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RENASCIMENTO
O Renascimento assinala uma verdadeira ruptura com a cultura
medieval em vários aspectos. As cidades modernas passam a ser o palco das conquistas científicas e das inovações tecnológicas do período, e, consequentemente, toda estrutura de pensamento irracional, ou estritamente religiosa, deixa de causar impressão mais profunda e fazer sentido na produção artística.
As vertentes artísticas do Renascimento analisando o conceito do "belo" em conformidade com a lógica da harmonia aritmeticamente definível. Assim como a perspectiva central – caracterizada como um espaço observado de um ponto de vista matemático – toda arte do Renascimento apresentou organização sistemática das formas compositivas. 
A produção artística sempre esteve relacionada à produção de símbolos e sabemos que a partir de um determinado período da civilização, a Igreja Católica assume a institucionalização da fé, sendo a maior estimuladora da prática artística. Os pintores, escultores e demais artistas ou artesãos tiveram, na igreja, o seu principal mecenas durante vários séculos.
Uma Igreja Católica de sua cidade está oferecendo um minicurso sobre história da arte, destinado à comunidade da paróquia, e você foi convidado para ministrar o módulo sobre "Escultura Renascentista". O material visual disponível para a sua apresentação consiste em um slide apresentando dois conjuntos escultóricos. Utilizando como recurso didático as duas imagens, você deve explicar as diferenças entre os dois conjuntos de esculturas.
1) Identificar a qual período artístico pertencem os conjuntos escultóricos.
2) Relatar as diferenças entre as duas manifestações da escultura sacra, destacando as características da obra renascentista. ​​​​​​​
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
1) A imagem 1 ilustra um conjunto de esculturas do período gótico, presente em uma das fachadas da Catedral de Notre Dame (1345) e a imagem 2 apresenta uma obra renascentista do artista italiano Michelangelo Buonarroti – a famosa escultura “Pietá” (1499).
2) Na escultura medieval predominam as figuras religiosas (imagem 1), representadas cobertas por vestes drapejadas, em frontalidade para o observador e rígidas, sem evocação de movimento ou expressivas emoções. O objetivo dessas esculturas era pedagógico: elas deveriam contar as passagens bíblicas para os fiéis, mantendo um sentimento de respeito e contrição. A escultura renascentista (imagem 2) representada pela obra prima de Michelangelo, a “Pietá”, também tem como tema as figuras bíblicas de Maria e Cristo morto em seu colo. Contudo, a escultura renascentista apresentou uma grande evolução em relação à escultura medieval, especialmente pelos conhecimentos científicos obtidos no Renascimento, dentre eles os estudos sobre o corpo humano (anatomia). As figuras retratadas têm expressividade dramática, movimento e corporificam em pedra, o ideal de beleza renascentista. O Renascimento alcançou o auge da representação figurativa. O realismo da obra de Michelangelo revela as suas profundas pesquisas em relação à figura humana, que é representada, inclusive, pelos seus aspectos emocionais, como podemos perceber na face de Maria, desolada pelo peso do corpo morto de Cristo nos seus braços. O que diferencia imediatamente os dois conjuntos escultóricos é o realismo atingido pelos mestres renascentistas.
O grande despertar científico ocorrido no Renascimento é considerado como uma das mais significativas revoluções intelectuais da humanidade. O homem volta a ocupar o centro de todos os estudos e passa a ser considerado "a medida de todas as coisas". O Humanismo Renascentista liberta a arte do dogma medieval e impulsiona uma série inédita de produções artísticas.
Veja, no Infográfico, um resumo dos princípios caracterizantes da arte do Renascimento, compartilhados pelas três mais importantes categorias artísticas: a pintura, a escultura e a arquitetura. Por meio de exemplos referenciais, o material identifica e destaca as conquistas artísticas do período, estimulando o aprofundamento de suas pesquisas no universo das obras-primas da Renascença Italiana.
O brilho do Renascimento italiano criou um ambiente favorável para a produção artística financiada pelos ricos mercadores, que constituiu um importante mercado consumidor para as obras-primas. O estímulo ao conhecimento e às suas aplicações na arte foi inédito em toda a história. Os artistas italianos personificavam o ideal humanista: eram cientistas, anatomistas, matemáticos, pintores, escultores e arquitetos. Essa extensa e impactante produção criou cânones de composição em todas as categorias artísticas.
O capítulo Renascimento, da obra História da Arte, apoia-se na literatura referencial da história da arte para abordar as principais inciativas artísticas ligadas à novidade das conquistas dos mestres renascentistas. O salto qualitativo da representação é estudado na pintura, na escultura e na arquitetura, tendo como plano de fundo a racionalidade dos métodos da perspectiva científica, do sistema de proporções rigoroso e, é claro, da genialidade de nomes como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Brunelleschi.
1-O Humanismo foi um movimento intelectual ocorrido no Renascimento, que se caracterizou pela abrangência dos conhecimentos, contrariando a especialização ou o domínio de um saber específico. Leonardo da Vinci, por exemplo, era cientista, anatomista, arquiteto, pintor, entre outras atividades.
A qual fenômeno podemos atribuir o contexto favorável para o surgimento do Humanismo no Renascimento?
O Humanismo recuperou o valor dos indivíduos no mundo; já não havia a figura insignificante do homem em relação a Deus, como na Idade Média.
O grande despertar científico relativo ao período do Renascimento está relacionado com a origem das cidades modernas e o florescimento do comércio. Diretamente influenciado pelas inovações científicas e tecnológicas ocorridas entre o final do século XIV e o século XVI, o Renascimento viu surgir importantes descobertas e invenções, como a bússola – que garantiu o êxito das grandes navegações; a pólvora – que invalidou a arquitetura fortificada dos antigos feudos; e a impressão de livros – que disseminou o conhecimento de uma forma nunca antes ocorrida na história da humanidade. O Humanismo Renascentista surge em um contexto de explosão de conhecimento e se caracteriza pelos saberes abrangentes. Nessa conjunção intelectual, o homem recupera o seu valor no mundo; já não se sente a figura ínfima perante Deus, como na Idade Média. Temos, então, o contexto ideal para o surgimento do Humanismo. O Humanismo tem raízes no Antropocentrismo grego, o homem volta a ser o centro de tudo. As opções que mencionam "autoria das obras de arte"; 'surgimento dos temas profanos na arte'; "aparecimento das ordens arquitetônicas renascentistas"; e "representação dos temas bíblicos na arte" não se construíram no contexto favorável para o surgimento do Humanismo, que ocorreu em decorrência dos grandes conhecimentos adquiridos, conferindo maior autonomia aos intelectuais e artistas em detrimento à submissão aos preceitos religiosos.
2-No Renascimento, a arte se liberta do dogma medieval e passa a ser considerada cosa mentale: a arte deve mostrar aos homens a realidade de forma lógica, racional e exata. A arte, então, deve ser ensinada por mestres e não mais unicamente pelos religiosos. O belo assumiu a definição de perfeição, que poderia, a partir de então, ser alcançada por um importante invento da Renascença.
Selecione, das alternativas a seguir, a que designa essa significante descoberta renascentista.
A perspectiva científica foi a descoberta que permitiu o salto qualitativo na representação renascentista.
Na arte renascentista, o belo assume a definição de perfeição, conservando as ideias clássicas de harmonia, equilíbrio e proporção, nas quais a natureza é concebida como a ordem de todas as coisas. A arte é cosa mentale. Segundo Da Vinci, ela pertence à esfera da razão e da inteligência. O advento da perspectiva científica permitiu o salto qualitativo da representaçãorenascentista. Essa importante descoberta inaugurou a possibilidade de se representar em um plano bidimensional a realidade tridimensional na medida exata do “eixo z”, que corresponde à profundidade de um objeto ou cena. A realidade pode, então, ser representada em termos matemáticos a partir da perspectiva geométrica, formulando um novo código de representação espacial. As alternativas que se referem aos termos "Humanismo"; "Mecenato", "utilização da tinta a óleo" e "Antropocentrismo" não se relacionam a recursos de representação, embora sejam adventos – com exceção do Antropocentrismo – renascentistas.
3-A verdadeira ruptura com a arte medieval foi assinalada pela revolução dos artistas renascentistas, em especial os pintores, quando se dedicaram a realizar experimentos – como conhecer a anatomia humana para representá-la com maior realismo e veracidade – e buscar novos e surpreendentes efeitos em suas pinturas. A pintura do Renascimento realizou duas importantes conquistas, uma delas é a perspectiva científica, que permitiu a realização de pinturas com exata noção de profundidade e proporções.
Qual é a outra grande inovação na pintura renascentista?
Além do advento da perspectiva científica, o advento do sfumato – por Leonardo da Vinci – foi responsável por alcançar um inédito realismo nas pinturas renascentistas.
A escultura renascentista é resultado dos conhecimentos científicos do período, como a perspectiva geométrica (ou científica), além do aprofundamento dos estudos das proporções da Antiguidade Clássica. Dois importantes nomes representam a escultura do Renascimento: Verrocchio e Michelangelo. Suas obras mantêm pontos de contato em relação ao esforço realista – adquirido na categoria da pintura – e aos aspectos distintos.
Selecione a afirmativa que identifica as diferenças conceituais entre a obra de Verrocchio e de Michelangelo:
Na escultura renascentista, podemos identificar um caráter mais decorativo influenciado pela ourivesaria em Verrochio; e uma linguagem mais enérgica e dramática em Michelangelo.
Verrocchio e Michelangelo foram dois importantes destaques da escultura renascentista, formando verdadeiras escolas para os artistas posteriores. Há, porém, diferenças conceituais nas suas produções: podemos identificar um caráter mais decorativo influenciado pela ourivesaria em Verrochio; e uma linguagem mais enérgica e dramática em Michelangelo. Verrocchio representava detalhes minuciosos, característicos da influência do seu trabalho anterior como ourives. Suas figuras são menos trágicas, movimentadas e dramáticas do que as figuras esculpidas de Michelangelo, considerado unanimemente como "gênio" pela história da arte. A grandeza heroica das figuras de Michelangelo conquista os sentidos dos observadores, pois, para o artista, a beleza é submetida à expressão dos seres esculpidos. Os termos "linguagem exata pela aplicação das regras da perspectiva"; "caráter etéreo influenciado pela pintura"; "caráter humanista influenciado pela Antiguidade pagã"; e "linguagem simétrica e regular" não se referem com precisão à expressão máxima de nenhum dos dois escultores – embora estejam presentes no vocabulário compositivo dos artistas do Renascimento – e, especialmente, não retratam as diferentes formas de expressão dos dois escultores.
No Renascimento, a preocupação dos arquitetos era criar espaços que fossem compreensíveis às pessoas, aspecto intimamente relacionado com o ideal Humanista do período. Por definição, o Humanismo colocava o homem no centro do universo e negava os espaços medievais que tinham como objetivo "alcançar os céus". Leonardo da Vinci produziu um documento – um desenho acompanhado de escritos – conhecido como o Homem Vitruviano.
Para a arquitetura, qual é a importância desse documento?
O Homem Vitruviano, de Da Vinci, sintetizava a "proporção divina" e passou a ser considerado como um cânone das proporções, que deveria ser aplicado na arquitetura.
Em oposição ao espaço infinito medieval, a dedicação dos arquitetos da renascença era em criar espaços compreensíveis aos seres humanos, pois o ideal humanista tinha o homem como o centro de todas as coisas, e não mais a exclusiva figura de Deus. A partir de estudos dos escritos do arquiteto romano Marcos Vitrúvio Polião, Leonardo da Vinci criou o desenho – acompanhado de seus escritos – o Homem Vitruviano. A figura de um homem nu, com os braços e as pernas abertas em diferentes posições de modo simétrico, sintetizava a "proporção divina" e passou a ser considerada como um cânone das proporções, que deveria ser aplicado na arquitetura. Nesse desenho, Da Vinci analisa a escala, a proporção e as medidas humanas a partir de figuras geométricas perfeitas, extraídas de equações matemáticas. Seu objetivo era orientar a construção de edifícios por meio dessas medidas e proporções consideradas perfeitas. As expressões "leis da perspectiva"; "cidade ideal"; "anatomia humana"; e "De re aedificatoria" não estão associadas com esse estudo específico de Da Vinci.
Um dos elementos mais representativos da arquitetura renascentista é a cúpula. Também conhecida como "domo", ela povoa os céus das cidades históricas do Renascimento, assinalando o legado da arquitetura da Renascença. Este elemento pregnante e simbólico está, desde então, presente na nossa cultura arquitetônica como símbolo de monumentalidade, proeza tecnológica e relação com o celestial.