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Infusos e Bebidas Prof. Adriana Farah Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde - Instituto de Nutrição Josué de Castro Disciplina: Técnica Dietética e Culinária I Infusos São líquidos resultantes da infusão de vegetais aromáticos (folhas, sementes, raiz e caule), dos quais se extrai o flavor (aroma, sabor e cor); Café, chás e mate são os alimentos mais utilizados; Morais et al, 2009 Servidos geralmente quentes mas também podem ser servidos gelados; Ação estimulante (metilxantinas – cafeína e teobromina); Chá preto, mate e café →Diuréticos; Valor calórico depende da quantidade de açúcar adicionado. Morais et al, 2009 Infusos Café: Bebida mais consumida no mundo; Produzido pelo processamento dos frutos do gênero Coffea, sendo as espécies mais comuns, Coffea arabica (arábica) e Coffea canephora (robusta), sendo o café arábica o de maior importância econômica; (Farah et al., 2006; Tarzia et al., 2010) Infusos Café: ➢ O grão é colhido ainda verde e passa pelo processo de torrefação; ➢ Torrefação: desenvolvimento do flavor – reações de Maillard e Strecker, degradação de proteínas, polissacarídeos, trigonelina e ácidos clorogênicos; Schenker & Rothgeb 2017 Infusos • Café: • Após a colheita, os frutos sofrem limpeza, sendo então submetidos à secagem que é importante no preparo do café porque dela vai depender em grande parte, a qualidade da bebida. É comercializado na forma de grãos verdes, isto é, depois de colhido, preparado e seco, beneficiado e ensacado. Depois é torrado e moído. Schenker & Rothgeb 2017 Infusos Café: Cafeína: metilxantina – amargor característico; Trigonelina: demetilação durante a torrefação produz niacina e aromas desejáveis; Ácidos clorogênicos: compostos fenólicos - pigmentação do café, formação do aroma, adstringência e amargor; Cafestol e Kahweol: representam aproximadamente 20% da fração lipídica do café – associados com elevação de homocisteína e LDL em humanos – são retidos em filtro de papel. (Farah et al., 2006; Farah, 2012) Infusos Café: Métodos de preparo Percolação: cafeteiras e coador ou filtro. Impedem a volatilização das substâncias aromáticas e mantêm em temperatura adequada; Sistema de coador: coloca-se o pó de café no coador e derrama-se a água a 90-95°C; Expresso ou Pressão ABIC, 2018 ➢ Ebulição: o café deverá ser juntado à água fervente, rapidamente mexido e, a seguir, coado ou misturado a frio e ao abrir fervura, coado ou não; ➢ Preparo instantâneo: feito com café solúvel. O aroma e o sabor difere da bebida fresca; Infusos Café: Métodos de preparo ABIC, 2018 ➢ Cafeteira italiana: café e água são colocados em uma cafeteira na boca do fogão; ➢ Cafeteira francesa: café e água são colocados em um recipiente e após alguns minutos o filtro é pressionado. Infusos Café: Métodos de preparo Cafeteira italiana Cafeteira francesa (prensa) ABIC, 2018 Infusos Per capita: 50 ml de água para 5, 10 ou 20% de pó de café; 20% - 50ml água + 10g pó + 20% açúcar 10% - 50ml água + 5g pó + 10% açúcar: mais comum 5% - 50ml água + 2,5g pó + 5% açúcar Tipos mais comuns: Tradicional torrado e moído; Solúvel; Descafeínado torrado e moído ou solúvel. Morais et al, 2009 Infusos Chás: A palavra chá em Português refere-se normalmente a infusos (imersões) de folhas, ervas ou flores de várias plantas, em água fervente para extrair-lhes as substâncias aromáticas; Introduzido na Europa por franceses e holandeses, o chá começou a ser comercializado no inicio do século XVII com boa aceitação na Inglaterra. Morais et al, 2009 Infusos ➢O consumo dessa bebida no mundo é muito elevado, a exemplo da Inglaterra com 4,4 Kg/habitante ano. ➢O cultivo corre em diversos locais: na China, a produção já ultrapassou 500.000 tonelada/ano; na África é cultivado em vários países, na Índia os plantios cobrem mais de 200.000 hectares; na América do Sul, Brasil e Peru destacam se na produção. ➢ Pesquisas recentes mostram que a procura pelo consumo de chás, se dá pelos seus benefícios, como o fortalecimento do sistema imunológico, a diminuição da ansiedade, a melhora da digestão, o controle da pressão arterial e o aumento do gasto calórico. Morais et al, 2009 Infusos Tipos de chás: Chás de frutas: o “chá de limão” é um exemplo de chás obtidos a partir da casca do fruto (conhecido em algumas regiões da Itália, onde é conhecido como “canarino”); Chás de ervas medicinais: podem ser utilizados tanto pelo seu efeito biológico quanto pelo seu aroma e sabor caracteristico, estimulante ou calmante. Morais et al, 2009 Infusos Tipos de chás: Chá branco, verde, preto e oolong: são provenientes das folhas da planta Camellia sinensis; São classificados de acordo com a idade da folha e do tipo de processamento (fermentados/oxidados, ou não). Chá branco – botões e folhas jovens da planta; Chá verde – não sofre fermentação; Chá preto – completamente fermentado; Oolong – semi-fermentado. Composição da planta: metilxantinas (teobromina e cafeína), compostos fenólicos, diterpenos (na fração lipídica), outros compostos não voláteis, compostos voláteis (aroma). Morais et al, 2009 Infusos Tipos de chás: Chá verde: Folhas são submetidas ainda frescas ao vapor (enroladas ou desidratadas), tornando o seu sabor mais forte (mais adstringente); É um dos mais ricos em antioxidantes. Estudos demonstram diversos efeitos positivos à saúde relacionados ao consumo de chá verde: prevenção do câncer, auxilia o bom funcionamento do trato digestivo, melhora a respiração dos asmáticos (por ação da metilxantina). Morais et al, 2009 Infusos Tipos de chás: Chá preto: É o mais popular; Passa por processos naturais de secagem, fermentação e oxidação, ocorrendo o escurecimento e tornando o sabor mais brando; As folhas são fermentadas para hidrólise do tanino; Contêm catequinas, que são substâncias antioxidantes, prevenindo DCV e doenças degenerativas de uma forma geral; O nome de chá preto deve-se à cor castanha escura acobreada que as folhas adquirem no final do processo. Morais et al, 2009 Infusos Tipos de chás: Chá branco: chá mais raro, deve ser bebido simples, após as refeições, como digestivo, ou como um leve chá da tarde. Chá oolong: durante a fermentação os taninos passam por mudanças, não completando a cor ficando sua coloração entre o preto e o verde. Tem sabor suave e aromático, que se deve beber simples, sem qualquer adição de leite ou açúcar. Chás aromatizados: feitos através da adição de aromatizantes ao chá preto, verde ou Oolong. Morais et al, 2009 Infusos Chás: O consumo de elevadas doses diárias de chá com cafeína poderá ocasionar sintomas como irritabilidade, insônia, palpitação cardíaca ou tonturas. Para aqueles com sindrome de pânico, a cafeína parece deflagrar os sintomas. Morais et al, 2009 Infusos Chás: Modo de preparo: Vasilhame exclusivo para esse fim. Não utilizar água fervida previamente, ela deverá ser despejada sobre as folhas e o bule e deverá ser muito bem tampado para não ocorrer perdas de substâncias voláteis e para que o cozimento chegue ao ponto desejado da infusão; Dependendo do tempo de infusão o chá ficará mais fraco ou mais forte. Morais et al, 2009 Infusos Chás: Preparo de chás de ervas: Tisana: a erva é colocada em água fervente, tampa-se o recipiente, deixando ferver por mais cinco minutos. Após, retira do fogo e deixa descansar por alguns minutos. Infusão: despeja água fervente sobre as ervas, deixando descansar em recipiente tampado para não perder o vapor. Morais et al, 2009 Infusos Mate: Obtido a partir das folhas da planta Ilex paraguariensis, sendo o Brasil o maior produtor e altamente consumido nas regiões Sul e Sudeste; Produto obtido das folhas secas: erva-mate; (Lima et al., 2016) Folha verde: chimarrão e tererê Folhas torradas: chámate gelado ou quente ➢ A erva-mate é uma matéria-prima de grande importância para a região Sul do Brasil. ➢ Tendo sua origem na América do Sul, a erva-mate (Ilex paraguariensis St Hill.) ocorre naturalmente na Argentina, Brasil e Paraguai. Entretanto, cerca de 80% da área de ocorrência pertence ao Brasil, distribuindo-se entre os Estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A região Sul é a maior produtora. Infusos ➢ Mate: Esmelindro et al, 2002. Infusos Mate: Fornece compostos bioativos como as metilxantinas (cafeína e teobromina) e ácidos clorogênicos (principal composto fenólico antioxidante), saponinas, flavonóides (rutina, quercetina e campferol), taninos, vitaminas do complexo B, vitamina C e substâncias aromáticas; A preparação é semelhante a do café ou do chá. Servido quente ou gelado, com ou sem limão. Existe o instantâneo; Per capita: 2% de mate para o volume total de água 1 porção – 150mL água + 3g mate + 10% açúcar (opcional) (Lima et al., 2016) Bebidas Bebida: produto de origem vegetal industrializado, destinado à ingestão humana em estado líquido, sem finalidade medicamentosa ou terapêutica; São também considerados como bebida a polpa de fruta, o xarope sem finalidade medicamentosa ou terapêutica, os preparados sólidos e líquidos para bebida, a soda e os fermentados alcoólicos de origem animal, os destilados alcoólicos de origem animal e as bebidas elaboradas com a mistura de substâncias de origem vegetal e animal. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Cacau e chocolate: Fabricado a partir das favas (amêndoas) dos frutos do cacau; Após maduros, são colhidos e colocados para secar; Após abertos e ainda envoltos pela polpa, são fermentados; A fermentação desenvolve as substâncias que dão ao cacau o aroma e atenua o sabor amargo natural e diminui a umidade; Sofrem secagem, torrefação, trituração e moagem obtendo a pasta de cacau; Para obtenção do chocolate em pó, a pasta é prensada extraindo-se a gordura (manteiga de cacau). Após a prensagem, passa por trituradores, recebe açúcar e finalmente é pulverizado. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Principal constituinte do chocolate amargo (60 a 70% de cacau e 30 a 40% de açúcar), enquanto o chocolate ao leite possui mais de 60% de açúcar. Bebida de chocolate: alta concentração de açúcares, tornando-o calórico. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Cacau e chocolate: Flavonóides presentes no cacau: efeitos cardioprotetores em indivíduos sem histórico de doenças cardiovasculares ou com baixo risco; Per capita: 5% de chocolate em pó para a bebida. (Neufingerl et al., 2013; Sansone et al., 2015) Bebidas Decreto nº 6871 de 4 de junho de 2009: regulamenta a lei nº 8918 de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, excluindo-se as bebidas derivadas da uva e do vinho; Decreto nº 8198 de 20 de fevereiro de 2014: regulamenta a lei nº 7678 de 8 de novembro de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho. Bebidas Suco ou sumo: bebida não fermentada, não concentrada, e não diluída, destinada ao consumo, obtida da fruta madura e sã, ou parte do vegetal de origem, por processamento tecnológico adequado, submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o momento de consumo; (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Proibida a adição de aromas e corantes artificiais Pode ser adicionado no máximo 10% de açúcares, acrescentando a denominação “adoçado” Suco integral: apenas para suco sem adição de açúcares e na sua concentração natural Bebidas Suco ou sumo (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) (Lei nº 7678 de 8 de novembro de 1988) Bebidas Polpa de fruta: produto não fermentado, não concentrado, obtido de fruta polposa, por processo tecnológico adequado Néctar: obtido da diluição em água potável da parte comestível do vegetal ou de seu extrato, adicionado de açúcares Refresco: diluição, em água potável, do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem, com ou sem adição de açúcares (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebida gaseificada, obtida pela dissolução, em água potável, de suco ou extrato vegetal de sua origem, adicionada de açúcar, tendo obrigatoriamente em sua composição gás carbônico Bebidas Refrigerantes: (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Refrigerantes: 0,02g de semente de guaraná 10% de suco 2,5% de suco semente de noz de cola ou extrato de noz de cola (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Água tônica de quinino: refrigerante que contiver, obrigatoriamente de 3 a 7mg de quinino ou seus sais, expresso em quinino anidro, por 100mL de bebida; Xarope: produto não gaseificado, obtido pela dissolução, em água potável, de suco de fruta, polpa ou parte do vegetal e açúcar, em concentração mínima de 52% de açúcares. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Bebida alcoólica: é a bebida com graduação alcoólica acima de 0,5% até 54% em volume, a 20ºC; Classificadas em: Bebida alcoólica fermentada: é a bebida alcoólica obtida por processo de fermentação alcoólica; Estão nesta classificação: Cerveja: obtida pela fermentação alcoólica do mosto cervejeiro oriundo do malte de cevada e água potável, por ação da levedura, com adição de lúpulo. Para fermentação do mosto será usada a levedura cervejeira (Saccharomyces cerevisae); (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas São classificadas em: Cerveja leve: extrato primitivo maior ou igual a 5% e menor que 10,5% em peso; Cerveja ou cerveja comum: extrato primitivo maior ou igual a 10,5% em peso e menor que 12% em peso; Cerveja extra: extrato primitivo maior ou igual a 12% em peso e menor ou igual a 14% em peso; Cerveja forte: extrato primitivo maior que 14%. Chope: cerveja não submetida a processo de pasteurização para o envase. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Quanto à cor: Cerveja clara: correspondente a menos de 20 unidades EBC (European Brewery Convention) Cerveja escura: correspondente a 20 ou mais unidades EBC Cerveja colorida: a que, pela ação de corantes naturais, apresentar coloração diferente das definidas no padrão EBC European Brewery Convention – EBC.(Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) https://en.wikipedia.org/wiki/European_Brewery_Convention Bebidas European Brewery Convention – EBC.(Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) https://en.wikipedia.org/wiki/European_Brewery_Convention Bebidas Quanto ao teor alcoólico: Cerveja sem álcool: quando seu conteúdo em álcool for menor ou igual a 0,5%, não sendo obrigatória a declaração no rótulo do conteúdo alcoólico. Cerveja com álcool: conteúdo em álcool superior a 0,5%, devendo obrigatoriamente constar no rótulo o percentual de álcool em volume. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Sidra: fermentação alcoólica do mosto de maçã fresca, sã e madura, do suco concentrado de maçã ou ambos, com ou sem a adição de água, com graduação alcoólica de 4 a 8% em volume. Pode ser adicionada de açúcares, somente para adoçamento, e de outros aditivos. Pode ser gaseificada, sendo proibida a denominação sidra-champanha, espumante ou expressão semelhante. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Saquê : bebida com graduação alcoólica de 14 a 26% em volume, a 20ºC, obtida pela fermentação alcoólica do mosto de arroz, sacarificado por Aspergillus oryzae, ou por suas enzimas. Denomina-se de saquê seco aquele que contiver menos de 30g/L de açúcares, e saquê licoroso aquele que contiver no mínimo 30g/L de açúcares. Bebidas (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Vinho: bebida obtida pela fermentaçãoalcoólica do mosto simples da uva sã, fresca e madura; Quanto aos teores de açúcares totais (g de glicose/L), o vinho pode ser classificado como de mesa, frisante, fino e leve, sendo: Seco: até 4g de glicose por litro; Demi-sec ou meio-seco: superior a 4g e até 25g de glicose/L; Suave ou doce: superior a 25g de glicose/L; * Para os vinhos suave ou doce de mesa, os vinhos de Vitis vinífera possui o limite máximo de 80g de glicose/L (Lei nº 7678 de 8 de novembro de 1988) Bebidas Quanto a coloração do vinho: Vinho tinto: produzido somente com uva preta, sendo a coloração determinada pela casca, que contém antocianina. Dependendo da fabricação e do tipo de uva pode ser vermelho-violeta a vermelho-rubi Vinho rosê ou rosada: é deixado fermentar na presença das cascas por curto período Vinho branco: produzido com qualquer tipo de uva branca ou qualquer tipo de uva sem casca (Lei nº 7678 de 8 de novembro de 1988) Bebidas Bebida alcoólica destilada: obtida por processo de fermento- destilação, pelo rebaixamento do teor alcoólico de destilado alcoólico simples, pelo rebaixamento do teor alcoólico do álcool etílico potável de origem agrícola ou pela padronização da própria bebida alcoólica destilada; Nesta classificação estão incluídas: Aguardente de cana: bebida com graduação alcoólica de 38 a 54% em volume, a 20ºC, obtida de destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de açúcares até 6g/L, expressos em sacarose; (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Cachaça: denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48% em volume, a 20ºC, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até 6g/L. Bebidas (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Rum: proveniente de melaço de cana-de-açúcar, com graduação alcoólica de 35 a 54% em volume, a 20ºC, envelhecidos total ou parcialmente, em recipiente de carvalho ou madeira equivalente, conservando suas características sensoriais peculiares; Uísque: elaborado a partir da fermentação do malte, com graduação alcoólica de 38 a 54% em volume, a 20ºC. Passa por processo de envelhecimento por pelo menos 3 anos, em tonéis de madeira, adquirindo aroma, sabor e coloração característicos; Tequila: bebida com graduação alcoólica de 36 a 54% em volume, a 20ºC, obtida de destilado alcoólico simples de agave ou pela destilação do mosto fermentado de agave; Tiquira: bebida com graduação alcoólica de 36 a 54% em volume, a 20ºC, obtida de destilado alcoólico simples de mandioca ou pela destilação de seu mosto fermentado; (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Bebida alcoólica retificada: obtida por processo de retificação do destilado alcoólico, pelo rebaixamento do teor alcoólico do álcool etílico potável de origem agrícola ou pela padronização da própria bebida alcoólica retificada: Vodca: destilado de batata e cereais, com graduação alcoólica de 36 a 54% em volume, 20ºC, seguidos ou não de filtração por meio de carvão ativo, como forma de atenuar os caracteres organolépticos da matéria-prima original. Pode ser adicionada de açúcares até 2g/L e aromatizada com substância natural de origem vegetal. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Bebidas Bebida alcoólica por mistura: obtida pela mistura de destilado alcoólico simples de origem agrícola, álcool etílico potável de origem agrícola e bebida alcoólica, separadas ou em conjunto, com outra bebida não alcoólica, ingrediente não alcoólico ou sua mistura. Licor: elaborado misturando-se aguardente com substância de origem vegetal ou com extratos obtidos por infusões, mas açúcares ou mel em quantidade variada, com graduação alcoólica de 15 a 54% em volume, a 20ºC, com percentual de açúcar superior a 30g/L. (Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994) Referências Associação Brasileira da Indústria de café – ABIC. Métodos de preparo, 2018; Disponível em: http://abic.com.br/o-cafe/dicas-do-cafe/metodos-de-preparo/ Esmelindro et al. Caracterização físico-química da erva-mate: influência das etapas do processamento industrial. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 2002, 22(2): 193-204. European Brewery Convention – EBC Farah et al. Phenolic compounds in coffee. Brazilian Journal of Plant Physiology (Impresso), Brasil, v. 18, n.1, p. 23-36, 2006. Farah et al. Chlorogenic acids in Brazilian Coffea arabica cultivars from various consecutive crops. Food Chemistry, v. 134, p. 611-614, 2012. Lei nº 8918 de 14 de julho de 1994; Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/vigilancia- agropecuaria/ivegetal/bebidas-arquivos/lei-no-8-918-de-14-de-julho-de-1994.doc/view Lei nº 7678 de 8 de novembro de 1988; Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/vigilancia- agropecuaria/ivegetal/bebidas-arquivos/lei-no-7-678-de-8-de-novembro-de-1988.doc/view Lima et al. Distribution of major chlorogenic acids and related compounds in Brazilian green and toasted Ilex paraguariensis (maté) leaves. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 64, p. 2361-2370, 2016. http://abic.com.br/o-cafe/dicas-do-cafe/metodos-de-preparo/ http://www.agricultura.gov.br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/ivegetal/bebidas-arquivos/lei-no-8-918-de-14-de-julho-de-1994.doc/view http://www.agricultura.gov.br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/ivegetal/bebidas-arquivos/lei-no-7-678-de-8-de-novembro-de-1988.doc/view Morais et al. Ação antioxidante de chás e condimentos de grande consumo no Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia Brazilian Journal of Pharmacognosy 19(1B): 315-320, 2009. Neufingerl et al. Effect of cocoa and theobromine consumption on serum HDL-cholesterol concentrations: a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2013 Jun;97(6):1201-9 Sansone et al. Cocoa flavanol intake improves endothelial function and Framingham Risk Score in healthy men and women: a randomised, controlled, double-masked trial: the Flaviola Health Study. Br J Nutr. 2015 Oct 28; 114(8): 1246–1255. Schenker & Rothgeb. Impact of Roasting Conditions on the Formation of Aroma Compounds in Coffee Beans. Journal of Food Science. Vol. 67, Nr. 1, 2002. Tarzia et al. Influence of the postharvest processing method on polysaccharides and coffee beverages. International Journal of Food Science and Technology 2010 Referências https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23595874 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4594054/
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