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LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS/INGLÊS 
 
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) 
 
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1: REFLEXÕES 
 
REFERENTES AOS 13 TEXTOS 
 
 
 
 
 
Nomes: Franciane Edilene Mendes RA: 1766069 
Vívian Ferreira Gonçalves RA: 1779682 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polo Jundiaí - Centro 
2021
 
 
SUMÁRIO 
1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS ............................................ 2 
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio .......................................... 2 
1.2 O fax do Nirso ........................................................................................... 2 
1.3 A história de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) ........................ 3 
1.4 Uma pescaria inesquecível ....................................................................... 4 
1.5 A folha Amassada ..................................................................................... 5 
1.6 A Lição dos Gansos .................................................................................. 5 
1.7 Assembleia na Carpintaria ........................................................................ 6 
1.8 Colheres de Cabo Comprido ..................................................................... 6 
1.9 Faça parte dos 5% .................................................................................... 7 
1.10 O Homem e o Mundo .............................................................................. 8 
1.11 Professores Reflexivos ........................................................................... 8 
1.12 Um Sonho Impossível? ........................................................................... 9 
1.13 Pipocas da Vida .................................................................................... 10 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 11 
Audiovisuais .................................................................................................. 11 
Textuais ........................................................................................................ 11 
Sites .............................................................................................................. 11 
 
 
2 
 
1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio 
 Educação, em seu significado mais simplório, é o processo de ensinar-
aprender. Sendo assim, torna-se meio fundamental para que os hábitos, 
costumes, comportamentos e valores de uma sociedade sejam transferidos de 
geração em geração, de acordo com a evolução da coletividade como um todo. 
 Gostaria de ressaltar nesse contexto as palavras sociedade, geração 
em geração e evolução. O que isso quer dizer? Que a educação só faz 
sentido na sociedade em que está inserida. Por esse motivo, conforme o título, 
não existe uma só educação, mas várias educações. O que faz sentido para 
uma sociedade pode ser a decadência de outra. 
 Muitas grandes nações, ao longo da história, usaram a educação para 
dominar outras nações. Assim, forçando sua cultura, sua língua, seus 
costumes, essas nações conseguiram submeter os povos às suas vontades. 
Um exemplo é a dominação da Índia pela Inglaterra, a partir do século XVIII. 
Essa é uma forma de dominação tão importante que se compara ao domínio 
militar e econômico. 
1.2 O fax do Nirso 
O diferencial no mercado de trabalho há muito tempo deixou de ser a 
quantidade de línguas faladas, a habilidade com informática, etc… 
O pretendente a qualquer emprego precisa ter “cara da empresa” e 
contribuir com seu crescimento e para isso ele precisa ter algo além da 
educação de uma vida inteira. Uma habilidade específica é algo que o mercado 
de trabalho busca, porém sem a educação atrelada a ela pode-se ter um 
talento perdido. 
Um aspecto que poderia ser introduzido na educação, desde sempre, 
seria a preparação para o mercado de trabalho, apresentando cada profissão 
para que elas sejam valorizadas desde cedo e para que os alunos entendam a 
importância de passar tanto tempo estudando e encontrem um propósito em 
todo o esforço deles e dos professores. 
3 
 
1.3 A história de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) 
 A história de Chapeuzinho contada na versão do lobo nos faz pensar 
que não existe uma verdade absoluta. O que existem são diferentes visões de 
um mesmo assunto, diferentes vertentes. Impor a quem quer que seja apenas 
um ponto de vista é excluir seu direito à interpretação dos fatos, à uma 
opinião. 
 Mas, até onde é possível deduzir verdades? Até onde cada verdade é 
aceitável? Não existiria então um ponto de equilíbrio entre o que eu acho, o 
que você acha, o que o outro acha? Com certeza há, e nessa questão o 
professor é fundamental para direcionar seus alunos a uma conclusão 
satisfatória. 
 Na própria versão do lobo temos esse impasse: seria aceitável o lobo 
devorar a vovó com a justificava de não chamar a atenção dos caçadores? Os 
fins justificam os meios? 
 Poderíamos então criar uma terceira versão da história, logicamente: 
lobo e Chapeuzinho se tornam amigos, ele a acompanha até a casa da vovó e 
juntos fazem um piquenique com as guloseimas da cesta. 
 Ou uma quarta versão: Chapeuzinho se assusta com a presença do 
lobo, desiste de seu intento e volta correndo para casa. 
 Poderíamos ter uma sexta, sétima, oitava, enfim, infinitas interpretações 
para uma mesma história. 
 Voltando à questão da escola, e à questão de existir ou não uma 
verdade absoluta, acreditamos que algumas disciplinas deixam mais margem à 
interpretação que outras. No caso da matemática, da física, ou mesmo no caso 
de regras gramaticais já estabelecidas, mesmo que não possamos dizer que 
são inquestionáveis (nada no mundo é), para que tenham outra interpretação 
não basta querermos ou decidirmos não acreditar: seria preciso sérios estudos 
científicos capazes de refutar certos conceitos ou teorias. 
 Então, o bom senso, o estudo e o conhecimento de mundo podem 
mudar a perspectiva de muita coisa, mas não podem mudar fatos. 
4 
 
1.4 Uma pescaria inesquecível 
 Algumas das coisas mais importantes da vida não podem ser 
monetizadas. E a ética - essa simples palavrinha de cinco letras - é talvez, 
senão a mais importante, pelo menos fundamental. Dentro dela cabem o 
respeito, a educação, o zelo, até mesmo o amor. 
 Como definir então ‘ética’? Conforme a definição encontrada no texto 
sobre a pescaria, a ética está em agir corretamente quando ninguém nos está 
observando. Mas, o que é o ‘agir corretamente’? Conforme nos deparamos no 
texto de Chapeuzinho Vermelho contada pelo lobo, há apenas um agir 
corretamente? Ou agir corretamente está ligado à história de cada indivíduo, 
portanto pode ter várias interpretações? 
 Pois bem! Para vivermos em sociedade, necessitamos de certos códigos 
de conduta, certas regras. Nem todas valem para qualquer sociedade, que tem 
em sua evolução diferentes fatores de interferência. Portanto, a ética pode ser 
definida de acordo com os valores daquela sociedade específica… Não 
obstante exista também uma ética universal. 
 Podemos então antever que a ética está mais ligada à moral de um 
indivíduo, aos princípios internalizados pelo mesmo, em relação à sociedade 
da qual faz parte. Se algo na sociedade em que vive é considerado errado, 
esse indivíduo, mesmo que ninguém esteja vendo o que ele faz, sente-se na 
obrigação moral de agir conforme seus princípios, seus valores. Isso inclui 
desde pequenas atitudes do dia a dia, até grandes decisões na vida. 
 Então, porque não existe a disciplina ‘Ética’ na escola? Talvez pelo fato 
de ética se aprender muito com exemplos, com práticas, com observações. 
Não é possível ser imposta, visto que o aluno já vem com uma bagagem do 
seu seio familiar. Mas é possível ser trabalhada e orientada para extrair do 
educando o seu melhor, ou seja, uma percepção adequada de como a 
sociedadeem que se insere, como um todo, pode ser impactada e melhorada 
com suas atitudes individuais. 
5 
 
1.5 A folha Amassada 
 A configuração professor - aluno - pais de alunos, teve uma mudança 
significativa nas últimas décadas. O professor nunca foi tão cobrado e 
pressionado. Muitos alunos não recebem em casa o básico de educação para 
uma boa convivência escolar. Lidar com situações de desrespeito é algo 
corriqueiro na rede pública e particular de ensino. O professor precisa 
estabelecer limites, mas ao mesmo tempo se preocupar com a reação dos pais 
- que nem sempre é positiva quando os filhos são cobrados. 
 A compreensão e análise caso a caso é fundamental. Cada professor 
tem seu próprio modo de conduzir seus alunos e só com a experiência 
adquirida é que ele poderá estar seguro e emocionalmente capaz de tomar as 
medidas mais assertivas. 
1.6 A Lição dos Gansos 
 Dessa lição, um dos mais importantes ensinamentos é a máxima do 
senso comum de que “a união faz a força”. Uma equipe precisa estar unida em 
um mesmo objetivo comum. E uma sala de aula representa muito bem o que é 
uma equipe: um grupo de pessoas se ajudando, se motivando, para juntos 
chegarem a um objetivo comum. 
 Bem, pelo menos é como uma sala de aula deveria ser. No dia a dia, 
principalmente após estagiarmos, acabamos percebendo que não é bem assim 
que acontece, infelizmente. Apesar de existir sim muitos professores 
comprometidos, muitos alunos dedicados, sempre há também os que não se 
importam, não dão o seu melhor, não vêem a educação como um meio, um 
trampolim para a realização da maior parte de suas ambições, como uma 
oportunidade de crescimento pessoal, e a porta para seu desenvolvimento 
profissional. 
 Mas a culpa seria dos professores, dos alunos, ou do sistema? Diria que 
é um misto. Muitas vezes quem está à frente, quem detém naquele momento o 
poder do conhecimento e da persuasão, não consegue liderar, não consegue 
se manter no bando, e, cansado, ferido, nas suas últimas forças, acaba por 
6 
 
deixar o grupo. O grupo, desnorteado sem uma boa liderança, fica à deriva, à 
mercê de suas próprias percepções. Às vezes acaba por abandonar o bando. 
 Qual seria então a solução? Uma delas seria a criação de políticas 
públicas que valorizassem mais a figura do professor, e que desse mais 
condições aos alunos de estabelecer uma conexão com o que é aprendido na 
escola com as suas vivências em família, em comunidade, no mercado de 
trabalho. Assim, todo aprendizado seria convertido também em prática, não 
ficaria só na teoria. 
1.7 Assembleia na Carpintaria 
 Existem várias formas de estimular o aprendizado. A principal delas é 
fazer com que o aluno entenda que o conhecimento é um ganho individual e 
atemporal. 
 Um conteúdo aprendido desde o ensino básico faz parte de uma “teia”. 
Se não for bem assimilado no período certo, provavelmente esse aluno terá 
problemas de aprendizado no ensino fundamental e médio. 
 Além disso, o professor já tendo incutido esse entendimento ao aluno 
desde cedo, deve-se observar caso a caso. Cada aluno tem suas qualidades e 
seus defeitos. 
 Quando suas qualidades são mais valorizadas que seus defeitos, 
pedagogicamente a tendência é que ele passe a explorar cada vez mais suas 
qualidades, pois são elas que o tornam destaque. 
1.8 Colheres de Cabo Comprido 
 O trabalho em equipe consiste na junção de várias pessoas que unem 
seus esforços visando solucionar problemas. Se duas ou mais pessoas 
trabalham juntas para executar uma tarefa ou encontrar a solução de um 
problema, elas estão trabalhando em equipe. 
 Na educação a equipe deveria consistir em alunos, pais de alunos, 
professores e funcionários da escola como um todo. 
7 
 
 Em tempos de ensino híbrido ou à distância, o trabalho em equipe é 
primordial, além de dar as condições e ferramentas para esses pais e alunos. 
Acolher a necessidade do outro assim como ser acolhido é trabalho em equipe. 
 Quando as forças são divididas, ninguém fica em desvantagem. Nem 
alunos, nem professores, nem pais de alunos. Se a educação já prezava o 
trabalho em equipe, hoje mais do que nunca ele é necessário. É tempo de 
união, muito trabalho e esperança. 
 Ninguém estava preparado para o caos da pandemia, mas passado mais 
de um ano entre aberturas e fechamentos das escolas, estamos mais 
adaptados ao “novo normal”. 
1.9 Faça parte dos 5% 
 Quando um professor assume uma sala de aula, às vezes com 40 ou 
mais alunos, ele não está apenas diante de alunos: tem ali 40 ou mais 
pessoas, 40 ou mais vidas que já chegam carregando conhecimentos, 
frustrações, incentivos, estímulos, oportunidades - ou a falta delas. 
 Seria então impossível colocar todas essas vivências em um grande 
funil, para que no fim restassem apenas os 5% melhores, onde 95% fossem 
descartados e definidos como insignificantes. 
 Isso seria desconsiderar toda uma trajetória humana, familiar, física, 
emocional que esse aluno/pessoa carrega, toda uma bagagem - às vezes um 
fardo - que esse ser carrega. 
 Mas, essa bagagem de modo algum define quem uma pessoa será no 
futuro - porque ela pode ser ressignificada. E, para isso, precisa de uma 
orientação para que alcance o seu melhor: não o melhor que o professor 
espera ou a sociedade cobra, mas o seu melhor - aquilo que faz seus olhos 
brilharem e seu coração bater mais forte. 
 Infelizmente, há muitas perdas no meio desse caminho. Muitas 
causadas inclusive por impossibilidade financeira, onde excelentes futuros 
profissionais têm sequer a chance de cursar uma faculdade e explorar o seu 
8 
 
talento, e onde muitos profissionais pouco preparados tomam seus lugares, 
porque tiveram a sorte de ter pais com melhores condições de bancá-los. 
 Então, seria um pouco hipócrita acreditar que, colocando todos em uma 
mesma sala, estariam todos em uma mesma posição: de vencedores - 
desconsiderando sua trajetória. 
 Porém, como disse o velho professor do texto, em algum momento da 
vida você poderá escolher de que lado quer estar - e trabalhar arduamente 
para que isso aconteça - por você, para superar seus próprios limites, para se 
sentir útil em algo - e não apenas para alimentar o ego da sociedade. 
1.10 O Homem e o Mundo 
 A educação é uma via de mão dupla: aprendemos ao mesmo tempo em 
que ensinamos. Porque educação não é somente a grade curricular proposta e 
que deve ser seguida. Educação é também sobre viver, sobre conviver, sobre 
ajudar o outro na caminhada - sobre se encontrar, encontrar seu lugar no 
mundo, na sociedade, no seio familiar. 
 Quando olhamos ao nosso redor, nos deparamos muitas vezes com 
territórios devastados, lixo, brigas, desrespeito à natureza e a outros seres 
humanos. Sozinhos, mesmo querendo modificar certos cenários, não temos a 
menor noção do que fazer - e mesmo se tivéssemos, sós seria impossível. 
Somente com a união da humanidade em torno de um propósito único e 
bom para todos é que se consegue alguma mudança. Consertando o homem 
se conserta o mundo. 
1.11 Professores Reflexivos 
 A questão abordada no texto é muito pertinente e vem muito a calhar 
com os tempos de pandemia que estamos vivendo atualmente. A reflexão 
muito bem posta pela autora nos faz pensar nesses estudantes que ficaram 
sem respaldo com o cancelamento das aulas presenciais: “quem se 
preocupará com o que eles sentem? Quem criará o contexto que os leve a 
integrarem-se e a viverem a escola em vez de se isolarem e quererem apenas 
‘passar pela escola o mais depressa possível’?” 
9 
 
 Apesar do texto não ter como referência o momento atual, é impossível 
não vir à mente essa conexão com o presente. Conversando com alunos, fica 
muito claro o turbilhão de emoções, as dificuldades, os sonhos e medos que 
estão enfrentando. Especialmente os que estudam em escolas públicas. 
Enquanto nas escolas particulares as turmas têm aulas online com os próprios 
professores, nas públicaseles (falando do Estado de São Paulo) assistem 
aulas pelo Centro de Mídias - uma plataforma robotizada, que desconsidera as 
particularidades de cada escola, de cada aluno. O aluno, descontente e sem 
entender conteúdos com os quais às vezes nem teve contato nas aulas 
presenciais, acaba ficando desmotivado - culminando em notas baixas e até 
abandono da escola. 
 Muitos desses alunos, nesses tempos da pandemia, fizeram essa 
transição de escola ou de grau, não tendo a oportunidade de conhecer a nova 
sala, escola ou colegas. Sem vínculos importantes. Sem festa de formatura. 
Sem passeios. Como ficará sua saúde mental quando tudo isso passar? 
 Voltando ao contexto abordado no texto, precisamos resgatar essa 
proximidade pessoa-pessoa. Cada um tem seus gostos, suas preferências, 
suas dificuldades. Não dá para tratar pessoas como se fossem robôs. Como 
uma linha de produção em massa. 
 O acolher o aluno, o ser humano, em qualquer situação, faz com que 
este se sinta valorizado e à vontade, contribuindo muito mais para o bem estar 
do ambiente a seu redor. 
1.12 Um Sonho Impossível? 
 Num país continental como o Brasil, de realidades tão diferentes, é difícil 
fazer valer o Artigo 5º da nossa Constituição, que prevê equidade para todos. 
 Por mais que oportunidades iguais sejam oferecidas, nem todos poderão 
acessá-las. A pandemia trouxe à luz várias situações antes camufladas e 
pioraram drasticamente outras. Dentre muitas delas, uma que chama a 
atenção: algumas escolas continuam abertas apenas para oferecer a merenda 
escolar, já que essa é a única refeição do dia de muitos alunos. 
10 
 
 Sem estrutura alguma para continuar, esse aluno acaba por evadir-se 
dos estudos e passa a trabalhar para ter o mínimo para sobreviver. 
 Por mais que alguns pais não tenham tido acesso à cultura ou não 
reconheçam que só a educação pode mudar o futuro de uma pessoa, ainda 
assim muitos têm essa noção e se sacrificam ao extremo para dar o mínimo de 
estrutura para que seu filho não desista dos estudos, para que a realidade 
futura do seu filho seja melhor. 
 A curto prazo trocar os estudos pelo trabalho precoce pode trazer a 
solução momentânea dos problemas, porém, a longo prazo essa troca faz com 
que esse ciclo nunca termine. Por isso, escola e comunidade devem ser uma 
só, a escola deve ter livre acesso à comunidade e a seus problemas e vice 
versa, e assim juntos devem se ajudar para que nenhum aluno abra mão do 
seu bem maior, que é sua educação e conhecimento. 
1.13 Pipocas da Vida 
 Cada pessoa tem seu tempo, suas características. Esperar que todas 
reajam da mesma forma diante de uma determinada situação é ignorar sua 
trajetória nesse mundo. 
 Assim, diante de uma sala com 40 ou mais alunos (milhos), esperar que 
ao final do trajeto todos, em igual proporção, se transformem em ‘pipocas’ é 
desconsiderar todos os seus percalços pelo caminho: dificuldades (tanto 
pessoais como familiares), dores, ambições, sonhos… 
 Seria como querer colocar todos em um só molde, em uma só caixinha. 
Mas, são seres humanos! O que fazer então, no papel de professor? Entender 
o outro lado, mostrar que os caminhos sempre tem duas ou mais opções para 
serem percorridos, e tudo bem se nesse momento aquela pessoa não quiser 
ser uma pipoca. Ela está no tempo dela! 
 Só que isso tem que ser uma escolha, não uma falta de opção. O fogo 
vem pra todos. Fingir não ver não é o mesmo que esperar o tempo certo. 
 Uma mudança forçada, não desejada naquele momento, pode acabar 
surtindo o efeito contrário: a pessoa se fecha cada vez mais, enxergando o que 
11 
 
está ao seu redor como seu inimigo, não como aliado no seu processo de 
evolução. 
 O mudar demanda dor e incerteza. Mas, se bem direcionado, pode ser 
um processo mais leve e proveitoso para o indivíduo. 
REFERÊNCIAS 
Audiovisuais 
ANTUNES, C. 10 Histórias Exemplares. In: Coleção Grandes Autores. São 
Paulo: Atta Mídia e Educação, 2004. 1 vídeo-disco. 
Textuais 
 ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: 
Cortez, 2003. p. 7-10. 
ALVES, R. A pipoca. In: O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999. p. 
54-57. 
BRANDÃO, C. R. O que é educação. In: Coleção Primeiros Passos. 28ª ed. 
São Paulo: Brasiliense, 1993. 
CRUZ, C. H. C. Competências e Habilidades: da proposta à prática. Coleção 
Fazer e Transformar. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2002. HAIDT, R. C. C. Curso 
de Didática Geral. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2002. 
 LENFESTEI, J. Histórias para aquecer o coração dos pais. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2003. 
RAMOS, M. N. Da Qualificação à Competência: deslocamento conceitual na 
relação trabalho-educação. Niterói: UFF, 2001. 
ROSA, G. Grande Sertão: Veredas. 33ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
1986. 
Sites 
http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/saberefazer.htm Acesso em: 19 jan 
2012. 
12 
 
 http://www.rubemalves.com.br/ Acesso em: 19. jan 2012. 
 http://www.celsoantunes.com.br/ Acesso em: 19 jan2012.

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