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Relatório Lesões Químicas e Físicas da Mucosa Oral

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINORTE 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE LESÕES QUÍMICAS E FÍSICAS NA MUCOSA ORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2021 
 
ANDREZA ALMEIDA DOS SANTOS 
LARISSA DE AMORIM ALVES 
LUIS GEOVANE GUEDES DOS SANTOS 
YARA GOMES BRASIL SIMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATORIO DE LESÕES QUÍMICAS E FÍSICAS DA MUCOSA ORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2021
Relatório apresentado ao Centro 
Universitário Uninorte como requisito para 
obtenção de nota na disciplina Diagnostico 
do curso de Odontologia. 
 
Professor: Raissa Castelo Bessa Nogueira 
 
LESÕES QUÍMICAS E FÍSICAS DA MUCOSA ORAL 
 
A seguir apresentaremos algumas lesões que tem maior prevalência nos consultórios 
odontológicos junto de seu diagnostico, sua prevenção, aspectos clínicos e radiográficos quando 
couber de cada lesão. 
 
LINHA ALBA 
A linha alba (“linha branca”) é uma alteração comum da mucosa jugal, geralmente associada 
à pressão, irritação por fricção ou trauma de sucção das superfícies vestibulares dos dentes. Nenhum 
outro problema relacionado, como transpasse horizontal insuficiente ou restaurações irregulares nos 
dentes é responsável pelo desenvolvimento da linha alba. 
Característica clinica: Consiste em uma linha branca geralmente bilateral. Pode ser escamosa 
e está localizada na mucosa jugal na altura da linha de oclusão dos dentes. Essa linha varia em 
proeminência e é comumente restrita a áreas dentadas. Com frequência, é mais pronunciada 
próxima aos dentes posteriores. Raramente a biopsia é indicada. 
Tratamento e prognóstico: Não há necessidade de tratamento para os pacientes com linha 
alba. A regressão espontânea pode acontecer. 
 
MORSICATIO BUCCARUM (MASTIGAÇÃO CRÔNICA DA BOCHECHA) 
Mordiscadas crônicas causam lesões localizadas geralmente na mucosa jugal (morsicatio 
buccarum); entretanto, a mucosa labial (morsicatio labiorum) e a borda lateral da língua (morsicatio 
linguarum) também podem estar envolvidas. Alterações semelhantes têm sido observadas como um 
resultado da sucção e nos sopradores de vidro, cuja técnica produz irritação crônica da mucosa 
jugal. 
Características clínicas: As lesões nos pacientes com morsicatio são encontradas com maior 
frequência bilateralmente na porção anterior da mucosa jugal. Elas também podem ser unilaterais, 
combinadas com lesões dos lábios ou língua, ou restritas aos lábios ou língua. Áreas brancas, 
espessadas e fragmentadas podem estar entremeadas a zonas eritematosas, com erosão ou com 
ulceração traumática focal. As áreas brancas da mucosa exibem uma superfície dilacerada e 
irregular, e o paciente relata que é capaz de remover fragmentos de material branco da área 
envolvida. 
Diagnóstico: Na maioria dos casos, a apresentação clínica do morsicatio é suficiente para um 
diagnóstico presuntivo, e a biopsia raramente é realizada por clínicos familiarizados com esta 
condição. 
 
 
Tratamento e prognóstico: Não há necessidade de tratamento das lesões orais e nenhuma 
complicação é ocasionada pela presença das alterações na mucosa. 
 
ULCERAÇÕES TRAUMÁTICAS 
Lesões agudas e crônicas da mucosa oral são comuns e podem estar associadas a ulcerações 
da superfície. As ulcerações podem permanecer por longos períodos de tempo, mas geralmente 
cicatrizam em dias. 
Características clínicas: as ulcerações traumáticas simples ocorrem com maior frequência na 
língua, lábios e mucosa jugal — sítios que podem ser lesionados pelos dentes. As lesões da gengiva, 
palato e fundo de vestíbulo podem ocorrer por outras fontes de irritação. Individualmente, as lesões 
aparecem como áreas de eritema circundando uma área central recoberta por uma membrana 
fibrinopurulenta amarelada destacável. Em muitos casos, a lesão desenvolve uma borda endurecida 
branca de hiperqueratose, imediatamente adjacente à área de ulceração. 
Tratamento e prognóstico: Para as ulcerações traumáticas que tenham uma evidente fonte 
traumática, a causa da irritação deve ser removida. Um anestésico tópico ou películas protetoras 
podem ser aplicados para alívio temporário da dor. Quando a causa não é óbvia, ou quando o 
paciente não responde ao tratamento, a biopsia é então indicada. O uso de corticoides no tratamento 
das ulcerações traumáticas é controverso. Embora a recidiva seja frequentemente observada, estas 
ulcerações cicatrizam de forma espontânea, e a grande maioria dos pacientes não apresenta 
disseminação do processo. Estudos futuros são essenciais para uma maior compreensão deste 
processo pouco conhecido. 
 
GRANULOMA PIOGÊNICO 
O granuloma piogênico é um crescimento nodular da cavidade oral que, tradicionalmente, 
tem sido considerado como tendo natureza não neoplásica. Características clínicas: O granuloma 
piogênico é um aumento de volume, com superfície lisa ou lobulada, que usualmente é pediculada. 
A superfície é, normalmente, ulcerada e varia do rosa ao vermelho ao roxo, dependendo da idade da 
lesão. 
Tratamento e prognóstico: O tratamento dos pacientes com granuloma piogênico consiste na 
excisão cirúrgica conservadora, que usualmente é curativa. O espécime deve ser submetido a exame 
microscópico para afastar o diagnóstico de lesões mais graves. Para lesões gengivais, a excisão deve 
ser estendida para a região subperióstica, e os dentes adjacentes devem ser raspados de modo eficaz, 
para remover qualquer fonte de irritação contínua. Usualmente, o tratamento deve ser postergado 
para lesões que se desenvolveram durante a gravidez, a menos que se apresentem problemas 
 
 
funcionais ou estéticos significativos. A taxa de recidiva é alta para os granulomas piogênicos 
removidos durante a gravidez, e algumas lesões irão se resolver espontaneamente após o parto. 
QUEIMADURA ELÉTRICA E TÉRMICA 
As queimaduras elétricas da cavidade oral são razoavelmente comuns. Dois tipos de 
queimaduras elétricas podem ser observados: (1) contato e (2) arco. 
Características clínicas: As mãos representam o local mais comum de queimaduras elétricas 
em adultos. Contrariamente, a cavidade oral é a localização que afeta de forma mais comum as 
crianças, nas quais a maioria dos acidentes ocorre antes dos quatro anos de idade. Os lábios 
costumam ser mais afetados e a comissura em geral está envolvida. Inicialmente, a queimadura se 
apresenta como uma área indolor, carbonizada e amarelada, que exibe pouco ou nenhum 
sangramento. Geralmente um edema significativo se desenvolve dentro de poucas horas e pode 
persistir por mais de 12 dias. Por volta do quarto dia, a área afetada se torna necrótica e membranas 
começam a se soltar. O sangramento pode ocorrer durante este período, pela exposição da 
vascularização vital subjacente, e a presença dessa complicação deve ser monitorada rigorosamente. 
As lesões relacionadas a queimaduras térmicas por alimentos quentes em geral aparecem no palato 
ou na mucosa jugal posterior. 
Tratamento e prognóstico: Para os pacientes com queimaduras elétricas da cavidade oral, a 
imunização contra o tétano, caso não esteja atualizada, é necessária. A maioria dos clínicos 
prescreve uma profilaxia antibiótica, geralmente penicilina, para prevenir infecção secundária nos 
casos graves. O principal problema das queimaduras orais é a contratura da abertura da boca durante 
a cicatrização. Sem intervenção, uma microstomia importante pode se desenvolver, podendo 
restringir a abertura bucal, de forma que, nos casos graves, a higienização e alimentação se tornem 
impossíveis. Cicatrizes extensas e desfiguração são comuns em pacientes não tratados. 
 
QUEIMADURAS QUÍMICAS DA MUCOSA ORAL 
Um grande número de substâncias químicas e drogas entram em contato com os tecidos 
orais. Uma porcentagem destes agentes é cáustica e pode causar danos clinicamente significativos. 
Os pacientes costumam ser seus próprios e piores inimigos. A gama de substâncias que é colocada 
no interior da bocana tentativa de resolver problemas orais é surpreendente. Aspirina, perborato de 
sódio, peróxido de hidrogênio, gasolina, terebentina, fricção com álcool e ácido de bateria são 
apenas alguns dos exemplos mais interessantes. Produtos comercializados sem receita médica 
contendo álcool isopropílico, fenol, peróxido de hidrogênio ou eugenol têm produzido reações 
adversas nos pacientes. Produtos de clareamento dentário contendo peróxido de hidrogênio ou uma 
de suas substâncias precursoras, o peróxido de carbamida, podem gerar necrose da mucosa. Um 
 
 
grande número de medicações também é potencialmente cáustico quando permanecem na boca por 
um longo período de tempo. Exemplos bem documentados são a aspirina, os bisfosfonatos e duas 
drogas psicoativas, a clopromazina e a promazina. 
Tratamento e prognóstico: O melhor tratamento para as agressões químicas é a prevenção à 
exposição da mucosa oral a materiais cáusticos. Quando o clínico prescrever drogas potencialmente 
cáusticas, ele deve instruir o paciente a engolir o remédio e não permitir que este permaneça na 
cavidade oral por um longo período de tempo. As crianças não devem usar aspirina mastigável 
imediatamente antes de dormir e precisam fazer bochechos com água após o uso. Para proteção 
temporária, alguns clínicos recomendam cobrir com uma pasta emoliente protetora ou com uma 
película de hidroxipropilcelulose. Anestésicos tópicos também podem ser utilizados para promover 
alívio temporário da dor. Quando áreas extensas de necrose estiverem presentes, o desbridamento 
cirúrgico e a cobertura antibiótica geralmente são necessários para promover a cicatrização e evitar 
a disseminação da necrose 
 
HEMORRAGIA SUBMUCOSA 
Todas as pessoas já experimentaram uma equimose ao menor trauma. Isso ocorre quando um 
evento traumático resulta em hemorragia e o sangue fica aprisionado no interior dos tecidos. 
Características clínicas: A hemorragia submucosa se manifesta como uma zona não pálida 
elevada ou plana, com coloração variando entre o vermelho, azul e negro-azulado. Conforme se 
espera, as lesões traumáticas estão localizadas mais frequentemente na mucosa labial ou jugal. Uma 
leve dor pode estar presente. 
Tratamento e prognóstico: Muitas vezes nenhum tratamento é necessário se a hemorragia 
não estiver associada a uma morbidade de base ou à doença sistêmica. As áreas tendem a regredir de 
forma espontânea. Os hematomas grandes podem precisar de várias semanas para regredir. Se a 
hemorragia ocorrer secundariamente a uma doença de base, o tratamento deve ser dirigido para o 
controle desta. 
 
NECROSE ANESTÉSICA 
A administração de um agente anestésico local pode, ocasionalmente, ser seguida de 
ulcerações e necrose na área de injeção. 
Características clínicas: A necrose anestésica geralmente se desenvolve dias após o 
procedimento e afeta mais comumente o palato duro. Uma área de ulceração bem circunscrita se 
desenvolve no sítio da injeção. 
 
 
Tratamento e diagnóstico: O tratamento da necrose anestésica usualmente não é necessário, 
exceto quando a ulceração não cicatriza. Foi relatado que pequenos traumas, como o causado 
durante a realização de um raspado citopatológico, podem induzir a resolução desses casos crônicos. 
 
TATUAGEM POR AMÁLGAMA 
Vários materiais pigmentados podem ser implantados no interior da mucosa oral, resultando 
em pigmentações clinicamente evidentes. 
Características clínicas e radiográficas: As tatuagens por amálgama se manifestam como 
máculas ou, raramente, como lesões ligeiramente elevadas. Elas podem apresentar coloração preta, 
azul ou cinza. As bordas podem ser bem definidas, irregulares ou difusas. É possível ocorrer 
expansão lateral por vários meses após a implantação. Qualquer superfície mucosa pode estar 
envolvida, porém as localizações mais frequentes são a gengiva, a mucosa alveolar e a mucosa 
jugal. 
Quando realizadas, as radiografias periapicais, em muitos casos, não mostram a presença do 
metal. Quando os fragmentos metálicos são radiograficamente visíveis, a área clínica da 
pigmentação se estende além do tamanho do fragmento. Os fragmentos são densamente radiopacos, 
variando em tamanho desde vários milímetros a um ponto. Na maioria das vezes, o padrão de 
dispersão do amálgama tem sido suficientemente único para ser usado como uma característica 
distinta no reconhecimento de pessoas mortas desconhecidas. 
Tratamento e prognóstico: Para confirmar o diagnóstico de tatuagem por amálgama, o 
clínico pode obter radiografias das áreas de pigmentação da mucosa na tentativa de demonstrar os 
fragmentos metálicos. Os filmes têm que ter capacidade de alta definição, porque muitos dos 
fragmentos são menores que a ponta de um alfinete. Quando é possível detectar radiograficamente 
os fragmentos, não há necessidade de tratamento. Quando nenhum fragmento metálico é encontrado 
e a lesão não pode ser diagnosticada clinicamente, a biopsia pode ser necessária para excluir a 
possibilidade de neoplasia melanocítica. 
 
MELANOSE DO FUMANTE 
As pigmentações orais são muito aumentadas em fumantes inveterados. 
Características clínicas: Embora qualquer superfície mucosa possa ser afetada, a melanose 
do fumante atinge mais comumente a gengiva vestibular anterior. A maioria das pessoas afetadas 
por esta condição é usuária de cigarro. Contrariamente, os usuários de cachimbo frequentemente 
exibem pigmentações localizadas na comissura labial e na mucosa jugal. Os praticantes do fumo 
invertido exibem alterações no palato duro. 
 
 
As áreas de pigmentação aumentam durante o primeiro ano de uso do tabaco e parecem estar 
relacionadas ao número de cigarros fumados por dia. 
Tratamento e prognóstico: O abandono do tabagismo resulta em desaparecimento gradual 
das áreas relacionadas à pigmentação a longo de um período de três anos. A biopsia deve ser 
considerada quando a pigmentação situa-se em locais inesperados, como o palato duro, ou quando 
há mudanças clínicas incomuns, como o aumento da densidade da melanina ou elevação da 
superfície. 
 
OSTEONECROSE ASSOCIADA AOS BISFOSFONATOS 
Em 2003 um padrão de osteonecrose dos ossos gnáticos de difícil tratamento e 
aparentemente associado a certos medicamentos, começou a ser reconhecido. 
O efeito da medicação no osso varia de acordo com a concentração. Em baixas 
concentrações, a medicação diminui a capacidade dos osteoclastos de reabsorver e degradar a matriz 
óssea, enquanto elevadas concentrações locais induzem a apoptose dos osteoclastos. Desse modo, 
os bisfosfonatos são concentrados seletivamente dentro de áreas de reparo e remodelamento ósseo, 
com efeitos potenciais ao longo da vida do paciente. Além disso, o impacto no osso piora com o 
aumento da concentração local. 
Características clínicas e radiográficas: Fatores de risco adicionais para a MRONJ incluem a 
idade avançada do paciente (mais de 65 anos), o uso de corticosteroides, o uso de drogas 
quimioterápicas, o diabetes, o tabagismo ou o uso de álcool, a higiene oral deficiente e o uso da 
droga por mais de três anos. Um teste preditivo para os pacientes em risco de osteonecrose 
associada a bisfosfonatos ainda não foi confirmado. Recentemente alguns pesquisadores sugeriram 
o uso de um marcador sorológico para a renovação óssea, o telopeptídeo-C sérico (CTX), mas o 
teste não demonstrou acurácia e precisão em predizer o risco para o desenvolvimento de MRONJ. 
Tratamento e prognóstico: Praticamente todas as recomendações acerca do manejo dos 
pacientes que fazem uso ou que já foram expostos aos agentes antirreabsortivos são empíricas. Não 
se realizou nenhum grande estudo de caso-controle randomizado, avaliando a prevenção e o 
tratamento das complicações dessa terapia. A melhor abordagem terapêutica para pacientes com 
MRONJ é a prevenção. 
 
COMPLICAÇÕES OROFACIAIS PELO ABUSO DE DROGAS 
Ao longo da última década, inúmeros relatos descreveram uma série de manifestações oraispelo abuso de drogas, com associação mais usual aos estimulantes ilegais cocaína e metanfetamina. 
 
 
Características clínicas: Os sinais clínicos incluem a taquicardia, a taquipneia, a hipertensão 
e a hipertermia. Os efeitos simpaticomiméticos aumentam a demanda de oxigênio para o miocárdio 
e os efeitos vasoconstritores reduzem a entrega de oxigênio pelas artérias coronárias. Essa 
combinação pode desencadear a angina, o infarto do miocárdio e as arritmias cardíacas. Uma das 
complicações locais mais comuns da aspiração de cocaína é a perfuração do septo nasal, um achado 
observado em aproximadamente 5% dos usuários. Menos frequentemente, a necrose pode-se 
disseminar pela parede da órbita, parede nasal lateral ou pelo palato duro, podendo causar 
perfuração do palato, que foi denominada lesão destrutiva da linha média induzida por cocaína 
(CIMDL). A maioria das perfurações palatinas relatadas são limitadas ao palato duro, seguidas por 
aquelas que envolvem tanto o palato duro quanto o palato mole. 
Tratamento e prognóstico: A suspensão do uso de drogas ilícitas é mandatória tanto para o 
abuso de cocaína quanto para o de metanfetamina. Em pacientes, com perfuração palatina, a 
suspensão completa do uso de cocaína deve ser alcançada seis meses antes da reconstrução 
cirúrgica. Se a reconstrução cirúrgica falhar, um obturador palatino removível pode ser 
confeccionado. Embora a suspensão do uso de drogas ilícitas seja crítica, usuários de metanfetamina 
devem ser encorajados a descontinuar o uso de refrigerantes ácidos e com altas taxas de açúcar e 
também a evitar diuréticos como a cafeína, o tabaco e o álcool, durante os períodos de xerostomia. 
Além disso, a importância da higiene oral e pessoal deve ser enfatizada. Medidas preventivas 
 
QUEILITE EXFOLIATIVA 
A queilite exfoliativa é uma fissuração e uma descamação persistente do vermelhão do lábio, 
envolvendo com frequência ambos os lábios. O processo se inicia com a produção excessiva e 
subsequente descamação da queratina superficial. Uma significativa porcentagem dos casos parece 
estar relacionada ao trauma crônico secundário a hábitos como lamber, morder, picar ou sugar os 
lábios. Aqueles casos que comprovadamente surgem de traumas crônicos são denominados queilite 
facticial. 
Características clínicas: Observa-se uma predominância marcada pelo gênero feminino nos 
casos de origem facticial, afetando geralmente mulheres com menos de 30 anos. Os casos leves se 
caracterizam por secura crônica, descamação e fissuras da borda do vermelhão dos lábios. Com a 
progressão, o vermelhão pode se tornar coberto por uma crosta hiperqueratótica amarelada e 
espessa, que pode ser hemorrágica ou exibir fissuração extensa. A pele perioral pode ser envolvida e 
exibir áreas de eritema com crosta. Embora esse padrão possa ser confundido com a dermatite 
perioral, o nome mais apropriado para este processo é dermatite circum-oral. Podem estar 
 
 
envolvidos ambos os lábios ou apenas o lábio inferior. Nos pacientes com queilite crônica, o 
desenvolvimento de fissuras no vermelhão do lábio é comum. 
Tratamento e prognóstico: Nos casos associados a uma causa óbvia, a eliminação de tal 
causa resulta na resolução das alterações. Nos casos sem causa física subjacente, infecções ou 
alergia, a psicoterapia (geralmente combinada com tranquilizantes leves ou redução do estresse) 
pode levar à resolução. Nos casos em que nenhuma causa pode ser identificada, as intervenções 
terapêuticas costumam ser ineficazes. Os casos que resultam de infecção por cândida em geral não 
melhoram até que o trauma crônico seja eliminado. Inicialmente, agentes antifúngicos tópicos, 
antibióticos ou ambos, podem ser administrados aos pacientes cujo trauma crônico não é óbvio ou é 
negado. Se a condição não melhorar, será necessária uma investigação adicional como uma tentativa 
de descobrir a verdadeira fonte das alterações dos lábios. Cremes de hidrocortisona e iodoquinol 
(antibacteriano e antifúngico) têm sido utilizados para resolver fissuras crônicas labiais em alguns 
pacientes. Outras terapias relatadas incluem várias preparações com corticosteroides, tacrolimo 
tópico, protetores solares e hidratantes. Em muitos casos, observa-se a resistência ao tratamento 
tópico ou a recidiva frequente. Nesses casos, a crioterapia ou a excisão com ou sem a zetaplastia, 
têm sido utilizadas com sucesso. 
 
TRAUMA ORAL POR PRÁTICAS SEXUAIS 
Embora as práticas sexuais orogenitais sejam ilegais em vários lugares, elas são 
extremamente comuns. Entre os homossexuais masculinos e femininos, a atividade sexual 
orogenital é quase universal. Para casais heterossexuais casados, com menos de 25 anos de idade, é 
relatada uma frequência tão elevada quanto 90%. Em se considerando a prevalência destas práticas, 
a frequência de lesões traumáticas orais associadas é surpreendentemente baixa. 
Características clínicas: A lesão mais comumente relatada ligada à prática do sexo orogenital 
é a hemorragia submucosa do palato secundária à felação. As lesões se manifestam como eritema, 
petéquias, púrpura ou equimoses no palato mole. As áreas costumam ser assintomáticas e regridem 
sem tratamento dentro de sete a 10 dias. As recidivas são possíveis com a repetição do evento 
incitante. 
Tratamento e prognóstico: Não há necessidade de tratamento, sendo o prognóstico bom. Nos 
pacientes que requerem assistência, as petéquias palatinas podem ser prevenidas evitando pressão 
negativa e pressão vigorosa. O alisamento e polimento das bordas incisais dos dentes inferiores 
anteriores podem minimizar a chance de ulceração do freio lingual. 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os informativos acerca dos Diagnóstico Odontológicos, servem de base norteadora em 
relação ao sucesso ou não dos tratamentos e prognósticos, tendo em vista a melhoria e o bem estar 
do paciente, saber reconhecer através de características clínicas e radiográficas o que fora estudado 
na graduação e através de conhecimentos experimentados no dia a dia da profissão, será de suma 
importância para concretizar nosso acentuado profissionalismo e consequente culminação de 
retornos positivos aos pacientes. Diante ao que fora supracitado, o estudo da literatura apresentada 
ao decorrer do trabalho, agrega valor primordial ao conhecimento técnico profissional, sendo guia 
inicial de suporte para o Cirurgião Dentista, munindo-o de informações detalhadas de conceitos, 
diagnósticos, tratamento e prognósticos, além de características intrínsecas de cada caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2016. 912 p.

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