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Aula SNA - iAChE bloqueadores ganglionares e neuromusculares - Copy

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Farmacologia colinérgica – 
inibidores da acetilcolinesterase, 
bloqueadores neuromusculares, 
fármacos que atuam nos gânglios. 
Farmacologia Integrada I 
 
prof. Stêfany B. A. Cau 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Parassimpaticomiméticos ou colinomiméticos: 
I. Inibidores da degradação - inibem a acetilcolinesterase (AChE) 
II. Agonistas muscarínicos 
III. Agonistas nicotínicos (bloqueadores despolarizantes) 
 
 Parassimpaticolíticios: 
I. Interferência pré-sináptica 
II. Antagonistas muscarínicos 
III.Antagonistas nicotínicos (bloqueadores ganglionares e 
bloqueadores não-despolarizante). 
Fármacos que modificam as ações autonômicas parassimpáticas Fármacos que modificam as ações autonômicas parassimpáticas 
Nature Reviews. April, 2001; Vol 2. 294:302. 
Neurotransmissão 
colinérgica 
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Nature Reviews. April, 2001; Vol 2. 294:302. 
Acetilcolinesterase - AChE Acetilcolinesterase - AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Tríade catalítica: Ser203 Hys447 Glu334 
 Mecanismo de Ação da AChE 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Tríade catalítica: Ser203 Hys447 Glu334 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
 Physostigma venenosum (fava-de-calabar). 
 África Ocidental. 
 “Veneno do sacrifício” em julgamentos de 
bruxaria. 
Fisostigmina 
(alcalóide da fava-de-calabar) 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
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 Classes estruturais dos inibidores de AChE 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
A) Edrofônio 
Ação Curta: 
― Grupo amino quaternário. 
― Associação não-covalente com a AChE 
―Ineficaz para terapêutica. 
― Principal local de ação (receptor Nicotínico – JNM). 
― Usos: diagnóstico de Miastenia graves. 
Edrofônio 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
B) Ésteres do ácido carbâmico 
―Duração média (reversíveis); 
―Metabolizados no plasma por esterases 
(substratos da AChE). 
―Carbamatos quaternários (carga): neostigmina, piridostigmina. 
―pouca lipossolubilidade → administração parenteral; 
― distribuição no SNC insignificante ; 
―estabilidade em solução aquosa. 
 
Neostigmina Piridostigmina 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
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B) Ésteres do ácido carbâmico 
― Amina terciária: fisostigmina. 
― bem absorvida por todas as via; 
― distribui-se no SNC → tóxica. 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Fisostigmina 
―Outros derivados: tacrina, rivastigmina e donepezil. 
―lipossolúveis → atravessam BHE (implicação clínica no Alzheimer). 
Donepezil Tacrina Rivastigmina 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
 Mecanismo de ação: enzima é carbamoilada, recuperação 
da enzima é lenta. 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Irreversíveis 
Modificado de Goodman & Gilman. 10.ed. (2001). 138-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
C) Organofosforados 
― Irreversíveis; 
―Compostos pentavalentes de fósforo; 
―Protótipo: diisopropilfluorofosfato (DFP); 
―Importância toxicológica: 
―Gases bélicos (sarin, tabun e soman): altamente lipossolúveis – 
absorção por mucosas e pele!!!; voláteis. 
―Inseticidas tiofosfatados (paration, malation): lipossolúveis, não 
voláteis, ativação pela conversão em derivados de fosfato 
(praoxon, malaoxon). 
 
―Importância médica: 
―Ecotiofato – gotas oftálmicas para tratar o glaucoma. 
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Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Envelhecimento da AChE (perda de radical – alcóxi, alquil) 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
A Intoxicação por organofosforados constitui um grave problema de 
saúde pública. 
Fonte: Fundação Osvaldo Cruz - FIOCRUZ – 1999. 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Envelhecimento da AChE (perda de radical – alcóxi, alquil) 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Mecanismo de ação: enzima é alquilfosforilada → complexo 
estável. 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Envelhecimento da AChE (perda de radical – alcóxi, alquil) 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Intoxicações: 
 
Remoção do paciente do local 
exposto; 
 Uso de antagonistas competitivos 
(atropina); 
 “Síndrome da guerra do Golfo” 
(sintomas colinomiméticos 
muscarínicos); 
Antídoto - pralidoxima 
(racional químico: nucleófilo 
potente). 
 
Envelhecimento da enzima: ligação de oxigênio-fósforo no inibidor se 
rompe espontaneamente a favor de ligações mais fortes entre a enzima 
e o inibidor. Pralidoxima se torna ineficaz. 
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Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Envelhecimento da AChE (perda de radical – alcóxi, alquil) 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Propriedades farmacológicas: 
Facilita as ações da Ach nas sinapses colinérgicas (exige a integridade do 
inervação colinérgica). 
 
 Logo, haverá: 
estimulação das respostas muscarínicas nos órgãos efetores; 
semelhantes às ações dos agonistas muscarínicos . 
 
estimulação ganglionar; 
efeitos autonômicos imprevisíveis! 
 
estimulação nicotínica na JNM. 
efeito semelhante ao dos “curares” (agonistas nicotínicos). 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Envelhecimento da AChE (perda de radical – alcóxi, alquil) 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia IntegradaI 
 Usos terapêuticos: 
Atonia de bexiga 
Neostigmina, P.O. e S.c. 
Glaucoma (mióticos) 
Fisotigmina e ecotiofato. 
Doença de Alzheimer 
Tacrina, donepezila, rivastigmina. 
 
Miastenia graves 
Edrofônio (diagnóstico), 
ambenônio, piridostigmina, 
neostigmina. 
 
Musc. Ciliar da Pupila 
Canal de Schlemm 
 Miastenia graves 
― Acomete de 200-400 a cada 1 
milhão de indivíduos Brain. 123:663–664, 
2000. 
― Falha na JNM 
― Resposta auto-imune → perda de 
receptores nicotínicos na JNM → 
falha na transmissão. 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Ptose palpebral 
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Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
...Resumindo 
― Potencializam a Ach 
endógena (colinomiméticos). 
― Necessitam fonte para 
liberação endógena de Ach. 
― Usados no tratamento da 
miastenia gravis, glaucoma, 
como inseticidas e armas 
químicas. 
Anticolinesterásicos 
Ação rápida 
Duração média 
Irreversíveis 
Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Atlas de Farmacologia de Netter. 1st.ed. (2006). 43-p. Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE Anticolinesterásicos ou inibidores da AChE 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
 “Curares” - venenos das flechas dos índios da 
Amazônia utilizado durante séculos e que até 
hoje é o principal instrumento para caçar. 
Claude Bernard (1856): Demonstração do 
efeito periférico (paralisia) provocada pelo 
curare por bloqueio neuromuscular. 
Fármacos que atuam na junção neuromuscular Fármacos que atuam na junção neuromuscular 
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Strychnos toxifera 
Tubocurarina – protótipo dos curares 
(alcalóide quaternário; desuso na clínica) 
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Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
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Classificação quanto à capacidade de produzir 
despolarização da placa motora 
Despolarizantes 
São agonistas dos RAChNM 
Não-despolarizantes 
São antagonistas 
competitivos dos RAChNM 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Bloqueadores neuromusculares não–despolarizantes (curares) 
Atracúrio 
Pancuronio Galamina 
alcurônio 
atracúrio 
cisatracúrio 
galamina 
pancurônio 
rocurônio 
vecurônio 
 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Bloqueadores neuromusculares 
não–despolarizantes (curares) 
 
Mecanismo de ação: 
bloqueiam a ação pós–sináptica 
da acetilcolina na JNM 
(antagonistas dos RAChNM). 
→ paralisia flácida 
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Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Decametônio – sem utilização clínia 
Suxametônio – único disponível no Brasil 
Bloqueadores neuromusculares despolarizantes 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Bloqueadores neuromusculares 
despolarizantes 
 
Mecanismo de ação: São 
agonistas dos RAChNM na placa 
motora 
Descarga de potencial de ação 
pós-sináptico excitatório 
- paralisia espástica 
(fasciculações). 
Despolarização persistente causa 
PERDA DA EXCITABILIDADE 
ELÉTICA 
- paralisia flácida. 
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Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Bloqueadores neuromusculares despolarizantes 
Bloqueio de Fase I: 
 
̶ Despolarização; 
̶ Descarga de potenciais 
(fasciculação); 
̶ O que impede que um novo 
potencial de ação seja deflagrado é 
inativação dos canais de Na+. A 
comporta inferior não se reabre. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Bloqueadores neuromusculares despolarizantes 
Bloqueio de Fase II : 
 
̶ Repolarização; 
̶ Semelhante ao bloqueio por 
curares; 
̶ O que impede que um novo 
potencial de ação seja 
deflagrado é a dessensibilização 
dos RAChNM. 
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Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Bloqueadores neuromusculares 
Dosagens excessivas de bloqueadores competitivos (não-
despolarizantes) podem ser revertidas com inibidores da AChE: 
Registro de contrações musculares, 
induzidas por estimulaçao elétrica do nervo. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Bloqueadores neuromusculares 
Farmacocinética: 
 
↓↓ absorção pelo TGI (administração parenteral); 
A velocidade de recuperação da contração depende da depende da 
velocidade de eliminação; 
Suxametônio (ação ultrarápida): hidrólise pela butirilcolinesterase 
plasmática (deficiência genética da enzima causa paralisia 
persistente); 
Pancurônio (ação longa); rocurônio, vecurônio (ação 
intermediária): eliminação quase exclusivamente hepática; 
Atracúrio, cistracúrio (ação intermediária): hidrólise espontânea; 
Galamina (ação longa): eliminação renal. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Usos terapêuticos 
Coadjuvantes de anestesia cirúrgica  relaxamento da musculatura 
esquelética  reduz a profundidade da anestesia; 
Procedimentos ortopédicos (correção e alinhamento luxações) → 
bloqueadores não-despolarizantes; 
Intubação endotraqueal → bloqueadores despolarizantes. 
 
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Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Algumas Reações Adversas relevantes: 
 
A) Bloqueadores não-despolarizantes: 
̶ Hipotensão e broncoespasmo → liberação de histamina (ação 
inespecífica, provavelmente ligada ao caráter catiônico); 
̶ Taquicardia (atividade vagolítica, bloqueio ganglionar). 
B) Bloqueadores despolarizantes: 
̶ Hipercalemia (↑ K+; pacientes com queimaduras; uso de 
antiarrítmicos); 
̶ Mialgia; 
 
̶ Hipertermia maligna 
 
̶ causada pelo liberação de Ca2+ a partir 
do retículo sarcoplasmático; 
̶ ↑ temperatura e espasmo muscular; 
̶ tratamento com dantroleno, I.V.: 
inibidor do receptor de rianodina. 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes muscularesBloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Algumas interações medicamentosas relevantes: 
Inibidores da AChE: 
reversão dos efeitos dos BNM não despolarizantes; 
prolongamento dos efeitos dos despolarizantes. 
Anestésicos gerais: 
ação estabilizadora da junção neuromuscular (p. ex.: halotano) 
Antibióticos aminoglicosídeos (inibem entrada de com o Ca2+): 
 sinergismo com os BNM competitivos (p. ex. estreptomicina, 
neomicina); 
bloqueadores do canal de Ca2+ (antiarrítmicos, anti-
hipertensivos) e tetraciclinas (quelantes de Ca2+) podem agir da 
mesma forma. 
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Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
 Reversão do bloqueio neuromuscular: 
 
Retorno da anestesia, para cessar a ventilação mecânica. 
4º - Músculos pequenos que 
se movimentam rapidamente: 
oculares e faciais 
3º - Músculos dos membros, 
do pescoço e do tronco 
2º - Musculatura intercostal 
1º - Diafragma 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
Agonistas dos RAChNN. 
N-terciário: nicotina e lobelina 
(alcalóides). 
N-quaternário: tetrametilamônio – 
TMA, dimetilpiperazina – DMPP 
(sintéticos, sem uso clínico). 
 
Fármacos que atuam nos gânglios autonômicos Fármacos que atuam nos gânglios autonômicos 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
Lobela inflata 
Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
 Agonistas dos RAChNN. 
 
Ação farmacológica: excitação ganglionar; se prolongada causa ação 
bloqueadora (dessensibilização dos RAChNN). 
Uso terapêutico: não são usados; exceto nicotina (parar de fumar). 
Efeitos: SNA simpático e parassimpático, logo, dependerão do tônus 
preponderante sobre o sistema: 
 SNC: estimulação acompanhada da depressão; 
 Cardiovasculares: ↑ freq. cardíaca, ↑ pressão arterial (liberação 
de catecolaminas pelas supra-renais); 
 Sistema respiratório: ↑ secreção e espasmos brônquicos; 
 TGI: náuseas, vômitos e diarréia. 
Fármacos que atuam nos gânglios autonômicos Fármacos que atuam nos gânglios autonômicos 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
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Goodman & Gilman. 11.ed. (2006). 183-p. 
Antagonistas dos RAChNN 
(bloqueadores ganglionares): 
Protótipo: tetrametilamônio (TEA), 
ação ultra-rápida. 
Efeito: redução da pressão arterial, 
remoçao do tônus simpático (controle 
da resistência periférica). 
Já foram utilizados na crise 
hipertensiva em procedimentos de 
emergência, mas caíram em desuso. 
 
Fármacos que atuam nos gânglios autonômicos Fármacos que atuam nos gânglios autonômicos 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
prof. Stêfany B. A. Cau Farmacologia Integrada I 
sybruno@yahoo.com.br stefany.cau@ufjf.edu.br

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