1. Nosso cliente, Banco Hades, com sede em Curitiba/PR, firmou com a empresa Hermes Transportes Ltda., sediada em Cachoeiro de Itapemirim/ES, empresa do ramo do transporte de grãos, contrato de financiamento com a previsão do pagamento de 100 parcelas de R$ 40.000,00, com cobrança de juros capitalizados mensalmente pela Tabela Price, tendo, como garantia, trinta caminhões, elegendo-se, como foro do contrato, o de Curitiba/PR. 2. A empresa financiada, contudo, deixou de pagar o contrato a partir da 85ª parcela das 100 contratadas. 3. O escritório, após solicitação do cliente e envio dos documentos necessários, ajuizou, no foro de Curitiba/PR, ação de busca e apreensão na forma do Decreto-lei nº 911/69. 4. A liminar foi deferida e metade dos bens foi apreendida na semana seguinte em cidade localizada a 400 km da sede da ré. 5. No dia seguinte às apreensões, a ré Hermes Transportes Ltda. compareceu espontaneamente nos autos da busca e apreensão e apresentou contestação, alegando: a. incompetência do foro de Curitiba para conhecer da ação, tendo em vista seu domicílio é em Cachoeiro de Itapemirim/ES; b. ausência de constituição em mora, tendo em vista a nulidade da notificação, pois foi devolvida sob o motivo “desconhecido”; c. apreensão indevida de dois caminhões cujas placas não correspondem a nenhuma dos bens dados em garantia, os quais devem ser devolvidos no endereço da ré, sob pena de multa; d. apreensão indevida de três baús acoplados a três dos caminhões apreendidos, os quais devem ser devolvidos no endereço da ré, sob pena de multa; e. que, pela teoria do adimplemento substancial, não se justifica a resolução do contrato e a apreensão dos bens; f. que o contrato prevê apenas capitalização diária e não mensal dos juros remuneratórios, sem que dele conste a taxa diária desses juros, pois foram previstas no contrato apenas as taxas mensal e anual efetivas, devendo a capitalização ser afastada e a mora, em consequência, descaracterizada. 6. Em informação certificada nos autos, o Oficial de Justiça confirmou que,