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Questão 1 1) Temos EDO: 2y′′−2 √ 2y′+ y = 0 com o PVI: y(0) =−1 e y′(0) =−1 (a) Vamos à solução da EDO. Com efeito, para isso utilizaremos o método da equação característica a qual nos leva a uma solução do tipo φ(t)eλt onde λ é um parâmetro a determinar. Substituindo na EDO temos: 2φ′′(t)−2 √ 2φ′(t)+φ(t) = 0 =⇒ 2λ2eλt −2 √ 2λeλt + eλt = 0 =⇒ 2λ2 −2 √ 2λ+1 = 0 vamos então resolver a seguinte equação algébrica: 2λ2 −2 √ 2λ+1 = 0 suas raízes são dadas por: λ = 2 √ 2± √ 8−8 4 = √ 2 √ 2 4 = √ 2 2 ou seja obtemos uma única solução para a EDO a qual é associada a única raíz de λ esta solução é: φ1(t) = e √ 2/2t . A segunda solução para essa EDO deve ser obtida utilizando o método da redução de ordem que nos guia para uma solução φ2(t) dada por: φ2(t) = φ1(t) ∫ 1 φ21(t) e−P(t)dt onde P(t) = ∫ p(t)dt e p(t) é termo que acompanha a derivada primeira da EDO, por inspeção então temos que p(t) =−2 √ 2 logo segue que: φ2(t) = e √ 2/2t ∫ 1 (e √ 2/2t)2 e ∫ 2 √ 2dtdt = e √ 2/2t ∫ dt = te √ 2/2t . e assim obtemos a segunda solução da EDO. De posse dessas temos um conjunto fundamental de soluções, consequentemente podemos então obter uma solução geral para a EDO dada pelo 1 princípio da superposição o qual nos guia a seguinte solução: y(t) = Aφ1(t)+Bφ2(t) = Ae √ 2/2t +Bte √ 2/2t onde A e B são constantes reais. Agora, vamos nos ater ao PVI. Com efeito, para t = 0 temos que y(t) é: −1 = y(0) = A logo temos imediatamente que A =−1. Agora derivando a solução y(t) temos que: y′(t) =− √ 2 2 e √ 2/2t +Be √ 2/2t +Bt √ 2 2 e √ 2/2t ponto t = 0 temos que: 1 = y′(0) =− √ 2 2 +B portanto temos que: B = ( 1+ √ 2 2 ) Daí a solução do PVI é: y(t) =−e √ 2/2t + ( 1+ √ 2 2 ) te √ 2/2t (b) Não, a solução não é sempre negativa. com efeito, provaremos isso. Suponhamos que a partir de um dado t tenhamos que a solução é positiva, então devemos ter que: −e √ 2/2t + ( 1+ √ 2 2 ) te √ 2/2t > 0 =⇒ −1+ ( 1+ √ 2 2 ) t > 0 =⇒ t > 2 2+ √ 2 Logo, após t > 2 2+ √ 2 temos que a solução y(t) é positiva. 2 Questão 2 2) Consideremos a EDO: y′′+2αy′+αy = 0 y(0) = y′(0) = 1 (a) O comportamento oscilatório é dado quando as soluções da EDO de segunda ordem são funções trigonométricas como seno ou cosseno ou combinação linear dessas duas. Esses casos ocorrem para quando os autovalores associados a EDO são números complexos, então, buscando uma solução do tipo estacionário da forma φ(t) = eλt onde λ é o autovalor da EDO temos que: φ ′′+2αφ′+αφ = 0 =⇒ λ2eλt +2αλeλt +αeλt = 0 =⇒ λ2 +2αλ+α = 0 obtemos então a seguinte equação algébrica: λ2 + 2αλ + α = 0 a qual queremos que possua raízes complexas. Para tanto, iremos então impor que ∆ < 0, logo obteremos o seguinte: ∆ = (2α)2 −4α = 4α2 −4α observe que a equação é uma parábola, isto é, basta analisarmos onde a parábola dada por f (α) = 4α2−4α é menor que zero. De fato, veja que essa parábola tem concavidade para cima e a região onde ela é menor que zero é o intervalo entre suas raízes, as quais são determinadas fazendo: 4α(α−1) e logo temos que as raízes são α = 0 e α = 1, note que nos extremos ∆(α) se anula e não queremos isso, então o maior intervalo I em que α nos dá soluções oscilantes deve ser o aberto: I = (0,1). (b) Para essa parte da solução, consideremos algum α ∈ I logo temos que ∆ < 0 então a soluções da equação algébricas para λ é dada por: λ = −2α±2ki 2 =−α± ki (1) onde 2ki ≡ √ ∆, onde k ∈ R+. Então a solução da EDO geral da EDO é dada por: y(t) = Ae(−α+ki)t +Be(−α−ki)t = e−αt [ Aekit +Be−kit ] = e−αt [C cos(kt)+Dsin(kt)] 3 onde C = A+B e D = Ai−Bi. em t = 0 temos que y(0) = 1 logo: 1 = y(0) = e−α0[C cos(k0)+Dsin(k0)] =⇒ C = 1 então temos que: y(t) = e−αt [cos(kt)+Dsin(kt)] derivando y(t) temos: y′(t) =−αe−αt [cos(kt)+Dsin(kt)]+ e−αtk[−sin(kt)+Dcos(kt)] daí pondo t = 0 temos do PVI que: 1 = y′(0) = −αe−α0[cos(k0)+Dsin(k0)]+ e−α0k[−sin(k0)+Dcos(k0)] = −α+ kD Portanto D = 1+α k . Com isso a EDO resolvida para o PVI é dada por: y(t) = e−αt [ cos(kt)+ ( 1+α k ) sin(kt) ] encontrada uma solução geral para o PVI dado, podemos então resolver a questão, de fato, o sistema apresenta um comportamento oscilatório dada a solução conter os termos das funções trigonométricas seno e cosseno. Todavia, a oscilação tende a diminuir a medida que o parâ- metro t torns-e suficientemente grande, de fato, isso ocorre devido ao termo da exponencial decrescente e−αt a qual faz com que a amplitude do sistema tenda a diminuir ao longo de que t → ∞, Com efeito se aplicarmos o limite a solução encontrada teremos que: lim t→∞ y(t) = lim t→∞ e−αt [ cos(kt)+ ( 1+α k ) sin(kt) ] = 0 pois as funções seno e cosseno são limitadas. Logo a oscilação tende a diminuir até que y(t)→ 0. 4 Questão 3 3) Resolveremos a equação diferencial é: y′′ = 4y′+5y+2e5t + t −1 é fácil ver que essa equação pode ser posta da seguinte forma: y′′−4y′−5y = 2e5t + t −1 Prosseguiremos resolvendo primeiro a EDO homogênea associada a qual é: y′′−4y′−5y = 0 Para tanto, utilizaremos o método da equação característica a qual nos leva a uma solução do tipo φ(t)eλt onde λ é um parâmetro a determinar. Substituindo na EDO temos: φ ′′(t)−4φ′(t)−5φ(t) = 0 =⇒ λ2eλt −4λeλt −5eλt = 0 =⇒ λ2 −4λ−5 = 0 Resolveremos a seguinte equação algébrica: λ 2 −4λ−5 = 0 com efeito, suas soluções são: λ = 4± √ 16+20 2 = 4±6 2 então λ1 = 5 e λ2 = −1. Isso nos dá duas soluções linearmente independentes cada uma as- sociada a um λ em particular estas são: φ1(t) = e5t e φ2(t) = e−t . Logo, a solução geral da homogênea φh(t) pode ser expressa por meio da combinação linear das soluções que encontra- mos, assim temos que: φh(t) = Aφ1(t)+Bφ2(t) = Ae5t +Be−t ou seja: φh(t) = Ae5t +Be−t . Agora determinaremos uma solução para a parte não homogênea, para isso utilizaremos o método dos coeficientes a determinar o qual nos guia a uma solução particular para a EDO a qual denotamos por φp(t) e deve ser dada da seguinte forma: φp(t) = ate5t +bt + c 5 onde a,b,c são parâmetros a determinar, aqui multiplicamos o termo e5t por t para garantirmos a independência linear das soluções tendo em vista que e5t é solução da EDO homogênea. Com intuito de substituirmos na EDO, vamos primeiramente calcular as derivadas de φp(t), com efeito temos que: φp(t) = ate5t +bt + c φ′p(t) = d dt ( ate5t +bt + c ) = 5ae5tt +ae5t +b φ′′p(t) = d2 dt2 ( ate5t +bt + c ) = d dt (a5e5tt +ae5t +b) = 25ae5tt +10ae5t usando essas equações na EDO obtemos que: φ ′′ p(t)−4φ′p(t)−5φ(t) = 2e5t + t −1 (25ae5tt +10ae5t)−4(5ae5tt +ae5t +b)−5(ate5t +bt + c) = 2e5t + t −1 e5t(10a−4a)+ t(−5b)+(−4b−5c) = 2e5t + t −1 e5t(6a)+ t(−5b)+(−4b−5c) = 2e5t + t −1 Portanto devemos ter, por igualdade polinomial o seguinte sistema: 6a = 2 −5b = 1 −4b−5c =−1 a primeiro e a segunda equação são imediatas e nos dão que: a = 1 3 e b =−1 5 . Daí temos que c é determinado por: −4 5 +5c = 1 =⇒ 5c = 1+ 4 5 =⇒ c = 9 25 Com isso temos que a solução da parte particular é dada por: φp(t) = ate5t +bt + c = te5t 3 − 1 5 + 9 25 ou seja temos: φp(t) = te5t 3 − 1 5 + 9 25 e com isso chegamos, enfim, a solução geral y(t) da EDO é dada pela soma da solução da parte homogênea com a solução particular, então: y(t) = φh(t)+φp(t) 6 ou seja: y(t) = Ae5t +Be−t + te5t 3 − 1 5 + 9 25 7