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PNEUMOTÓRAX Definido como presença de ar no espaço pleural A maioria dos casos está associada à trauma ou iatrogenia Pode acontecer também secundário à doença pulmonar Pneumotorax espontâneo – mais comum em homens Dor torácica súbita e dispneia são os sintomas mais frequentes Pneumotórax hipertensivo – condição com risco iminente de morte Principais diagnósticos diferenciais = infarto e TEP O tabagismo constitui FR para pneumotórax espontâneo primário Classificação · Pneumotórax espontâneo primário ou secundário · Pneumotórax adquirido traumático ou iatrogênico 1. Primário Mais em pacientes jovens e sexo masculino, pode estar associado ao tabagismo Profissionai que tocam instrumentos de sopro – variações na PEEP 2. Secundário Associado a doenças pulmonares como DPOC, neoplasias pulmonares, HIV com pneumonia fungica, fibrose cística e síndrome de marfan 3. Iatrogênico – acidentes de punção, barotrauma 4. Traumático – fraturas de costelas Pneumotórax hipertensivo – mecanismo de válvula, grande aumento da pressão intra torácica (< 15 a 20); se não for drenado rápido – óbito Acumulo de ar no espaço pleural aumento da pressão intra pulmonar diminuição do retorno venoso diminuição do débito cardíaco hipoxemia e choque Diagnostico Historia e exame físico bem feitos Sinais e sintomas – aparecimento súbito de dispneia e dor torácica do tipo pleurítica, ipsilateral, paciente em repouso, taquicardia, taquipneia, hipoxemia e cianose Exame físico – assimetria torácica, expansibilidade diminuída, hipertimpanismo, sinais de instabilidade hemodinâmica; taquicardia sinusal, taquipneia, cianose, enfisema subcutâneo, diminuição do frêmito tóraco vocal, MV assimétrico, desvio de traqueia No trauma – descartar a presença de pneumotórax hipertensivo. Sempre que paciente com dispneia significativa, hiper-ressonância à percussão do lado afetado, desvio da traqueia e hipotensão após trauma – abordagem imediata Exames complementares – · Exames laboratoriais – · Usg à beira de leito o USG de torax point of care tem sensibilidade maior que 95% · RX de torax · TC de torax (raramente necessária, mas padrão ouro) Abordagem Considerar o tamanho do pneumotórax, intensidade dos sintomas e repercussão clinica, ser o primeiro episodio ou recorrente Pneumotórax simples ou complicado (com hemotórax ou infecção) Doenças pulmonares associadas, outras doenças ou traumas associados, ventilação mecânica, ocupação do paciente Pneumotórax hipertensivo necessita de drenagem de torax imediata – feita por punção com jelco calibroso no segundo espaço intercostal do pulmão acometido Cuidados com o dreno O procedimento deve ser asséptico, checar sempre conexões e extensores do sistema, cuidado ao pinçar o dreno e manter o frasco abaixo do nível do torax Pneumotórax pequeno Não apresenta desvio de mediastino e não gera instabilidade hemodinâmica; distancia entre ápice do pulmão e extremidade apical da cavidade pleural < 3 cm.Pacientes clinicamente estáveis – observar por 4 a 6 horas; O2 com Fio2 > 30%, repetir RX Se não aumentar alta para acompanhamento ambulatorial A drenagem torácica se torna obrigatória se o paciente necessitar de ventilação mecânica ou transporte aéreo Pneumotórax moderado não hipertensivo Maior que 2 cm, mas sem sinais de gravidade – drenar por punção e aspiração do pneumotórax ou dreno pela técnica de Seldinger ou Tru-Close ou drenagem tubular Pneumotórax grande, hipertensivo ou com repercussão dinâmica Pacientes devem ser drenados imediatamente – instabilidade hemodinâmica e desvio acentuado do mediastino (pneumotórax hipertensivo) toracocentese de alivio · Dor torácica e dispneia podem ser TEP e pneumotórax · O diagnostico de pneumotórax hipertensivo é clinico – deve ser drenado imediatamente · A TC de Torax é o exame complementar padrão ouro · Atenção redobrada à ventilação do paciente – risco de barotrauma · Pneumotórax primário – pode ser ocasionado por bolhas subpleurais · Utilizar técnica correta e auxilio do USG à beira de leito na abordagem de acesso venoso profundo · Pneumotórax pequeno sem instabilidade não necessita ser drenado