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GUILHERME REZENDE CARDOSO R.A.: 2889053 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SÃO PAULO 2021 GUILHERME REZENDE CARDOSO R.A.: 2889053 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Trabalho entregue por meio do sistema “blackboard” para a avaliação no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Sala: 3107A04 SÃO PAULO 2021 I. 1) Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. Sim, o Magistrado agiu corretamente, pois caberá ao reclamante quanto ao ônus da prova. Conforme está previsto no artigo 818, inciso I da CLT, O ônus da prova incube ao reclamante quanto ao fato constitutivo de se direito, porém, não sendo possível produzir provas, poderá o Magistrado conceder a inversão do ônus da prova sem que haja prejuízo algum para as partes. Cabe salientar que a inversão do ônus da prova deve ser antes do início da instrução. 2) Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor? A finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor é para que conste na ata da audiência o seu inconformismo com a decisão do juiz em ter ouvido a testemunha da empresa ré, que era diretor comercial da empresa reclamada, com isso sentiu-se ameaçado o direito de seu cliente em não ter o seu pedido apreciado, conforme dispõe o inciso XXXV, do artigo 5°, da Constituição Federal de 1988. 3) O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes? Sim, o juiz poderia dispensar o interrogatório das partes, uma vez que o artigo 848, “caput”, da CLT, dispõe que após o termino da defesa, seguirá a instrução do processo, facultando ao juiz o interrogatório das partes. 4) Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita da testemunha. Segundo o parágrafo 1°, do artigo 457, do Código de Processo Civil, é licito as partes contraditar a testemunha, nesse sentido, o advogado poderia ter alegado a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, podendo provar a contradita com documentos ou com até três testemunhas, vale ressaltar que a contradita deve ser utilizada antes do depoimento da testemunha, fazendo com que impeça sua oitiva. Como a CLT não dispõe a contradita, é aplicado o entendimento do Código de Processo Civil em relação ao instituto, segundo a doutrina de Hinz, (1, p.83), contradita consiste em: “ […] um incidente processual que se forma no momento em que a parte contrária àquela que apresentou a testemunha entende que esta não possui isenção de ânimo, por incapacidade, impedimento ou suspeição, para dizer a verdade do que lhe foi perguntado […] Assim, é direito da parte contraditar a testemunha apresentada pela parte contrária, sendo que o fundamento da contradita, pelo que dispõe seu artigo, deve se referir à incapacidade, impedimento ou suspeição [..] visto tratar-se de hipóteses de restrição ao direito de defesa da parte contrária […].” Por contradita, a jurisprudência tem o seguinte entendimento: “RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. CONTRADITA DE TESTEMUNHA. TESTEMUNHA COM AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA CONTRA O MESMO EMPREGADOR. TROCA DE FAVORES. NÃO COMPROVAÇÃO. A jurisprudência desta Corte Superior tem firmado o entendimento no sentido de que é necessária a comprovação inequívoca da suspeição da testemunha, não se configurando a referida situação pelo simples fato de o Autor ser testemunha na ação movida por testemunha por ele indicada, mas, sim, pelo interesse no litígio por parte da testemunha contraditada, o qual pode ser extraído do próprio depoimento em cotejo com as demais provas dos autos. Assim, não se pode presumir a troca de favores em razão de uma Parte ser testemunha na ação proposta por testemunha por ele arrolada (Súmula 357, TST). Recurso de revista conhecido e provido. Prejudicada a análise dos demais temas. (TST - RR: 206233720145040009, Relator: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 27/05/2020, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/05/2020) ” 5) Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas? As razões finais remissivas é quando o advogado, na oportunidade de se manifestar, diz que se remete aos termos de sua inicial ou defesa, é uma forma de fazer constar na ata de audiência para evitar futuras nulidades processual por cerceamento de defesa. Se optassem pelas razões finais orais, deveria se atentar ao prazo de 10 minutos, previsto no artigo 850, “caput”, da CLT, para dizer tudo que for ajudar na decisão do juiz, além disso reiterar os termos da inicial pedindo a procedência da ação ou improcedência, a depender do polo ativo ou passivo que se encontrar. 6) Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 20% a ser calculado considerando o valor da causa? Não, o juiz não agiu corretamente ao arbitrar os honorários sucumbenciais no percentual de 20%, visto que a Reforma Trabalhista incluiu, por meio da Lei 13.467/2017, o artigo 791-A, caput, em que prevê a fixação dos honorários sucumbenciais no percentual máximo de 15%. Cabe salientar que anterior à essa Lei, os horários eram fixados à luz do artigo 85, parágrafo 2°, do Código de Processo Civil, ou seja, em 20%. 7) Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos? A medida judicial utilizada pelo autor foram os embargos de declaração previsto no artigo 897-A, caput, da CLT, no prazo de cinco dias úteis. Se a ação tivesse sido acolhida pelo juiz, a concessão da justiça gratuita teria possibilidade de ser deferida e a fundamentação da litigância de má fé ser esclarecida. 8) Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos? A medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento dos embargos de declaração é o recurso ordinário, apresentado em até 8 dias úteis conforme o artigo 895, inciso I, da CLT, contados da intimação da decisão. Os pressupostos genéricos são extrínsecos e intrínsecos, sendo que esses referem- se às condições recursais como o cabimento do recurso, o interesse recursal e a legitimidade para recorrer, enquanto que estes referem-se ao preparo, à tempestividade que é entrar com o recurso dentro do prazo, e a regularidade formal. 9) Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 8? Quais as obrigações da parte que avia essa medida em face da decisão denegatória? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida? A medida cabível é agravo de instrumento com base na alínea b, do artigo 897 da CLT. Com base no parágrafo 5°, inciso I e II, a parte que formalizar o agravo de instrumento, deverá obrigatoriamente anexar ao agravo, cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento d as custas e do depósito recursal, sendo facultado o anexo de outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. Tanto o juízo de interposição quanto o juízo de conhecimento serão o “ad quem”, combase no artigo 897, parágrafo 4°, da CLT, sendo que o objetivo dessa medida consiste em destrancar o recurso negado. 10) Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria medida principal, reconhecendo o direito às horas extras e o direito de Genivaldo receber valores relacionados ao empréstimo sem apresentar tese explícita, o que resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a(s) medida(s), prazo(s), finalidade(s) e pressuposto(s) especifico(s) ao caso concreto. Conforme o artigo 896, caput, da CLT, caberá Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, no prazo de oito dias úteis, cuja finalidade será defender os seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé. Quanto aos pressupostos específicos são necessários o prequestionamento, a tempestividade, a regularidade formal, o depósito das custas recursais e a transcendência. 11) Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais a medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos, efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico? A medida judicial que a empresa poderá adotar são os embargos de declaração no prazo de cinco dias, com base no artigo 897 -A, caput, visto que o Tribunal reformou a sentença, em relação ao empréstimo, sem que o autor tenha apresentado tese objetiva e, com isso, a empresa se valerá desse recurso para questionar a matéria. Sendo os pressupostos dessa ação, a tempestividade, a adequação, a recorribilidade do ato, regularidade formal, a legitimidade, o interesse recursal, a capacidade, a representação e a competência, cujo efeito é regressivo e modificativo. Tanto o juízo de admissibilidade, quanto o juízo de julgamento é do “ad quem”, com base legal no artigo 897-A da CLT. II. 1) Agiu corretamente o juiz na homologação dos cálculos? Explique. Sim, o magistrado agiu corretamente, após intimação das partes para elaboração dos cálculos de liquidação, o juiz poderá abrir vista para impugnação, no prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores A objeto da discordância, sob pena de preclusão. Artigo 879 §2º, CLT. 2) Qual a medida jurídica que pode utilizada pela empresa e/ ou por seu sócio em razão da penhora? Em que prazo? Qual o fundamento a ser utilizado pela empresa e/ou por seu sócio nessa medida? Neste caso, a medida jurídica que deve ser utilizada são os Embargos à Execução, visto que penhorado os bens (Automóvel do sócio da empresa), o executado terá cinco dias para apresentar os embargos, devendo a empresa impugnar a sentença de liquidação. Artigo 884, §3º, CLT. 3) Qual o recurso cabível da decisão proferida que manteve a penhora do carro? Qual o prazo, quais os requisitos desse recurso? O recurso cabível nessa fase do processo é o Agravo de Petição, cujo o prazo é de 8 dias, recurso no qual o requisito de admissibilidade diz respeito ao conteúdo do recurso, o qual deve expressamente conter: - A matéria específica impugnada; - Os valores expressamente impugnados, delimitado dos valores incontroversos. A delimitação da matéria e dos valores têm como finalidade continuidade da execução em face da parcela incontroversa, nos termos da Súmula 416 do TST Artigo 897, a), $19, CLT. 4) Na hipótese de não provimento desse recurso pode a empresa manusear outro recurso? Qual? Sob qual fundamento intrínseco. Sim, a empresa tem mais um recurso cabível neste caso, o Recurso de Revista, é o último recurso, de caráter extraordinário, no processo do trabalho. Está previsto no Artigo 896, CLT. Para que o recurso de revista trabalhista possa ser admitido em um processo, é preciso que as decisões proferidas se enquadrem em alguma das seguintes situações, segundo o próprio Artigo 896, a), b), c), CLT. Quando derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que foi dada por outro Tribunal Regional do Trabalho, ou contrariarem a Súmula de Jurisprudência Uniforme. Quando derem ao mesmo dispositivo de lei estadual Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de Observância obrigatória, interpretação divergente, na forma da alínea a. Quando forem proferidas com violação literal de lei federal ou afrontando direta e literalmente a Constituição Federal. O recurso deve ser devidamente fundamentado, de maneira explicita, com o trecho da decisão alvo da controvérsia, com a indicação de dispositivos, súmulas e jurisprudências conflitantes, com as razões do pedido e a impugnação dos fundamentos jurídicos de decisão e com a transcrição das ementas e acórdãos que demonstram o conflito.
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