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Kamilla Galiza / 6º P Funções do fígado • Formação e excreção da bile (digestão de gorduras) • Metabolismo da bilirrubina (captação, conjugação e ex- creção) - A bilirrubina indireta é insolúvel e a direta é solúvel fa- vorecendo a excreção • Armazenar glicose: glicogênese, gliconeogenólise e gli- coneogênese • Produzir proteínas nobres: albumina (participa principal- mente do carreamento de substâncias e influencia a osmolaridade do corpo), fatores de coagulação (parti- cipa da produção dos fatores de coagulação com ex- ceção do fator VIII) • Armazenar substancias: Fe, A, D, B12 • Degradação e excreção de hormônios – esteroides, tire- oidianos, trombopoietina (produção das plaquetas na medula) • Desintoxicação de fármacos ou outras substancias exó- genas • Sintetizar o colesterol • Resposta imune • Transformar amônia em ureia Testes bioquímicos – enzimas hepáticas Marcadores de Lesão hepatocelular São liberados no processo de destruição dos hepatócitos • ALT – alanina aminotransferase (TGP): é o mais espe- cifico do fígado para lesão (vai ser o predominante) • AST – aspartato aminotransferase (TGO): menos espe- cifico, pois ele pode aumentar devido a outras causas além de lesão. (aumenta mais em hepatite alcoólica) Colestase É uma alteração no fluxo da bile, causada por obstrução por exemplo. • Fosfatase alcalina (FA): mais especifica do fígado • Gama – glutamil – transpeptidase (gama – GT): mais alterado em pacientes etilistas crônicos. Testes da função hepática • Tempo de protrombina – INR (primeiro exame que so- bre alteração): é um marcador da via extrínseca da co- agulação - o primeiro fator que reduz é o VII (menor meia vida) • Albumina (redução) • Bilirrubinas totais e frações: - Bilirrubina direta ou conjugada: lesão hepatocelular / co- lestase / Sd. Dubin – johnson (excreção) / Sd. de rotor (arma- zenamento) (Aumento está associado a hepatite) - Bilirrubina indireta ou não conjugada: hemólise (mais fre- quente) / hematopoiese ineficaz / Sd. Gilbert / Sd. Crigler – najjar. Hepatites agudas virais Manifestações clínicas gerais • Pródromos: náuseas, vômitos, dor abdominal, cefaleia, mialgia, hepatomegalia, febre. (pouco especifico) • Icterícia: associado ou não a acolia fecal (perca da co- loração das fezes), colúria (cor amarronzada da urina) e prurido; (melhora dos sintomas prodrômicos) • Convalescência: melhora dos sintomas em até 6 me- ses; (evolui para cura ou cronifica) • Laboratório: aumento das transaminases (> 1000 UI / L) e BD. (aumento significativo dos marcadores de lesão hepática) Hepatite A HAV – gênero Hepatovirus na família Picornaviridae (RNA) • Transmissão: oral – fecal • Mais comum em crianças (5 – 14 anos) • Doença autolimitada – não cronifica (em 95% dos ca- sos o paciente tem cura, se não apresenta quadro de hepatite fulminante) • Insuficiência hepática fulminante: ocorre < 1% • Período de incubação: cerca de 28 dias (15 – 50 d) • Assintomáticos – 30% (principalmente crianças e os adultos geralmente apresentam sintomas) • Náuseas, vômitos, anorexia, febre, mal-estar e dor abdo- minal • Colúria (bilirrubinúria) e acolia fecal (ausência de bilirru- bina) • Icterícia (40%) – pico em duas semanas • Prurido (70%), hepatomegalia (80%) • Recuperação clínica e bioquímica em dois a três meses (85%); • 10% recaída em até seis meses após a doença aguda Diagnóstico • ↑ALT, AST, FA, BD • Padrão colestático • Anti – HAV IgM+ (fase aguda) - Pico durante a fase aguda ou inicio da convalescência - Detectável por 3 – 6 meses Obs.: anti – HAV IgG: detectável por décadas e reflete imuni- dade. Kamilla Galiza / 6º P Tratamento e profilaxia • Suporte - Evitar medicamentos hepatotóxicos - Sintomático - Repouso - Afastamento de atividade laborais por 1 – 2 semanas • Profilaxia - Higiene (lavagem das mãos e alimentos, saneamento bá- sico) - Vacinação: MS – 15 meses - Imunoglobulina: pré – exposição (< 1 ano – viagem de ur- gência em áreas endêmicas) e pós-exposição (< 1 ano – con- tactantes íntimos). Hepatite E • Raríssimos casos no brasil • Transmissão: oral – fecal • Clinica semelhante a hepatite A • Maior risco em gestantes – insuficiência hepática aguda; • Tratamento: suporte. Hepatite B • Transmissão: sexual, parenteral e / ou vertical; • 70% dos pacientes apresentam hepatite subclínica ou anictérica; • Manifestações extra-hepáticas: PAN (é um tipos de vasculite), glomerulonefrite, Anemia Aplástica. (são ma- nifestações raras) • ≤ a 1% desenvolve hepatite fulminante • 5% dos pacientes cronificam – RN 90% • Pode ocorrer reativação durante uso de imunossupres- sores – ex.: rituximab. Sorologia (foco da aula) • HBsAg: antígeno de superfície - Marca sorológica da infecção por HBV (aguda e crônica) - Surge antes dos sintomas - Regressão após 4 – 6 meses → cura → Anti – HBs - Persistir por + 6 meses: hepatite B crônica - Mutação por escape: anti – HBs + e HBsAg + • Anti – HBc: anticorpo contra o antígeno central do HBV - IgM: infecção aguda - IgG: contato prévio com o vírus – cura (+ anti – HBs) ou crô- nica (+ HBsAg) • HBeAg: proteína secretora processada pela proteína pré-core - Altos níveis de HBV DNA no soro e maiores taxas de repli- cação e transmissão - Mutação pré – core: ausência de HBeAg mesmo durante a replicação com altos níveis de HBV DNA • Anti – HBe: baixa replicação viral Sorologias x tempo Figura 1. Fase aguda x crônica. Lembrar: 1 - Tem hepatite B? HBsAg 2 - Infecção aguda? Anti – HBc IgM 3 - Está replicando? HBeAg 4 - Está curado? Anti - HBs Exemplos: HBsAg + / Anti – HBs – / Anti – HBc IgM + / Anti – HBc IgG - / HBeAg + / Anti- HBe – Hepatite B aguda - fase inicial HBsAg + / Anti – HBs – / Anti- HBc IgM + / Anti – HBc IgG + / HBeAg - / Anti- HBe + Hepatite B aguda - fase tardia HBsAg - / Anti – HBs – / Anti- HBc IgM + / Anti – HBc IgG - / HBeAg – ou + / Anti- HBe + ou – Janela Imunológica (hepatite aguda) ou HBsAg indetectável – solicitar HBV-DNA HBsAg + / Anti – HBs – / Anti- HBc IgM - / Anti – HBc IgG + / HBeAg + / Anti- HBe – Hepatite B crônica e em replicação HBsAg + / Anti – HBs – / Anti- HBc IgM - / Anti – HBc IgG + / HBeAg - / Anti- HBe + Hepatite B crônica não replicativa ou mutante pré-core HBsAg - / Anti – HBs – / Anti- HBc IgM - / Anti – HBc IgG + / HBeAg –/ Anti- HBe – Janela Imunológica (hepatite crônica) ou HBsAg indetectável – solicitar HBV-DNA ou infecção antiga com negativação do anti-HBs HBsAg - / Anti – HBs + / Anti- HBc IgM - / Anti – HBc IgG + / HBeAg - / Anti- HBe + Hepatite B curada – cicatriz sorológica HBsAg - / Anti – HBs + / Anti- HBc IgM - / Anti – HBc IgG - / HBeAg - / Anti- HBe – Vacinação prévia Kamilla Galiza / 6º P Tratamento Fase aguda: • Suporte • Em casos graves, insuficiência hepática aguda ou curso prolongado (+ de 4 semanas): antiviral – Tenofovir – ate HBsAg negativo em 2 testes consecutivos (intervalo de 4 semanas) Fase crônica: (professora disse que não é o foco no mo- mento) • Cirrose x ALT X DNA-HBV X HBeAg; • Tenofovir ou Entecavir ou PegIFN. Profilaxia • Vacinação: 3 doses • Imunoglobulina: (casos pós – contato) - RN de mães HBsAg+ até 12 h após nascimento; - Acidente com material biológico contaminado; - Parceiros sexuais de caso de hepatite B aguda; - Vítimas de violência sexual; - Imunodeprimido após exposição independente do sta- tus vacinal. Hepatite D • Provocada por um vírus de RNA • Dependendo do vírus B para se replicar: - Coinfecção (infecção simultânea): anti – HDV + / HBsAg + / anti – HBc IgM + → maior risco de insuficiência hepática aguda que na hepatite B; - Superinfecção (portador crônico de hepatite B): anti-HDV+/ HBsAg+/ anti – HBc IgG+; • Transmissão: parenteral; • Clínica: semelhante a hepatite B, mas aumenta risco de insuficiência hepática aguda.Hepatite C • Vírus de RNA; • Transmissão: parenteral, sexual, vertical (5 – 6%); • Período de incubação: 7 – 8 semanas; • Maioria são assintomáticos na infecção aguda; • 80% dos casos cronificam; (maior problema) • Maior relação com cirrose e carcinoma hepatocelular; (devido principalmente as altas taxas de cronificação) • Manifestações extra-hepáticas: crioglobulinemia, glo- merulonefrite, vasculite, tireoidite; Sorologia • HCV – RNA + / anti–HCV –: - Infecção aguda - A soroconversão deve ocorrer após 12 semanas da exposi- ção • HCV – RNA + / anti – HCV + - Infecção pelo HCV – aguda ou crônica? • HCV – RNA / anti – HCV + - Infecção prévia - Confirmar perfil sorológico em 12 semanas. Tratamento • Fase aguda: - Momento do DX - Monitorar o HCV – RNA quantitativo 4 semanas após o DX: → Se não houver redução de 2 log10 = tratar → Se não houver redução maior que 2 log10 = repetir na 12ª semana HCV-RNA < 12 UI à monitorar 24 e 48 semana; HCV- RNA > 12 UI à tratar! • Crônico: todos - Drogas: alfapeginterferon, ribavirina, daclatasvir, sofusbuvir.
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