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Resumo de Metabolismo de Lipideos

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Digestão de Lipídeos 
 
A digestão de lipídeos ocorre no intestino 
delgado, onde os sais biliares (ácidos biliares) 
emulsificam as gorduras formando micelas para 
poder facilitar a ação das enzimas lipases. As 
lipases então hidrolisam as ligações ésteres dos 
lipídeos saponificáveis, liberando ácidos graxos 
e outros produtos como o glicerol, que 
atravessam a mucosa intestinal, sendo 
convertidos em triacilgliceróis. 
Os triacilgliceróis, juntamente com o 
colesterol são incorporados às proteínas 
transportadoras, as apolipoproteínas, formando 
os quilomícron. Os quilomícron se movem pela 
corrente sanguínea até chegar aos tecidos e 
órgãos que metabolizam lipídios, sendo 
novamente hidrolisados e penetrando nas 
células. O principal órgão que metaboliza os 
lipídios é o fígado. 
O fígado exporta lipídios metabolizados para 
outros tecidos como o cérebro na forma de 
corpos cetônicos, já que estes não metabolizam 
lipídeos, mas convertem os corpos cetônicos em 
acetil-CoA, sendo esta metabolizada no ciclo do 
ácido cítrico. 
 
 
 
Mobilização dos triacilgliceróis 
do tecido adiposo 
 
A mobilização dos triacilgliceróis ocorrem em 
situação de jejum (glucagon) e de exercício 
físico (adrenalina). O glucagon e a adrenalina 
são receptores que atuam na proteína G. 
 
1. O aumento dos níveis de AMPc em 
resposta ao glucagon, ativa o PKA. 
2. O PKA fosforila a perilipina. Ocorre a 
dissociação da CGI da perilipina. 
3. O CGI ativa a enzima triacilglicerol 
lipase. 
4. A perilipina fosforilada permite o acesso 
da lipase hormônio sensível à gotícula 
lipídica que degrada o diacilglicerol. 
5. A monoacilglicerol lipase hidrolisa os 
monoacilgliceróis librando glicerol + 
ácido graxo. 
 
 
 
Oxidação dos ácidos graxos 
 
A oxidação dos ácidos graxos ocorre dentro 
da mitocôndria. Para que os ácidos graxos 
entrem na mitocôndria devem ser ativados no 
citosol. 
 
I. Ativação dos ácidos graxos 
 O grupo carboxil se liga ao grupo tiol 
do CoA pela acil-CoA graxo sintase 
formando o acil CoA – graxo. 
 São reações de 2 etapas, com gasto 
de duas ligações fosfodiéster. Ocorre 
também a liberação de energia. 
 
II. Transporte do acil CoA graxo para a 
mitocôndria 
 A membrana da mitocôndria é 
impermeável á acil-CoA. Para 
entrarem na mitocôndria estes 
reagem com um aminoácido 
Metabolismo de Lipídeos 
"especial", a carnitina, liberando a 
coenzima A e formando a acil 
carnitina graxo. A carnitina 
esterificada é transportada para 
dentro da mitocôndria por um 
transportador específico; a carnitina 
livre volta então para o citoplasma 
através do transportador e deixado 
apenas o acil CoA graxo na 
mitocôndria. 
 
 
 
III. Oxidação do acil-CoA graxo 
 Ocorre por via aeróbica: beta-
oxidação, ciclo do ácido cítrico e 
cadeia transportadora de elétrons. 
 
OBS: O malonil-CoA é um intermediário da 
biossíntese de ácidos graxos. A carnitina 
aciltransferase I é inibida pelo malonil-CoA. 
 
β – Oxidação 
 
A β - oxidação é um processo catabólico de 
ácidos graxos que consiste na sua oxidação 
mitocondrial. Ela ocorre na matriz mitocondrial 
e ocorre no carbono β. 
 
1° Etapa) Esta etapa é catalisada pela enzima 
acil-CoA desidrogenase que utiliza o FAD para 
remover o hidrogênio e converter o acil-CoA em 
trans-Δ2-enoil-CoA e FADH2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2° Etapa) A trans-Δ2-enoil-CoA sofre uma 
hidratação catalisada pela enoil-CoA hidratase 
formando como seu produto a β - hidroxiacil 
CoA. 
 
 
 
3° Etapa) A enzima β - hidroxiacil CoA 
desidrogenase utiliza o NAD+ para oxidar a β - 
hidroxiacil CoA em β – cetoacil-CoA e NADH. 
 
 
 
4° Etapa) A enzima acil-CoA-acetiltransferase 
também chamada de tiolase catalisa a quebra 
da β – cetoacil-CoA pela CoASH formando o 
acetil-CoA e um acil-CoA com 2 carbonos a 
menos. 
 
 
 
Essas quatro etapas são repetidas até que 
todo o ácido graxo saturado seja convertido em 
acetil-CoA, NADH e FADH2. 
o β – oxidação do acido graxo 
monoinsaturado 
 Possuem uma etapa a mais e 
acontece no carbono alfa e beta. 
 No acido oleico, ele é quebrado de 
dois em dois seguindo as 4 etapas 
anteriores, porém, ao atingir 3 
quebras o produto formado é o cis-
Δ3-dodecenoil-CoA. Entretanto a 
insaturação está na posição errada e 
então a enzima enoil-CoA isomerase 
converte a cis-Δ3-dodecenoil-CoA em 
trans-Δ2-dodecenoil-CoA. 
 
o β – oxidação do ácido graxo poliinsaturado 
 Para os ácidos graxos poliinsaturados 
serão necessárias 3 etapas adicionais. 
 Usando o ácido linoleico como exemplo. 
A beta-oxidação ocorre normalmente 3 
vezes formando a cis-Δ3, cis-Δ6- 
dodecadienoil-CoA, neste produto a 
enoil-CoA isomerase converte em 
trans-Δ2, cis-Δ6-dodecadienoil-CoA. 
 Ocorre então mais uma β-oxidação e a 
primeira etapa da próxima, formando 
a trans-Δ2, cis-Δ4-decadienoil-CoA. 
Neste ponto a enzima 2,4-dienoil-CoA-
redutase utiliza o NADPH para reduzir 
a insaturação C4-C5, convertendo em 
trans-Δ3-decenoil-CoA. Em seguida a 
enzima enoil-CoA-isomerase isomeriza 
a insaturação formando a trans-Δ2-
decenoil-CoA. 
 
o β – oxidação do ácido graxo de cadeia 
ímpar 
 Requer 3 reações adicionais. 
 Um ácido graxo ímpar ao sofrer β-
oxidação gera na última quebra 
acetil-CoA e propionil-CoA, ao invés de 
duas moléculas de acetil-CoA. O 
propionil-CoA necessita então sofrer 
três reações para terminar de ser me-
tabolizado. Primeiro a enzima 
propionil-CoA-carboxilase utiliza a 
biotina e o ATP para incorporar um 
bicarbonato ao propionil-CoA, 
formando o D-metilmalonil-CoA. 
 A D-metilmalonil-CoA é então 
epímerizada pela enzima metilmalonil-
CoA-epimerase, formando a L-
metilmalonil-CoA. Por fim a L-
metilmalonil-CoA sofre um rearranjo 
catalisado pela metilmalonil-CoA-
mutase com o auxílio da coenzima B12, 
formando a succinil-CoA, que entra 
diretamente no ciclo do ácido cítrico. 
 
OBS: Os ácidos graxos de cadeia super longa, 
ramificada e hidroxilados são oxidados no 
peroxissomos -> O ácido graxo entra no 
peroxissomos e sofre ativação no interior da 
organela, isso ocorre até o ácido graxo ter 8 a 
6 carbonos. 
 
Regulação da β – Oxidação 
 
A beta-oxidação possui 2 pontos de 
regulação. 
 
1) O aumento da razão NADH/NAD+ inibe a 
β – hidroxiacil desidrogenase. 
2) O aumento da razão acetil-CoA inibi 
negativamente a enzima tiolase. 
 
O principal ponto regulador é o transporte do 
acil CoA graxo para a matriz mitocondrial pois 
o maloil CoA cistólico, precursor da síntese de 
ácidos graxos inibe a enzima carnitina acil 
transferase I. 
 
Rendimento energético da 
oxidação de ácidos graxos na 
mitocôndria 
 
I) Beta Oxidação 
- Acetil CoA -> Continua p/ o ciclo do 
ácido cítrico. 
- NADH 
- FADH2 
 
 
II) Ciclo do ácido cítrico 
- NADH 
- FADH2 
- GTP (ATP) 
 
III) Cadeia transportadora de elétrons 
- ATP 
- Somar todas as coenzimas reduzidas e 
multiplicar 2,5 em NADH e 1,5 FADH2. 
 
Para o rendimento bruto soma a quantidade 
total de ATP + a quantidade de GTP. E para a 
ativação de ácidos graxos no citosol subtrair 
por 2 ATP. 
 
Corpos Cetônicos 
 
Durante o jejum prolongado parte do acetil 
CoA oriundo da beta-oxidação é convertido em 
corpos cetônicos: acetoacetato, β- 
hidroxibutirato e acetona. 
A síntese destes compostos ocorre por 3 
razões: 
 
1) Durante o jejum prolongado, os 
intermediários do ciclo do ácido cítrico 
estão sendo desviados para a síntese de 
glicose (gliconeogênese), impedindo que 
o Acetil-CoA entre nesta via. Por esta 
razão, o excesso de Acetil -CoA que se 
acumula é convertido em corpos 
cetonicos no fígado. 
2) A formação de corpos cetonicos libera a 
coenzima A ligada ao Acetil-CoA. Esta 
coenzima é requerida na beta-oxidação 
que esta muito ativa no jejum. 
3) A formação de corpos cetonicos diminui a 
degradação intensa das proteínas 
musculares para gliconeogênese já que o 
cérebro passa a utilizar corpos cetonicos, 
diminuindo a necessidadede glicose. 
 
A formação de corpos cetonicos serve 
também para dar um destino ao acetil-CoA 
gerado em excesso. Os corpos cetonicos são 
ácidos podendo causar acidose metabólica e a 
sua síntese ocorre o fígado. 
Biossíntese de ácidos graxos 
 
 A síntese de ácidos graxos ocorre no estado 
alimentado quando a razão insulina/glucagon 
está aumentada. A síntese aumenta os níveis de 
modeladores alostéricos como a PFK. Ela ocorre 
no citosol. 
 
o Carboxilação do acetil -CoA 
 É o primeiro passo para a sintase do 
malonil CoA. 
 O malonil CoA é o principal doador de 2 
carbonos para a biossíntese de ácidos 
graxos. 
 Na carboxilação, a reação é dependente 
de um cofator, a biotina. 
 A enzima acetil CoA carboxilase possui 3 
domínios funcionais: 
- Proteína carregadora de biotina 
- Biotina carboxilase -> liga o CO2. 
- Biotina transcarboxilase -> 
transfere o CO2 para o acetil CoA. 
 A enzima acetil CoA carboxilase é 
ativada alostericamente por citrato. 
 
o Complexo do ácido graxo sintase 
 São compostos por 7 enzimas/proteínas 
que produzem ácidos graxos. 
 2 enzimas são importantes: APC – 
Proteínas carregadoras de grupo acil e 
KS – beta – cetoacil sintase. 
 
A síntese de ácidos graxos ocorre em 4 
etapas sequencias com gasto de 2 NADH para 
cada malonil CoA introduzido na molécula de 
ácido graxo crescente. 
As 4 etapas são Condensação, redução, 
desidratação e redução novamente. 
- Condensação: acetil-CoA + malonil-
CoA 
 A primeira etapa se inicia com a 
entrada de um acetil-CoA e um 
malonil-CoA. 
 A proteína ACP apresenta o grupo 
4’-fosfopantoteína, que atua como 
um braço flexível movendo o 
substrato entre as diferentes 
enzimas do complexo da sintase. 
- Redução do grupo beta-cetônico 
 NADPH é o agente redutor 
 KR: beta-cetoacil-ACP redutase 
- Desidratação 
 DH: beta-hidroxiacil-ACP 
desidratase. 
- Deslocamento da cadeia de ácido 
graxo saturado de 4 carbonos para o 
grupo –SH da KS β-Cetoacil-ACP 
sintase. 
- Redução da ligação dupla 
 ER: Enoil-ACP redutase NADPH 
agente redutor. 
- Entrada de um novo malonil-CoA na 
ACP e é adicionado à cadeia de ácido 
graxo crescente. 
 
o Síntese do palmitato 
 Possui 7 ciclos no complexo de ácido 
graxo sintase. 
 O palmitato é o precursor para a síntese 
de ácidos graxos maiores e/ou 
insaturados. 
 Sua síntese produz 14 NADPH, 7 
moléculas de malonil CoA e 1 acetil CoA. 
o Ácidos graxos essenciais 
 Estão presentes na dieta. 
 São considerados ácidos graxos o ácido 
linoleico (ômega 6) e ácido linolênico 
(ômega 3). 
 
o Dessaturação de ácidos graxos 
 A dessaturação é catalisada pela 
enzima dessaturases. 
 A enzima oxidase de função mista oxida 
2 substratos ao mesmo tempo. 
 O ácido araquidônico é o precursor dos 
eicosanoides. É a partir dele que a 
síntese de eicosanoides -> considerados 
sinalizadores celulares. 
 COX-1: Regula o processo de ácido e 
muco da mucosa gástrica -> proteção 
do estomago. A aspirina pode inibir a 
COX-1. 
 COX-2: Está relacionado com o processo 
de inflamação, dor, febre e edema -> 
síntese de prontaglandinas. 
 
Regulação da biossíntese de 
ácido graxo 
 
Em animais, a acetil CoA carboxilase é o 
ponto limitante da via. O acetil CoA sofre 
regulação alostérica e regulação por 
modificação covalente. Essa enzima é 
responsável pela carboxilação de acetil CoA em 
malonil CoA. 
O citrato é o ativador alostérico (+) e o 
palmitoil-CoA é o inibidor alostérico (-). O 
glucagon (-) e adrenalina desencadeiam 
fosforilação/inativação. A insulina predomina a 
desfosforilação -> acetil CoA carboxilase 
desfosforilada (+). 
 
Regulação Coordenada da 
síntese e oxidação de ácidos 
graxos 
 
1. A ingestão de uma refeição rica em 
carboidratos aumenta o nível de glicose 
no sangue e, portanto, ativa a liberação 
da insulina. 
2. A proteína fosfatase dependente de 
insulina defosforila a Acetil-CoA 
Carboxilase (ACC), ativando-a. 
3. A ACC catalisa a formação de Malonil-
CoA, que inibe a 
4. Carnitina Acil Transferase I, impedindo a 
oxidação de ácidos graxos. 
5. Quando a concentração de glicose 
sanguínea diminui, glucagon é liberado, 
que ativa a PKA, que fosforila a ACC. Os 
níveis de Malonil-CoA diminuem e a 
inibição dos ácidos graxos é aliviada. 
 
Biossíntese de triglicerídeos 
 
A primeira etapa na biossíntese dos 
triacilgliceróis é a acilação dos dois grupos 
hidroxila livres do L-glicerol-3- -fosfato, por 
duas moléculas de acil-CoA graxo, gerando 
diacilglicerol-3-fosfato, mais comumente 
chamado de ácido fosfatídico ou fosfatidato. 
Na via de síntese de triacilgliceróis, o ácido 
fosfatídico é hidrolisado pela ácido fosfatídico-
fosfatase (também chamado lipina), formando 
1,2-diacilglicerol. Os diacilgliceróis são, então, 
convertidos em triacilgliceróis por 
transesterificação com um terceiro acil-CoA 
graxo. 
 
Regulação da síntese de 
triacilgliceróis 
 
A biossíntese e a degradação dos 
triacilgliceróis são reguladas de modo que a via 
favorecida depende das fontes metabólicas e 
das necessidades a um dado momento. 
A insulina, por exemplo, promove a conversão 
de carboidrato em triacilgliceróis. Então, a 
sinalização da insulina que ativa a síntese de 
ácidos graxos. No diabetes, a falta de insulina 
inibe a síntese de gordura e estimula a beta-
oxidação. 
 
Gliceroneogene 
 
A gliceroneogênese é uma versão mais curta 
da gliconeogênese, partindo de piruvato a 
diidroxiacetona-fosfato, seguindo-se a 
conversão de diidroxiacetona-fosfato em 
glicerol-3-fosfato pela enzima citosólica 
glicerol-3-fosfato-desidrogenase ligada ao 
NAD. Depois, o glicerol-3-fosfato é utilizado na 
síntese de triacilglicerol. 
Ela ocorre no tecido adiposo e em jejum. 
 
Biossíntese de fosfolipídios de 
membrana 
 
A biossíntese de fosfolipideos de membrana 
ocorre a partir do ácido fosfolipideo. Nesta 
biossíntese ocorre a adição de um grupo polar 
no último carbono e de um nucleotídeo para 
ativar/tornar o grupo mais ativo. 
Eles se ligam a grupos polares para formar 
lipídeos de membrana. 
 
Biossíntese de colesterol a 
partir do acetato 
 
A síntese de colesterol ocorre em 4 estágios 
e é formado a partir de moléculas de acetil CoA. 
Podem também ser sintetizados a partir do 
excesso de carboidratos. 
O colesterol pode ser obtido da dieta e o 
principal órgão que o sintetiza é o fígado. 
Acontece no citosol e no reticulo 
endoplasmático. 
 
1) Formação do mevalonato a partir do acetil CoA 
 Duas moléculas de acetil-CoA condensam-
se para formar acetoacetil-CoA, que se 
condensa com uma terceira molécula de 
acetil-CoA, gerando o composto de seis 
carbonos b-hidroxi- -b-metilglutaril-CoA 
(HMG-CoA). As duas primeiras reações são 
catalisadas pela acetil-CoA-acetil 
transferase e pela HMG-CoA-sintase. 
 Ocorre a liberação de 3 coenzimas A. É uma 
etapa irreversível e caso ocorra na 
mitocôndria tem-se a formação de corpos 
cetonicos. 
 A terceira reação é o passo comprometido 
com a via: a redução de HMG-CoA em 
mevalonato, para o qual cada uma de duas 
moléculas de NADPH doa dois elétrons. 
 
2) Conversão do mevalonato em isopreno ativado 
 No próximo estágio da síntese de 
colesterol, três grupos fosfato são 
transferidos de três moléculas de ATP para 
o mevalonato. O fosfato ligado ao grupo 
hidroxil em C-3 do mevalonato no 
intermediário 3-fosfo-5 
pirofosfomevalonato é um bom grupo de 
saída; na próxima etapa, tanto este fosfato 
quanto o grupo carboxila vizinho saem, 
produzindo uma ligação dupla no produto 
de cinco carbonos, o D3-isopentenil-
pirofosfato. Esse é o primeiro dos dois 
isoprenos ativados centrais para a 
formação do colesterol. A isomerização do 
D 3-isopentenil-pirofosfato gera o segundo 
isopreno ativado, o dimetilalil-pirofosfato. 
 É uma etapa que possui um gasto de 3 ATP. 
 
3) Condensação de 6 unidades de isopreno para a 
síntese do esqualeno 
 Uma ligação de uma cabeça de isopreno + 
cauda deoutro isopreno forma um 
composto com 10 carbonos e tem a saída 
de um pirofosfato. 
 Após várias condensações forma a 
estrutura de um composto com 30 
carbonos -> composto linear, chamado 
também de esqualeno. 
 Eliminação do grupo pirofosfato. 
 
4) Fechamento do esqualeno linear em colesterol 
 A atividade da esqualeno-monoxigenase 
adiciona um átomo de oxigênio do O2 à 
extremidade da cadeia do esqualeno, 
formando um epóxido. 
 Essa enzima é outra oxidase de função mista, 
NADPH reduz o outro átomo de oxigênio do 
O2 a H2O. As ligações duplas do produto, o 
esqualeno-2,3-epóxido, estão posicionadas 
de modo que uma notável reação em 
concerto é capaz de converter o esqualeno 
epóxido linear em uma estrutura cíclica. 
 Nas células animais, essa ciclização resulta 
na formação de lanosterol, que contém os 
quatro anéis característicos do núcleo 
esteroide. O lanosterol é finalmente 
convertido em colesterol em uma série de 
aproximadamente 20 reações, que incluem a 
migração de alguns grupos metil e a 
remoção de outros. 
 Ocorre no reticulo endoplasmático. 
 
O colesterol é esteritificado com ácidos 
graxos pela enzima ACAT para formar os ésteres 
de colesterol -> muito hidrofóbico e por isso ele 
é empacotado no reticulo endoplasmático. 
 
Lipídios + ésteres de colesterol -> VLDLs 
(lipoproteína de densidade muito baixa) 
 
Quando a VLDL cai na corrente sanguínea, 
ela perde seu conteúdo de triacilglicerol 
convertendo-se em lipoproteínas de densidade 
baixa (LDL) -> mal colesterol. 
 
o Controle do metabolismo do colesterol 
 
I. Regulação da atividade da HMG – CoA 
redutase 
 
a. A curto prazo 
- Regulação alostérica 
 Retroalimentação 
 Colesterol = modelador 
alostérico (-) -> mecanismo de 
inibição da HMG-CoA 
redutase. 
 
- Modificação covalente 
 Ciclos de fosforilação e 
desfosforilação 
 Relacionada com níveis 
hormonais 
 
b. A longo prazo 
- Regulação da expressão do gene 
da HMG-CoA redutase 
 Menor LDL-
colesterol/mevalonato, menor 
HMG – CoA redutase. 
 Fator de transcrição: SREBP -> 
proteína que esta ligada ao 
reticulo endoplasmático. 
 SREBP -> maior colesterol = 
colesterol se liga ao complexo 
SREBP/SCAP -> aprisionado na 
membrana do reticulo 
endoplasmático. 
 Menor colesterol -> migração 
do complexo SREBP/SCAP para 
o complexo de golgi -> 
clivagem proteolítica 
 
Compostos semelhantes ao mevalonato agem 
como inibidores competitivos da HMG CoA 
redutase e reduzem a síntese de colesterol. 
 
o Degradação do colesterol 
 As principais vias de excreção do 
colesterol do corpo são: (1) conversão a 
ácidos biliares, no qual é excretado nas 
fezes, onde é formado o coprostanol 
(principal esterol das fezes) por ação 
microbiana; (2) secreção de colesterol 
na bile, no qual é transportado ao 
intestino para eliminação e, (3) uma 
fração menor do colesterol é convertida 
em hormônios esteróides, sofrendo 
eliminação urinária. 
 Os ácidos biliares são afipaticos 
atuando na emulsificação dos lipídeos 
da dieta funcionando como 
“detergentes endógenos”. 
 A via porta hepática pode reabsorver os 
ácidos biliares que foram lançados no 
intestino. 
 
OBS: O colesterol quando não possui susbtancia 
que o emulsificam ocorre sua precipitação 
sendo cristalizado, resulrando em pedras na 
vesícula, podendo intupir os vasos. Os ductos 
pancreáticos são responsáveis pela excressão 
de proteínas proteolíticas, dessa forma, pode 
ser entupida quando o colesterol não é 
convertido em sais biliares, podendo ocasionar 
pancreatite aguda. 
 
Metabolismo de lipoproteínas 
 
As lipoproteínas são classificadas em 
quilomícrons, lipoproteínas de muito baixa 
densidade (VLDL), lipoproteínas de densidade 
intermediária (IDL), lipoproteínas de baixa 
densidade (LDL) e lipoproteínas de alta 
densidade (HDL). 
 
o Quilomícrons 
 Os quilomícrons são formados nos 
enterócitos (células da mucosa 
intestinal). Eles transportam os lipídeos 
ingeridos dieta. 
 São captados por vasos linfáticos e 
depois caem na circulação sanguínea. 
 O quilomícron se liga á lipase 
lipoproteica presente nas células do 
endotélio vascular. 
 A lipase lipoproteica é ativada pela 
ApoCII do quilomícron, a enzima 
hidrolisa os triacilgliceróis do interior do 
quilomícron, sendo internalizados pelos 
tecidos. 
 Os quilomícrons vão perdendo seu 
conteúdo de triacilgliceróis para os 
tecidos, ficando menores e perdem a 
ApoCII e ApoA -> são transferidos para 
HDL, sendo convertidos em quilomícrons 
remanescentes, restando somente a 
ApoE que é reconhecido por receptores 
no fígado e sofre endocitose. 
 Os componentes dos quilomícrons podem 
ser utilizados pelo fígado para a 
biossíntese do colesterol ou podem ser 
reempacotado, liberandos novamente, 
no entanto, na forma de VLDL. 
 
o VLDL 
 As VLDLs são lipoproteínas de densidade 
muito baixa. 
 Ela é formada no fígado -> transporte dos 
lipídeos sintetizados endogenamente 
(colesterol e TAG). 
 Possui a ApoCII que ativa a lipase 
lipoproteica dos vasos sanguíneos 
 Após perder boa parte de seus 
triacilgliceróis, ocorre a transferência da 
ApoCII de volta para HDL e ocorre 
exposição da ApoB100 na sua superfície, 
convertendo a VLDL em LDL. 
 
o LDL 
 As LDLs são lipoproteínas de baixa 
densidade. 
 Ela é muito rica em colesterol (60%), 
originada da VLDL que perdeu 
triacilgliceróis. 
 O transporte de colesterol para os tecidos 
extrahepatico é a partir da endocitose 
mediada pelo receptor de LDL, que etsa 
na superfície das células teciduais, que 
reconhecem a ApoB100. 
 As LDLs sofrem oxidação facilmente por 
EROS e espécies reativas de nitrogênio. 
 A LDL oxidada pode sofrer acúmulo nas 
paredes dos vasos, resultando em uma 
reação inflamatória. 
 
OBS: endocitose -> a Apo B100 se liga ao 
receptor de LDL, a membrana envolve a LDL a 
partir de suas proteínas latrinas, formando uma 
vesícula chamada de endossomo. Os receptores 
de LDL são reconhecidos. 
 
o HDL 
 A HDL é uma lipoproteína de alta 
densidade. Ela é sintetizada no fígado. 
 HDL nascente -> vesícula pobre em 
lipídeos, mas rica em proteínas (ApoC; 
ApoE). 
 Faz o transporte reverso do colesterol -
> passa para tecidos periféricos e a 
esterificação do colesterol. 
 O colesterol em excesso é armazenado 
no HDL. 
 A sua principal função é transpor 
esteres de colesterol para o fígado onde 
o HDL é degradado e o colesterol é 
liberado. 
 O HDL transporta o colesterol até o 
fígado, onde ele pode ser convertido em 
sais biliares.

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