TCC - Analise de Instalacoes Provisorias em Canteiro de Obras

Thiago Thadeu

15/12/2021

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE MAURÍCIO DE NASSAU
ENGENHARIA CIVIL

BENIGNO VALENTIM MASCARENHAS ARAÚJO
JEMERSON DOS SANTOS OLÍMPIO DA SILVA
THIAGO THADEU RAMALHO LEITE

Análise de Instalações Provisórias em Canteiro de Obras

Maceió
2021

BENIGNO VALENTIM MASCARENHAS ARAÚJO
JEMERSON DOS SANTOS OLÍMPIO DA SILVA
THIAGO THADEU RAMALHO LEITE

Análise de Instalações Provisórias em Canteiro de Obras

Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Universidade Maurício de Nassau para obten-
ção do título de Bacharel em Nome do Curso de
Engenharia Civil.

Orientador: Marconi

Maceió
2021

Nome: MASCARENHAS, Benigno
Nome: OLÍMPIO, Jemerson
Nome: LEITE, Thiago
Título: Análise de Canteiro de Obras em Maceió

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Maurício
de Nassau para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Aprovado em: _______/_______/__________

Banca Examinadora

Professor: _______________________________________________________________
Instituição: _______________________________________________________________
Julga-
mento:
_______________________________________________________________

AGRADECIMENTOS

Foram cinco anos de bastante estudo, desafios e resiliência, onde no ano final contamos
com duas perdas de extrema importância nesse ciclo que está a se findar (José Cicero Araújo –
Pai de Benigno; - Mãe de Thiago). Neste momento tão especial em nossas vidas e carreira
profissional, agradecemos primeiramente a Deus, e em seguida a estas pessoas acima citadas
por terem dado apoio incondicional, e batalhado junto conosco por este objetivo final. Essa
vitória também pertence a vocês.

Ao nosso professor, Marconi, por ter conduzido com total profissionalismo e de forma
exemplar o nosso Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

Agradecemos, também, a todos os professores que fizeram parte deste sonho, transmi-
tindo conhecimento, amizade, empatia e acima de tudo, exemplos que levaremos durante toda
a nossa jornada.
Aos nossos amigos de turma, deixamos nosso agradecimento e desejamos sucesso nesta
nova jornada que virá.

E por fim, a todos que de alguma forma somaram conosco durante esta jornada.

Agradecemos de coração!

Benigno, Jemerson e Thiago.

RESUMO
Regulamentada pela NR-18, o Canteiro de Obras além de ser o local de trabalho de caráter fixo
ou temporário, em que se desenvolvem atividades de apoio e execução de uma obra é, também,
o local de promoção da dignidade humana, onde seu principal objetivo é estabelecer parâmetros
de conforto, dignidade e segurança ao colaborador. A composição de um canteiro de obras ideal
vai além de questões legais. Sanitários, alojamentos, refeitório, depósito de insumos e equipa-
mentos, escritório, área de lazer e chuveiros permitem que o colaborador se sinta acolhido,
respeitado e valorizado. E para isso, a norma regulamentadora NR-18 (2020), estipula itens e
quantidades básicas, de acordo com a quantidade de colaboradores alocados na obra. Neste
trabalho será apresentado um estudo de caso em 03 canteiros de obras distintas de mesma fase
construtiva (alvenaria e concretagem) na cidade de Maceió/AL. As obras são consideradas de
médio e grande porte, e será analisado estatisticamente o grau de cumprimento da NR-18. Com
base nesta análise foi possível compreender que em obras de maior área o nível de cumprimento
foi maior em comparação a obras de menor área disponível.

Palavras-chave: Canteiro de obras; Grau de cumprimento; NR-18.

ABSTRACT

Regulated by NR-18, the Construction Site, in addition to being the place of work of a fixed or
temporary nature, where support activities and the execution of a work are developed, is also
the place of promotion of human dignity, where its main objective is to establish parameters of
comfort, dignity and safety for the employee. The composition of an ideal construction site goes
beyond legal issues. Restrooms, accommodation, cafeteria, storage of supplies and equipment,
office, leisure area and showers allow employees to feel welcomed, respected and valued. And
for this, the regulatory standard (NR) 18, stipulates basic items and quantities, according to the
number of employees allocated to the work. In this work, a case study will be presented in 03
different construction sites, of the same construction phase (masonry and concreting) in Ma-
ceió. The works are considered medium and large, and the degree of compliance with NR-18
will be statistically analyzed. Based on this analysis, it was possible to understand that in works
with a larger area the level of compliance was higher compared to works with a smaller avail-
able area.

Keywords: Construction site; Level of compliance; NR-18.

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Visão geral da obra A…………………………………………………….……….17
Figura 2 – Visão geral da obra B………………………………………………………..……18
Figura 3 – Visão geral da obra C .............................................................................................. 19
Figura 4 – Lavatórios – Obra A ................................................................................................ 21
Figura 5 – Sanitários – Obra A ................................................................................................. 21
Figura 6 – Refeitório – Obra A ................................................................................................. 21
Figura 7 – Entrada dos banheiros – Obra A ............................................................................. 21
Figura 8 – Mictórios – Obra B.................................................................................................. 23
Figura 9 – Sanitários – Obra B ................................................................................................. 23
Figura 10 – Área de vivência – Obra B .................................................................................... 23
Figura 11 – Almoxarifado – Obra B ......................................................................................... 23
Figura 12 – Mictórios – Obra C ............................................................................................... 24
Figura 13 – Lavatórios – Obra C .............................................................................................. 24
Figura 14 – Refeitório – Obra C ............................................................................................... 25
Figura 15 – Sala de Engenharia ................................................................................................ 25
Figura 16 – Sinalização e entrada da copa ............................................................................... 25
Figura 17 – Almoxarifado ........................................................................................................ 25

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Sistema de classificação segundo o Ministério do trabalho e emprego..................16

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Notas obtidas através do checklist da Obra A ....................................................... 20
Gráfico 2 – Notas obtidas através do checklist da Obra B .......................................................22
Gráfico 3 – Notas obtidas através do checklist da Obra C ....................................................... 24

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 11
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 11
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 11
3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 12
4 METODOLOGIA .............................................................................................................. 15
4.1 Procedimento de análise de dados ...................................................................................... 15
5 ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 17
5.1 Obra A ................................................................................................................................ 17
5.2 Obra B ................................................................................................................................ 18
5.3 Obra C ................................................................................................................................ 19
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 20
6.1 Obra A ................................................................................................................................ 20
6.1.1 Instalações provisórias ..................................................................................................... 20
6.2 Obra B ................................................................................................................................ 22
6.2.1 Instalações provisórias ..................................................................................................... 22
6.3 Obra C ................................................................................................................................ 23
6.3.1 Instalações provisórias ..................................................................................................... 23
7 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 27

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, o PIB da construção civil cresceu 2,7% no 2º trimestre de 2021. Apesar de
ser um período pandêmico, a atividade tem feito movimentar a economia brasileira, tornando-
se um setor cada dia mais competitivo, para acompanhar o crescimento imobiliário. Visando
em tornar o processo da construção mais eficiente e rápido o ambiente de trabalho precisou
ganhar novos olhares ao longo do tempo proporcionando maior segurança para os colaborado-
res, menores desperdícios, além de criar condições favoráveis para aumentar a produtividade
das etapas construtivas do empreendimento. Fazendo com que a elaboração do projeto de can-
teiro de obras se torne indispensável.
As empresas são obrigadas a identificar e eliminar deficiências na gestão de processos
construtivos e na gestão de recursos humanos, para atingir o objetivo com eficiência.
Normas como a Norma Regulamentadora 18 (NR 18) que estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas
de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambi-
ente de trabalho na Indústria da Construção, e a Norma Brasileira 12284 (NBR 12284) que fixa
critérios mínimos para a permanência de trabalhadores nos canteiros de obras.
Em particular, mesmo com todo o conhecimento, o processo de planejamento e organi-
zação do canteiro tem sido considerado um dos aspectos mais negligenciados na indústria da
construção, sendo que as decisões são tomadas à medida que os problemas vão surgindo e não
são tomadas conforme um planejamento específico. E os colaboradores vão seguindo o que são
expostos para eles.
Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia apresentou a definição de produtividade,
que pode ser entendida como o quociente do material produzido pelo fator de produção, sendo
assim, relacionado à eficiência e ao tempo: quanto menor o tempo de produção, maior será a
produtividade. O planejamento ajuda a chegar nesse quociente.
Não existe uma diretriz exata para ser seguida na instalação de canteiros de obra, sendo
cada caso necessário a análise separadamente, até que se chegue no melhor arranjo físico para
aquele canteiro de obras.
“A organização de um canteiro de obras é uma das partes mais importantes do planejamento,
resultando em projetos detalhados das locações e das áreas destinadas a instalações temporárias,
que podem variar conforme a natureza do empreendimento” (FONSECA, 2013, p. 2).

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
O principal objetivo deste trabalho é o levantamento de dados relevantes sobre o tema,
em 03 obras diferentes, visando uma análise estatística a respeito do cumprimento adequado a
aspectos da norma – NR-18 (2020).
2.2 Objetivos específicos
• Levantar dados relevantes à norma, com intuito de realizar um estudo de caso sobre as
diversas realidades encontradas no canteiro de obras, com base avaliativa total na NR-
18;
• Desenvolver uma análise estatística a respeito da adequação, principalmente, das áreas
de vivencia do Canteiro de Obras;
• Avaliar o nível de cumprimento e adequação em diferentes Canteiros de Obras no mu-
nicípio de Maceió/AL;

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Saurin (1997), o processo inicial da construção é caracterizado pela entrada dos
funcionários no terreno até a desforma da laje do térreo. Tal fase do empreendimento requer
condições para que se executem as escavações; sistemas de contenções; realização das funda-
ções, sistemas de drenagem; vigas baldrame, e concretagem da laje.
Durante a fase inicial da construção, o número de funcionários geralmente é reduzido, poucos
processos são realizados. O principal objetivo é encontrar espaço suficiente para a fabricação das
armaduras e formas, para as instalações provisórias que atendam as necessidades dos funcioná-
rios, e definir um local para recebimento de material que não interfira no andamento da obra
(SOUZA, 2000).
Souza (2000) menciona algumas técnicas quando não há espaço para dimensionar as áreas
de apoio devido à inexistência de recuo do subsolo em relação o alinhamento do terreno:
a) Fazer as escavações ou fundações em duas etapas, pois desta maneira há a possibilidade
de locar as instalações provisórias na parte ociosa do terreno. Os serviços não realizados serão
executados mais tarde, quando houver espaço para o deslocamento de tais instalações;
b) Utilizar a parte interna da escavação, utilizando container como instalações provisó-
rias, pois desta maneira podem ser deslocados facilmente;
c) Construir uma plataforma em balanço, a partir do alinhamento e apoiadas na própria
contenção, para apoio de elementos do canteiro, etc.
Historicamente, o desempenho do mercado da construção civil acompanha a economia brasi-
leira. Logo, o mercado de trabalho desse setor é cíclico, com períodos de alta demanda e, con-
sequentemente, altos salários, e épocas em que os níveis de desemprego prejudicam a empre-
gabilidade em todos os cargos e profissões. (SIENGE, 2020).
Com a evidência do setorda construção civil, aumentam-se as fiscalizações do Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e, também, do Ministério do Trabalho e Em-
prego (MTE), visando garantir condições mínimas de segurança e bem estar aos trabalhadores
alocados na obra. E para isso, a NR-18 (2020) vem para garantir a segurança do trabalho em
primeiro lugar, estabelecendo diretrizes de ordem administrativa, planejamento e organização
para cada uma das atividades que são realizadas em um Canteiro de Obras. Antes mesmo da
construção do canteiro de obras, a NR-18 exige que seja feito a comunicação à Delegacia Re-
gional do Trabalho (DRT), através do Sistema de Comunicação Prévia de Obras (SCPO), onde
devem ser informados os seguintes itens:

1. Endereço da Obra;
2. Endereço e qualificação do Contratante, empregador ou condomínio;
3. Tipo de Obra;
4. Datas previstas de início e termino da obra;
5. Número máximo de trabalhadores na obra.

Após a conclusão da comunicação, é gerado um recibo de cumprimento da obrigação,
que deve compor a pasta da obra. Para auxiliar no cumprimento de suas exigências, a NR-18
exige também a implantação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na In-
dustria da Construção (PCMAT) para canteiros que tiverem mais de 20 colaboradores. O
PCMAT – que deve ficar no canteiro para eventuais fiscalizações pelo MTE – deve ser elabo-
rado por um engenheiro de segurança, contemplando as exigências da NR-9, os documentos a
seguir:
1. Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, le-
vando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respecti-
vas medidas preventivas;
2. Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execu-
ção da obra;
3. Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
4. Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em con-
formidade com as etapas de execução da obra;
5. Layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando,
inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência;
6. Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensiona-
mento das áreas de vivência;
7. Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do
trabalho, com sua carga horária.
A NR-18 também prevê as condições para criação da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), que tem como pré-requisito a quantidade de funcionários alocados em
uma obra (+70). Esta norma regulamentadora determina que, para dimensionar a CIPA é im-
prescindível respeitar o que é previsto pela NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Aciden-
tes. (SIENGE).
De forma geral, a NR-18 direciona também, sobre áreas de vivência e instalações ne-
cessárias para cada tipo de Canteiro de Obras, os quais devem dispor de alguns itens, como:
1. Instalações Sanitárias;
2. Vestiário;
14

3. Alojamento;
4. Refeitório;
5. Cozinha (quando houver preparo de refeições no local);
6. Lavanderia;
7. Area de lazer;
8. Ambulatório (Quando houver +50 colaboradores alocados na obra).
Observações:
a) O cumprimento do disposto nos itens "3", "6" e "7" é obrigatório nos casos onde houver
trabalhadores alojados;
b) As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e
limpeza.
As Instalações sanitárias (local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das
necessidades fisiológicas de excreção) devem seguir o protocolo estabelecido pela norma NR-
18, e em especial respeitar a quantidade necessária para cada grupo de colaboradores, que deve
ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para
cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1
(uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.
O Vestiário (obrigatório para troca de roupa dos funcionários que não residam no local)
deve ser próximo aos alojamentos e/ou entrada da obra, sem ligação direta com o espaço do
refeitório, e algumas das suas obrigatoriedades são:
1. Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
2. Ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
3. Ter cobertura que proteja contra intempéries;
4. Ter iluminação natural ou artificial;
5. Ter armários individuais com fechadura ou cadeado

4. METODOLOGIA

Para verificar o grau de cumprimento da NR-18, foram visitadas 03 obras distintas de
mesma fase de execução (alvenaria e concretagem) no município de Maceió/AL, em setembro
de 2021.
As obras visitadas e analisadas foram 03 empreendimentos de empresas privadas, e
tendo em vista a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), suas identificações serão mantidas
em total discrição. Ao total foram avaliadas 3 obras de 2 construtoras diferentes, e avaliadas em
mesma fase de execução tendo em vista que o canteiro de obras muda de acordo com cada etapa
da obra, anulando assim a variável “etapa”.
4.1 Procedimento de análise dos dados

Para obtenção dos dados para a execução da pesquisa, foi utilizada uma lista de verifi-
cação padronizada, desenvolvida por Saurin e Formoso (2006) para o programa de Tecnologia
e habitação. Esta lista de verificação foi implantada nos 3 canteiros de obras que serão expostos
na próxima seção, onde seu principal objetivo foi avaliar o nível de cumprimento da norma
(NR-18) em diversos ambientes do Canteiros de obras: Instalações Provisórias; Tapumes; Aces-
sos; Escritório; Almoxarifado; Refeitório; Vestiário; Instalações Sanitárias; Área de lazer; E
local para armazenamento de materiais.
As informações necessárias para definição dos gráficos foram adquiridas em entrevistas
com os Engenheiros e Mestre de obras, registro fotográfico e visita na obra para apuração dos
dados. A utilização destas ferramentas possibilitou uma análise completa e assertiva em relação
ao cumprimento da norma, e os aspectos positivos e negativos do Canteiro de Obras.
A lista de verificação utilizada para apuração das informações (Saurin e Formoso, 2006)
contempla mais de 100 itens, distribuídos em 3 grupos, são eles:

a) Instalações provisórias;
b) Segurança no trabalho;
c) Armazenamento de materiais.

No entanto, para a realização deste trabalho foi utilizado apenas o grupo “a”. Cada item
verificado receberá o valor de 1 ponto. Para receber este ponto o respectivo item deve ter assi-
nalada a opção “sim” na lista de verificação. Além da resposta “sim”, pode-se responder com
“não” e “não se Aplica”. As respostas assinaladas com a alternativa “sim” corresponderão aos
16

aspectos positivos, ou seja, ao cumprimento da norma, e as respostas assinaladas com “não”
corresponderão os aspectos negativos. Já as respostas “não se aplicam”, foram levados em con-
sideração que o item não se utiliza ao canteiro em pesquisa, desse modo, esses pontos não foram
contabilizados. O índice de cada grupo pode se dar através da Equação 01.

𝐼𝑔 =
𝑃𝑂 ∗ 10
𝑃𝑃
(𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 01)

As notas obtidas foram analisadas de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Mi-
nistério do Trabalho e Emprego (Brasil, 2003), que possui um sistema de avaliação das infor-
mações, conforme demonstrado na tabela 1. A avaliação possui uma variação entre “Péssimo”
(adjetivo usado para Canteiros de Obras que estejam em total desconformidade com a norma
NR-18), e “Ótimo” (adjetivo usado para Canteiros de Obras que estejam em total conformidade
a norma NR-18).

Tabela 1. Sistema de classificação segundo o Ministério do trabalho e emprego
Pontuação Classificação
0 – 2 Péssimo
2,01 – 4 Ruim
4,01 – 6 Regular
6,01 – 8 Bom
8,01 – 10 Ótimo
Fonte: Brasil (2003)

5. ESTUDO DE CASO
5.1. Obra A
Trata-sede um prédio residencial de alto padrão, localizado no bairro Mangabeiras na
cidade de Maceió/AL. O empreendimento A (Figura 1) consiste em duas torres, com 10 pavi-
mentos e 40 unidades cada torre. Sendo 09 pavimentos tipo, e 01 pavimento cobertura. Também
possui 1 subsolo com estrutura de concreto armado em cada torre. O canteiro de obras A, possui
apenas uma entrada, a qual é destinada para total uso da obra (entrada de visitantes, materiais,
mão de obra e equipamentos). A visita foi realizada no dia 22/09/2021, e a obra se encontra em
fase de concretagem e alvenaria.

Figura 1. Visão geral da obra A

Fonte: Autores, 2021.

5.2. Obra B

Trata-se de um empreendimento de baixo-médio padrão (Unidade I), localizado às mar-
gens da Avenida Menino Marcelo, na Cidade Universitária, introduzido no programa Casa
Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida). O empreendimento B (Figura 2) consiste
em 5 blocos, com 8 pavimentos por bloco e, 8 apartamentos por andar, totalizando 320 unidades
privativas. O canteiro de obras B possui apenas uma entrada, a qual é destinada para total uso
da obra (entrada de visitantes, materiais, mão de obra e equipamentos). A visita foi realizada
no dia 18/09/2021, e a obra encontra-se em fase de concretagem e alvenaria.

Figura 2. Visão geral da obra B

Fonte: Autores, 2021.

5.3. Obra C

Trata-se de um empreendimento de baixo-médio padrão (Unidade II), localizado às mar-
gens da Avenida Menino Marcelo, na Cidade Universitária, introduzido no programa Casa
Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida). O empreendimento B (Figura 3) consiste
em 5 blocos, com 8 pavimentos por bloco e, 8 apartamentos por andar, totalizando 320 unidades
privativas. O canteiro de obras B possui apenas uma entrada, a qual é destinada para total uso
da obra (entrada de visitantes, materiais, mão de obra e equipamentos). A visita foi realizada
no dia 18/09/2021, e a obra se encontra em fase de concretagem e alvenaria. De acordo com o
avanço e mudança da fase da obra, foi necessário mudar o local do Canteiro de Obras, de um
ponto para outro, para que fosse dado início a execução do espaço de lazer.

Figura 3. Visão geral da obra C

Fonte: Autores, 2021

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES.
Neste tópico serão expostos os resultados obtidos através do estudo do índice global para
as três obras visitadas.
6.1. Obra A
6.1.1. Instalações provisórias

Para implantação do Canteiro de Obras foi utilizado dois pontos: área do próprio em-
preendimento e uma base de apoio vizinho (alugado pela construtora). Na área do próprio em-
preendimento se localiza o refeitório, vestiários, instalações sanitárias e área de lazer. Já na base
de apoio vizinho, foi alocado o escritório e o almoxarifado. O gráfico a seguir indica as notas
obtidas através do checklist utilizado na Obra A.

Gráfico 1. Notas obtidas através do checklist da Obra A

Fonte: Autores, 2021

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
VESTIÁRIO
REFEITÓRIO
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
ESCRITÓRIO
ÁREA DE LAZER
ALMOXARIFADO
ACESSOS
INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
Série 1
21

Por meio do gráfico 1, observa-se que no geral, a obra está em cumprimento com a
norma (NR-18), ficando a desejar o quesito acessos (nota 6,2), pois não era possível a entrada
de caminhões na obra. E como destaque nesta obra, temos os quesitos de Instalações sanitá-
rias, refeitório e almoxarifado, que entre outros, receberam nota máxima no checklist, como
ilustrado abaixo.

Figura 4. Lavatórios – Obra A Figura 5. Sanitários – Obra A

Fonte: Autores, 2021 Fonte: Autores, 2021

Figura 6. Refeitório – Obra A Figura 7. Entrada dos banheiros – Obra A

Fonte: Autores, 2021 Fonte: Autores, 2021

6.2. Obra B
6.2.1. Instalações provisórias

Para implantação do Canteiro de Obras foi utilizada a área do próprio empreendimento
onde se localiza o refeitório, vestiários, instalações sanitárias, área de lazer, escritório e o almo-
xarifado. O gráfico 2 a seguir indica as notas obtidas através do checklist utilizado na Obra B.

Gráfico 2. Notas obtidas através do checklist da Obra B.

Fonte: Autores, 2021.

Por meio do gráfico 2, observa-se que a obra está bastante conceituada nos requisi-
tos da NR-18. Onde em entrevista, questionamos ao responsável da obra se esse cumprimento
das exigências se devia a fiscalização, ou a outros fatores, e o mesmo relatou que o espaço
interno da obra (considerado uma área grande), favoreceu ao cumprimento da norma. Possui
espaço para acessos de caminhões, pessoas, e grandes espaços para alocação de Almoxarifado,
refeitório, e os demais tópicos, facilitando a implantação e a organização dos mesmos.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
VESTIÁRIO
REFEITÓRIO
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
ESCRITÓRIO
ÁREA DE LAZER
ALMOXARIFADO
ACESSOS
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Série 1
23

Figura 8. Mictórios – Obra B Figura 9. Sanitários – Obra B

Fonte: Autores, 2021 Fonte: Autores, 2021

Figura 10. Área de vivência – Obra B Figura 11. Almoxarifado – Obra B

Fonte: Autores, 2021 Fonte: Autores, 2021

6.3. Obra C
6.3.1. Instalações provisórias

Para implantação do Canteiro de Obras foi utilizado a área do próprio empreendimento
onde se localiza o refeitório, vestiários, instalações sanitárias, área de lazer, escritório e o almo-
xarifado. O gráfico a seguir indica as notas obtidas através do checklist utilizado na Obra B.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
VESTIÁRIO
REFEITÓRIO
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
ESCRITÓRIO
ÁREA DE LAZER
ALMOXARIFADO
ACESSOS
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Série 1
Gráfico 3: Notas obtidas através do checklist da Obra C

Fonte: Autores, 2021.

Assim como na Obra B, o gráfico ilustra o ótimo cenário da implementação do
Canteiro de Obras da Obra C. Uma obra, também agraciada com uma ampla área, o que possi-
bilita que sejam feitas boas instalações e facilita na organização no decorrer da obra.

Figura 12. Mictórios – Obra C Figura 13. Lavatórios – Obra C

Fonte: Autores, 2021 Fonte: Autores, 2021

Figura 14. Refeitório – Obra C Figura 15. Sala de Engenharia

Fonte: Autores, 2021 Fonte: Autores, 2021

Figura 16. Sinalização e entrada da copa Figura 17. Almoxarifado

Fonte: Autores, 2021Fonte: Autores, 2021

7. CONCLUSÕES
A pesquisa realizada neste trabalho visou o estudo sobre o grau de cumprimento à NR-
18 com base nos parâmetros estabelecidos na lista de verificação de Saurin e Formoso (com
ênfase no tópico 1: Instalações Provisórias)
Com base na lista de verificação de Saurin e Formoso (2006), os resultados apontaram
que a área do empreendimento foi um fator determinante para a adequação do Canteiro de Obras
à NR-18. Todas as obras apresentaram um cenário favorável ao cumprimento da norma, desta-
cando-se as obras de maior amplitude, pois conseguem centralizar todas as instalações provi-
sórias dentro de um mesmo ambiente, favorecendo ao bom andamento da obra, e influenciando
diretamente na qualidade de vida dos colaboradores.
27

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12284: Obras da construção
civil, demolição e reparos. Rio de Janeiro, 1978

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12284: Áreas de Vivência
em Canteiro de Obras. Rio de Janeiro, 1991

COSTELLA, M. F.; JUNGES, F. C.; PILZ, S. E. Avaliação do cumprimento da NR-18 em
função do porte de obra residencial e proposta de lista de verificação da NR-18. Ambiente
Construído, Porto Alegre, v. 14, n. 3, p. 87-102, set/out. de 2021.

NR-18 - Condições de segurança e saúde no trabalho na indústria da construção. Guia traba-
lhista, Curitiba, 02 de agosto de 2021. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/le-
gislacao/nr/nr18.htm#18.4._%C3%81reas_de_viv%C3%AAncia>. Acesso em: set/out. de
2021.

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm#18.4._%C3%81reas_de_viv%C3%AAncia
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm#18.4._%C3%81reas_de_viv%C3%AAncia