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Classe Nematoda NEMATÓDEOS PARASITAS DE INTERESSE VETERINÁRIO III Disciplina de Parasitologia Veterinária Aplicada - Helmintologia Profª Méd. Vet. Esp. Sheila Pincinato 2021 1 HAEMONCHUS contortus HEMONCOSE Nematoides parasitas de interesse veterinário 2 HEMONCOSE É uma doença parasitária de ruminantes que acomete em grande parte de ovinos e caprinos Principais espécies: • Haemonchus contortus; • Haemonchus placei • Haemonchus contortus é a de maior importância na produção de pequenos ruminantes por ser mais patogênico 3 MORFOLOGIA oMacroscopicamente - adultos podem ser identificados no abomaso; o Dimensão: 1 a 2,7 cm de comprimento; oHematófagos – Possuem lancetas no interior da capsula bucal Haemonchus 4 EPIDEMIOLOGIA oDistribuição mundial - principalmente na região tropical oParasita monoxênico Haemonchus 5 EPIDEMIOLOGIA Hospedeiros: obovinos; oovinos; o caprinos; oHabitat: ABOMASO oMas pode-se localizar no ID (altas infestações) Haemonchus 6 MECANISMOS DE TRANSMISSÃO • INGESTÃO DA LARVA INFECTANTE L3 • Transmissão ocorre principalmente nos períodos de ↑ umidade (80% a 100%) e temperatura (entre 18° e 26°C); • ANIMAIS + SUSCEPTÍVEIS: • Ovinos e caprinos oriundos de climas temperados • Animais jovens; • Matrizes prenhes e lactantes; Haemonchus 7 CICLO BIOLÓGICO Haemonchus 8 CICLO BIOLÓGICO Ovos eliminados nas fezes → desenvolvem no pasto (umidade) → Até o estágio infectante (L3 - 5 dias) Umidade é fator importante para a sobrevivência da larva; L3 encontradas em grande número em pastagens irrigadas durante o verão; Haemonchus 9 PATOGENIA L4 e adultos: o Lesionam a mucosa e ingerem o sangue; o Produzem substâncias anticoagulantes; o Causam hemorragias o Seu grau de patogenicidade depende da sua carga parasitária e tempo de permanência no animal Haemonchus 10 Atenção ! Cada parasito remove cerca de 0,05 ml de sangue ao dia por ingestão e por perdas pelas lesões. Portanto um ovino com 5.000 H. contortus pode perder cerca de 250 ml/sangue/dia !!!! DETERMINAÇÃO DOS EFEITOS PARASITÁRIOS • Idade • Estado nutricional • Estresse fisiológico • Estado sanitário dos animais • Condições climáticas (úmidade e temperatura amena) • Tipo de gramínea • Alta taxa de lotação nas pastagens • Uso inadequado de vermífugos 11 • Os caprinos apresentam-se mais sensíveis: • Principalmente os mais jovens e as fêmeas próximas do parto = imunidade • Nesta condição de baixa imunidade: favorece para que as larvas do nematoide sobrevivam no trato gastrintestinal, onde ocorrerá um aumento na produção de ovos que serão eliminados pelos animais na defecação = Contaminação ambiental SINAIS CLÍNICOS Hematófagos, causam: o Lesão na mucosa abomasal; o ANEMIA; o Apatia; o Caquexia; o Diminuição de fertilidade, rendimento de carcaça e produção de leite (lactação) o Hipoproteinemia (evidenciado pelo EDEMA SUBMANDIBULAR) o Fezes escuras; o NÃO CAUSAM DIARREIA o Morte em casos agudos PPP: 2-3 SEMANAS Haemonchus 12 HEMONCOSE: AGUDA X HIPERAGUDA X CRÔNICA AGUDA • Anemia torna-se evidente cerca de duas semanas após a infecção • Caracterizada por diminuição dramática e progressiva do volume globular. • Semanas subsequentes: o hematócrito em geral se estabiliza num nível baixo = compensação pela eritropoiese • Contínua perda sanguínea: aplasia medular = ÓBITO • Fêmeas amamentando = morte dos filhotes por inanição HIPERAGURA • Decorrente de infecções maciças = Morte súbita 13 CRÔNICA • Síndrome desenvolve-se durante uma estação seca prolongada = reinfecção é insignificante mas o pasto se torna ineficiente em nutrientes. • A contínua perda de sangue por pequenas cargas persistente de várias centenas de helmintos é suficiente para produzir sintomatologia clínica • Principais sintomas: perda de peso, fraqueza e inapetência 14 AVALIAÇÃO MUCOSA OCULAR Hipocorada Perlácea Normocorada EDEMA SUBMANDIBULAR 15 Edema e lesão provocada por H. contortus no Intestino delgado. Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/0f99ebfd48e7e4fe6b5392570131a534.pdf 16 MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO • Anamnese e sinais clínicos; • Hemograma; • Valores das proteínas = principalmente Albumina • Método de FAMACHA*; • OPG • Cultura de larvas • Necropsia • Coproparasitológico Haemonchus 17 18 AVALIAÇÃO PELO FAMACHA Avaliação do grau de anemia pelo Famacha 19 Fonte: Endoparasitoses Gastrintestrinais de Caprinos e Ovinos: Alternativas de Controle https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/52596/1/AAC-Endoparasitoses- gastrintestrinais.pdf ATENÇÃO Famacha: São valores aproximados do hematócrito Para um valor fidedigno fazer o hematócrito para a avaliação da anemia Cuidados na realização do FAMACHA • O método deve ser executado por pessoal treinado. • De preferência, a avaliação deve ser feita por apenas um técnico para evitar variação nas avaliações (coloração é subjetiva). • Examinar o animal sob luz natural. • Expor a conjuntiva pressionando a pálpebra superior com um dedo polegar, pressionando levemente a pálpebra inferior para baixo com o outro. • Evitar a exposição parcial da membrana interna da pálpebra (terceira pálpebra) e do olho. • Observar a coloração na parte central da conjuntiva inferior. • Em caprinos, a coloração da conjuntiva tem menor intensidade e o preenchimento capilar é mais demorado do que nos ovinos. • Caprinos: a mucosa deve ser observada pelo menos oito segundos após a sua exposição • Ovinos: a observação é imediata. • É importante registrar os resultados do FAMACHA • Controle da efetividade da vermifugação (associar ao OPG) • Auxílio no descarte orientado de animais susceptíveis a parasitose 20 http://www.embrapa.br/web/portal/caprinos-caatinga-treinamento • Controle da umidade • Gramíneas que favoreçam a incidência de luz • Gramíneas com alto valor nutricional ou suporte nutricional no período escassez • Roçagem e rotação de pastagens • OPG 21 PROFILAXIA TRATAMENTO • Vermifugação: benzimidazóis, levamisol, uma avermectina, milbemicina ou salicilanilida • Transferência imediata dos animais para um pasto/baia livre dos parasitos • Tratamento suporte Bunostomum sp Bunostomíase 22 MORFOLOGIA oExtremidade anterior curva; oCapsula bucal com 2 lâminas cortantes; BUNOSTOMUM 23 EPIDEMIOLOGIA o Espécies: Bunostomum phlebotomum e B. trigonocephalum o Parasita monoxenico o Habitat: Parasita de ID; o Hematófago Hospedeiros: o Ruminantes BUNOSTOMUM 24 EPIDEMIOLOGIA o Pode ocorrer infecções mistas com outros nematóides dificultando o desenvolvimento dos animais e causando grandes prejuízos aos produtores; o Bunostomum sp, assim como o Haemonchus sp causa lesões na mucosa do trato gastrointestinal e tem atividade hematófaga, portanto é considerado um verme muito patogênico BUNOSTOMUM 25 oOs ovos são eliminados geralmente após o 3°- 4° mês de idade dos bovinos; o Transmissão + comum é a VIA PERCUTÂNEA: o Parasita presente nas fezes penetra a pele do hospedeiro; o Transmissão por via oral, é menos comum e eficiente do que a via percutânea. MECANISMO DE TRANSMISSÃO BUNOSTOMUM 26 Ovos eliminados com as fezes no ambiente L1 eclode e se alimenta de MO das fezes L2 se alimenta de MO das fezes L3 é a forma infectante, abandona o bolo fecal e vai para o ambiente L3 é ingerida pelo hospedeiro CICLO BIOLÓGICO L3 penetram na parede do abomaso ou do ID, nutrem-se de alimento pré-digerido, tecidos ou sangue do hospedeiro desenvolvem-se para o estágio adulto VIA ORAL BUNOSTOMUM 27 Ovos eliminados com as fezes no ambiente L1 eclode e se alimenta de MO das fezes L2 se alimenta de MO das fezes L3 é a forma infectante, ABANDONA O BOLO FECAL E VAI PARA O AMBIENTE CICLO BIOLÓGICO L3, penetra na pele, atingem a circulação sanguínea e migram até o coração e pulmões, perfuram os capilares dos alvéolos, mudam para L4 e, pela árvore brônquica, chegam a faringe quando são eliminadas ou deglutidasNo ID, mudam para adulto e os ovos aparecem nas fezes 52 a 68 dias após a infecção VIA PERCUTÂNEA BUNOSTOMUM 28 CICLO BIOLÓGICO BUNOSTOMUM 29 VIA ORAL VIA PERCUTÂNEA PATOGENIA oAdultos: hematófagos; o No ID oCausam dilaceração tecidual da mucosa (aparelho bucal) o Ingestão significativa de sangue pelo parasita oPerda de sangue pelas fezes BUNOSTOMUM 30 SINAIS CLÍNICOS - PERCUTÂNEA oUrticária e dermatite no local de penetração das L3; oPrurido; oInquietude; o “Gado quer livrar-se de algo que o incomoda”; PPP: 17 a 22 diasBUNOSTOMUM 31 SINAIS CLÍNICOS ORAL Pode-se observar: oDiarréia; oAnemia; oPerda de peso; oMorte; oCasos graves é muito frequente o EDEMA DA REGIÃO SUBMANDIBULAR BUNOSTOMUM 32 oSinais clínicos da anemia, diarréia em bezerros ou ovinos jovens por si só não é patognomônica de bunostomíase; oRegiões temperadas, eliminar a possibilidade de infecção por Fasciola hepática; oTrópicos, deve-se considerar hemoncose; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL BUNOSTOMUM 33 DIAGNÓSTICO oNecropsia oIdentificação da larva oContagens de ovos de parasitas nas fezes (OPG) oCoproparasitológico BUNOSTOMUM 34 • Manejo das pastagens • OPG 35 PROFILAXIA TRATAMENTO • Vermifugação: benzimidazóis, levamisol, uma avermectina, milbemicina ou salicilanilida • Transferência imediata dos animais para um pasto/baia livre dos parasitos • Tratamento suporte Oesophagostomum sp Esofagostomíase Oesofagostomose 36 MORFOLOGIA oNematódeo brancos; o1-2 cm de comprimento; oExtremidade anterior afilada; oCapsula bucal pequena, rodeada por coroas lamelares; OESOPHAGOSTOMUM 37 Hospedeiros: oRuminantes; oHabitat: ID – L3/ IG - adulto; oEnfermidade: esofagostomíase oParasita monoxenico; EPIDEMIOLOGIA OESOPHAGOSTOMUM 38 EPIDEMIOLOGIA Espécies + patogênicas: oOesophagostomum columbianum: Ovinos e caprinos – Causador de diarreia graves em ovinos; oOesophagostomum radiatum: Bovinos e bubalinos OESOPHAGOSTOMUM 39 Ingestão pelo hospedeiro da forma infectante - L3 MECANISMO DE TRANSMISSÃO OESOPHAGOSTOMUM 40 Ovos eliminados com as fezes no ambiente L1 eclode e se alimenta das fezes no ambiente L2 se alimenta das fezes no ambiente L3 é a forma infectante L3 é ingerida pelo hospedeiro CICLO BIOLÓGICO L3 penetra profundamente na parede do ID encistam-se e evolui para L4 sofre maturação no cólon Origina nódulos subserosos mineralizados Evolui em adulto OESOPHAGOSTOMUM 41 42 PATOGENIA o Larvas que provocam irritação e inflamação da parede intestinal oNódulos mineralizados subserosos no intestino - característicos da afecção; oMas deixam o ID/IG em condições inadequadas para uso na fabricação de embutidos; oNódulos estão associados como causa de intussuscepções (invaginação de um segmento do intestino); o Entrada para infeção bacteriana OESOPHAGOSTOMUM 43 OESOPHAGOSTOMUM 44 PATOGENIA o Nódulos formados pelas larvas encapsuladas tendem a se calcificar; o Interferem mecanicamente com o bom funcionamento do intestino; o Conversão alimentar diminuída; OESOPHAGOSTOMUM 45 SINAIS CLÍNICOS oParte das infecções é assintomática; oDoença + intensa: animais nutricionalmente debilitados; Bovis (O. radiatum): o Inapetência; oHipoproteinemia; oAnemia; ohemorragia OESOPHAGOSTOMUM 46 DIAGNÓSTICO Clínico: Histórico e sinais; o OPG o Identificação das larvas o Encontro de nódulos - abatedouro o Necropsia o Coproparasitológico o Famacha OESOPHAGOSTOMUM 47 • Manejo das pastagens • OPG • Evitar que animais + susceptíveis entrem em contato com as larvas • Descontaminação de pastagens - roçagem 48 PROFILAXIA TRATAMENTO • Vermifugação: benzimidazóis, levamisol, uma avermectina, milbemicina ou salicilanilida • Transferência imediata dos animais para um pasto/baia livre dos parasitos • Tratamento suporte • Rotação de pastagens – custo e complexidade; • Instalações sempre limpas; • OPG TRICHOSTONGYLUS TRICOSTRONGILOSE Nematoides parasitas de interesse veterinário 49 Espécies de importância na Medicina Veterinária oTrichostrongylus axei oParasita do abomaso oTrichostrongylus colubriformis oParasita do intestino delgado Trichostrongylus 50 MORFOLOGIA Dimensão: o Fêmea > macho oCorpo capilariforme, afilado nas extremidades; oOs machos podem chegar a 4,78 mm e as fêmeas até 5,75 mm de comprimento Trichostrongylus 51 EPIDEMIOLOGIA Hospedeiros: oRUMINANTES; o Equinos; o Suínos; oHomem* Trichostrongylus 52 EPIDEMIOLOGIA oParasita monoxênico; oHabita ABOMASO e ID; oHematófago; oMenor capacidade patogênica que o Haemonchus; oAcomete animais com 2-3 meses de idade Trichostrongylus 53 o Ingestão de L3 – Forma infectante MECANISMO DE TRANSMISSÃO L3 Trichostrongylus 54 Ovos segmentados eliminados com as fezes no ambiente L1 eclode e se alimenta de MO das fezes L2 se alimenta de MO das fezes L3 é a forma infectante, abandona o bolo fecal e vai para o ambiente não se alimenta (reservas) L3 é ingerida pelo hospedeiro CICLO BIOLÓGICO Trichostrongylus sp. 55 PATOGENIA Abomaso: oParasitas causam ↓ na glândula gástrica funcional responsável pela produção do suco gástrico fortemente ácido e proteolítico; oCom o ↑ do n. de parasitas - glândulas adjacentes não parasitadas também são alteradas; Trichostrongylus 56 PATOGENIA CONSEQUÊNCIAS: o↓ da acidez do fluido abomasal; o↓ do efeito bacteriostático no abomaso; o↑ da permeabilidade do epitélio abomaso; oÚlceras no abomaso decorrentes da parasitose Trichostrongylus 57 Lesões no abomaso Lesões no duodeno anterior Trichostrongylus 58 SINAIS CLÍNICOS o Rápida perda de peso; o DIARRÉIA; o Inapetência; o Espessamento da mucosa gástrica; o Lesões nodulares; o Anemia; Trichostrongylus 59 SINAIS CLÍNICOS EM ALTAS CARGAS PARASITÁRIAS • As altas cargas parasitárias causam: • Severas enterites com atrofia generalizada de vilosidades • Hipertrofia de criptas intestinais • Erosão de epitélio intestinal • Espessamento de mucosa • Atrofia das microvilosidades dos enterócitos • Formação de infiltrados • Aumento da permeabilidade vascular com conseqüente prejuízo à motilidade, fluxo, digestão e absorção de nutrientes • Grande exsudação de proteínas séricas totais para a luz intestinal, decorrente das lesões epiteliais, podem ocorrer significativas diminuições na concentração de albuminas, causa de graves quadros de hipoalbuminemia nos animais • Anomalias ósseas em cordeiros e em adultos osteoporose e osteomalácia = devido má absorção cálcio e fósforo 60 o História clínica; o Sinais clínicos e lesões; o OPG; o Coprocultura; o Coproparasitológico o Famacha DIAGNÓSTICO 61 • Manejo das pastagens • OPG • Evitar que animais + susceptíveis entrem em contato com as larvas • Descontaminação de pastagens - roçagem 62 PROFILAXIA TRATAMENTO • Vermifugação: benzimidazóis, levamisol, uma avermectina, milbemicina ou salicilanilida • Transferência imediata dos animais para um pasto/baia livre dos parasitos • Tratamento suporte • Rotação de pastagens – custo e complexidade; • Instalações sempre limpas; • OPG Strongyloides sp ESTRONGILOSE Nematoides parasitas de interesse veterinário 63 GRANDES ESTRÔNGILOS • Strongyloides vulgaris • Strongylus edentatus • Strongylus equinus • Strongyloides westeri 64 • Strongyloides vulgaris, • Strongylus edentatus, • Strongylus equinus • As formas adultas desses parasitas habitam o ceco e cólon • Strongyloides westeri • Intestino delgado MORFOLOGIA • Strongylus vulgaris • Forma adulta: 1,2 a 2,5 cm • Strongylus edentatus • Forma adulta: 2,3 a 4,4 cm • Strongylus equinus • Forma adulta: 2,6 a 5,5 cm • Strongylus westeri • Forma adulta: medem até 0,9 cm 65 Strongylus edentatus, Strongylus equinus, Strongylus vulgaris • As espécies desse gênero têm distribuição mundial e habitam o intestino grosso de equinos, muares e asininos. • S. vulgaris é considerado um dos principais e mais patogênicosparasitas de equinos e asininos, provocando a arterite verminótica 66 TRANSMISSÃO – S. westeri • Via transplacentária • Pelo colostro – transmamária • Infecção através da penetração cutânea • Ingestão 67 PATOGENIA - S. westeri • No peri-parto • Infestações aumenta consideravelmente nas éguas, reduzindo a condição corporal, e comprometendo o desenvolvimento fetal e o parto • Cólicas/abdômen agudo • Alta carga parasitária • Inflamação com edema e erosão do epitélio intestinal • Enterite catarral com diminuição da ingestão e absorção 68 Periparto: Durantes esse período as matrizes contaminam ainda mais as pastagens Strongyloides westeri • Freqüente em potros • Os membros deste gênero são comuns no intestino delgado de animais muito jovens • Acomete principalmente potros de até 4 meses • Afeta segmentos do intestino delgado. 69 SINAS CLÍNICOS - S. westeri • Os sinais clínicos são usualmente observados em animais jovens • Diarréia • Anemia • Anorexia • Apatia • Perda de peso • Taxa de crescimento reduzida • Cólicas 70 PATOGENIA - Strongylus sp • A patogenia do parasitismo está relacionada com a migração larval em vasos sanguíneos, principalmente na artéria mesentérica cranial e seus ramos arteriais. • No local em que se fixam, as larvas produzem arterite verminótica, trombose, aneurisma e espessamento da parede arterial, interferindo na circulação sanguínea com decréscimo no suprimento de sangue ao intestino 71 72 Fonte: Avaliação ultrassonográfica das artérias aorta abdominal, mesentérica cranial e ileocecocólica em equinos com e sem lesões macroscópicas sugestivas de estrongiloidíase. https://tede.ufrrj.br/jspui/bitstream/tede/915/1/2009%20-%20Cristiano%20Chaves%20Pessoa%20da%20Veiga.pdf CICLO DE VIDA Strongylus vulgaris 73 SINAIS CLÍNICOS Strongylus sp • Dores abdominais • Cólica • Arterite verminótica • Febre • Inapetência • Rápida perda de peso • Cólica • Diarréia intermitente • Prostação • A severidade dos sinais clínicos está relacionada ao número de larvas ingeridas, pela idade do animal e outras enfermidades associadas 74 TRANSMISSÃO A transmissão se dá através da ingestão de L3 presente em águas e pastos contaminados Infecções mais severas ocorrem no período seco devido ao grande número de larvas infectantes ingeridos durante o período chuvoso da estação anterior, quando há maior desenvolvimento e sobrevivência de ovos e larvas nas pastagens 75 Contaminação ambiental: Equino adulto apresentando uma contagem de 2.000 ovos/grama/fezes pode depositar até 30.000.000 ovos por dia na pastagem • Manejo das pastagens • OPG • Evitar que animais + susceptíveis entrem em contato com as larvas • Descontaminação de pastagens - roçagem 76 PROFILAXIA TRATAMENTO • Vermifugação: benzimidazóis, levamisol, uma avermectina, milbemicina ou salicilanilida • Transferência imediata dos animais para um pasto/baia livre dos parasitos • Tratamento suporte • Rotação de pastagens – custo e complexidade; • Instalações sempre limpas; • OPG 77 • Ruptura equilíbrio parasita-hospedeiro • Utilização de pastagens com superlotação de animais = aumento da contaminação ambiental por estágios larvais dos nematódeos; • A introdução nos plantéis de raças susceptíveis oriundas de países temperados • Uso de dietas de baixa qualidade nas criações que muitas vezes não suprem as necessidades básicas dos animais • Uso indiscriminado de anti-helmínticos como meio exclusivo de controle das helmintoses = seleção de populações de nematódeos resistentes com consequente eficácia nas drogas utilizadas comercialmente AGRAVOS NO CONTROLE DAS VERMINOSES EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO OBRIGADA! 78