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Bioquímica Básica - Tarefa enfermidades e alterações estruturais em proteínas


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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOFÍSICA 
TAREFA ENFERMIDADES E ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS EM PROTEÍNAS
Salvador 
2022
1. Doença Falciforme
1.2 Alterações encontradas
A doença falciforme é causada por uma modificação no DNA. Tem causa genética e hereditária, caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). A doença falciforme recebe este nome porque com essa alteração, o formato do glóbulo, que habitualmente é arredondado, se torna parecido com uma foice, dificultando sua circulação pelos vasos sanguíneos e dificultando o fornecimento de oxigênio para o organismo. A alteração na estrutura da célula faz com que ela se rompa, provocando anemia
A Anemia Falciforme acontece quando o indivíduo é SS. Ocorre entretanto em alguns indivíduos a união de um traço S com outro traço doente (C, D, Talassemia), levando ao aparecimento da hemoglobinopatia SC, SD, S-Talassemia. Todas as hemoglobinopatias juntas, incluindo a Anemia Falciforme (SS), são chamadas de Doenças Falciformes (SS, SD, SC, S-Talassemisa).
1.2 Aminoácidos trocados
Aminoácido ácido glutâmico por valina, em decorrência da substituição da base nitrogenada timina (T) por adenina (A), na posição seis da cadeia b.
1.3 Consequências
A doença falciforme pode se manifestar de forma diferente em cada indivíduo. Uns têm apenas alguns sintomas leves, outros apresentam um ou mais sinais ou sintomas a seguir:
a) Crise de dor: É o sintoma mais frequente da doença falciforme causado pela obstrução de pequenos vasos sanguíneos pelos glóbulos vermelhos em foice. A dor é mais frequente nos ossos e nas articulações, podendo, porém, atingir qualquer parte do corpo. Essas crises têm duração variável e podem ocorrer várias vezes ao ano. Geralmente são associadas ao tempo frio, infecções, período pré-menstrual, problemas emocionais, gravidez ou desidratação.
b) Icterícia (cor amarela nos olhos): É o sinal mais frequente da doença. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina. Fazendo com que o branco dos olhos fique amarelo.
c) Síndrome mão-pé: Nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e pés causando inchaço, dor e vermelhidão no local.
d) Infecções: As pessoas com doença falciforme têm maior propensão a infecções e principalmente as crianças podem ter mais pneumonias e meningites. Por isso elas devem receber vacinas especiais para prevenir estas complicações. Ao primeiro sinal de febre procure o hospital onde você é atendido. Isto certamente fará com que a infecção seja controlada com mais facilidade.
e) Úlcera de Perna: Ocorrem mais frequentemente, próximo aos tornozelos, a partir da adolescência. As úlceras podem levar anos para a cicatrização completa, se não forem bem cuidadas no início do seu aparecimento. Para prevenir o aparecimento das úlceras, os pacientes devem andar com meias grossas e sapatos.
f) Sequestro do Sangue no Baço: Neste caso há palidez e aumento de volume 5 no baço repentinamente. Trata-se de uma emergência. Ocorre mais frequentemente em crianças menores de 5 anos. 
2. Osteogênese Imperfeita
2.2 Alterações encontradas
A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença rara do tecido conjuntivo, nos quais existe um defeito na formação de uma das maiores proteínas estruturais do osso: o colágeno tipo I.
2.2 Aminoácidos trocados
O padrão de herança mais comum é o autossômico dominante, podendo ser, com menor frequência, recessivo. A alteração é determinada por mutações nos cromossomos 7 e 17, mais especificamente nos Loci COL1A1 e COL1A2, onde ocorre com maior frequência a substituição da glicina por um outro aminoácido; mutações localizadas nestes Loci determinam principalmente a OI.
A causa mais frequente de OI está associada a um feito qualitativo induzido por substituição de glicina por aminoácidos diferentes (cada um resultando em um fenótipo diferente) no domínio helicoidal de colágeno tipo 1, o que interrompe a formação da tripla hélice. Tais mutações, quando envolver as cadeias a1 estão associadas a fenótipos mais severos, enquanto mutações nas cadeias a2 tendem a ser menos graves
2.3 Consequências
Articulações mais frouxas, dentes fracos, coloração azulada do branco dos olhos, curvatura anormal da coluna (escoliose), perda de audição, problemas respiratórios frequentes, baixa estatura, hérnias inguinais e umbilicais, alteração das válvulas cardíacas.
3. Síndrome de Ehlers-Danlos
3.2 Alterações encontradas
A síndrome de Ehlers-Danlos, mais conhecida como doença do homem elástico, caracteriza-se por um grupo de distúrbios genéticos que afetam o tecido conjuntivo da pele, das articulações e das paredes dos vasos sanguíneos.
Geralmente, as pessoas com esta síndrome têm as articulações, as paredes dos vasos sanguíneos e a pele mais extensíveis que o normal e também mais frágeis, já que é o tecido conjuntivo que tem a função de lhes dar resistência e flexibilidade, podendo em alguns casos, ocorrer danos vasculares graves.
3.2 Aminoácidos trocados
O colágeno tipo III é um homotrímero formado pela associação de três cadeias alfa1(III). O núcleo da molécula é uma hélice tripla com uma sequência de aminoácidos caracterizada por repetições Gly-XY. Para garantir a montagem adequada dos monômeros alfa, as repetições Gly-XY não devem conter saltos e o comprimento da hélice tripla deve ser o mesmo para cada cadeia alfa.
Na substituição de um aminoácido por glicina nas sequências Gly-X-Y na hélice tripla do COL3A1, ou pelas junções de splicing dos exoes da tripla hélice do COL3A1 teremos a Síndrome de Ehlers-Danlos.
3.3 Consequências
Os sinais e sintomas que podem ocorrer em pessoas com a síndrome Ehlers-Danlos são uma maior extensibilidade das articulações, levando à execução de movimentos mais amplos que o normal e consequente dor local e ocorrência de lesões, maior elasticidade da pele que a torna mais frágil e mais flácida e com formação anormal de cicatrizes.
Além disso, em casos mais graves, em que a síndrome de Ehlers-Danlos é do tipo vascular, as pessoas podem ter um nariz e um lábio superior mais finos, olhos proeminentes e uma pele ainda mais fina que sofre ferimentos com muita facilidade. As artérias do corpo são também muito frágeis e em algumas pessoas a artéria aorta pode também estar muito enfraquecida, podendo ocorrer uma ruptura e levar à morte. As paredes do útero e do intestino são também muito finas, podendo-se romper com facilidade.
Outros sintomas que podem surgir são luxações e entorses muito frequentes, devido a instabilidade das articulações, contusão muscular, cansaço crônico, artrose e artrite ainda na juventude, fraqueza muscular, dor nos músculos e nas articulações e maior resistência à dor.
Referências
BEM-HAJA, Paola L. et al. Síndrome de Ehlers-Danlos em paciente com dor crônica. Relato de caso. Rev. dor. Vol.17, n.2. 152-154, 2016
Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 31 de maio de 2022.
FELIX, A. A.; SOUZA, H. M.; RIBEIRO, S. B. F. Aspectos epidemiológicos e sociais da doença falciforme. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 32, n. 3, p. 203–208, 2010. 
FINOTI, L. H. et al. A GENÉTICA ENVOLVIDA NA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA ( OI ) E SUAS IMPLICAÇÕES NA VIDA DO PORTADOR. p. 1–12, 2020. 
IMPERFECTA, O. Osteogênese imperfeita. v. 26, n. 2, p. 32–34, 2006. 
MACHADO, L. D. S. B. et al. ASPECTOS BIOQUÍMICOS E HEMATOLÓGICOS DA ANEMIA FALCIFORME. v. 16, p. 79–88, 2021. 
NORD. Osteogenesis Imperfecta. Disponível em: <https://rarediseases.org/rare-diseases/osteogenesis-imperfecta/>. Acesso em 31 de maio de 2022
PORTARIA SAS/MS Nº 1.306. Osteogênese imperfeita: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. 2013. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-osteogenese-imperfeita-livro-2013.pdf>. Acesso em 31 de maio de 2022

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