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@layla_dreis 1 Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal l Alterações da carne Alterações na qualidade da carne Carnes PSE (pale, soft, exsudatives) (pálidas, flácidas, exsudativas) Relacionado ao genótipo de determinadas espécies (suínas, aves, etc..) + susceptíveis ao estresse Hipertermia pelo estresse Rápida degradação de glicogênio pós-abate pH atinge valores inferiores a 5,8 com 1 hora após abate Quantidade de Ca++ é o dobro Elevada atividade ATPásica (gasta muito ATP rápido) Entra em Rigor mortis mais rápido Carne mostra-se pálida devido à exsudação (água superficial) Água é pouco ligada à proteína Perda da capacidade de retenção de água pelas proteínas que foram desnaturadas (exsudação) Capacidade de Retenção de Água Capacidade da carne de manter sua umidade ou água durante a aplicação de forças externas como corte, aquecimento, trituração e prensagem. É importante: ✓ para manter a aparência da carne antes do cozimento ✓ a suculência durante a mastigação ✓ a maciez Fatores de pré-abate que podem gerar PSE: - predisposição genética - alta densidade no transporte - mistura de lotes diferentes - longo período de tempo entre insensibilização e Sangria Incidência: ocorre principalmente em carne suína 40 minutos após o abate Carne com pH final de 5,8 (é possível encontrar carne com pH 5,6 porém com características PSE) Atualmente verificada em carne de frango. Avaliação da PSE (aferição pH): Feita no pernil Após 45 minutos da sangria e no final (pH normal seria de 5,8 a 6,0 na sangria) PSE: pH menor que 5,8 após 45 minutos Cor: pálida amarelada Cor da Carne ✓ É o primeiro aspecto a ser avaliado pelo consumidor ✓ ŠIndica a qualidade da carne ✓ ŠÉ determinada pela quantidade de pigmentos na carne (proteínas: hemoglobina, mioglobina e citocromos) e pelo estado do ferro presente na mioglobina + absorção de luz. “A cor observada na superfície da carne é o resultado da absorção seletiva dos comprimentos de onda (lambda) da luz, pelos pigmentos naturais e pelas fibras cárneas. Depende de diversas condições internas e externas e principalmente da quantidade de pigmentos denominado heme (SWATLAND, 1993; CORNFORTH, 1994).” Fatores que podem afetar a quantidade de mioglobina da carne: ✓ Idade ✓ Exercício ✓ Tipo de Músculo Consequências econômicas: - aumento nas perdas na cura (5%) - aumento nas perdas durante cozimento (10 a 20%) - aumento nas perdas por exsudação (6 a 10%) - palidez do lombo e duas tonalidades no pernil Uso de carne PSE: - salame: 30% de carne bovina e suína normais e até 70% de carne PSE - presunto cru: às vezes gera produto muito seco e sem aroma. - Em produtos salgados: aumenta a absorção de sal pela estrutura mais aberta por conta da exsudação. Carnes DFD (dark, firm, dry) (escura, firme, seca) Problema de manejo! Ausência de descanso Transporte prolongado Estresse + jejum prolongado (músculo consome as reservas de glicogênio) Aves, bovinos, suínos, ovinos... “Este fenômeno causa o escurecimento da carne que, de acordo com Swatland (1995), devido ao pH elevado as proteínas miofibrilares apresentarem máxima capacidade de retenção de água, absorve mais luz do que o normal; firmes porque as fibras estão intumescidas pelo preenchimento com fluidos sarcoplasmáticos e finalmente seca porque a água endógena da carne está firmemente ligada às proteínas, não a deixando fluir para a superfície (OLIVO, 2006).” Incidência: ocorre em carne bovina e suína Em suínos: 40 minutos após abate pH = ou maior que 6,4 Consequências econômicas: - falta de sabor e aroma - vida de prateleira inferior a 2 dias a 0°C - baixa atratividade devido à cor - menor capacidade de difusão do sal na cura (estrutura fechada, não permite penetração do sal) - menor maciez Usos da DFD: - Pode ser empregada para a fabricação de embutidos cozidos (alta capacidade de retenção de água, diminui perdas no cozimento) - salsicha: até 60% - presunto cozido: até 40% - não adequada para: salame (devido ao alto pH) e presunto cru (diminui a vida útil). PSE (pálida, flácida e exsudativa) Genético DFD (escura, firme e seca) Problema de manejo (estresse crônico), jejum prolongado, exaustão física Alterações na qualidade da carne Encurtamento pelo frio (Velocidade de resfriamento: cold-shortening) Provocado por temperaturas de resfriamento abaixo de 10°C antes da entrada do rigor mortis „Provoca diminuição drástica do comprimento do sarcômero. Entretanto, temperaturas elevadas de armazenamento aumentam o risco de contaminação das carcaças e as perdas por exsudação. Rigor do descongelamento Ocorre quando o congelamento das carcaças é feito no pré-rigor Ao descongelar, ocorre forte contração e encurtamento das fibras musculares (mais de 40%) e perda de suco (até 25 a 40%) Para prevenir: Fazer o lento descongelamento das carnes congeladas em pré-rigor Estímulo elétrico das carcaças é usado para prevenir o encurtamento pelo frio aplicado logo após a sangria ou dentro da 1a hora de abate (acelera alterações post mortem-glicólise e início do rigor) Mais usados em animais com pouco acabamento de gordura Influência da estimulação elétrica na queda do pH da carne Melhora da Maciez da Carne ✓ Intensifica contração que provoca ruptura física das miofibrilas ✓ Ativação das enzimas proteolíticas (acidificação do meio) ✓ Prevenção do encurtamento pelo frio (Acidificação x Temperatura Elevada) Maciez da Carne Maciez ou textura é a manifestação dos elementos estruturais da carne relacionados à aparência, à mastigação e a resistência à aplicação de uma força Fatores ante mortem ✓ Características genéticas ✓ Características fisiológicas ✓ Quantidade de colágeno ✓ Diâmetro da Fibra Muscular ✓ Estrutura Física da Célula (Comprimento do Sarcômero) ✓ Grau de Marmoreio ✓ Manejo ✓ Alimentação ✓ Tempo e temperatura de armazenamento após o abate ✓ Modo que a carne é cortada ✓ Adição de amaciantes ✓ Métodos de cozimento Tempo de 1 até 2 Desenvolvimento do rigor - Processo de formação das ligações actino-miosina - O Músculo começa a perder a extensibilidade - Diminuição do tamanho do sarcômero Tempo 2 Estabelecimento do rigor mortis - Não existe mais energia nas células para desfazer as ligações actino-miosina - Perda completa da extensibilidade do músculo - O Sarcômero atinge seu menor tamanho Tempo 2 a 3 Resolução do rigor (Maturação da carne) - Processo enzimático - Hidrólise das proteínas celulares Maturação da Carne É o amaciamento progressivo da carne durante certos períodos de estocagem. Processo enzimático (enzimas quebram as proteínas) em temperatura de 0 a 4°C durante o processo de maturação. Diferença do conceito maturação na gastronomia e na charcutaria Maturação da Carne Gastronomia Wet aged – carne embalada à vacuo e dentro desta embalagem é deixada para maturar, protegida do desenvolvimento de microorganismos indesejáveis. (8 a 12 dias) Dry aged – Carne não é embalada, fica exposta a esta temperatura de 0 a 4°C e umidade de 75 a 85%. Cria um ressecamento externamente e internamente é mantida a umidade. (30, 40 até 60 dias) Charcutaria Temperatura em torno de 11°C Carne temperada Carne na charcutaria a carne passa por uma desidratação, perdendo cerca de 30 a 35% do peso inicial da peça Presença de mofo (controlado) – agrega valor e sabor (temperatura controlada ou temperatura ambiente (raiz)
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