, fenacetina, asbestos, processamento de couro · Hormonais: DES (aumenta principalmente CA de células claras) · Obesidade, HAS, doença policística renal, hemodiálise, DRC Síndromes hereditárias · Paciente nasce com mutação em todas as células do VHL · Síndrome de Von Hippel Lindau: CA de células claras renais, múltiplos tumores e bilaterais, hemangioblastomas de retina e SNC, feocromoticoma, tumores pancreáticos e neuroendócrinos, tumores endolinfáticos e de células germinativas. · Outras: mutação do MET (carcinoma renal hereditário papilífero, sem outras alterações), mutação do FH (carcinoma de células renais e leiomiomatose hereditária, são agressivos), alteração do gene BHD (Birt-Hogg-Dubé, tumores renais de células claras e cromófobos, oncocitomas, bilaterais, fibrofoliculoma, alteração nasal, pneumotórax espontâneo, cistos pulmonares), translocação do cromossomo 3 (carcinoma de células claras bilaterais) *metástase óssea e hepática Tratamento · Nefrectomia · Tc de tórax e abdome para visualizar metástase Tratamento adjuvante · Sobrevida global em 5 anos de 53% · Localmente avançada diagnosticada em 16% dos casos – 40% apresentam recidiva após nefrectomia · Risco de recidiva – UISS (TNM, ECOG OS, Graduação de Fuhrman). Tentativa de reduzir recidiva. Vários estudos de tto adjuvante, nenhum teve sucesso. Imunoterapia em teste Interrupção do complexo VHL · Para doença metastática estratificar por IMDC · Grupos de risco: favorável nenhum, intermediário entre 1-2 e risco alto 3-6 · Aumento da sobrevida dos pacientes com terapia alvo CA de testítulo Tumores germinativos de testículo · Neoplasia solida maligna mais comum em homens jovens de 15-35 anos · Fatores de risco: HX familiar de CA de testículo ou hx de infertilidade, criptorquidia, testículo atrófico/hipotrófico, sd. Disgenéticas, hipospádias. · Na infância é importante exame para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos para a bolsa escrotal. · 2 categorias amplas: seminoma e não seminoma (carcinoma embrionário, tumor de seio endodérmico/saco vitelínico, coriocarcinoma, teratoma · Seminomas (distribuição por estádio): estádio I (80%), II 15% · Não seminoma: AFP elevada em 50-70%, AFB não se eleva em coriocarcinoma puro. HCG elevado em 40-60% dos casos. A AFP tem meia vida de 5-7 dias e a HCG de 36 horas. Importante saber para seguimento após orquiectomia. · Seminoma: HCG elevado em 15-20%. DHL. Não produz AFP nunca. AFP: Valor normal <16 ng/ml. Aumentada no carcinoma embrionário e no teratocarcinoma. No coriocarcinoma e seminoma puros não esta elevada. HCG Normal quando <1 ng/ml Aumentam nos coriocarcinomas, carcinoma embrionário, teratocarcinomas. Em 25% dos tumores de seio endodérmico e apenas 7% dos seminomas. Tratamento do seminoma EC I · Observação vigilante, seguimento apenas · RT adjuvante para retorperitônio · QT adjuvante com carboplatina por 1 a 2 ciclos. · 20% de recorrência em 5 anos · Px excelente · Vigilância ativa EC II Tratamento não seminoma · Linfadenectomia retroperitoneal · QT adjuvante · Observação vigilante · A depender de invasão vascular e quantidade de carcinoma embrionário presente no tumor primário. Ca de próstata Epidemiologia · Mais comum em homens · Mortalidade baixa Rastreamento · Toque retal e PSA · Início aos 55 anos de idade se sem outros fatores de risco. · Avaliar até os 70 anos de idade, depois individualizar. · Negros e em caso de Hx familiar iniciar entre 45-50 anos. Patologia · Adenocarcinomas acinares principalmente · · Classificados pela diferenciação · ISUP: · Estadiamento · Exame digital retal e PSA · US, RNM, TC, cintilografia óssea, PET TC · Biopsia de lesões suspeitas · Cx: exame de peça operatória · Condições clínica e comorbidades devem ser consideradas Vigilância ativa: PSA 6/6 meses, biópsia anual, RNM anual. Se alterar, modificar tto.
Compartilhar