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Monitoração anestésica

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Monitoração anestésica
Ao se submeter um paciente a anestesia, ocorre hipnose e analgesia – lembrar que o paciente pode já ter uma doença de base e vai passar por um procedimento cirúrgico, que vai interferir na sua fisiologia. 
Anestesia + condição pré existente + procedimento = interferência no organismo
Os fármacos usados para se obter os efeitos desejados também vão atuar no sistema cardiovascular e no sistema respiratório 
Monitoração é essencial para identificar alterações na fisiologia, para que seja possível entrar com tratamento e prevenir maiores complicações – percepção da interferência da anestesia e também do procedimento cirúrgico
Permite manter o paciente anestesiado da melhor forma possível, respeitando a fisiologia e garantindo a analgesia e a hipnose durante todo o procedimento
A monitoração pode ser por meio de equipamentos ou de métodos semiológicos (formas complementares) – não deixar de lado a avaliação do paciente, só porque existem muitos equipamentos de tecnologia
Saber interpretar os resultados fornecidos pelos equipamentos
Na anestesia, tudo acontece muito rápido – atenção total
Monitor multiparamétrico, com apresentação de vários parâmetros – ECG, FC, pleximografia e saturação periférica de oxigênio, onda do capnografo, PA e FR
A pleximografia mostra as ondas da oximetria de pulso
A saturação mostra quanto de oxigênio está ligado a hemoglobina
O capinógrafo mostra quanto de CO2 está sendo inalado e expirado
Mostra a PA sistólica, diastólica e média 
A monitoração se baseia em 3 pilares: informações sobre sistema nervoso, informações sobre o sistema cardiovascular e informações sobre o sistema respiratório – qualquer alteração nesses sistemas pode levar o animal a óbito rapidamente 
A profundidade anestésica (superficial, plano anestésico ou profundo) pode ser avaliada pelos sinais físicos (mais usado) ou pelo eletroencefalograma e uso do índice biespectral
Os sinais físicos vão trazer informações que permitem delimitar o plano anestésico, para definir condutas
Se o paciente estiver superficial, deve-se aprofundar mais, porém se ele estiver profundo, existe risco de aprofundar mais e ir a óbito – ficar muito atento
Reflexo palpebral: aperta a pálpebra do paciente, para ver se ele pisca – se ele piscar, ele está em plano superficial, porque esse reflexo fica ausente no plano anestésico 
O efeito de um anestésico local no nervo auriculo-parpebral pode fazer o animal não piscar, mesmo não estando em plano anestésico
Reflexo corneal: encostar o dedo na córnea do paciente suavemente e ver se ele pisca – se a musculatura da pálpebra estiver bloqueada, verificar se o animal retrai o globo ocular na intenção de piscar 
Reflexo da pupila: sempre avaliar como a pupila está (dilatada, constrita, simétrica ou não simétrica – muito muito importante) e avaliar o reflexo ao se direcionar uma luz no paciente e ver se a pupila contrai com esse estímulo luminoso 
A pupila recebe influência do sistema simpático (midríase – dilatação) e do parassimpático (miose – constrição) – uma pupila dilatada pode ser por dor porque o animal está muito profundo 
Se o animal está com a pupila dilatada e reflexo corneal ou palpebral presente, provavelmente ele está com dor
Um paciente sem reflexo palpebral ou corneal em midríase pode estar muito profundo – avaliar outros parâmetros
Nistagmo: movimentação ocular repetida – pode ser horizontal ou vertical (relacionado com lesões em SNC)
É difícil cães apresentarem nistagmo, mas em cavalos é comum, podendo significar que ele está superficial durante o procedimento 
Reflexos interdigitais de dor superficial e dor profunda: na dor profunda se pinça o dígito e na dor superficial se pinça a pele entre os dígitos, para observa se o animal tem reflexo de retirada da pata ou dor 
Um animal com dor ao pinçamento ainda não pode iniciar um procedimento cirúrgico, porque ele vai sentir dor – animal está superficial 
A dor superficial é menos intensa, podendo estar ausente e o paciente ainda apresentar dor profunda, ou seja, ainda estar com sensibilidade
Não é possível fazer um reflexo interdigital em equinos, porque eles têm apenas um dedo
Reflexo laringotraqueal: ao se encostar algo nessa região, se o paciente estiver superficial, ele vai tossir – na hora de intubar 
Se o reflexo laringotraqueal estiver presente, o paciente está superficial 
Também pode ocorrer laringoespasmo, com a glote se fechando frente ao estímulo, se o animal estiver superficial – maior facilidade em felinos
O reflexo laringotraqueal deve estar ausente ou diminuído, para não causar desconforto ao paciente 
Para extubar o animal, o ideal é que ele tenha esse reflexo positivo – se por acaso ele aspirar algum conteúdo, ele vai ter o reflexo de tossir, para proteger as vias aéreas
Reflexos cardíacos: relacionados ao centro vasomotor, o painel de controle do coração, que avisa o cérebro diante de alterações (como compressão), com secreção de adrenalina e aumento da FC – quanto mais aprofunda o SNC, mais alterações cardíacas, podendo evoluir para o óbito
Reflexos respiratórios: respiração arrítmica, respiração toracoabdominal, respiração abdominal (só a musculatura do abdômen está atuando, com grande depressão), respiração abdominal superficial (respiração insuficiente) e respiração laringotraqueal (só observa a laringe movimentando)
Reflexo anal: pinça ou coloca uma agulha em volta do ânus, para ver se tem contração – se tiver contração, o paciente está superficial
Planos anestésicos
Se avalia: reflexos oculopalpebrais, posicionamento do globo ocular (centralizado ou rotacionado), reflexo interdigital (a dor pode aparecer por aumento da FC), reflexo laringotraqueal, reflexos cardíacos, reflexos respiratórios e reflexo anal para delimitar em qual plano anestésico o animal está 
Existem 4 estágios anestésicos e dentro do 3, existem 4 planos anestésicos – reflexos diferentes em cada estágio 
Último estágio com respiração agônica – paciente abrindo a boca, fazendo muito esforço e sem expandir quase nada 
O ideal é que o paciente esteja entre o segundo e terceiro plano – animal respirando, com pupilas normais, globo ocular rotacionado para centralizado, reflexo palpebral ausente ou presente (presente mais tempo em equinos e felinos), reflexo corneal presente, laringotraqueal presente em felinos e ausente em cães, reflexo interdigital ausente, tônus muscular diminuído (relaxamento muscular), salivação ausente, FC tende a diminuir um pouquinho, dependendo do fármaco
Estágio I: início da analgesia e perda da consciência
Estágio II: excitação
Estágio I e II são aqueles que a gente quer pular, porque não são interessantes, deixando o paciente inquieto, com vômito, etc – usar ferramentas para pular esses estágios (MPA)
Estágio III: anestesia cirúrgica, no segundo e terceiro plano – o que a gente quer
No quarto plano, já ocorre depressão bulbar (depressão do centro respiratório e depressão do vasomotor)
Estágio IV: choque bulbar e morte – dificilmente reversível
Estágio I
· Liberação de catecolaminas, por estresse
· Desorientação
· Excitação
· Defecação e/ou micção
· Respiração irregular
· Analgesia, mas responsiva a estímulo doloroso 
· Respiração torácico, abdominal, sem rotação do globo ocular, paciente pisca, tem movimentação do globo ocular, tem reflexo palpebral e corneal, tem tônus muscular
Estágio II
· Incoordenação motora
· Hiperalgesia – muito mais responsivo 
· Tosse
· Vômito
· Salivação
· Defecação
· Midríase e lacrimejamento
· Taquipneia 
· Hiperreflexia 
· Respiração altera o padrão, pupila com um pouco de midríase, todos os reflexos presentes, movimento ocular espontaneamente, pode ter taquicardia e hiperreflexia, com reflexos aumentados 
Estágio III
· Perda de consciência
· Depressão progressiva do SNC – dose dependente 
· Anestesia (superficial, média, profunda e depressão bulbar)
· Uma anestesia superficial pode ser o suficiente para uma sedação para radiografia 
· Uma anestesia média pode ser o suficiente para pequenos estímulos dolorosos
· A depressão bulbar já é o começo do fim – evitar1º plano
· Rotação de globo ocular
· Nistagmo
· Reflexos oculares presentes, mas diminuído
· Miose pode estar presente 
· Tonus muscular diminuído 
· Reflexo interdigital e laringotraqueal discreto
· Respiração costoabdominal 
2º plano
· Início da centralização do globo ocular
· Reflexo palpebral +/-
· Miose pode estar presente
· Reflexo interdigital ausente
· Relaxamento muscular bom
· Respiração abdominocostal
· Diminuição da pressão arterial, do débito cardíaco e do volume minuto 
3º plano
· Início de midríase 
· Pupila centralizada
· Respiração abdominocostal
· Ausência de reflexos – interdigital, palpebral e até mesmo corneal
· Xerostomia (mucosas ressecadas)
· Plano cirúrgico
· Relaxamento muscular
· Salivação apenas em ruminantes
4º plano
· Globo ocular centralizado
· Midríase irresponsiva
· Respiração diafragmática – não se vê muitos movimentos de tórax ou abdômen – não é um tipo de respiração eficiente, gerando:
· Taquipneia superficial/apneia 
Estágio IV – choque bulbar
· Globo ocular centralizado
· Midríase muito acentuada 
· Apneia, respiração laringotraqueal ou respiração agônica 
· Hipotermia 
· Pode ocorrer arritmias ou diminuição da FC
Índice biespectral
Variável eletroencefalográfica que é correlacionada com o grau de hipnose em pacientes durante a anestesia geral
Sensores na cabeça do paciente
Gera a atividade elétrica do encéfalo (eletroencefalograma), que é correlacionado com o grau de hipnose do paciente, gerando um valor
Paciente acordado = 100
Sedação profunda = 70
Anestesia geral = 60
Hipnose profunda = 40
Pouquíssimo comum na vet, com valores menos específicos
Sistema cardiovascular
É essencial conhecer a frequência cardíaca normal dos animais, mas é importante fazer a avaliação individual 
Vários fatores podem alterar a FC: PA, dor, estresse
Antigamente, quando não existiam os equipamentos, se ficava com um esteto no paciente, mas hoje isso é inadmissível – ter um monitor cardíaco no centro cirúrgico
Mas para algumas sedações, também é necessário fazer a ausculta e a palpação do pulso 
Se o paciente entrar em taquicardia, o anemia pode estar em um plano superficial (sentindo algum estímulo, como o desconforto da sonda endotraqueal), DOR (pinçamento da Backaus, incisão cirúrgica), reação esperada de alguns fármacos (Ketamina com efeito simpatomimético, podendo aumentar a FC), algumas cardiopatias (taquicardias ou taquiarritmias), hipercapnia (aumento da concentração de CO2), hipovolemia (hemorragia ou desidratação severa, na tentativa de compensar o DC), hipóxia (pouco oxigênio para ofertar para o tecido, com aumento da FC compensatória)
Queda da FC: pode estar relacionada a um estímulo parassimpático, como aumento do tônus vagal (várias manobras cirúrgicas podem aumentar o estímulo simpático, principalmente, cirurgias oculares), hipotermia, alterações de íons, como potássio (hipercalemia), algumas cardiopatias (bradarritmias), ação esperadas de alguns fármacos (a2 agonistas, como a xilazina)
Alguns animais podem desenvolver bradarritmias, ou seja, arritmias frente a FC baixa, como a arritmia sinus arrest, em que o animal fica com uma pausa grande nos batimentos – sempre monitorar, para que isso não altere a fisiologia do paciente 
Um batimento cardíaco corresponde a 1 onda P, 1 complexo QRS e uma onda T
A tecnologia é importante, mas ela precisa estar associada com a semiologia 
Existem algumas arritmias em que o animal mantém o eletrocardiográfico, mas não há batimento 
Para monitorar a FC, se faz uso do estetoscópio, auscultando a região do coração – não apenas contar FC, mas avaliar as bulhas, se há presença de sopros
Existe o chamado estestoscópio esofágico (comercial ou pega um esteto normal, retira a parte final e acopla uma sonda uretral), que se coloca no esôfago do paciente, obtendo um som mais limpo, sem precisar mexer no campo cirúrgico 
A palpação de pulso também é uma forma de avaliação do sistema cardiovascular
Na teoria, para cada batimento cardíaco, uma onda de pulso é gerada
Se o paciente tem alguma arritmia, pode não conseguir sentir o pulso ou ter uma pequena diferença
Para verificar pulso, pode-se usar a artéria femoral, artéria dorsal podal (metatársica, que fica no pé, na face medial) ou a artéria sublingual (artéria boa para o anestesista palpar, porque é a única que vai ficar na região de cabeça, onde ele fica) 
A artéria radial também pode ser usada, ficando perto do coxim no membro torácico
Ao se avaliar o pulso, perceber a frequência, ritmo e qualidade (forte, filiforme ou fraco – critério subjetivo)
Em gatos, é mais difícil de palpar pulso e em pacientes obesos também 
O doppler também pode ser usado (sensor que capta, através da vibração, produzindo um som), no coração ou em uma artéria – legal para animais bem pequeninhos, como aves, em que é mais difícil de usar os eletrodos
Também pode-se usar o monitor multiparamétrico, que oferece o eletrocardiograma (traçado elétrico do coração), a FC e a PA e oximetria de pulso, e ondas de pulso
Eletrocardiografia 
É importante conhecer o normal, para identificar o diferente
Capta o traçado elétrico do coração e transformar em algumas ondas 
Permite fazer uma análise do ritmo cardíaco, vendo se há alguma arritmia
Pode sugerir aumento de câmaras cardíacas, por meio da contagem da amplitude e duração das ondas 
Duração: o quão larga está
Amplitude: o quão grande está
O coração tem um sistema de automação 
Impulso gerado no nó sinoatrial, sendo transmitido para os átrios
Atraso fisiológico até o nó atrioventricular, indo para feixe de Hiss e fibras de Purkinje, determinando a contração dos ventrículos 
O coração é uma interação entre um sistema elétrico (automação) e um sistema mecânico (fibras musculares) – determinam a contração primeiro dos átrios e depois dos ventrículos
A transmissão deve ser feita de forma fisiológica – se existe alguma alteração (atraso, amento do tempo de transmissão ou uma falha) se considera uma arritmia, em que não há um batimento normal
O batimento normal é chamado de ritmo sinusal e dentro dele é possível ter uma bradicardia sinusal e uma taquicardia sinusal – gerado e conduzido normalmente, porém em uma velocidade diferente
Sobre um efeito do estímulo vagal, se entra em bradicardia e sobre efeito do sistema simpático, se entra em taquicardia 
Existe uma faixa que é fisiológica de FC 	para baixo ou para cima da normal – fora isso, se entra nas arritmias
As arritmias podem ser bradiarritmias (relacionadas a baixas FC), taquiarritmias (relacionadas a altas FC), atividade elétrica sem pulso (o sistema elétrico está funcionando, ainda que não 100%, mas não há uma interação com as células musculares – tem atividade elétrica, mas não gera pulso porque a musculatura não contrai) ou assistolia (sem contração, sendo um ritmo de parada cardíaca)
O complexo QRS é variável entre os animais – alguns não tem Q, alguns só tem R
Onda P = despolarização atrial – mudança de carga, seguida pela contração atrial
A repolarização atrial fica escondida pela despolarização ventricular, que é o complexo QRS
Onda T = repolarização ventricular 
Se observa um conjunto desses, um espaço fisiológico e um novo conjunto 
Interferência: uma bagunça no meio do traçado, que pode ocorrer por má condução do eletrodo, uso de um outro equipamento eletrônico (como bisturi elétrico) ou movimento dos eletrodos
A informação elétrica é captada por eletrodos banhados em álcool ou com gel de condução 
O eletrocardiográfico pode ser de 25mm/s ou de 50mm/
50mm/s com intervalo mais espaçado – o que não altera a FC
Existem diferentes derivações, que são pontos de vista de como captar o traçado do coração pela máquina – conformação da onda muda 
Não identificação da onda P, vendo apenas um complexo estranho – contração ventricular prematura, que pode ocorrer por hipóxia, hipovolemia, alteração de eletrólitos – gera uma onda de pulso muito fraco, porque não respeita o tempo de enchimento das câmaras 
Ondas P isoladas significa que o átrio despolariza, mas por algum motivo o ventrículo não despolariza, por um possívelproblema de condução – bradiarritmia, chamada de bloqueio átrio ventricular de segundo grau
 
Pressão arterial 
PA = DC x RVP
Depende do débito cardíaco e da resistência vascular periférica
E a força que o sangue exerce na parede do vaso no leito do artério
DC = FC x VS (volume sistólico, volume que sai) - quando o paciente perde sangue e fica hipotenso, ele aumenta a FC, para tentar manter o DC
A resistência vascular periférica é o tônus vascular, com prevalência do tônus simpático, que garante uma vasoconstrição se sobrepondo um pouco
Se a pressão está baixa, o sangue não chega na célula, que não recebe oxigênio e morre – morte de tecidos 
Alguns tecidos dependem muito do oxigênio – cérebro e coração, que gastam muito O2
A monitoração da PA pode ser feita pela sistólica, diastólica ou média 
PAM = (PAS-PAD) + PAD
 3
A PAD é importante porque é na diástole que o coração é nutrido, com as coronárias levando sangue para o tecido muscular – PAD baixa significando que o coração não está sendo nutrido, o que vai fazer com que ele comece a funcionar mal, comprometendo o organismo como um todo
A PA pode ser monitorada de forma não invasiva (indireta), pelo método oscilométrico ou pelo doppler ou de forma invasiva (direta)
No método oscilométrico, coloca-se um manguito no paciente, que vai ser acoplado ao monitor cardíaco multiparamétrico – o monitor vai inflar o manguito e a partir da oscilação da pressão desse manguito, ele vai identificar a pressão sistólica e diastólica e vai calcular a média
No doppler, coloca-se o manguito no paciente, posiciona a sensor, infla o manguito e quando a gente voltar a ouvir o som da artéria pulsar, se considera a PAS 
No doppler, a pressão arterial diastólica é muito subjetiva – quando ouve o som mudar um pouquinho, considera a diastólica
A PA invasiva é o método mais confiável de aferição, usado nos pacientes críticos – cateterismo arterial, que pode ser na femoral, dorsal podal, radial, auricular e até mesmo sublingual (com muito cuidado)
Depois de canular a artéria, se pode colocar direto em um esfigno, sem o uso do monitor, ou conectar no monitor, que vai gerar uma onda e calcular PAS, PAD e PAM
Não precisa de garrote para canular artéria, mas é muito mais difícil e pode causar uma hemorragia na hora de tirar o cateter, se não comprimir por pelo menos 2 minutos e se o paciente tiver problemas de coagulação – sangue com fluxo muito alto, porém menor em um hipotenso
A pressão que o sangue está exercendo no vaso, ele vai começar a exercer no circuito com o esfigno também, fornecendo a PAM
Pressão venosa central 
Canula a jugular do paciente 
Poe usar um cateter longo até chegar no átrio do paciente ou canula a jugular e conecta uma bolsa de fluido, com uma via que vai para o paciente e uma via que vai para uma régua, com uma torneirinha de três vias – enche o circuito do paciente de fluido e enche a régua de fluido, depois fecha a bolsa de fluido e vê na régua onde o soro vai marcar, sendo 0 a altura do coração do paciente – aí solta a fluido do soro do paciente e onde ficar, se considera a partir do 0, quanto foi, em cm
O retorno venoso se dá pela chegada das cavas no átrio – se tiver muito sangue chegando no átrio, a pressão atrial vai estar alta e a pressão venosa vai ser alta, mas se o paciente teve uma hemorragia e tiver com pouco sangue circulante, ele vai receber pouco sangue e a pressão venosa vai estar baixa
Permite saber o quanto de fluido se pode fazer no paciente 
Análise de débito cardíaco 
Feita por um cateter chamado swan ganz, de várias vias, com implantação bem mais complicada
Injeção de uma solução gelada e análise do monitor, para fazer um cálculo do DC
O cateter deve ser passado até ocluir a artéria pulmonar aí se avalia as ondas pelo monitor, coloca a solução gelada e faz a interpretação 
Uma forma menos invasiva para ter uma ideia da função cardíaca é a ecocardiografia, que avalia a função mecânica do coração 
Ecocardiograma à beira de leito ou trans esofágicos para se usar na anestesia 
Frequência respiratória e ventilometria 
Sistema respiratório depende de um comando do SNC, que vai para uma musculatura, que ao contrair, expande a caixa torácica e pela pressão negativa dentro do tórax, o pulmão vai expandir 
Vários fatores vão interferir: relaxamento muscular (musculatura não consegue expandir da forma adequada), pode haver um acúmulo de CO2 ou uma falta de O2 (estimula o centro respiratório, causando alterações)
O paciente anestesiado começa a deprimir e nem sempre vai ter uma resposta fisiológica – acúmulo de CO2 e falta de O2, sem resposta 
Paciente não consegue mudar a FR e a posição porque o SNC está deprimido e a musculatura está relaxada
Muitas vezes é necessário intervir ventilando e oxigenando o paciente para que não ocorra consequências graves
Sistemas respiratório, cardiovascular e nervoso interligados – se o respiratório não funcionar bem, não há O2 para o cérebro e coração, que vão começar a falhar
Eupneia = respiração fisiológica
Taquipneia = FR aumentada	
Bradipneia = FR diminuída
Apneia = paciente não respirando 
Dispneia = dificuldade respiratória
Para a avaliação de ventilometria se usa o volume minuto e o volume corrente 
Volume minuto = FR X VC – como se fosse o DC 
VC = quanto de ar entra no pulmão em uma inspiração 
Oximetria de pulso: sensor (língua, orelha, pênis, bochecha) que emite uma luz vermelha em uma ponta e a capta em outra – essa luz passa pela pele, vasos e hemácias e parte dela pode ser absorvida pelas hemácias, enquanto outras passam – determinam a frequência de pulso e a saturação periférica de oxigênio
A saturação ideal está entre 98, 99 e 100% - em animais recebendo oxigênio, deve ser 100%
Hipoxemia leve = entre 90 e 95%
Hipoxemia severa = menor que 90
Alguns fatores podem interferir na oximetria de pulso: coloração de mucosa (cada cor tem uma diferente absorção de luz), vasoconstrição periférica (não vai ter fluxo sanguíneo, então as vezes não se consegue pegar a saturação) e hipotermia (leva a vasoconstrição)
Animais com línguas escuras ou manchas pretas na língua vão apresentar valores menores de saturação, pela absorção da luz
Capnografia 
Sensor colocado na ponta da sonda do paciente
Mensura quando de CO2 está sendo inalado e exalado – FR
Curva com um platô – avaliar não só o valor, mas a curva
Confirma se o paciente realmente está entubado 
Auxilia na detecção de problemas em circuito anestésico – acusa reinalação de CO2
Auxilia no diagnóstico de algumas afeções respiratórias, como broncoconstrição 
Ajuda a identificar um paciente que está quase parando ou que retornou depois de uma massagem cardíaca
Forma de interpretar a produção de CO2 pelo organismo e a eliminação, além de como está a perfusão pulmonar – um animal em parada não elimina CO2 porque ele não tem fluxo pulmonar
A eliminação de CO2 depende da saúde do alvéolo – se o alvéolo estiver comprometido de alguma forma, como por uma broncoconstrição, vai dificultar a saída do CO2, mudando a conformação da onda
Entre a linha A e B = fim da inalação (sem CO2 sendo reinalado)
Do ponto B ao C = início da expiração (jogando CO2 para fora, até chegar no nível máximo, formando o platô entre C e D, sendo D o valor máximo
De D para E = início da inspiração 
Fase I: inspiratória, sem CO2 – volume de CO2 do gás livre
Fase II: início da expiração, começa a empurrar o ar que está na sonda na traqueia, aumentando a concentração de CO2 – CO2 alveolar + espaço morto
Fase III: platô alveolar, com a maior concentração de CO2 no ponto mais alto da curva
Fase IV: início da inspiração, zerando CO2 novamente 
Conformação em forma de barbatana de tubarão: obstrução de via aérea ou broncoespasmo
Se tiver um chanfrado no platô, pode ser que o paciente está brigando com o ventilador da ventilação controlada 
Se tiver uma onda bem larga, o paciente está hipoventilando 
Se tiver uma onda bem curta, com CO2 baixo o paciente está hiperventilando
Importante lembrar que para ter eliminação de CO2, é necessária perfusão alveolar 
Se o pacienteestava com a curva bonita e do nada parou ou o sensor caiu (não está conectado) ou o animal parou de respirar – se ventilar o balão e continuar sem curva, o paciente está em parada cardiorrespiratória
Na massagem cardíaca, tem que gerar um fluxo para que o paciente elimine pelo mens 15 mmHg de CO2, que é o mínimo de perfusão pulmonar 
Temperatura
Pode ser avaliada por termômetros esofágicos ou retais 
Hipotermia = perda de calor pelos fármacos, fluido gelado, lavagem de cavidade, exposição de tecidos durante a cirurgia – mais comum, cuidado
Hipertermia = processos infecciosos ou hipertermia maligna (relacionada ao uso de um anestésico, com elevação súbita da temperatura, podendo levar ao óbito – menos comum, porém mais grave, pela desnaturação proteica (pode ser irreversível)
Materiais utilizados no ambiente clínico

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