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AES 6 Saúde e Meio Ambiente 02


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Emanuela L. Milhomem - Medicina
2
Problema 2
1. Caracterizar as atribuições da Vigilância Sanitária.
As atribuições da Vigilância Sanitária são ações de saúde dirigidas, ao controle de riscos reais e potenciais. Capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens.
I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; 
II - O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. 
O CAMPO DE ABRANGÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Por intervir em todos os aspectos que possam afetar a saúde dos cidadãos seu campo de abrangência e é ilimitado. 
Seu campo de abrangência é composto por: 
I – Bens e serviços de saúde 
1. As tecnologias de alimentos: O enfoque essencial é a prevenção dos riscos a saúde, decorrentes das Doenças Transmitidas Alimentos, inibir fraudes e auxiliar na redução das perdas de alimentos por alterações. 
2. As tecnologias de beleza, limpeza e higiene: métodos e processos de produção de cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e saneantes domissanitários. 
3. As tecnologias de produção industrial e agrícola 
4. As tecnologias médicas: medicamentos, soros, vacinas, equipamentos médico-hospitalares, cuidados médicos e cirúrgicos e suas organizações de atenção à saúde, seja no atendimento direto ao paciente, seja no suporte diagnóstico, terapêutico e na prevenção ou apoio educacional. 
5. As tecnologias do lazer 
6. As tecnologias da educação e convivência
Programas de vigilância sanitária
· Competência técnica para a fiscalização: a inspeção sanitária de estabelecimentos, produtos ou locais demanda conhecimento técnico e epidemiológico, além de domínio da legislação. 
Para avaliar, por exemplo, o funcionamento de um determinado equipamento, é preciso conhecê-lo, como também sua finalidade, formas de funcionamento e dispositivos de segurança, para saber o que está dentro ou fora da normalidade. 
 
· Realizar avaliações do risco do estabelecimento, produto ou local: saber distinguir as situações quanto ao grau de risco epidemiológico – baixo ou alto – em relação à saúde. 
Materiais incorretamente esterilizados representam alto risco à saúde, podendo permitir a transmissão de AIDS, hepatite e/ou provocar septicemias e outros agravos, dependendo da forma ou local em que forem utilizados. 
Reagentes para testes sorológicos com datas de validade vencidas ou conservados inadequadamente constituem alto risco, pois podem falsear os resultados.
Competências da Vigilância Sanitária
As competências da vigilância sanitária estão definidas de acordo com as esferas de poder público municipal, estadual e da união (federal). 
1- União: 
· Estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; 
· Estabelecer critérios para o controle da qualidade sanitária de produtos;
· Formular normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde; 
· Controlar e fiscalizar procedimentos e produtos de interesse para a saúde; 
· Coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
· A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais que representem risco de disseminação nacional.
2- Estadual: 
· Coordenar e executar ações e serviços;
· Formular, executar e acompanhar a política de insumos e equipamentos para a saúde; 
· Formular normas e estabelecer padrões, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano; 
· Colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras. 
3- Municipal:
· Executar serviços; 
· Dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA DAS TECNOLOGIAS DE ALIMENTOS 
OBJETIVOS PRINCIPAIS:
• Garantir alimentos seguros, atuando na redução ou eliminação de fatores de risco que possam comprometer a qualidade dos alimentos, em todas as fases de sua produção, até o consumo. 
• Melhorar os processos técnicos da produção e distribuição dos alimentos. 
• Orientar a população sobre os cuidados em casa e sobre seus direitos de consumidora. • Eliminar a morbi-mortalidade por ingestão de alimentos impróprios. 
 
FUNÇÕES E METAS:
· Cadastrar, licenciar e fiscalizar os estabelecimentos industriais de gêneros alimentícios.
· De manipulação e/ou venda de alimentos.
· As empresas que transportam alimentos.
· A produção de águas minerais e suas fontes.
· Monitorar a contaminação dos alimentos por resíduos tóxicos.
· Fiscalizar o comércio de ambulantes, açougues, produtos in natura e outros.
· Criar sistema de notificação de enfermidades transmitidas por alimentos.
· Orientar e educar a população e produtores, manipuladores e distribuidores de alimentos.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA DAS TECNOLOGIAS MÉDICAS
São denominadas tecnologias médicas os métodos que visam a prevenção, cura ou alívio da doença.
OBJETIVOS PRINCIPAIS: 
• Garantir a qualidade dos medicamentos expostos ao consumo, através do monitoramento das condições em que se realiza o processo de produção, manipulação, transporte e venda de medicamentos e outros insumos farmacêuticos. 
• Melhorar os processos técnicos da produção dos produtos e validação da tecnologia.
• Minimizar as reações adversas e criar maiores subsídios para melhoria das fórmulas através da criação um sistema de vigilância das iatrogênias farmacológicas (prescrição e interação errada, alergia ou automedicação errada). 
• Reduzir o uso abusivo e incorreto da automedicação, principalmente por medicamentos sujeitos ao controle especial, visando ao cumprimento da legislação, tanto por parte dos profissionais quanto dos estabelecimentos de saúde. 
• Reduzir a morbimortalidade por intoxicações medicamentosas através da criação ou implementação de centros de recebimento de notificações de intoxicação por medicamentos e outros produtos tóxicos. 
• Combater as fórmulas sem comprovação científica e sem registro no Ministério da Saúde e a propaganda enganosa. 
• Orientar a população informando-a tecnicamente dos produtos, eficácia, efeitos colaterais, intoxicações, perigo da automedicação e seus direitos como consumidores. 
 
FUNÇÕES E METAS:
· Cadastrar, licenciar e fiscalizar estabelecimentos industriais que produzem medicamentos e outros insumos farmacêuticos.
· Cadastrar, licenciar e fiscalizar farmácias, drogarias, farmácias homeopáticas, ervanarias, distribuidoras, importadoras, fracionadoras e transportadoras de medicamentos e outros insumos farmacêuticos.
· Exercer o controle de receitas de entorpecentes e outras substâncias sob controle especial previsto na legislação federal.
· Receber notificação de reações adversas e de intoxicações por medicamentos. 
· Monitorar, através de análise de amostras, a qualidade dos medicamentos e outros insumos farmacêuticos.
· Orientar a população e produtores em geral. 
Na avaliação de estrutura, verificar as condições:
1. Da documentação legal, autorização de funcionamento, de licenciamento no órgão estadual ou municipal e nos demais órgãos competentes; 
2. Da certificação de conformidade e registro do produto no Ministério da Saúde ou declaração de dispensa de registro; 
3. Da habilitação técnica do responsável; 
4. Das instalações físicas quanto a localização, iluminação, ventilação, segurança, pisos, paredes e forros, áreas livres de insetos roedores e outros animais, instalações sanitárias, vestiários, condições da caixa-d’água e instalações hidráulicas, destino dos resíduos, sistema de esgoto; 
5. Das instalações elétricas e segurança; 
6. Da conservação e armazenamento dos produtos; 
7. Do armazenamento de utensílios e equipamentos; 
8. Do pessoal da área de produção quanto a qualificação e capacitação para as atividades, quanto a uso de vestuário adequado, asseio pessoal, hábitos de higiene, estado de saúde,uso de equipamentos de segurança individual e outros.
Na avaliação de processo, verificar:
1. As técnicas de fabricação, cumprimento do “Guia de Boas Práticas de Fabricação para Correlatos” e POPs; 
2. A procedência das matérias-primas ou dos produtos expostos à venda, se provenientes de fornecedores autorizados e com registro no Ministério da Saúde; 
3. A conservação dos produtos em condições de tempo e temperatura, embalagens íntegras, empacotamento adequado, identificação, prazo de validade, dizeres na rotulagem em conformidade com a legislação e de acordo com o tipo e classe de risco das tecnologias; 
4. As práticas de limpeza do estabelecimento, da manutenção do lixo protegido fora das áreas de processamento e outras práticas de limpeza dos equipamentos, utensílios, etc.
2. Caracterizar funções da Vigilância Ambiental.
A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. 
Destacam-se os seguintes objetivos da Vigilância Ambiental em Saúde: 
a) produzir, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente; 
b) estabelecer os principais parâmetros, procedimentos e ações relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de competência; 
c) identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde; 
 d) intervir com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando para outros setores, a eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde humana; 
e) promover, junto aos órgãos afins ações de proteção da saúde humana relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente; e 
f) conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida.
A Vigilância Ambiental em Saúde deverá dispor de informações específicas dos seguintes sistemas:
 a) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Fatores Biológicos; 
b) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Contaminantes Ambientais; 
c) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade da Água de Consumo Humano (Siságua); 
d) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade do Ar;
e) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade do Solo; 
f) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a Desastres Naturais; 
g) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a Acidentes com Produtos Perigosos; e 
h) outros sistemas que se fizerem necessários. 
É também atribuição da VSA os procedimentos de vigilância epidemiológica das doenças e agravos à saúde humana, associados a contaminantes ambientais, especialmente os relacionados com a exposição a agrotóxicos, amianto, mercúrio, benzeno e chumbo. 
Dentro da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), as áreas de atuação são: 
Vigilância da qualidade da água para consumo humano (Vigiágua); 
Vigilância em saúde de populações expostas a poluentes atmosféricos (Vigiar); 
Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos (Vigipeq); 
Vigilância em saúde ambiental relacionada aos riscos decorrentes de desastres (Vigidesastres) 
Vigilância em saúde ambiental relacionada aos fatores físicos (Vigifis).
Compõem a Vigilância ambiental os seguintes programas estratégicos: 
Vigiagua - Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), conjunto de ações adotadas para garantir à população o acesso à água em quantidade suficiente e qualidade compatível com o padrão de potabilidade, estabelecido na legislação vigente, como parte integrante das ações de promoção da saúde e prevenção dos agravos transmitidos pela água.
Vigiar- a Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (Vigiar). Seu objetivo é desenvolver ações de vigilância para populações expostas a poluentes atmosféricos, de forma a recomendar e instituir medidas de prevenção, de promoção da saúde e de atenção integral, conforme preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Seu campo de atuação prioriza as regiões onde existam diferentes atividades de natureza econômica ou social que gerem poluição atmosférica de modo a caracterizar um fator de risco para as populações expostas.
Ao Vigiar compete as ações de:
· Identificação e priorização dos municípios de risco de exposição humana a poluentes atmosféricos;
· Definição de áreas de atenção ambiental atmosférica de interesse para a saúde;
· Identificação dos efeitos agudos e crônicos da exposição a poluentes atmosféricos para a caracterização da situação de saúde.
Para a atuação dessa vigilância, utiliza - se o Instrumento de Identificação de Municípios de Risco (IIMR) e a estratégia de Unidade Sentinela como principais ferramentas.
 
Vigipeq- A Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos (Vigipeq) tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde de forma a adotar medidas de promoção, prevenção contra doenças e agravos e atenção integral à saúde das populações expostas a contaminantes químicos.
Esta área trabalha com os contaminantes químicos que interferem na saúde humana e nas interrelações entre o homem e o ambiente, buscando articular ações de saúde integradas – prevenção, promoção, vigilância e assistência à saúde de populações expostas a contaminantes químicos.
Vigidesastres- A redução do risco de desastres é uma das funções essenciais da saúde pública, que deve considerar em seu processo de planejamento, a inserção de ações para a prevenção, mitigação, preparação, resposta e reabilitação, visando reduzir o impacto dos desastres sobre a saúde pública. Estabelece ainda que, no âmbito da saúde, a atuação em situações de desastres deve ter um enfoque integral, com relação aos danos e a sua origem, além do envolvimento de todo o sistema de saúde, e do estabelecimento de um processo de colaboração intersetorial e interinstitucional voltado para redução dos impactos de emergências ou desastres, sejam eles de origem natural ou tecnológica.
Sua organização propõe uma atuação baseada na gestão do risco, contemplando ações de redução do risco, manejo dos desastres e recuperação dos seus efeitos. Além disso, atua na articulação das agendas de mudanças climáticas e seus efeitos à saúde humana.
O Vigidesastres é um programa sob a responsabilidade da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Seu objetivo é desenvolver um conjunto de ações a serem adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para reduzir o risco da exposição da população e dos profissionais de saúde, reduzir doenças e agravos decorrentes deles bem como os danos à infraestrutura de saúde.
Vigifis-  Vigilância em Saúde Ambiental associada aos Fatores Físicos – Vigifis tem por objetivo a proteção da saúde da população decorrente da exposição a radiações Ionizantes (RI) e não ionizantes (RNI), que se caracterizam pela fonte de exposição, e não pela natureza da radiação.
Para a implementação da Vigilância Ambiental em Saúde já existem instrumentos legais do SUS, definidos por meio de leis, decretos e portarias. 
Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, que nos artigos 6º, 7º, 15º, se refere à organização do Sistema Único de Saúde (SUS) e as atribuições relacionadas à área de saúde ambiental, conforme transcrito a seguir: 
Art. 6º, incisos V, VIII e X;- Inclui no campo de atuação do SUS a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; 
Art. 7° , incisos II e X, integralidade das ações dos serviços preventivos e curativos e a integração das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. 
Art. 15°, incisos III, IV, XV e XIX; - Atribuições da União, estados, DF e municípios: acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais; organização e coordenação do sistema de informação de saúde; propor e celebrar convênios acordos e protocolos internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente; realizar pesquisas e estudos na área de saúde. 
O Decreto nº 3.450, de 9 de maio de 2000, aprova o estatuto da FUNASA, estabelecendo como sua competência a gestão do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde. 
- Descrever o descarte adequado de produtos
Resíduos Perigosos: São todos os resíduos sólidos, semissólidos e os líquidos não passíveis de tratamento convencional, resultantes da atividade industrial e do tratamento convencional.
Resíduos de Alta Periculosidade: São os resíduos que podem causar danos a saúde humana, ao meio ambiente e ao patrimônio publico e privado, mesmo em pequenas quantidades, requerendo cuidados especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição. Em geral, são compostos químicos de alta persistência e baixa biodegradabilidade, formados por substancias orgânicas de alta toxidade ou reatividade.
De acordo com a Resolução CONAMA  nº 358, de 29 de abril de 2005 resíduo químico é todo material ou substância com característica de periculosidade, quando não forem submetidos a processo de reutilização ou reciclagem, que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Todos o resíduos gerados que por ventura estiverem dentro da listagem abaixo serão considerados Resíduos Químicos, e deverão ser acondicionados, rotulados e encaminhados para área de Armazenamento Externo de Resíduos Químicos, para ser descartado adequadamente.
Descarte de Resíduos do Grupo A
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, os resíduos do grupo A são resíduos que possuem a possível presença de agentes biológicos:
Grupo A1: Culturas e estoques de microrganismos; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura. 
Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:
 Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados em sacos plásticos, brancos leitosos. Estes sacos devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme está descrito do “gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”.
 Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.
Devem ser acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”, em saco vermelho, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme descrito neste mesmo documento.
Resíduos do grupo A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, ou confirmação diagnóstica.
Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.
Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser utilizado. Quando houver necessidade de fracionamento, em função do porte do animal, a autorização do órgão de saúde competente deve obrigatoriamente constar do PGRSS.
Quando encaminhados para disposição final em aterro sanitário licenciado, devem ser acondicionados conforme está descrito do “gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme mesmo documento e a inscrição de “PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS”.
Resíduos do grupo A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
Após o registro no local de geração, devem ser encaminhados para:
I - Sepultamento em cemitério, desde que haja autorização do órgão competente do Município, do Estado ou do Distrito Federal ou;
II - Tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento devidamente licenciado para esse fim.
Resíduos do grupo A5
- Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
Devem sempre ser encaminhados a sistema de incineração, de acordo com o definido na RDC ANVISA nº 305/2002. Descarte em saco vermelho
Os tipos de descarte de resíduos de mineração
A barragem do Fundão, que se rompeu, era do tipo alteamento a montante. Usado em regiões estáveis, ou seja, que não estão sujeitas a abalos sísmicos, é o método de construção mais barato e menos seguro.
Escavações subterrâneas. Nesta modalidade, os rejeitos são depositados em galerias de onde o minério já foi extraído. É uma alternativa com custos relativamente baixos. O impacto ambiental e visual são pequenos. O maior problema é que há pouco espaço para o acúmulo de rejeitos. Além disso, esse método só pode ser usado depois que a mina já tiver sido desativada.
Empilhamento. Nesta técnica, o rejeito é transformado em um material mais sólido através de filtragem, para que se retire a água, ou espessamento, em um processo mecânico e químico. Desta forma, ele se transforma em pasta, um material úmido que endurece pouco tempo depois. Os rejeitos podem ser empilhados: formam uma montanha sólida, com baixo risco de ruptura, e pode-se colocar uma camada de solo por cima dela para que se faça o reflorestamento da região. Por ser uma técnica segura, é usada em países como o Chile, que estão sujeitos a terremotos e escassez de água. O maior problema é o preço: é o modelo mais caro de todos.
A última fiscalização da barragem do Fundão aconteceu em julho de 2015 e a Superintendência Regional de Regularização Ambiental garantiu que a barragem estava em “totais condições de segurança”. A licença era válida até 2019.
 3. Descrever os tipos de intoxicação ligada por metais pesados e manifestações clínicas. 
Os metais pesados são um grupo de elementos situados entre o Cobre (Cu) e o Chumbo (Pb) na tabela periódica7 . 
Estes metais são quimicamente muito reactivos e bioacumulativos, ou seja, o organismo não é capaz de eliminá-los de uma forma rápida e eficaz. 
O adjetivo “pesado” é literal, resultado de esses materiais serem mais densos – isto é, seus átomos ficam mais próximos uns dos outros.
Em contato com o organismo, esses metais acabam atraindo para si dois elementos essenciais do corpo: proteínas e enzimas. Eventualmente eles se unem a algumas delas, impedindo que funcionem – o que pode levar até à morte. 
Os metais pesados também se ligam às paredes celulares, dificultando o transporte de nutrientes. Mesmo assim, o organismo também tem necessidade de pequenas quantidades de alguns desses metais. É o caso do cobre, que nos ajuda a absorver vitamina C. Em concentrações altas, porém, os mesmos metais são tóxicos.
Embora alguns metais pesados, como o cobre, seja importantes para o corpo em alguma quantidade, outros como o mercúrio ou o arsênio podem sermuito tóxicos, devendo ser evitados. Estes metais muitas vezes estão presentes na água contaminada e, por isso, podem acabar contaminando o ar e também os alimentos causando problemas de saúde com o passar dos anos.
Geralmente, os metais pesados não provocam sintomas quando entram pela primeira vez em contato com o organismo, no entanto, têm a capacidade de ir se acumulando dentro das células do organismo, provocando problemas como alterações renais, lesões cerebrais e existe a suspeita de que também possa aumentar o risco de câncer.
Intoxicação por Mercúrio
A contaminação do organismo por mercúrio geralmente provoca sinais como:
· Náuseas e vômitos;
· Diarreia constante;
· Sensação frequente de ansiedade;
· Tremores;
· Aumento da pressão arterial.
A longo prazo, a intoxicação por este tipo de metal pode também causar problemas nos rins e cérebro, assim como, alterações na visão, audição e problemas de memória.
 Intoxicação por Arsênio
Já o arsênio é um tipo de metal pesado que pode provocar o surgimento de:
· Náuseas, vômitos e diarreia severa;
· Dor de cabeça e tonturas;
· Alteração do ritmo cardíaco;
· Formigamento constante nas mãos e pés.
O arsênio pode ser encontrado em tintas, corantes, medicamentos, sabonetes, assim como fertilizantes e pesticidas. Além disso, o arsênio também pode ser encontrado na água de poços privados que não são testados e desinfectadas regularmente pela Companhia de água e esgotos - CDAE.
Intoxicação por Chumbo
À medida que vai se acumulando no corpo, o chumbo parece causar:
· Dor nas articulações e músculos;
· Aumento da pressão arterial;
· Dor abdominal constante;
· Dificuldades de memória e concentração;
· Anemia sem causa aparente.
Em casos mais graves pode ainda haver desenvolvimento de problemas nos rins, cérebro e, até, aborto em mulheres grávidas ou infertilidade nos homens.
O chumbo pode ser encontrado em todo o ambiente, incluindo ar, água e solo, pois é um metal muito utilizado pela indústria para fazer objetos como pilhas, canos de água, tinta ou gasolina, por exemplo. Para evitar a contaminação por chumbo é importante evitar ter em casa objetos com este tipo de metal, especialmente na canalização ou nas tintas das paredes.
Intoxicação por Bário
O bário é um tipo de metal pesado que não provoca o surgimento de câncer, no entanto, pode causar sintomas como:
· Vômitos;
· Cólicas abdominais e diarreia;
· Dificuldade para respirar;
· Fraqueza muscular;
· Aumento da pressão arterial.
As fontes de contaminação por bário incluem alguns tipos de lâmpadas fluorescentes, fogos de artifício, tintas, tijolos, peças de cerâmica, vidro, borracha e, até, alguns exames de diagnóstico. Para evitar a contaminação com este metal uma das dicas mais importantes consiste em evitar frequentar locais de construção sem máscara de proteção para evitar inalar ou ingerir poeira contaminada com bário.
Intoxicação por Cádmio
A ingestão de cádmio pode provocar:
· Dor de estômago;
· Náusea e vômitos;
· Diarreia.
Ao longo do tempo, a ingestão ou inalação deste metal pode ainda causar doenças nos rins, problemas nos pulmões e enfraquecimento dos ossos.
O cádmio está presente em todos os tipos de solo ou pedras, assim como no carvão, fertilizantes minerais, pilhas e plásticos de alguns brinquedos. Para evitar a contaminação por cádmio é recomendado não utilizar materiais que contenham este tipo de metal na sua composição e evitar fumar, pois o cigarro possui carvão que facilita o contato entre o cádmio e os pulmões.
Intoxicação por Cromo
A principal forma de intoxicação por cromo acontece devido à inalação. Quando isso acontece podem surgir sintomas como:
· Irritação no nariz;
· Dificuldade para respirar;
· Asma e tosse constante.
Já a longo prazo, podem surgir lesões permanentes no fígado, rins, sistema circulatório e pele.
O cromo é utilizado para fazer objetos em inox, cimento, papel e borracha e, por isso, pode ser facilmente inalado em locais de construção ou durante a queima de papel ou borracha, por exemplo. Para evitar a contaminação por cromo deve-se frequentar locais de construção apenas com máscara e evitar fazer queima de papel ou borracha.
Tríade inimiga Mercúrio, chumbo e cádmio são os metais mais perigosos
PULMÕES
Ficam inflamados em contato com o cádmio
FÍGADO E RINS
São os órgãos mais danificados pelo cádmio
MÃOS
Suas articulações – até as dos dedos e do pulso – ficam paralisadas por contaminação de chumbo
CÉREBRO
Ingerido em peixes contaminados, o mercúrio debilita as funções cerebrais. E o vapor do metal causa distúrbios psíquicos, como depressão
APARELHO DIGESTIVO
É atacado pelo chumbo e pelo cádmio
Tríade inimiga Mercúrio, chumbo e cádmio são os metais mais perigosos
PULMÕES
Ficam inflamados em contato com o cádmio
FÍGADO E RINS
São os órgãos mais danificados pelo cádmio
MÃOS
Suas articulações – até as dos dedos e do pulso – ficam paralisadas por contaminação de chumbo
CÉREBRO
Ingerido em peixes contaminados, o mercúrio debilita as funções cerebrais. E o vapor do metal causa distúrbios psíquicos, como depressão
APARELHO DIGESTIVO
É atacado pelo chumbo e pelo cádmio