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Rinite Alergica e Sindrome do Respirador Oral

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Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 1
👃
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 
💡 Atenção especial com crianças com idade inferior a 2 anos, pois a rinite alérgica pode se confundir com outras patologias nasais. 
Definição
Inflamação da mucosa nasal caracterizada pela presença de um ou mais sintomas:
Congestão nasal e ocular;
Hiperemia conjuntival;
Coriza;
Espirros;
Prurido. 
Os sintomas são induzidos por exposição a alérgenos com formação de anticorpos IgE específicos ligados a receptores de alta 
afinidade nos mastócitos. 
Acredita-se que ocorra remodelamento do epitélio nasal semelhante ao que ocorre no epitélio pulmonar
Afeta até 30% dos adolescentes e 25% dos escolares; 
Fatores Desencadeantes
Exposição a alérgenos; 
Mudanças bruscas de clima; 
Inalação de irritantes específicos; 
Inalação de ar frio e seco; 
Ingestão de anti-inflamatórios em indivíduos predispostos. 
Classificação
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 2
Frequência e Duração
Intermitente
< 4 dias por semana
OU
< 4 semanas de duração (em um ano)
Persistente 
≥4 dias por semana e > 4 semanas de duração (em um ano)
Intensidade
Leve
Sono normal; 
Atividades normais; 
Sem sintomas incômodos. 
Moderada-grave
Sono anormal; 
Interferência nas atividades diárias esportivas e/ou de recreação; 
Dificuldades na escola e no trabalho; 
Sintomas incômodos. 
Comorbidades
Conjuntivite: 
Queixas oculares da rinite alérgica incluem:
Prurido ocular;
Sensação de queimação;
Fotossensibilidade;
Lacrimejamento;
Vermelhidão;
Edema palpebral. 
💡 Lesões da córnea como ulceração, microerosões e ceratocone podem ocorrer, pela intensidade e continuidade do prurido. 
O tratamento da rinite alérgica pode melhorar os sintomas oculares. 
Síndrome do respirador oral: 
Alterações decorrentes da respiração bucal prolongada: 
Aumento vertical do terço inferior da face; 
Arco maxilar estreito;
Palato em ogiva;
Halitose;
Má oclusão dentária (mordida aberta, incisivos superiores protruídos); 
Lábio inferior evertido;
Hipotonia dos elevadores de mandíbula e hipotonia lingual; 
Alterações da postura de língua em repouso, na deglutição e na fala; 
Alterações da mastigação e vocais; 
Alterações posturais. 
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 3
Sinusite: 
Em pessoas com rinossinusite crônica ou recorrente, principalmente em indicação cirúrgica, deve-se avaliar a presença e o 
tratamento adequado da rinite alérgica; 
Os principais sintomas são:
Rinorreia purulenta anterior ou posterior;
Tosse diurna ou noturna;
Obstrução nasal;
Hiperemia;
Edema da mucosa nasal à nasoscopia;
Diminuição do olfato
Na fase aguda, podem-se associar sintomas como halitose, cefaleia, febre e dor facial. 
Otites
As crianças alérgicas tem maior propensão à disfunção tubária. 
Asma
Metade dos asmáticos tem rinite alérgica e de 10-40% das pessoas com rinite alérgica têm asma; 
A rinite alérgica predispõe o desenvolvimento da asma em crianças, bem como aumenta a chance de ter asma persistente na vida 
adulta e o aparecimento de asma alérgica na maturidade
Em crianças, o risco de asma relaciona-se com a duração e com a gravidade da rinite alérgica. 
Diagnóstico
É essencialmente clínico:
As provas diagnósticas, como teste alérgico de leitura imediata ou IgE específica, somente devem ser pedidos em pacientes que 
não respondem ao tratamento habitual, podendo ajudar no diagnóstico diferencial. 
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 4
Anamnese e achados clínicos: 
Valorizar a congestão nasal; 
Relato de fatores desencadeantes e agravantes; 
História familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica; 
História socioeconômica e características do ambiente domiciliar e do trabalho; 
História do uso de medicamentos (AAS, anti-inflamatórios não hormonais, drogas anti-hipertensivas, descongestionantes nasais 
tópicos); 
História de doenças ou condições associadas (rinossinusites, otite média, asma, conjuntivite, hipertrofia de anedóides, apneia do 
sono); 
Hipertrofia de conchas nasais; 
Descarga mucóide ou rinorreia hialina; 
Mucosa nasal hiperemiada ou pálida; 
Estigmas atópicos (linha de Dennie-Morgan, sinal de Hertog, face de respirador oral, pitiríase alba)
Diferenciação entre perfil com predomínio de prurido para perfil com predomínio de obstrução
Perfil Prurido Perfil Obstrução
Espirros Especialmente em salvas Poucos ou nenhum
Rinorreia Aquosa Espessa
Prurido Sim Não
Sinal de Hertog
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 5
Perfil Prurido Perfil Obstrução
Obstrução nasal Variável Frequentemente intensa
Ritmo diurno Piora de dia, melhora à noite Constate, podendo piorar à noite
Conjuntivite Frequentemente presente Rara
Diagnóstico Diferencial
Baseado em Testes Complementares
Infecção (rinossinusites virais, bacterianas); 
Alterações sistêmicas (imunodeficiências, hipotireoidismo, fibrose cística);
Causas medicamentosas (agonistas alfa-adrenérgicos, descongestionantes tópicos); 
RENA (rinite eosinofílica não alérgica). 
Baseado na Duração dos Sintomas
Agudos: 
IVAS (viral/bacteriana); 
Corpo estranho; 
Trauma. 
Crônicos: 
Infecções recorrentes/persistentes; 
Alterações anatômicas congênitas; 
Desvio de septo; 
Outras doenças não alérgicas. 
Tratamento
O médico generalista deverá acompanhar e monitorar clinicamente os pacientes com rinite alérgica de acordo com a classificação: 
Intermitente leve - consultas de 6/6 meses; 
Intermitente moderada-grave - consultas de 3/3 meses ou sob demanda; 
Persistente leve - De 2/2 meses; 
Persistente moderada-grave - mensal. 
Medidas de Controle Ambiental
Escolher o lugar mais arejado e quente para colocar a cama do paciente alérgico, evitando deixá-la encostada na parede;
Abrir as janelas da casa e do lugar de dormir pelo menos uma hora por dia;
O quarto deve ser simples, sem tapetes e carpetes, evitando móveis e objetos desnecessários que possam juntar pó;
As cortinas devem ser leves e lavadas com freqüência;
Sempre que possível, conservar roupas, livros e objetos dentro de armários fechados;
Evitar levantar muito pó durante a limpeza da casa, fazendo-a diariamente com pano úmido;
Travesseiros e colchões devem ser encapados com capa impermeável;
Evitar roupas e cobertores de lã;
Lavar cobertores e colchas a cada duas semanas ou recobrir com tecido de fácil lavagem, e colocá-los no sol sempre que possível, 
assim como colchões e travesseiros;
Não andar em lugares empoeirados como porões e depósitos;
Eliminar brinquedos de tecido, principalmente de pelúcia;
Evitar ter animais de pelo ou penas dentro de casa, e caso tenha, mantê-los limpos e intensificar a limpeza da casa;
Evitar odores fortes (perfumes, ceras, desinfetantes);
Evitar contato com pó, talco e giz;
Não deixar plantas dentro de casa;
Não permitir que fumem perto do paciente e abolir o cigarro dentro de casa;
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 6
Tratamento Adjuvante
Lavagem nasal com solução salina (solução fisiológica a 0,9%); 
Alivia a irritação tecidual;
Umedece a mucosa nasal;
Auxilia na remoção de secreções;
Alivia temporariamente a obstrução nasal;
Melhora o olfato. 
Tratamento Medicamentoso
Baseado no uso isolado ou associado de anti-histamínicos (anti-H1) e de corticóides tópicos nasais: 
Ocasionalmente, há necessidade do uso de descongestionantes nasais, sistêmicos (pseudoefedrina) ou tópicos (devem ser 
utilizados por no máximo cinco dias); 
Cromoglicato dissódico, antileucotrienos e brometo de ipratrópio também podem ser utilizados. 
Imunoterapia específica:
Indicada para pacientes não controlados com a farmacoterapia convencional, em pacientes que não desejam fazer uso de 
medicação contínua ou que não toleram os efeitos colaterais
Também pode ser indicada quando não é possível afastar o alérgeno
Deve ser realizada em pacientes comprovadamente sensibilizados através de testes cutâneos ou IgE específicas, em locais aptos a 
tratar eventuais reações sistêmicas
Anti-histamínicosanti-H1: 
São efetivos no controle do prurido, espirros e coriza, mas não são eficazes do alívio da congestão nasal; 
Primeira Geração:
Hidroxizina, dexclorfenireamina, fenotiazina;
Devem ser evitados. 
Segunda Geração:
Loratadina, cetirizina, levocabastina, azelastina, epinastina, ebastiona, fexofenadina;
Efeito mais prolongado, menor penetração no SNC e mínimo efeito anticolinérgico. 
Uso tópico:
Azelastina e levocabastina;
Devem ser evitados antes dos 6 anos de idade. 
Corticóides tópicos nasais: 
Aliviam todos os sintomas da rinite alérgica; 
Início de ação em trinta minutos e pico de várias horas; 
Eficácia máxima entre 2-4 semanas após o início do uso; 
O uso em crianças pode gerar preocupação pelos efeitos colaterais potencializados pelo uso prolongada e, muitas vezes, em 
associação ao corticoide inalatório para o tratamento de asma, em especial os efeitos sobre o crescimento linear; 
Uso de esteroides sistêmicos podem ser usados, em casos muito graves, por no máximo cinco dias. 
Rinite Alérgica e Síndrome do Respirador Oral 7
🚫 Não são recomendados: 
Dexametasona em gotas nasais; 
Injeções intranasais de corticoesteroides; 
Aplicação intramuscular de corticoesteroides de depósito; 
Descongestionantes orais. 
Efeitos colaterais dos glicocorticoides de uso tópico nasal: 
Locais: 
Irritação local; 
Sangramento; 
Perfuração septal. 
Sistêmicos: 
Interferência no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal; 
Efeitos oculares;
Efeitos sobre o crescimento;
Efeitos sobre a reabsorção óssea;
Efeitos cutâneos. 
Cirurgia
Cirurgia de redução de corneto inferior é indicada para poucas pessoas, ainda mais raramente em crianças.