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Aula - Colestase | Gastroenterologia

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2021.2 – MED UNIFTC Melissa Cristina Turma A | TUT 03 | 5º Semestre 
 
 
 
 
 
 Introdução
• Morfologia das vias biliares: 
 
O hexágono é a unidade estrutural básica do lóbulo 
hepático, no qual o vértice é composto pelo trato portal 
(composto pelo ramo da veia porta, ramo da artéria 
hepática e o canalículo biliar) e o centro pela veia centro 
lobular. Os hepatócitos produzem os produtos orgânicos que 
compõe a via biliar e entregam as ramificações do canalículo 
biliar. 
o Distribuição dos ductos: 
O lobo hepático direito emprega toda a sua produção da 
bile para o ducto hepático direito (dessa mesma forma 
acontece com o lado esquerdo). Logo em seguida, formando 
o ducto hepático comum que se junta com o ducto cístico 
que se direciona para o colédoco, no qual segue até o ducto 
pancreático e intestino (entregando toda a bile para o 
processo de digestão). 
 
 
 
o Composição da bile: 
85% de água; 10% de bicarbonato de sódio; 3% de 
pigmentos; 1% de gordura; 0,7% de sais inorgânicos; 0,3% 
de colesterol. 
Dúvida 
— Como o hepatócito contribui para a formação da 
bile? 
Ele tem como função de produzir os solutos orgânicos: 
colesterol, sais biliares, fosfolipídios e pigmentos biliares. 
Então, produz 4 componentes que fazem parte da bile. É 
uma composição variada, em que dependendo a bile será 
litogênica ou não litogênica. 
— E qual é o mecanismo de formação de cálculos 
biliares? 
O desequilíbrio na concentração dos solutos orgânicos é 
o que vai determinar a formação de cálculos. 
1- As micelas simples de sais biliares se juntam com 
os fosfolipídios e com o colesterol. 
2- Formando assim, vesículas unilamelares que serão 
armazenadas na vesícula biliar. 
3- Se por acaso houver o aumento da produção de 
colesterol, gerará uma instabilidade das vesículas 
unilamelares e supersaturação de colesterol 
(componente mais instável da bile, é quem define 
se a bile será litogênica). 
4- Assim, terá a diminuição da fusão de vesículas 
micelares, permitindo a formação de cristais de 
monoidrato de colesterol (cálculos). 
Definição 
A colestase consiste em uma diminuição ou interrupção 
do fluxo biliar. Nada mais é do que a deficiência do fluxo 
de bile para o duodeno. Refere-se a patologias no fígado, 
ducto biliar e pâncreas. 
Metabolismo da bilirrubina: 
 
 
Gastroenterologia 
 
Gastroenterologia 
Colestase 
 
 
1- A bilirrubina é um dos solutos produzidos pelos 
hepatócitos. As hemácias tem um período de vida de 
120 dias, depois são recolhidas pelos órgãos 
hemocatereticos, principalmente pelo retículoendotelial. 
Elas precisam sofrer hemólise. 
2- A lise das hemácias gerará a bilirrubina indireta 
(tóxica), precisa ser encaminhada para o fígado, para 
assim poder circular no sangue. Os hepatócitos unem a 
albumina + a bilirrubina indireta/não conjugada 
formando a bilirrubina direta/conjugada. 
3- O destino da bilirrubina direta é até o intestino, onde 
sofrerá um processo de digestão dando origem a um 
subproduto denominado de urobilinogênio. 
4- Esse por sua vez, pode ser reabsorvido pelos rins dando 
pigmento a urina (urobilina) ou seguir o caminho do 
intestino e fornecer o pigmento as fezes (estercobilina). 
® Na colestese, o problema está justamente na conjugação 
da bilirrubina, logo depois que a bilirrubina indireta é 
formada, falhas no processo de conjugação levam ao 
acúmulo de bilirrubina indireta ou direta. 
Classificação 
o Extra hepática (icterícia obstrutiva): visível. 
® Obstrução dos principais ductos fora do fígado ou no 
hilo. 
® Icterícia obstrutiva: nítida “obstrução mecânica” ao fluxo 
de bile. 
o Intra-hepática: 
Existe duas subclassificações: 
1- Colestase por lesão dos ductos segmentares e 
septais. 
2- Colestase pela lesão de pequenos ductos. 
® Comprometimento nos ductos segmentares e septais: 
Litíase intra hepática e TU compressivos. 
® Pequenos ductos, colangíolos, interlobulares ou septais 
demenor calibre: autoimunes e drogas. 
o Patogenia intra-hepática: 
® Lesão de organelas intracelulares do hepatócito ou lesão 
ao nível do sistema excretor do canalículo biliar. 
 
 
 
! A colestase intra-hepática pode acontecer quando 
tem-se lesão dos ductos segmentares (1 ao 8) ou dos 
pequenos ductos (colangíolos, de menor diâmetro). 
Etiologia 
 
Drogas: Amoxicilina/Clavulanato, Clorpromazina, Azatioprina 
e Contraceptivos orais. 
Quadro Clínico 
• Extra-Hepática: 
Dor; febre; Icterícia é o mais prevalente (tríade de Charcot). 
• Intra-Hepática: 
Relativo bem-estar, astenia, prurido, icterícia, 
hiperpigmentação cutânea, Xantomas, osteopenia, 
esteatorréia e deficiência de vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K). 
Fatores de risco 
• Extra-hepática: 
o Para litíase biliar: 
® Não estáveis: idade, sexo feminino, fatores genéticos e 
etnia. 
® Estáveis: obesidade, perda rápida de peso, gravidez e 
multiparidade, hiper TG, nutrição parenteral, uso de 
hormônios femininos, tagabismo, segentarismo e dietas 
hipercalóricas. São fatores que podem ser modificados. 
Laboratório 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
É feito clinicamente, porém tem uma série de exames de 
imagem que auxiliam na etiologia. 
o Diagnóstico por imagem 
® Ultrasonografia. (visualiza dilatações). 
® Tomografia computadorizada (para ducto dilatado mais 
alteração no pâncreas). 
® Colangiografias, em especial a CPRE. (para retirada de 
cálculo). 
® Colangiopancreatografia por ressonância magnética. 
(consegue identificar se tem obstrução por cálculo ou 
não). 
® Colangiografia per/pós-operatória. 
! A eco-endoscopia tem papel relevante no diagnóstico 
diferencial das patologias obstrutivas associadas à litíase 
ou a doença pancreática. 
Conduta 
• Medidas gerais nas colestases: 
o Colestases cirúrgicas: Extra-hepática. 
Vitamina K – auxilia na formação de processo de coagulação; 
antibióticos – para reduzir o super crescimento bacteriano; 
disfunção renal – para evitar isso, faz-se hidratação 
intensa; avaliar anemia e hiperbilirrubinemia; 
o Colestases Intra-hepáticas: 
Prurido – utiliza-se o ácido ursodesoxicólico; tratamento de 
má-absorção – para emulsificação adequada; deficiência 
vitamínica – reposição das vitaminas lipossolúveis; 
tratamento de doença óssea. 
! Ácido ursodesoxicólico: tem ação citoprotetora, colerética, 
anti-apoptótica e imunomoduladora. Auxilia no prurido.

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