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Buscar cursos Página inicial Meus cursos Cursos disponíveis SEG-2022-006 Segurados da Previdência Social Aula 3 - Filiação, Inscrição e Manutenção da Qualidade Aula 3 - Filiação, Inscrição e Manutenção da Qualidade Como se tornar e se Manter Segurado da Previdência Social FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO Para ter a condição de segurado é necessário estar filiado ou inscrito na a Previdência Social. Mas existe diferença entre uma forma e outra de ingresso? É o que vamos ver a seguir: Retângulo azul com a palavra �licação na cor branca; sinal de diferença; ret^ngulo verde com a palavra inscrição na cor branca. A filiação e a inscrição são institutos diferentes no direito previdenciário, e, assim, podem ocorrer em momentos distintos. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO Filiação é o vínculo jurídico entre o segurado e a Previdência Social, do qual decorrem direitos e obrigações recíprocos. De um lado, o segurado tem o dever de contribuir e o direito à cobertura previdenciária. Em contrapartida, o RGPS tem o dever de pagar os benefícios e prestar os serviços previdenciários (quando cumpridos os requisitos legais), e o direito de Notas Minhas notas Meus arquivos privados Nenhum arquivo disponível Manage private �les... Daniele https://escolapep.inss.gov.br/ https://escolapep.inss.gov.br/course/index.php?categoryid=2 https://escolapep.inss.gov.br/course/view.php?id=846 https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=13421 https://escolapep.inss.gov.br/grade/report/overview/index.php https://escolapep.inss.gov.br/user/files.php?returnurl=https%3A%2F%2Fescolapep.inss.gov.br%2Fmod%2Fpage%2Fview.php%3Fid%3D13421 exigir o pagamento das contribuições previdenciárias. A filiação pode ser dar de forma obrigatória ou facultativa. Inscrição é a formalização da filiação. É por meio da inscrição que o segurado fornece à previdência os dados necessários para sua identificação. Conforme estabelecido no art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal/88, está vedado o exercício de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de jovem aprendiz, a partir de quatorze anos de idade. Por isso, a idade mínima para filiação é dezesseis anos, excetuando a filiação do jovem aprendiz, que pode ser efetuada a partir de quatorze anos, na condição de segurado empregado. organograma: No topo: idade mínima para �liação. Duas instância inferiores: 16 anos regra geral; e 14 exceção. Na primeira instância, dois casoa na instância abaixo: segurados obrigatorios, segurados facultativo; na instância 14 anos, aprendiz. FILIAÇÃO Como vimos anteriormente a filiação pode ser dar de forma obrigatória ou facultativa. A filiação dos Segurados Obrigatórios decorre do exercício de atividade remunerada, isto é, a partir do momento em que uma pessoa iniciar o exercício de alguma atividade remunerada, automaticamente, estará filiada à previdência social. O simples ingresso em atividade abrangida pelo Regime Geral de Previdência Social determina a filiação automática a esse regime. Quando o cidadão é registrado na empresa ele passa automaticamente a ser segurado do INSS. Já a filiação dos Segurados Facultativos é voluntária e só é efetivada com a inscrição e o pagamento da primeira contribuição sem atraso. A filiação do segurado facultativo não poderá ter efeitos retroativos. Essa possibilidade está limitada aos segurados obrigatórios, em virtude do caráter compulsório de sua filiação. INSCRIÇÃO É a formalização da filiação. É por meio da inscrição que o segurado fornece à previdência os dados necessários para sua identificação, ou seja, a inscrição é o ato de cadastramento do indivíduo maior de 16 anos (salvo se menor aprendiz que é a partir dos 14 anos) no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), mediante apresentação dos dados pessoais e de documentos, para geração ou atribuição do número de inscrição do trabalhador (NIT). A identificação do trabalhador será única, pessoal e intransferível, independentemente de alterações de categoria profissional. Quando o trabalhador já possuir o número do Programa de Integração Social/Programa de Assistência ao Servidor Público (PIS/PASEP), não caberá novo cadastramento, sendo utilizado este número para contribuir para a Previdência Social. INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS A inscrição dos segurados ocorre da seguinte forma: Empregado e Trabalhador avulso: pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho, no caso de empregado, e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão de obra, no caso de trabalhador avulso; Contribuinte individual: pela apresentação de documentos que caracterize a sua condição ou o exercício de atividade profissional, liberal ou não. Empregado doméstico: pela apresentação de documento que comprove a existência de contrato de trabalho. Segurado especial: pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural. A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá -lo ao seu respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pela unidade familiar. O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desenvolve sua atividade deverá informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado. Segurado facultativo: pela apresentação de documento de identidade, CPF e declaração que não exerce atividade que o enquadre como segurado obrigatório. A inscrição do empregado e do trabalhador avulso será efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão de obra, e a dos demais, no INSS pela Central 135 ou pelo site gov.br/inss/ No caso do contribuinte individual, excepcionalmente a empresa que o contratou poderá ter a obrigação de realizar a sua inscrição. Esta hipótese ocorrerá quando a empresa utilizar -se de segurado não inscrito. Esta mesma situação poderá ocorrer no caso do cooperado de cooperativa de trabalho. A data de vencimento das contribuições previdenciárias será até o 15º dia do mês seguinte à competência a ser paga. Ex: competência a ser paga 01/2021 - vencimento: 15/02/2021. Se esse dia coincidir com final de semana, a contribuição poderá ser feita no primeiro dia útil após a data de vencimento. MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO A Previdência Social é uma seguradora pública e uma de suas atribuições é zelar pelo trabalhador e sua família durante os imprevistos que incapacitam o cidadão filiado temporário ou permanentemente para exercer suas atividades laborais. Para gozar dessa proteção social, um dos requisitos exigidos é a qualidade de segurado, adquirida com a filiação ou inscrição ao RGPS, que por sua vez ocorre com o exercício de atividade laboral remunerada para os segurados obrigatórios, e pela inscrição e pagamento da contribuição previdenciária para os segurados facultativos, conforme vimos na aula anterior. https://escolapep.inss.gov.br/gov.br/inss/ O que é Qualidade de Segurado? É a condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS que possua uma inscrição e faça pagamentos mensais a título de Previdência Social. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO Todos os filiados ao INSS (empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual, segurado especial e facultativo), enquanto estiverem efetuando recolhimentos mensais a título de previdência, automaticamente estarão mantendo esta qualidade, ou seja, continuam na condição de segurado do INSS. Quando o segurado deixa de pagar ao INSS, por ter sido despedido do emprego ou por outras razões, não perde de imediato sua qualidade de segurado. Este lapso de tempo extra concedido é denominado período de graça. O período de graça, portanto, é um tempo que a previdência mantém o cidadãocom a qualidade de segurado e, por isso, garante todos os direitos aos benefícios, desde que respeitados os demais requisitos. QUAIS SÃO AS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE O SEGURADO ESTÁ NO PERÍODO DE GRAÇA? PERÍODO DE GRAÇA O SEGURADO MANTÉM A QUALIDADE NAS SEGUINTES SITUAÇÕES: SEM LIMITE DE PRAZO enquanto estiver recebendo benefício, exceto auxílio acidente. ATÉ 12 MESES Após a cessação do benefício ou após o último recolhimento ao INSS em virtude de deixar de exercer atividade remunerada (empregado, trabalhador avulso, etc) ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. após cessar a segregação no caso do segurado acometido de doença que exija isolamento. após o livramento do segurado detido. ATÉ 3 MESES após o licenciamento do segurado incorporado às forças armadas para o serviço militar. ATÉ 6 MESES após a cessação das contribuições do segurado facultativo. Os prazos listados começam a ser contados no mês seguinte à data do último recolhimento efetuado ou do término do benefício conforme o caso. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE GRAÇA Os períodos de manutenção da qualidade de segurado definidos acima podem ser estendidos por mais tempo, conforme os períodos abaixo, cumulativamente: Por mais 12 meses Se o trabalhador já contar com com 120 ou mais contribuições consecutivas ou intercaladas sem a perda da qualidade de segurado. Caso haja a perda dessa qualidade, não será possível considerar a prorrogação de manutenção da qualidade de segurado. Por mais 12 meses Para o trabalhador desempregado, desde que comprovada a situação de desemprego involuntário com registro no Sistema Nacional de Emprego (SINE) e/ou recebimento de seguro dentro do período que mantenha a sua qualidade de segurado. A soma do período de graça com as prorrogações pode chegar a 36 (trinta e seis) meses, período em que o cidadão conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social. Após transcorrido todo o prazo a que o cidadão tinha direito para manter a condição de segurado do INSS, se ele não voltar a contribuir, haverá a chamada “perda da qualidade de segurado”. Nesse caso, ele deixa de estar coberto pelo seguro social (INSS) e não terá direito a benefícios previdenciários caso o fato gerador do direito ao benefício se dê a partir da data em que perdeu esta condição de “segurado”. A perda da qualidade de segurado será no 16º dia do 2º mês subsequente ao término do prazo em que estava no “período de graça”, incluindo-se as prorrogações se for o caso. Se a data acima cair em dia que não haja expediente bancário, prorroga-se para o 1º dia útil após o 16º dia. Vamos ver alguns exemplos para entender melhor como se dá essa prorrogação do prazo? EXEMPLO Maria, segurada do INSS com mais de 120 contribuições sem a perda da qualidade de segurada, ficou desempregada em 20/09/2015. Logo em seguida, passou a receber seguro-desemprego por 5 meses. Além disso, Maria pediu inscrição no SINE em busca de nova oportunidade no mercado de trabalho. Data do desemprego: 20/09/2015 Período de graça comum: 12 meses = 30/09/2016 Prorrogação do período de graça (+120 contribuições): 12 meses = 30/09/2017 Prorrogação (seguro-desemprego) = + 12 meses = 30/09/2018 Data da perda da qualidade = 17/11/2018 A data de fixação da perda desta qualidade se dará somente em 16/11/2018 (16º dia do 2º mês subsequente ao término do “período de graça”), pois caso Maria queira efetuar recolhimento na condição de contribuinte individual ou facultativo referente ao mês de outubro/2018, conforme lhe garante a Lei, o prazo para pagamento seria até o dia 16/11/2018 (15/11 é feriado) e portanto, os direitos de “segurado” devem ser mantidos até esta data. No caso de perda da qualidade de segurado, essa condição poderá ser revertida, desde que o trabalhador volte a efetuar as contribuições em dia. O segurado deverá contar a partir da nova filiação, com metade do número de contribuições necessárias para carência (de acordo com o benefício pleiteado) para a concessão dos benefícios previdenciários. Assim, readquire a qualidade para usufruir de tais benefícios. Atenção: Para ter direito ao benefício, as contribuições anteriores à perda somente serão computadas para fins de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade do número de contribuições exigidas para o cumprimento do período de carência do benefício solicitado. FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO Como mencionamos nas aulas anteriores, o direito aos benefícios previdenciários resultam de filiação e inscrição na Previdência Social, bem como recolhimento realizado regularmente, seja por meio da empresa ou por ação própria do cidadão. New image Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre como o recolhimento ao RGPS pode ser realizado SALÁRIOS E ALÍQUOTAS DE CONTRIBUIÇÃO A tabela abaixo demonstra as faixas salariais e as respectivas alíquotas a serem aplicadas no cálculo das contribuições dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso. Salário-de-Contribuição Alíquota para recolhimento Até R$ 1.100,00 7,5% De 1.100,01 até 2.203, 48 9% De 2.203, 49 até 3.305, 22 12% De 3.305, 23 até R$ 6.433,57 14% SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO MENOR QUE O MÍNIMO Após a publicação da Emenda Constitucional nº 103/2019, o segurado somente terá a contribuição reconhecida como tempo de contribuição ao RGPS se o valor da competência for igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, ou seja, se a contribuição for menor que o salário mínimo, não será contabilizada para Tempo de Contribuição e automaticamente não será aproveitada para fins de benefícios previdenciários. A Fundamentação Legal está no Art. 195, §14 da Constituição Federal/88 (incluído pelo art. 29 da EC nº 103/2019). Três círculos, respectivamente, nas cores amarelo, verde e azul, cada um com sinal de interrogação na cor branca e a frase na cor azul: Por que Isso acontece?, Os salários-de-contribuição menores que o mínimo não serão computados para efeito de tempo de contribuição, exceto se realizado o ajuste pelo segurado, de acordo com a legislação abaixo citada: Lei nº 13.467, de 13/07/2017 (Lei da Reforma Trabalhista - art. 452-A); Art. 195, §14 da CF/88 (incluído pela EC 103/2019) e Art. 29 da EC 103/2019 Mas o que pode acontecer nesses casos? Observe nas próximas páginas. O QUE FAZER PARA TER AS CONTRIBUIÇÕES CONTABILIZADAS COMO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO? Quando a contribuição for inferior ao salário mínimo, O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) consolidará as remunerações da competência, somando os salários de contribuição de categorias diferentes na mesma competência. Organograma em retângulos horizontais: 1 Atingiu o salário Mínimo? Sim: contabilizar como TC; Não: agrupamento, utilização, complementação. O agrupamento e a complementação somente serão realizados dentro do mesmo ano civil. AGRUPAMENTO Vamos verificar o que ocorre numa situação é que é feito o agrupamento das contribuições para atingimento do Salário Mínimo: Exemplo: Maria trabalha como empregada com um contrato de trabalho intermitente, recebendo R$ 500,00 por mês. No CNIS constam as seguintes informações: Competência jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 Valor Recebido 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 Neste caso, Maria tem cinco contribuições abaixo do salário mínimo que não contarão para o Tempo de Contribuição nos respectivos meses. Portanto, existe a opção de Agrupar uma ou mais competências (dentro do mesmo ano civil) com o objetivo de atingir o salário mínimo e assim contabilizar para o Tempo de Contribuição. Exemplo (continuação): O salário mínimo de Jan/2020 é R$ 1.039,00. Falta R$ 539,00 para atingir o salário mínimo. Agrupando as contribuições de Jan, Fev e Mar, teremos 1500 - 1039,00, restando R$ 461,00, que ficará na competência fev/2020. Continuando a agrupar as demais contribuições com a competência residual de 461,00, teremos R$ 1.461,00. Diminuindo o valor do salário mínimo de fev/2020 (R$ 1.045,00), ficará da seguinte forma: SEGURADOEMPREGADO jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 1º AGRUPAMENTO 1.039,00 461,00 0,00 500,00 500,00 2º AGRUPAMENTO 1.039,00 1.045,00 416,00 0,00 0,00 Antes do Agrupamento, a segurada tinha cinco contribuições que não seriam contabilizadas para o Tempo de Contribuição. Agora, ela terá duas contribuições validadas para o Tempo de Contribuição. UTILIZAÇÃO Vamos verificar nesta página um exemplo em que o valor recebido pelo segurado é inferior ao salário mínimo e ocorre a utilização: Exemplo: Marcos trabalha como empregado com um contrato de trabalho intermitente (por exemplo, garçom), recebendo R$ 500,00 por mês, ele também trabalha como contribuinte individual prestador de serviços. No CNIS constam as seguintes informações: CATEGORIA JAN/2020 FEV/2020 MAR/2020 ABR/2020 MAI/2020 Empregado 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 Contribuinte Individual 500,00 840,00 480,00 790,00 0,00 Consolidação 1.000,00 1.340,00 980,00 1.290,00 500,00 Marcos tem três contribuições abaixo do salário mínimo que não contarão como Tempo de Contribuição. Com a opção de UTILIZAÇÃO um valor excedente ao valor do salário mínimo em uma competência (dentro do mesmo ano civil) pode ser utilizado para complementar as competências com valor menor que o mínimo. UTILIZAÇÃO Vamos continuar observando como ocorre a UTILIZAÇÃO aplicável ao exemplo iniciado na página anterior. Observamos o valor que falta e o que excede em cada competência, lembrando que o salário mínimo de Jan/2020 é R$ 1.039,00 e a partir de Fev/2020, R$ 1.045,00. CONSOLIDAÇÃO jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 1.000,00 1.340,00 980,00 1.290,00 500,00 FALTA 39,00 - 65,00 - 545,00 EXCEDENTE - 295,00 - 245,00 - UTILIZAÇÃO 39,00 - 65,00 - 191,00 PRÉ-CONSOLIDAÇÃO 1.039,00 1.045,00 1.045,00 1.290,00 691,00 Utilizamos os R$ 295,00 que excedem na competência fevereiro para completar o salário mínimo das competências: R$ 39,00 em janeiro; R$ 65,00 em março e os R$ 191,00 em maio. A competência maio ainda ficou abaixo do mínimo e temos a de abril com excedente, então faremos uma segunda utilização. UTILIZAÇÃO (CONTINUANDO) Vamos finalizar o exemplo indicado nas páginas anteriores (quanto à forma Utilização) para as parcelas inferiores ao salário mínimo recebidas pelo trabalhador em função das mudanças ocorrida na lei trabalhista. No caso exemplificado, transbordaremos o excedente da competência abril para a competência maio. PRÉ-CONSOLIDAÇÃO jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 1.039,00 1.045,00 1.045,00 1.290,00 691,00 FALTA - - - - 345,00 EXCEDENTE - - - 245,00 - UTILIZAÇÃO - - - - 245,00 CONSOLIDAÇÃO 1.039,00 1.045,00 1.045,00 1.045,00 936,00 Antes da Utilização, o segurado tinha três contribuições que não seriam contabilizadas para o Tempo de Contribuição. Agora, restará apenas uma, que ainda pode fazer Utilização se houver outras competências acima do salário mínimo no decorrer do ano. Se não, o segurado pode fazer a Complementação para ter sua contribuição contando como Tempo de contribuição. ATENÇÃO! Os ajustes de Agrupamento e de Utilização não podem ser utilizados: Não aplicável ao Segurado Facultativo: não pode agrupar salário-de-contribuição com recolhimento de Facultativo para compor o salário mínimo nem utilizar o recolhimento de Facultativo acima do mínimo para transbordar o excedente e completar um salário de contribuição; O 13º Salário não pode ser utilizado para agrupar com salário-de-contribuição abaixo do mínimo nem utilizar um 13º salário acima do mínimo para usar o excedente e complementar os salários-de-contribuição das competências do ano. COMPLEMENTAÇÃO A Complementação é possível em três situações: Competências inferiores ao salário mínimo: Competências zeradas após Agrupamento (competências zeradas sem a marcação de que já houve um valor naquela competência e que o valor foi utilizado por um ajuste de AGRUPAMENTO não poderá ser complementada) Competências que após o AGRUPAMENTO ou UTILIZAÇÃO ainda permaneceram inferiores ao mínimo. Paga-se uma Guia com a diferença que falta para atingir o salário mínimo naquela competência. Na Complementação podemos ter até três alíquotas diferentes 7,5%, 11% ou 20%, dependendo da alíquota que foi utilizada no salário-de-contribuição que gerou o valor no CNIS. Vamos demonstrar como ocorre a complementação. No exemplo, pegamos a situação de Maria já utilizada numa situação de Agrupamento para fazer a Complementação. SEGURADO EMPREGADO jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 1º AGRUPAMENTO 1.039,00 461,00 0,00 500,00 500,00 2º AGRUPAMENTO 1.039,00 1.045,00 416,00 0,00 0,00 COMPLEMENTAÇÃO - - 629,00 1.045,00 1.045,00 ATENÇÃO: observe QUE nas três últimas colunas da linha COMPLEMENTAÇÃO consta a diferença que falta para atingir o salário mínimo. Na Guia de Pagamento, repete-se a alíquota de 7,5% porque o recolhimento previdenciário no salário-de-contribuição como empregado intermitente foi de 7,5%. Se Maria fosse apenas uma prestadora de serviço e tivesse feito o recolhimento na alíquota de 20%, a Guia de complementação seria de 20%. Em um caso misto de Consolidação, ou seja, em caso de dupla filiação, devemos utilizar a menor alíquota de complementação. Por exemplo, empregado intermitente e contribuinte individual, cujas alíquotas de recolhimento foram 7,5% e 20% respectivamente, usa-se sempre a menor alíquota, favorecendo o cidadão. A alíquota de 11% será usada nos casos em que o contribuinte individual que recolhe pela Lei Complementar nº 123/2006. Esta situação geralmente acontece na competência correspondente à atualização do salário mínimo. O sistema pegará subsídios no CNIS para identificar a categoria de segurado e automaticamente aplicar a alíquota correta para calcular a Complementação. Atenção! Os ajustes de Agrupamento, Utilização e Complementação serão feitos quando o segurado requerer um benefício previdenciário. PARA O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO Os contribuintes individuais e facultativos recolhem sua contribuição previdenciária através da Guia da Previdência Social (GPS). O pagamento deve ser realizado mensalmente, gerando a guia através do Meu INSS (opção "emitir guia de pagamento GPS") ou comprando um carnê em papelaria e preenchendo manualmente. Como recolhem individualmente, os contribuintes individuais e facultativos fazem sua contribuição com alíquota de 20% da sua renda auferida, respeitando o valor mínimo (salário mínimo federal) e o valor máximo (teto máximo da Previdência Social, definido anualmente). Quem paga sobre o valor de um salário mínimo também pode realizar pagamentos trimestrais. Para isto, deve observar as seguintes condições: utilizar o código específico de contribuição trimestral; estar contribuindo com valor de remuneração mensal igual ao valor do salário mínimo vigente multiplicado por três; http://meu.inss.gov.br/ preencher o campo “competência” da GPS obedecendo os trimestres civis. (jan/fev/mar, abr/mai/jun, jul/ago/set e out/nov/dez) PLANO SIMPLIFICADO DE PREVIDÊNCIA PARA O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO Para ampliar a rede de proteção foi criado o Plano Simplificado, que é uma forma de inclusão previdenciária com percentual de contribuição reduzido de 20% para 11%, desde que o valor pago seja valor do salário mínimo vigente, para os segurados contribuinte individual e facultativo. A implementação deste plano se deu a partir da publicação da Lei Complementar n º 123/2006, com efeitos a partir de abril/2007 (Decreto nº 6.042/2007). ATENÇÃO: Importante observar as novas regras para obtenção de aposentadoria a partir da promulgação da EC 103/2019, que instituiu a Nova Previdência, e as regras de transição para quem já estava no mercado de trabalho. No curso Aposentadorias abordaremos o tema. Todos os contribuintes individuais que trabalham por conta própria podem optar pelo Plano Simplificado, exceto o prestador de serviços, pois, a própria empresa retém 11% e recolhe para a Previdência.O segurado que já estiver contribuindo no Plano Simplificado, poderá retornar ao Plano Tradicional (20%) a qualquer tempo. Porém, se quiser utilizar o período em que contribuiu para o Plano Simplificado com o objetivo de se aposentar por tempo de contribuição, por exemplo, deverá complementar as contribuições mediante recolhimento de mais 9%, sobre o salário mínimo, acrescido de juros moratórios do período em que optou pelo Plano Simplificado. Ressaltamos que é importante observar as novas regras para obtenção de aposentadoria a partir da promulgação da EC 103/2019, que instituiu a Nova Previdência, e as regras de transição para quem já estava no mercado de trabalho. No curso Aposentadorias abordaremos o tema. FACULTATIVO DE BAIXA RENDA O segurado segurado facultativo de baixa renda contribui com a alíquota de 5% sobre o salário mínimo: Poderá contribuir neste plano apenas o Facultativo que se enquadre nos requisitos de pertencer a família de baixa renda e esteja inscrito no sistema Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o qual é operacionalizado pelo Serviço Social dos municípios. MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) É também um contribuinte individual, que trabalha por conta própria, podendo ser pessoa jurídica e física ao mesmo tempo, formalizado com CNPJ. Para ser MEI é preciso observar as seguintes condições: Auferir receita bruta acumulada no ano-calendário anterior de até R$ 81.000,00. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6042.htm Ser optante pelo Simples Nacional. Não participar de outra empresa como titular, sócio ou administrador. Ter até um empregado, desde que este receba um salário mínimo ou piso da categoria. Com o recolhimento de 5%, o MEI somente poderá requerer junto à Previdência Social a Aposentadoria por idade. Caso opte por ter direito de requerer a Aposentadoria por Tempo de Contribuição ou levar o tempo contribuído para outro regime de previdência por meio de CTC deverá recolher também a complementação para a alíquota de 20%. Isso significa que é necessário emitir uma GPS com alíquota de 15% no código 1910. Se o segurado ainda quiser recolher acima do salário mínimo, deverá recolher uma GPS no código 1007, com a alíquota de 20% do valor escolhido, restrito apenas ao valor do teto máximo da Previdência Social. Caso faça a complementação na forma descrita acima, o MEI poderá realizar outro recolhimento que possibilite seu salário de contribuição ultrapassar o salário mínimo, limitado ao teto da Previdência Social. Ou seja, neste caso, são duas guias extras: uma para complementar os 15% do salário mínimo; outra, de 20%, sobre o valor faturado acima do salário mínimo, limitado ao teto da Previdência. RESUMO DAS FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO A tabela abaixo corresponde aos valores a serem contribuídos pelos segurados contribuinte individual e facultativo ao utilizar as alíquotas normal e simplificada, com base no valores em vigor no ano 2021. PLANO SALÁRIO DECONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA VALOR DIREITOS Normal R$ 1.100,00 até R$6.433,57 20% R$ 220,00 (mínimo) e R$ 1.286,71 (teto) A todos os benefícios previdenciários. Simplificado (LC 123/06) * R$ 1.100,00 11% R$ 121,00 A todos os benefícios previdenciários, exceto à Aposentadoria por Tempo de Contribuição e à Certidão por Tempo de Contribuição (CTC), utilizada por servidores públicos que já tenham trabalhado na iniciativa privada para a soma do tempo. * Caso o segurado tenha feito a opção pelo recolhimento com alíquota reduzida (11%) e queira se aposentar por tempo de contribuição, deverá recolher a diferença de 9% sobre o salário mínimo. PLANO SALÁRIO DECONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA VALOR DIREITOS Simples Nacional* e Facultativa de Baixa Renda (Dona de casa)* R$ 1.100,00 5% (MEI) R$55,00 A todos os benefícios previdenciários, exceto à Aposentadoria por Tempo de Contribuição e à Certidão por Tempo de Contribuição (CTC), utilizada por servidores públicos que já tenham trabalhado na iniciativa privada para a soma do tempo. * Caso o segurado tenha feito a opção pelo recolhimento com alíquota reduzida (5%) e queira se aposentar por tempo de contribuição, deverá recolher a diferença de 15% sobre o salário mínimo. CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO Os segurados que são responsáveis diretos pelos recolhimentos das suas contribuições devem ficar atentos aos códigos de pagamento que devem utilizar. Abaixo segue uma lista dos mais utilizados. Contribuinte Individual: 1007 - Contribuinte Individual – Mensal (plano 20%) 1163 - Contribuinte Individual – Mensal (plano 11%) 1295 - Contribuinte Individual – Mensal – Complementação 9% (para plano 20%) 1910- Micro Empreendedor Individual – Mensal – Complementação 15% (para plano 20%), a partir de maio/2011. Facultativo: 1406 - Facultativo – Mensal 1686 - Facultativo – Mensal – Complementação 9% (para plano 20%) Facultativo de baixa renda: 1929 - Facultativo Baixa Renda – Mensal 1830 - Facultativo Baixa Renda – Mensal – Complemento 6% (para plano simplificado 11%) 1945 - Facultativo Baixa Renda – Mensal – Complemento 15% (para plano 20%) CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO EMPREGADOR O empregador é responsável por recolher o valor correspondente à contribuição do empregado, cujos percentuais atuais variam de 8%, 9% a 11%, limitado ao teto máximo. Da mesma forma, a empresa que utiliza os serviços de prestador de serviço (contribuinte individual) fica também obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária desse segurado, mediante desconto de 11% a ser efetuado na remuneração correspondente aos serviços prestados. FINALIZANDO Chegamos ao final da aula! Falta mais uma. Bons estudos! Última atualização: quarta, 13 janeiro 2021, 17:50 Serviços do Meu INSS YouTube / INSS Site do INSS Serviços do Governo Instituto Nacional do Seguro Social Diretoria de Gestão de Pessoas e Administração Coordenação-Geral De Qualidade De Vida, Saúde e Desenvolvimento do Servidor Coordenação De Desenvolvimento De Pessoa https://meu.inss.gov.br/#/login https://www.youtube.com/channel/UCv5oOApnVBAWf5wpMPBZ4mQ https://www.gov.br/inss/pt-br https://www.gov.br/pt-br Divisão de Educação Previdenciária Esta plataforma utiliza a Versão Moodle v. 3.4.5 Data retention summary Get the mobile app https://escolapep.inss.gov.br/admin/tool/dataprivacy/summary.php https://download.moodle.org/mobile?version=2018051704&lang=pt_br&iosappid=633359593&androidappid=com.moodle.moodlemobile
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