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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS. Resenha Crítica de Caso Trabalho da disciplina Gestão da Mudança e Cultura Organizacional. Tutor: Prof. Nelson Roque Schneider Salvador 2020 http://portal.estacio.br/ ESTUDO DE CASO HARVARD – HEWLETT-PACHARD: CULTURA EM TEMPOS DE MUDANÇA. Referência: BEER, Michael; KHURANA, Rakesh; WEBER, James. Hewlett-Pachard: Cultura em Tempos de Mudança. Harvard Business School, 409-P01. January 25, 2005. A Hewlett-Packard, mundialmente conhecida como HP, fundada no ano de 1939, em uma garagem por dois amigos, Bill Hewlett e David Packard, no Oeste da Califórnia (EUA). Adotando desde o início a cultura com base no HP WAY, envolvendo um tratamento informal, ética, confiança, respeito as pessoas, trabalho em equipe e inovação. A HP sempre teve o objetivo e intenção de não discriminar sexo, idade ou religião. Tendo como estratégica montar um ambiente de trabalho com maior diversidade possível. Todas essas práticas estavam ligadas aos valores dos dois fundadores, levando sempre em consideração os lucros e as pessoas. A empresa HP herdou desde cedo a mais alta tecnologia já vista, o que foi determinante para seus lançamentos e inovações. Começando com um oscilador de baixa frequência, tal invento foi revolucionário e divisor de águas em meados de 1938. Por volta de 1945, David Packard assumiu a administração do grupo, com Bill Hewlett supervisionando as pesquisas. A partir de então a empresa se especializou em instrumentos de medida eletrônica e calculadoras financeiras e científicas, entrando mais tarde, nos anos 60 na era da informática, com lançamentos de seus primeiros modelos de computadores. Os produtos eram vendidos com boa margem de lucros, os compradores eram engenheiros ou profissionais da área de tecnologia, que necessitavam de seus produtos. Na década de 70, tiveram a ideia de lançar computadores e impressoras, primeiramente para empresas, logo em seguida, para utilidade doméstica. Os computadores necessitavam de grandes investimentos, por isso, a HP enfrentou algumas dificuldades. Nos anos 80 o estouro de tecnologia da empresa recebeu maior investimento no setor de impressoras, no qual as impressoras HP são muito famosas pela tecnologia, qualidade e preço justo por uma impressora caseira ou até mesmo profissional, com funções de fácil compreensão e excelência em impressão jato de tinta e até mesmo laser. As impressoras HP são também famosas no mercado atual de impressoras multifuncionais, ou seja, são impressoras fortes no mercado, de todos os modelos e estilos, para suprir todo tipo de necessidade e gosto. Apenas nos anos 90 foi quando a HP se estabilizou no mercado da tecnologia para então firmar raízes e gerar vendas. Em 1992, com o aumento de vendas dos computadores da Dell, a margem bruta em PCs da HP caiu de 31% para 19% no ano de 1998. No início de 1995, o alto escalão da HP debatia sobre o futuro da empresa, se venderiam computadores de alto padrão ou computadores pessoais, levando em conta aos prejuízos dos anos anteriores. Existia uma positiva margem de lucros na fabricação de computadores de alto padrão, mas ainda havia dúvidas sobre os próximos anos, pois implicaria em questões econômicas. No decorrer dos anos, foram nomeados diversos Presidentes e CEO, cada um com sua postura e forma de pensar, que acabou interferindo na cultura organizacional. Tendo mais de 25 anos na empresa, ocupando diversos cargos executivos, Lewis Platt foi nomeado CEO da HP. Platt defendia veemente o objetivo inicial, que era o HP Way, pois acreditava que a HP tinha perdido o toque humano. Algumas pessoas reclamavam da forma que trabalhava, pois achavam que ele se dedicava demais aos aspectos externos da filosofia dos fundadores. Esse fato fez com que muitos líderes não levassem em consideração e concordasse a respeito do melhor caminho para o crescimento da empresa. Após a saída de Platt como CEO, o Conselho se reuniu e concordou que o novo líder deveria ter características que elevassem o perfil da empresa e força o suficiente para desafiar a cultura da HP. Existiam diversos candidatos internos, mas faltava-lhes experiências suficientes. Assim, recorreram em busca de um CEO de fora, pois muitos diretores acreditavam que reconquistaria a confiança dos investidores e de todos que vinham criticando ininterruptamente a HP. Em julho 1999, nomearam Carly Fiorina CEO, sucedendo Lewis Platt e prevalecendo sobre o candidato interno Ann Livermore. Em setembro de 2001, Fiorina anunciou a aquisição da fabricante de computadores Compaq, que na época, era a segunda maior produtora de computadores domésticos, depois da Dell. Fiorina foi segura em desacordo com conselho de administração da HP. Walter Hewlett fazia parte da oposição no conselho. Hewlett originalmente votou com os outros membros do conselho para aprovar o negócio Compaq, mas depois mudou de ideia. Fiorina ganhou com uma “margem muito pequena” de 51,4% dos acionistas, com a maior parte do apoio. Fiorina teve apoio de outros membros do conselho, incluindo Richard Hackborn, Philip M. Condit, George A. Keyworth, II, e Robert Knowling. Fiorina começou a reorganizar HP e mesclar as partes que ela mantinha com a Compaq. A fusão foi recebida inicialmente com ceticismo por parte de todos. Robert Burgelman, ex-vice-presidente executivo da HP, Webb McKinney, que liderou a equipe de integração pós-fusão da HP, analisou a fusão e concluiu que era finalmente bem- sucedida. Em 2008, o ex-CEO interino da Compaq Ben Rosen afirmou que, embora Fiorina não tinham as habilidades para executar a empresa resultante da fusão, seus sucessores fez funcionar. HP foi capaz de integrar as operações da Compaq e emergir como maior vendedora mundial de computadores pessoais. Interferência na cultura organizacional. Fiorina tinha uma postura agressiva em relação a empresa, queria sempre está em primeiro lugar e não media esforços para tal. Criou três grandes mudanças logo após a sua chegada: substituição de participação nos lucros por bônus concedidos caso a empresa tenha conseguido atingir a meta, redução em unidades operacionais e a consolidação de funções de back-office. Fiorina enfrentou uma reação entre os funcionários da HP e da comunidade de tecnologia por seu papel de liderança no desaparecimento do igualitário "da HP A HP Way", cultura de trabalho e filosofia de trabalho. Devido às alterações na cultura da HP e a pedidos de cortes salariais voluntários para evitar demissões (posteriormente seguido por maiores demissões na história da HP), pesquisas de satisfação dos empregados, anteriormente entre as mais altas na América, revelando insatisfação de muitos funcionários e desconfiança. Por muitas vezes Fiorina foi vaiada em reuniões da HP. Em 2005, Carly Fiorina na época com 50 anos, uma das mulheres mais poderosas entre os executivos das grandes empresas norte-americanas, renunciou ao comando executivo da fabricante de computadores e impressoras Hewlett-Packard. O conselho pediu a renúncia de Fiorina anteontem, depois que ela e diretores discordaram quanto a melhor maneira de levar adiante a estratégia corporativa da Hewlett-Packard. Sua carismática e agressiva liderança, que não levava em grande consideração as ideias dos escalões inferiores, a transformou em personalidade de alta visibilidade no setor de bens eletrônicos de consumo e alvo de algumas críticas durante sua passagem de cinco anos pela companhia. Além disso, a tomada de controle da Compaq não conseguiu gerar os lucros que Fiorina previa para a HP. Será que todos os CEO´s nomeados pelo conselho, conseguiram manter ou agregar valores a cultura organizacional da HP? Pois a cultura organizacional se dá através doconjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros da organização. Alguns líderes da HP, por muitas vezes, colocavam seu interesse pessoal em primeiro lugar, tentando alcançar metas e objetivos, sem ao menos observar quais eram os valores principais da empresa. Muitas vezes o próprio conselho ia de encontro com as normas impostas. A falta de investimento no P&D ou investimento no momento errado. A procura de alguém que tivesse o perfil carismático, possivelmente não deu tão certo ou aplicado de forma equivocada. Referências Bibliográficas: Da AFP, em Nova York (EUA). Conheça a história da HP desde sua fundação em uma garagem. Folha de São Paulo, São Paulo, set. 2001. Seção Tecnologia. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u7818.shtml. Acesso em: 13 de abril de 2020. MARQUES, Paulo. Conselho tira Carly Fiorina da chefia da HP. Folha de São Paulo, São Paulo, fev. 2005. Seção Tecnologia. Disponível em: h t t p s : / / w w w 1 . f o l h a . u o l . c o m . b r /
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