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Síndrome da veia cava superior

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1 Jaíne Miotto Candaten 
Síndrome da veia cava superior 
• Emergência oncológica 
Condição clinica resultante de uma alteração 
metabólica, neurológica, cardiovascular, 
hematológica e/ ou infecciosa decorrente do 
câncer ou do tratamento oncológico e que 
necessita DE INTERVENÇÃO IMEDIATA para 
evitar o OBITO ou PERDA SIGNIFICATIVA DA 
QUALIDADE DE VIDA. 
NO PACIENTE QUE NÃO TEM DIAGNÓSTICO 
PREVIO DE CÂNCER, O QUADRO CLINICO DE 
UMA EMERGÊNCIA ONCOLOGICA PODE SER 
A 1ª MANIFESTACAO DO CÂNCER! 
 
• Síndrome de Veia Cava Superior 
Sinais e sintomas decorrentes da obstrução do 
fluxo sanguíneo, por compressão, invasão ou 
trombose da veia cava superior. 
Os fatores causais da Síndrome de Veia Cava 
Superior dividem se em: causas neoplásicas X 
não neoplásicas 
As causas neoplásicas correspondem a 60 - 86% 
dos casos (pulmão e linfoma principalmente), 
sendo as histologias e sítios primários mais 
frequentes: 
 80% são decorrentes de neoplasias com 
lesão primaria no pulmão direito; podendo ser: 
➢ SCLC - Pequenas células (38%) 
➢ CEC (NSCLC) pulmão (26%) 
 Linfoma mediastino – Hodgkin (8% 20%) 
 Outros tumores primários de mediastino (por 
exemplo timoma, carcinoma do timo) 
 Metastático (para gânglios mediastinais como 
ca de mama com gânglios em cadeia mamária 
interna acometidos ou tumores germinativos 
extragonadais). 
 
As causas não neoplásicas já foram 
responsáveis por mais de 40% dos casos, sendo 
atualmente pouco frequente. Entre as causas 
estão: 
 Cateter venoso central 
 Marcapasso 
 Aneurisma 
 Mediastinite tuberculosa (no passado já foi a 
principal causa da síndrome). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Jaíne Miotto Candaten 
Os sinais e sintomas decorrem da anatomia, da 
função fisiológica da VCS e da velocidade de 
crescimento da lesão que causa a 
compressão/invasão. A severidade do quadro 
clínico é dependente do grau e da velocidade de 
instalação da obstrução da veia cava superior 
Sinais e sintomas bastante característicos: 
Pode ter início insidioso, com progressiva piora 
dos sintomas em tempo variável (dependendo da 
velocidade de crescimento do tumor); 
Dispneia presente na maioria dos casos (63%); 
edema de face (50%); tosse seca (24%); edema 
de membro superior direito (18%); dor 
precordial; disfagia e rouquidão; 
Distensão das veias do pescoço (66%); 
aparecimento de circulação colateral em 
parede torácica (54%); pletora facial (19%); 
cianose (19%), síncope, cefaleia, tonturas, 
confusão, rouquidão, edema de vias aéreas 
superiores, edema cerebral. 
Evolução: dispneia, edema de face, pletora. 
Distensão de jugular e de veias do 
tórax circulação colateral, a qual 
será mais evidente se houver uma 
velocidade mais lenta de 
crescimento/ obstrução tumoral. 
Dá para induzir a pletora ao pedir manobras de 
Valsalva. 
 
O exame inicial é a TC de tórax com contraste 
para determinar etiologia da SVCS; sempre 
afastar a presença de trombose, pois é causa 
potencialmente reversível. De acordo com os 
achados na TC de tórax, avaliar realização de 
exame complementar específico para determinar 
etiologia da neoplasia (e.g. broncoscopia, 
mediastinoscopia, biópsia transtorácica etc). 
DIAGNÓSTICO: o diagnóstico é inicialmente 
clinico, considerando os sinais e sintomas e 
favorecido se já houver previamente o 
diagnostico oncológico estabelecido. 
O RX tórax pode auxiliar quando identif icado um 
alargamento mediastino superior, associado ou 
não a derrame pleural; entretanto não consegue 
identif icar a “causa” da obstrução do fluxo 
venoso; 
CT tórax contrastado; Angiografia ou 
Angiotomografia (consegue dar certeza quanto a 
presença ou não de trombo no interior da veia 
cava) 
Pet CT (permite diferenciar causas tumorais 
malignas x benignas pela intensidade, captação 
da glicose radiomarcada). 
 
3 Jaíne Miotto Candaten 
Incidência AP. Massa no hilo pulmonar direito e 
alargamento do mediastino. 
 
 
 
 
Gravidade do quadro – classificação e 
incidência: 
 
Atendimento clinico de EMERGÊNCIA - o que 
deve ser feito após confirmado o diagnóstico de 
Compressão da Veia Cava Superior: 
 Repouso com cabeceira elevada (facilitar a 
drenagem venosa); 
 O2 nasal - apenas para alivio sintomático; sem 
repercussão no quadro clinico geral – mesmo se 
saturando normal; 
 Diurético (Furosemida) e redução do sódio na 
dieta (evitar piorar o edema devido retenção 
hídrica); 
 Corticoide (reduz o edema peri-lesional 
geralmente 10 - 20mg EV de dexametasona de 
ataque e manter doses diárias entre 8 - 16mg via 
oral ou EV se via oral não disponível. Paciente 
com alta chance de ter linfoma, tem que fazer 1º 
biópsia e depois corticoide. 
 Anticoagulante profilático ou terapêutico (se 
confirmada a presença de trombo); 
 Evitar punção em MMSS. 
Após as medidas iniciais = INICIAR investigação 
diagnostica para aqueles pacientes SEM 
diagnostico oncológico. 
PROCEDER INVESTIGAÇÃO HISTOLOGICA: 
 Toracocentese + citologia = 50% 
 Broncoscopia = 50 a 70% 
 Biópsia transtorácica = 75% 
 Mediastinoscopia / Mediastinotomia = 90% 
 Biópsia de lesão de fácil acesso 
(gânglio/massa palpável). 
 
Uma vez estabelecido o diagnostico histológico e 
localização primária do tumor, É IMPORTANTE 
INICIAR O TRATAMENTO ESPECIFICO 
CONTRA O TUMOR, para redução da 
compressão da cava e alivio dos sintomas e 
sinais. 
 Se diagnóstico de: SCLC, Linfoma não 
Hodgkin ou Tumor de células germinativas 
(QUIMIOSSENSÍVEL) = preferência por 
QUIMIOTERAPIA; 
 Se diagnóstico de NSCLC (Ca pulmão não 
pequenas células) = preferência por 
RADIOTERAPIA; 
Pode associar os dois métodos. 
Stent endovascular: associado à trombólise; 
sucesso: 85%; complicações: 0-50% 
 
4 Jaíne Miotto Candaten 
 
Comparando opções de tratamento: 
 
A presença de Síndrome de Veia Cava Superior 
limita bastante o prognóstico: sobrevida em 1 
ano: 17 - 20%; sobrevida em 2 anos: 2 - 10%. 
 
Caso clínico: 
Paciente do sexo masculino, 63 anos, tabagista 
50 anos-maço, é trazido para atendimento 
médico por familiares que relatam que o paciente 
vinha se queixando de dispneia progressiva não 
associada a esforços há um mês, e há uma 
semana disfagia para sólidos e rouquidão. Nos 
últimos dois dias a dispneia se intensificou e hoje 
foi encontrado em casa desacordado por 
familiares. Ao exame físico na chegada estava 
em Glasgow 11 (abertura ocular: 2, resposta 
motora: 5, resposta verbal: 4), FC 140 bpm, PA 
170x90mmHg, FR 36cpm, SatO2 84% em ar 
ambiente, Temperatura 36,7oC, enchimento 
capilar normal, ausculta pulmonar e ausculta 
cardíaca normais, porém cianose em face, 
edema de membro superior direito e aumento de 
circulação periférica na pele do tórax. O paciente 
foi levado para a sala de emergência, foi 
monitorado, ofertado oxigênio em máscara 
aberta, e inicialmente foi feita uma radiografia de 
tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UpToDate: O câncer de pulmão de células não 
pequenas (NSCLC) é a causa maligna mais 
comum da síndrome de SVC, sendo responsável 
por aproximadamente 50% de todos os casos, 
seguido por câncer de pulmão de células 
pequenas (SCLC; aproximadamente 25 a 35%) 
e linfoma não-Hodgkin (NHL; 10 a 15 %).

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