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Avaliação Final (Discursiva) - Currículo e Didática na Educação dos Surdos 1) Ao falar sobre currículo, nos deparamos com diversos conceitos, critérios e conteúdos. Temos a teoria crítica, que aborda a trajetória do currículo como um espaço de luta e práticas de dominação, de poder, forjando a identidade do sujeito e, por último, a teoria pós-crítica, que amplia a inclusão dos processos de dominação centrados na raça, etnia, gênero e sexualidade. Disserte sobre o contexto histórico do desenvolvimento do currículo no Brasil. De forma sucinta, podemos dizer que o currículo é a organização do conhecimento escolar. O nosso currículo é construido sobre grande influência de movimentos advindos de outros países que já se debruçavam em tais discussões, como os norte-americanos e europeus. No Final do Século XIX e início do Século XX, principalmente em meádos da década de 1920, o campo de currículo foi constituindo-se como fator determinante no desenvolvimento de suas teorias e práticas do cenário educacional. O país vivia um processo de urbanização e de industrialização. Sobrepujando o pensamento tradicional, que defendia mudanças curriculares e pedagógicas, surgiu o movimento da Escola Nova com reformas curriculares de modo isolado na Bahia, em Minas Gerais e no Distrito Federal, baseada no modelo pragmatista de Dewey. Posteriormente surgiram muitas teorias curriculares, mas o fato é que a organização do currículo deve procurar viabilizar uma maior interdisciplinaridade, contextualização e transdisciplinaridade. O currículo não é estático, pelo contrário, ele foi e continua sendo construído. Resposta Esperada: O nosso currículo é uma influência dos movimentos que ocorreram tanto por parte dos norte-americanos como europeus. Na década de 1920, o início das discussões sobre o currículo no Brasil foi influenciado pelo pensamento norte-americano. O país vivia então um processo de urbanização e de industrialização. Nesse contexto, o movimento da Escola Nova iniciou reformas curriculares de modo isolado na Bahia, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Movimento este que se baseou no modelo pragmatista de Dewey. Seu intuito era superar o pensamento tradicional, defendendo mudanças curriculares e pedagógicas. 2) Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo, a fim de torná-lo acessível e habitável,ajustando-o com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das"almas" das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e oshábitos do povo surdo (STROBEL, 2008). Disserte sobre a relação entre a singularidade da cultura surda e arelação intercultural entre os indivíduos.FONTE: STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: UFSC, 2008. Entre as diversas características, as Experiências visuais, a Língua de sinais e os Aspectos particulares de cada indivíduo, estão dentro do escopo do conceito de Cultura Surda. Na Interculturalidade enxergamos uma possibilidade educacional, na qual surdos e ouvintes dialogam, trocam e mediam características e peculiaridades linguísticas e culturais, contribuindo, assim, para a formação de todos. Por isso, ao invés de distanciar os surdos dos ouvintes, esta perspectiva tem como ponto de partida a diferença e o combate às desigualdades reconhecendo os surdos enquanto grupo social. Alunos surdos vistos como construtores do conhecimento, cidadãos ativos e capazes de construir a sua própria história, junto aos alunos ouvintes, por meio do entrelaçamento de saberes e da infusão de perspectivas culturais. Resposta Esperada: O conceito de cultura surda não tem por objetivo padronizar este povo, as características particulares de cada indivíduo precisam ser sempre levadas em consideração. Muitos afirmam que a aceitação do conceito de cultura surda significa distanciar ainda mais os surdos dos ouvintes.Tal conceituação, na verdade, objetiva proclamar os surdos enquanto grupo social, que por esta característica se organiza.