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PREPARAÇÃO E OTIMIZAÇÃO: SUPORTE NUTRICIONAL: O processo de preparação e otimização para a cirurgia pode ser realizada de 5 -14 dias antes com suplementação oral/enteral ou parenteral a depender da condição do paciente, ou seja, depende da capacidade de ingestão oral ou esvaziamento gástrico e peristalse O catabolismo é agravado com a resposta inflamatória a trauma e acentuado ainda mais com o jejum pós- operatório, por isso garantir adequado estado nutricional é fundamental. A ingesta de líquidos claros até 2 h antes da cirurgia é segura A ingesta de líquidos ricos em carboidratos nas 24 horas anteriores à cirurgia comprovadamente reduz a perda de massa muscular Estratégias com dietas imunomoduladoras 5 a 7 dias antes e após o procedimento são recomendadas (salvo as contraindicações como sepse grave) VIAS DE ALIMENTAÇÃO: Via oral: preferencial (salvo sedação, sequelas neurológicas, ou se não alcançou a meta nutricional) Dieta oral e enteral são melhores que a via parenteral pois proporcionam homeostase do TGI, mantem trofismo da mucosa, fluxo sanguíneo, flora intestinal reduzindo a chance de translocação bacteriana. Nutrição parenteral: Fornecimento de nutrientes de forma total ou parcial através de acessos venosos A nutrição parenteral só é realizada quando o paciente é desnutrido grave com algum problema no TGI, quando tem contraindicação absoluta ou relativa à oral/enteral, quando a enteral não atinge 60% das necessidades e quando a expectativa for >4 dias de terapia nutricional parenteral. Complicações da dieta parenteral: pneumotórax, hematoma, trombose e infecção. PRÉ-HABILITAÇÃO: é definida como o processo de intensificação da capacidade física e mental de um paciente para que ele seja capaz de suportar o estresse metabólico resultante de uma cirurgia. Ela deve ser iniciada no pré-operatório e continuada no pós-operatório. Pode ser feita com: Exercícios físicos (anaeróbico) Suplementação proteica Controle da glicemia Suporte psicológico Importância da pré-habilitação: alia-se a recuperação cardiovascular, com melhora do estado nutricional e imunológico, além de favorecer o aspecto funcional do paciente. Pré-habilitação e Pós-operatório - continuação da aula sobre REMIT. Todos os pacientes que possam dispor de tempo no pré-operatório deve fazer, cada esquema deve ser adequado a cada paciente para que se possa atingir as metas estabelecidas para cada um. Há resultados consistentes que demonstram a efetiva redução nas complicações cirúrgicas, também tendo a percepção de melhoria nas condições fisiológicas e metabólicas dos pacientes que participam do programa. JEJUM + DIRETRIZ ACERTO: Prescrição do jejum pré-operatório de acordo com o colégio Brasileiro de Cirurgiões: O jejum pré-operatório não deve ser prolongado. (Força de evidencia alta e recomendação forte) Para a maioria dos pacientes candidatos a procedimentos eletivos recomenda-se jejum de sólidos de 6-8h antes da indução anestésica. Líquidos contendo carboidratos (maltodextrina) devem ser ingeridos até 2h antes da anestesia, exceto para casos de retardo do esvaziamento esofágico ou gástrico, ou em procedimentos de emergência. (força de evidência moderada, recomendação fraca) Bebidas contendo carboidratos associados a fonte proteica (glutamina ou proteína do soro do leite) podem ser tomadas até 3h antes do procedimento anestésico. Benefício de abreviar o jejum: diminuição da resistência insulínica (fator de risco para morbidade cirúrgica), modulação da resposta orgânica ao trauma e melhora da satisfação do paciente. Motivos para abreviar o jejum: Jejum clássico: gera desidratação, irritabilidade, resistência insulínica, resposta metabólica precoce, paciente mais inflamado, infecções/tempo de internação Jejum abreviado: melhor hidratação, saciedade/satisfação, menos náuseas e vômitos, controle melhor da glicemia/resistência insulínica, menor gliconeogênese, paciente menos inflamado, modulação da resposta orgânica ao trauma. TEMPO DE JEJUM PARA CADA ALIMENTO SEGUNDO O ASA: (jejum por conta de broncoaspiração) ✓ Líquidos claros: 2h ✓ Leite materno: 4h ✓ Leite: 6h ✓ Dieta leve: 6h ✓ Dieta sólidos: 8h SOBRE A REPOSIÇÃO VOLÊMICA: A hiperhidratação aumenta o índice de complicações, por gerar balanço positivo de água e sódio aumentando a pressão abdominal, reduzindo o fluxo sanguíneo mesentérico e o oxigênio intracelular levando a acidose. Gera aumento da permeabilidade, prejuízo do processo de cicatrização e edema do trato digestório levando a náuseas e vômitos. HOJE OS CIRURGIÕES FAZEM 30-50 ml/Kg apenas PÓS-OPERATÓRIO: A terapia pós operatória deve ser iniciada precocemente, imediatamente. Dentre os fatores que influenciam podemos destacar doença, estado nutricional, tipo de cirurgia, ressuscitação pós operatória e complicações. REALIMENTAÇÃO PRECOCE é importante. Motivos pelos quais vezes não conseguimos alimentar efetivamente utilizando o trato digestório: Ressuscitação pós-operatória ineficiente, hiperhidratação/hipoperfusão, desnutrição grave, resposta orgânica ao trauma, controle glicêmico falho, sepse, Se não consegue nutrição oral/enteral fazemos nutrição parenteral e terapia nutricional mista.
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