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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS ANÁLISE DE ALIMENTOS - 8260 RELATÓRIO DE ANÁLISE DO TEOR DE ÁGUA E CINZAS DE GELEIA DE MORANGO MARINGÁ 2021 1. INTRODUÇÃO O morango, que é um pseudofruto avermelhado que possui aspectos nutricionais e funcionais de fundamental importância para o organismo, como por exemplo, fonte de vitamina C, o mesmo também é considerado boa fonte de folato e potássio, contendo poucas calorias e alto teor de fibra, e, se destaca ainda pela mistura de minerais (OLIVEIRA, 2005). A geleia de fruta é o produto obtido pelo cozimento, de frutas, inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar, água e concentrado até consistência gelatinosa. O produto pode sofrer a adição de glicose ou açúcar invertido, porém não pode ser colorida e/ou aromatizada artificialmente. Além disso, é tolerado a adição de acidulantes e de pectina para compensar qualquer deficiência do conteúdo natural de pectina ou de acidez da fruta. A consistência das geleias deve ser tal que, quando retirada do seu recipiente, seja capaz de se manter no estado semissólido. As geleias podem ser consideradas como um segundo produto em importância comercial para a indústria de conservas de frutas brasileiras (TAVARES et al., 2003). Entre os sabores de geléia consumida no dia a dia das pessoas, o morango é destaque. Sendo um fruto que apresenta uma estrutura frágil e alta taxa de atividade respiratória, que resulta em uma conservação pós-colheita relativamente curta e reforça a importância da sua utilização como matéria-prima de alimentos processados, isso porque a geleia possui longa vida de prateleira. A utilização do morango na forma de geleias, é uma alternativa viável para o aproveitamento econômico da fruta, diminuindo os níveis de desperdício, pois sua perecibilidade é maior do que a fruta in natura, além disso, a geleia é uma alternativa para o consumo da fruta (MIGUEL et al., 2009). 2. OBJETIVOS Determinar o teor de umidade e cinzas minerais presentes na amostra de geleia de morango. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização de ambas as análises foram utilizados os seguintes materiais descritos nas figuras abaixos: Figura 1. Cápsula de alumínio Figura 2. Estufa de secagem Figura 3. Dessecador Figura 4. Balança analítica Figura 5. Pinça Figura 6. Mufla Figura 7: Cadinho de porcelana Figura 8: Tela de amianto Figura 9: Espátula Figura 10: Bico de Bunsen Para análise de água iniciou-se deixando a cápsula de alumínio por 1 hora na estufa a 105°C, retirou-se o material e deixou por 30 minutos no dessecador para que esfriasse por completo sem que ocorresse o ganho de umidade. Posteriormente a mesma foi pesada e o valor anotado. Após, realizou-se a pesagem de 3 a 5 gramas da amostra de geleia de morango com a pesagem da cápsula citada acima tarada, também anotou-se o valor. Logo após, a amostra foi levada para a estufa a 105°C e deixada por 24 horas para a retirada da água por completo. Passado o tempo total da secagem, deixou-a esfriar no dessecador por 30 minutos e realizou-se a pesagem final, anotando o valor. Para a realização do cálculo do teor de umidade da amostra, utilizou-se a seguinte fórmula 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 𝑃𝑖 − 𝑃𝑓𝑃𝑖 * 100 onde Pi equivale ao peso inicial da amostra (amostra úmida) em gramas (descontado o peso da cápsula) e Pf ao peso final da amostra (amostra seca) em gramas (descontado o peso da cápsula). Para o experimento do teor de cinzas iniciou-se deixando o cadinho de porcelana na estufa por 1H à 105°C, logo após retirou-se o material e deixou por 30 minutos no dessecador. Posteriormente a mesma foi pesada e o valor anotado. Após, realizou-se a pesagem de 3 a 5 gramas da amostra de geleia de morango com a pesagem da cápsula citada acima tarada, também anotou-se o valor. Posteriormente a amostra foi levada para carbonizar de forma suave no bico de bunsen, até o desprendimento da fumaça da amostra. O cadinho foi colocado sobre a tela de amianto. Em seguida, com o auxílio de uma pinça, foi colocado o cadinho da pré-queima na mufla que foi incinerado à 550°C em torno de 4-6 horas. Passado o tempo total da incineração, deixou o mesmo esfriar no dessecador por 30 minutos e realizou-se a pesagem final, anotando o valor. Para a realização do cálculo do teor de cinzas da amostra, utilizou-se a seguinte fórmula 𝐶𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 (%) = (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜+𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠)−(𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜)𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 * 100 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados das pesagens da análise de teor de umidade da geléia de morango estão apresentados na tabela 1 abaixo: mcápsula seca mamostra integral mcápsula+amostra seca mamostra seca 21,708g 3,152g 22,708g 1,00g Tabela 1: Resultados da análise de umidade A partir da fórmula apresentada para calcular o teor de umidade, temos que a geleia apresentou 68,27% de umidade. Quando comparamos com a análise realizada por Ferreira (2013) em geléia diet, temos que os valores são semelhantes. No entanto, de acordo com o Padrão de Identidade e Qualidade de geleias de frutas, o teor de umidade máxima deveria atingir 38% (Brasil, 1978). Desse modo, a geleia está com a umidade bem acima do exigido. Já para análise de determinação de cinzas, os resultados encontrados estão na tabela abaixo: mcadinho seco mamostra integral mcadinho+amostra seca mamostra seca 28,014g 3,790g 28,206g 0,192g Tabela 2: Resultados da análise da determinação do teor de cinzas. A partir da fórmula apresentada para calcular o teor de cinzas, temos que a geleia possui 5,06% de cinzas. Convertendo temos que a geléia possui 0,19 g de cinzas que quando comparado com geleias convencionais analisadas por Bastos percebemos semelhança entre os resultados. Vale ressaltar que a quantidade de cinzas pode ser um indicativo da quantidade de frutas utilizadas para preparação das geleias, quanto maior o teor de cinzas, maior a quantidade de frutas empregadas no preparo. 5. CONCLUSÃO Portanto, podemos concluir que a amostra de geleia de morango apresentou o teor de umidade acima do permitido pela legislação e o resultado do teor de cinzas está próximo quando comparado com geleias convencionais encontradas em mercados. 6. REFERÊNCIAS BASTOS, Renata Rosane Andrade; PAULA, Bruno Martins Dala. Comparação de parâmetros laboratoriais em diferentes tipos de geleias convencionais de morango. In: Anais do Congresso Nacional Universidade, EAD e Software Livre. BRASIL, Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos (CNNPA), n°12, 1978. Normas Técnicas Especiais, São Paulo 1978. FERREIRA, Catherine Zilá. Composição de geleias de morango preparadas com açúcar, sucos de frutas ou edulcorantes. 2013. MIGUEL, A. C. A.; ALBERTINI, S.; SPOTO, M. H. F. Cinética da degradação de geleiada de morango. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Campinas SP, v.29, n.1, p.142-147, 2009. OLIVEIRA, R. P.; NINO, A. F. P.; SCIVITTARO, W. B. Mudas certificadas de morangueiro: maior produção e melhor qualidade da fruta. A Lavoura, v. 108, p. 35- 108, 2005. TAVARES, L. B. B.; MACHADO, R.; BLEMER, R.; CARNEIRO. A. Avaliação das informações contidas nos rótulos das embalagens de geleias e doces sabores morango e tutti-frutti. Alimentos e Nutrição., Araraquara, v.14, n.1, p.27-33, 2003.
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