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Educação Nutricional para Diabéticos

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Educação nutricional para diabéticos: da profilaxia ao tratamento 
 
 
Nutritional education for diabetic: from prophylaxis to treatment 
 
 
Educação nutricional para diabéticos 
 
 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto1, Juliana Pereira Dos Santos Medeiros1, 
Natália Carnavale1, Sandra Regina Bicudo Da Silva1 
 
1 Curso de Nutrição da Universidade Paulista, Sorocaba-SP, Brasil. 
 
 
 
Autora correspondente: 
Profa. M.ª Sandra Regina Bicudo da Silva Universidade Paulista – UNIP, campus 
Sorocaba, SP. Avenida Independência, 210. Éden, Sorocaba, SP. Cep: 18087-101. 
Fone (15) 98134-4808. E-mail: sandra.silva1@docente.unip.br 
 
Este estudo não apresenta conflitos de interesses. 
 
Área específica: Nutrição Saúde Coletiva 
 
 
 
mailto:sandra.silva1@docente.unip.br
2 
 
Resumo 
Diabetes Mellitus é uma doença crônica que se caracteriza pela elevação dos níveis 
de glicose no sangue, cuja origem é a deficiência e/ou restrição na produção do 
hormônio insulina. Objetivo – Realizar uma revisão sistemática da literatura atual que 
promova educação nutricional para a população diabética. Metodologia - A presente 
pesquisa dar-se-á pela revisão de literatura, que constitui pesquisa nos principais 
bancos de dados eletrônicos científicos, Scielo, Lilacs, Google Acadêmico, utilizando 
artigos científicos datados dos últimos dez anos. Discussão: O DM é um grave 
problema de saúde pública no país. Está, junto com a Hipertensão Arterial Sistêmica 
na primeira posição como causas de mortalidade e de hospitalizações no SUS. 
Conclusões: O nutricionista inserido na atenção primária de saúde, juntamente com 
uma equipe multidisciplinar, poderá promover estratégias de educação nutricional 
para diabético que minimizarão os impactos desta patologia. 
Palavras-chave:Educação Nutricional. Estratégias Nutricionais. Promoção de 
Educação Nutricional para Diabéticos. 
 
Abstract 
Diabetes Mellitus is a chronic disease characterized by elevated blood glucose levels, 
whose origin is a deficiency and/or restriction in the production of the hormone insulin. 
Objective – To carry out a systematic review of the current literature that promotes 
nutritional education for the diabetic population. Methodology - This research will be 
done through the literature review, which constitutes research in the main scientific 
electronic databases, Scielo, Lilacs, Academic Google, using scientific articles dated 
from the last ten years. Discussion: DM is a serious public health problem in the 
country. It is, together with Systemic Arterial Hypertension, in the first position as 
causes of mortality and hospitalizations in the SUS. Conclusions: The nutritionist 
inserted in primary health care, together with a multidisciplinary team, will be able to 
promote nutritional education strategies for diabetics that will minimize the impacts of 
this pathology. 
Keywords: Nutritional Education. Nutritional Strategies. Promotion of Nutrition 
Education for Diabetics. 
 
3 
 
1 Introdução 
 
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que se caracteriza pela 
elevação dos níveis de glicose no sangue, que se origina a partir da deficiência e/ou 
restrição na produção do hormônio insulina. Para um tratamento efetivo se faz 
necessário que o indivíduo tenha consciência da sua atual condição de saúde e a 
partir disso possa refletir afim de modificar hábitos considerados inadequados para 
manutenção da glicemia, aderindoàs práticas preventivas e protetoras da saúde1. 
O tratamento do DM tipo 2 (DM2) inclui mudanças no estilo de vida, com a 
prática de exercícios físicos regularmente e o estabelecimento de uma dieta 
adequada. Para isso, a intervenção educativa deverá ser pautada em técnicas 
esclarecedoras, interativas e dinâmicas que busquem a interação com o público alvo 
e permita que estes ressignifiquem o seu estilo de vida. Essa modalidade de educação 
é de suma importância no controle dos níveis glicêmicos e autonomia do indivíduo, 
especialmente quando estruturada em uma perspectiva e crítica2. 
A educação em saúde exige o rompimento das concepções e abordagens 
pedagógicas tradicionais que dominam o processo educacional. A abordagem mais 
almejada pelas políticas públicas que visa a educação em saúde é a sociocultural, em 
que o ser humano é compreendido em seu contexto, é sujeito de sua própria formação 
e se desenvolve por meio de um processo saudável de ação-reflexão-ação. Essa 
educação deve ser pautada no diálogo claro, numa relação horizontal, como peça 
fundamental para a transformação em um processo que estimula a prática da ação-
reflexão3.Para desenvolver a autonomia dos indivíduos portadores de doenças 
crônicas nas decisões do tratamento nutricional, novas abordagens se fazem 
necessárias4. 
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da 
literatura atual que promova educação nutricional para a população diabética. Desta 
maneira, procura promover reflexões acerca do tema, que contribuam para a 
promoção de educação nutricional para indivíduos diabéticos; pretende também 
destacar a importância da alimentação adequada para prevenção de complicações 
clínicas relacionadas à diabetes; por fim, enfatizar o quanto a intervenção nutricional 
precoce pode contribuir para manutenção/recuperação do estado nutricional e bom 
prognóstico do diabético. 
 
4 
 
2 Métodos 
 
Para o presente trabalho foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica nos 
tradicionais bancos de dados eletrônicos, como Scielo, Lilacs, Pubmed, Google 
Acadêmico e banco de dados online da UNIP, por meio dos descritores: educação 
nutricional; estratégias nutricionais, educação nutricional para diabéticos.A seleção 
dos artigos em conformidade com o assunto propostoocorreu nos meses de março a 
novembro de 2021. 
 
3 Revisão da literatura 
 
Conceitos e Definições 
Diabetes mellitus é o nome dado a um grupo de distúrbios metabólicos que 
resultam em níveis elevados de glicose no sangue. Conhecido popularmente com 
açúcar alto no sangue, existem vários tipos e várias causas de diabetes. Todos os 
tipos, porém, costumam apresentar complicações semelhantes, como maior risco de 
lesão dos rins, dos olhos e dos vasos sanguíneos5. 
O diabetes é uma das doenças mais comuns no mundo e sua incidência tem 
aumentado ao longo dos anos, devido principalmente à má alimentação e à 
obesidade. A Diabetes Mellitus (DM) é considerada importante problema de saúde 
pública, podendo associar-se, quando mal controlada, a complicações que 
comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, com 
consequente elevação nas taxas de mortalidade. Consiste em um distúrbio metabólico 
caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de 
insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações 
em longo prazo6. 
Pode se apresentar de diversas formas e tipos. No Diabetes Mellitus tipo 1 
ocorre a destruição das células β do pâncreas, que pode se envolver com processos 
autoimunes. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo 
dos carboidratos, lipídios e proteínas. O diabetes tipo 2 é mais comum, 
correspondendo a cerca de 90% dos casos de diabetes7. Apresenta ainda sua 
etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genéticos e ambientais8. 
5 
 
O DM é uma condição crônica de saúde, ou seja, não existe cura. Portanto, são 
necessários cuidados para que haja uma boa qualidade de vida. O tratamento tem 
como base as medidas preventivas e paliativas, que visam à diminuição e retardo dos 
agravos, por meio de tratamento farmacológico (comprimidos ou insulina) e 
modificações no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos, controle da 
glicemia, mantendo o nível de glicose normal, realização de testes sanguíneos 
regularmente, como o dextro, e a promoção alimentação saudável9. 
A adoçãode uma alimentação saudável é um dos principais pilares do 
tratamento e gerenciamento do DM. As recomendações para o consumo de alimentos 
naturais, inclusão de fibras, dando preferência para alimentos naturais, incluindo frutas 
e verduras regularmente na dieta, contribuem para a manutenção do controle 
metabólico e a prevenção das complicações decorrentes da doença10. 
O diagnóstico do diabetes baseia-se, fundamentalmente, nos valores da 
glicemia plasmática de jejum (8 horas) ou após uma ingestão acentuada de glicose 
por via oral, ou ainda pelo nível de hemoglobina glicada, este ainda muito eficaz e 
solicitado pelos médicos no acompanhamento dos pacientes já diagnosticados com a 
doença11. 
 
Tipos de Diabetes 
 
Três tipos de diabetes respondem pela imensa maioria dos casos, são eles: 
diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. 
O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença autoimune, isto é, ocorre devido a 
produção equivocada de anticorpos contra as nossas próprias células, neste caso 
específico, contra as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de 
insulina. O fato é que em alguns indivíduos, o sistema imunológico de uma hora para 
outra começa a atacar o pâncreas, destruindo-o progressivamente12. 
Conforme as células betas do pâncreas vão sendo destruídas, a capacidade 
de produção de insulina vai se reduzindo progressivamente. Quando mais de 80% 
destas células encontram-se destruídas, a quantidade de insulina presente já não é 
mais capaz de controlar a glicemia, surgindo, assim, o diabetes mellitus tipo 1, que é 
responsável por apenas 10% dos casos de diabetes. O seu tratamento consiste 
basicamente na administração regular de insulina para controlar a glicemia13. 
6 
 
O DM2 é uma doença que também apresenta algum grau de diminuição na 
produção de insulina, mas o principal problema é uma resistência do organismo à 
insulina produzida, fazendo com que as células não consigam captar a glicose 
circulante no sangue.A associação entre obesidade e diabetes tipo 2 é tão forte, que 
muitos pacientes podem até deixar de ser diabéticos se conseguirem emagrecer14. 
Inicialmente, o DM2 pode ser tratado com medicações por via oral. Geralmente 
são drogas que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas ou aumentam a 
sensibilidade das células à insulina presente.Com o tempo, a própria hiperglicemia 
causa lesão das células beta do pâncreas, fazendo com que haja uma redução 
progressiva da produção de insulina. Por este motivo, é comum que pacientes com 
diabetes tipo 2, depois de muito anos de doença, passem a precisar de insulina para 
controlar sua glicemia15. 
O diabetes gestacional é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez e 
habitualmente desaparece após o parto. Este tipo de diabetes ocorre por uma 
momentânea resistência à ação da insulina. Durante a gravidez a placenta produz 
uma série de hormônios que inibem a ação da insulina circulante, fazendo com que a 
glicemia da mãe se eleve. O diabetes gestacional está associado a diversos 
problemas para o feto, incluindo parto prematuro, problemas respiratórios, 
hipoglicemia após o parto, bebês de tamanho acima do normal e maior risco de 
diabetes tipo 2 para a mãe e para o filho16. 
 
Complicações clínicas em casos de diabetes descompensada 
 
No DM2, o principal fenômeno fisiopatológico é a resistência à ação da insulina, 
diminuindo a captação de glicose em tecidos insulina dependentes. No início da 
doença, em resposta a esta resistência, ocorre hiperinsulinemia compensatória, 
continuando por meses ou anos. Com o avanço do DM2, por causa da disfunção e 
redução das células β pancreáticas, a síntese e a secreção de insulina poderão ficar 
comprometidas e, em alguns casos, a insulinoterapia será essencial17. 
A hiperglicemia crônica é o fator primário desencadeador das complicações do 
DM. É comum o desenvolvimento das microangiopatias, que comprometem as 
artérias coronarianas, dos membros inferiores e as cerebrais. Outras complicações 
também são conhecidas no DM e englobam as microangiopatias, afetando, 
especificamente, a retina, o glomérulo renal e os nervos periféricos. Uma complicação 
7 
 
metabólica aguda do DM, caracterizada por hiperglicemia, cetose e acidose, é a 
cetoacidose diabética (CAD)18. 
Na síndrome coronariana aguda (SCA) ocorre a oclusão do vaso sanguíneo, 
determinando um quadro clínico que se apresenta entre a angina instável, o infarto 
agudo do miocárdio (IAM) e a morte súbita. Acontece um enfraquecimento focal da 
placa de ateroma, que sofre ruptura e subsequente trombose. As placas instáveis, tipo 
mais frequente em indivíduos diabéticos, sofrem ruptura devido à menor espessura 
da capa fibrosa e maior quantidade de lipídeos19. 
A CAD, na condição de deficiência na secreção de insulina, total ou parcial, 
estimula a secreção de hormônios contrainsulínicos como glucagon, cortisol, 
catecolaminas e hormônio do crescimento. Esta resposta hormonal faz os tecidos 
dependentes de insulina metabolizarem os lipídeos ao invés dos carboidratos. Iniciam-
se alguns processos catabólicos (lipólise, proteólise), e outros substratos (glicerol, 
alanina, lactato) são utilizados na síntese hepática de glicose (gliconeogênese), o que 
promove aumento do glicogênio hepático com posterior utilização (glicogenólise), 
logo, ocorre secreção de glicose pela célula hepática, agravando o quadro 
hiperglicêmico20. 
 
Educação Nutricional para Diabéticos 
 
Estratégias para Promoção de Educação Nutricional 
 
O atendimento em saúde deve incluir atividades de cunho educativo e também 
de suporte para apoiar a população no enfrentamento dos desafios inerentes ao 
tratamento do DM. O trabalho nos grupos pode ser enriquecido com o uso de jogos 
educativos. São instrumentos de comunicação, expressão e aprendizado, que 
favorecem o conhecimento, intensificam as trocas de saberes e constituem a base do 
aprendizado21. 
O processo de educação na construção de conhecimento em saúde é definido 
por diferentes conceitos, dos quaisum deles aborda sobre as práticas que contribuem 
para autonomia dos indivíduos ao autocuidado, que se dá por meio de debates com 
os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção em saúde de acordo 
com suas necessidades, visando a qualidade de vida22. 
8 
 
Para ilustrar a importância das práticas educativas, destaca-se uma tríade 
importante no controle do Diabetes Mellitus: a família, rede de apoio e comunidade 
são indispensáveis. Percebe-se que, com o passar dos anos, as intervenções 
multiprofissionais no controle das doenças crônicas foram sofrendo alterações23. 
Inicialmente eram realizadas por médicos e enfermeiros e depois foi 
aprimorada, com um novo sistema de referência entre profissionais e usuários dos 
serviços de saúde, dentre eles o nutricionista, o fisioterapeuta e o assistente social, 
com a formação de equipes básicas direcionadas à objetivos específicos, observadas 
nas práticas recentes. É importante aproximar o usuário do sistema, mas acima do 
trabalho em grupo, deve existir a especificidade de cada profissional. O saber técnico-
científico desses profissionais são fundamentais para que os mesmos possam intervir 
no processo saúde-doença23. 
 
4 Discussão 
 
O Diabetes Mellitus destaca-se como importante causa de morbidade e 
mortalidade. Estimativas globais indicam que 382 milhões de pessoas vivem com DM 
(8,3%), e esse número poderá chegar a 592 milhões em 203524. 
Em 14 de Novembro de 2019, dia Mundial do Diabetes, a International Diabetes 
Federation divulgou novos números que destacam o crescimento alarmante na 
prevalência de diabetes. Os dados da 9ª edição do Atlas de Diabetes da IDF mostram 
que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo. A prevalência 
global de diabetes atingiu 9,3%, com mais da metade (50,1%) dos adultos não 
diagnosticados com o diabetes tipo 2, sendo responsável por cerca de90% de todas 
as pessoas com diabetes. As evidências sugerem que o diabetes tipo 2, muitas vezes, 
pode ser prevenido, enquanto o diagnóstico precoce e o acesso a cuidados 
adequados para todos os tipos de diabetes podem evitar ou retardar complicações em 
pessoas que vivem com a doença25. 
Outras descobertas importantes do Atlas de Diabetes da IDF 9ª Edição, 
incluem25: 
 A previsão é que o número total de pessoas com diabetes aumente para 578 
milhões em 2030 e para 700 milhões em 2045. 
 374 milhões de adultos têm intolerância à glicose, colocando-os em alto risco de 
desenvolver diabetes tipo 2. 
9 
 
 O diabetes foi responsável por cerca de US $ 760 bilhões em gastos com saúde 
em 2019. 
 O diabetes está entre as 10 principais causas de morte, com quase metade 
ocorrendo em pessoas com menos de 60 anos. 
 Um em cada seis nascidos vivos é afetado por hiperglicemia na gravidez. 
De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), 
em 2017, a Federação Internacional de Diabetes estimou que 8,8% da população 
mundial com 20 a 79 anos de idade apresentou diagnóstico de diabetes. O DM é um 
grave problema de saúde pública no país. Está, junto com a Hipertensão Arterial 
Sistêmicana primeira posição como causas de mortalidade e de hospitalizações no 
SUS26. 
Entre 2006 e 2016 o número de brasileiros com diabetes aumentou 1,6%. A 
doença atualmente atinge 8,1% da população brasileira, sendo mais importante entre 
mulheres atingindo 9,9% da população feminina e 7,1% dos homens. Os dados são 
da pesquisa de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas 
realizadas por inquérito telefônico do Ministério da Saúde do Brasil. Esta tendência é 
mundial, seu aumento é influenciado por fatores como o envelhecimento da 
população, mudanças de hábitos alimentares e sedentarismo. Estima-se que, no 
Brasil, poderão existir cerca de 11 milhões de portadores de DM em 202527. 
A alta frequência de sobrepeso e obesidade é um importante fator de risco para 
o diabetes. Estudo transversal realizado em Ribeirão Preto (SP) também encontrou 
alta prevalência (91%) de sobrepeso e obesidade entre os usuários com DM2. Estima-
se que 80% dos pacientes diabéticos apresentem obesidade ou excesso de peso. Não 
houve associação significativa entre o conhecimento sobre alimentação e o estado 
nutricional dos indivíduos avaliados27. 
 
5 Conclusões 
 
Diversas são as vertentes em que o DM está inserido, bem como as suas 
complicações. O aumento da incidência das doenças crônicas representa grave 
problema de saúde pública, constituindo-se uma das principais causas de mortalidade 
na população adulta. 
Promover educação nutricional ao diabético é uma estratégia de promoção de 
saúde, que visa os cuidados primários da prevenção, incluindo a adoção de um estilo 
10 
 
de vida saudável, com a prática regular de atividades físicas e o consumo de uma 
alimentação saudável. Como resultado desta prática temos redução da incidência dos 
casos e consequentemente, dos custos. 
O nutricionista inserido na atenção primária da saúde, juntamente com a atuação 
de uma equipe multidisciplinar, é o profissional capaz de promover ações de educação 
nutricional para este público, como uma estratégia de melhora no estilo de vida da 
população e nos resultados que esta melhora trará consequentemente. 
 
11 
 
Referências 
 
1 Santos, Wallison Pereira dos. Abordagens metodológicas utilizadas em intervenções 
educativas voltadas a indivíduos com diabetes mellitus. Revene. San Pedro de Montes 
de Oca, San José, n.38, Jan./Jun. 2020. Disponível em: 
<http://dx.doi.org/10.15517/revenf.v0i38.38538>. Acesso em: 14 mar. 2021. 
 
2 Sato M, Ayres JRCM. Art and humanization of health practices in a primary care unit. 
Interface. Botucatu. V.19, n.55, p.1027-38, 2015. 
 
3 Freire P. Pedagogia do oprimido. 50ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2011. 
 
4 Anjos, J.G., Leite, L.H.M. Atividades de autocuidado nutricional entre indivíduos com 
diabetes tipo 2. R. Assoc. bras. Nutr. Rio de Janeiro. V.11, n.1, p.19-34. 2020. 
 
5 Salci, MA; Meirelles, BHS; Silva, DMGV. Educação em saúde para prevenção das 
complicações crônicas do diabetes mellitus na atenção primária. EEAN. Cidade Nova- 
RJ. V.22, n.1, p.1-6, 2018. 
 
6 Júnior,AJAF; Heleno, MGV; Lopes, AP. Qualidade de vida e controle glicêmico do 
paciente portador de Diabetes mellitus tipo 2.Rev. Psicol. Saúde. Campo Grande- MS, 
v.5, n.2, p.102-108,2013. 
 
7 SBD - Sociedade Brasileira DE Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de 
Diabetes. São Paulo: 2011. 
 
8 Skyler, J.S. Differentiation of diabetes by pathophysiology, natural history, and 
prognosis. Diabetes. v.66, n.2., p. 241-55. 2017. 
 
9 Leite, M.T. et al. Gestão da atenção à saúde de usuários com doenças crônicas e 
degenerativas. Saúde. 2016 
 
10 SBD - Sociedade Brasileira De Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de 
Diabetes. São Paulo: 2011. 
 
11 Sá, RC; Navas, EAFA; Alves, SR. Diabetes Mellitus: avaliação e controle através 
da glicemia em jejum e hemoglobina glicada. Rev- Univap. São José dos Campos-
SP-Brasil, v. 20, n. 35, jul.2014. 
 
12 Papadakis MA, et al., eds. Diabetes mellitus and hypoglycemia. In: Current Medical 
Diagnosis & Treatment 2018. 57th ed. New York, N.Y.: McGraw-Hill Education; 2018. 
 
13Moraes, HAB; et al. Fatores associados ao controle glicêmico em amostra de 
indivíduos com diabetes mellitus do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, Brasil, 
2008 a 2010. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 29(3):e2018500, 2020. 
 
14 Figueira, ALG, et al. Educational interventions for knowledge on the disease, 
treatment adherence and control of diabetes mellitus. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 
12 
 
25:e2863, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1518-
8345.1648.2863.Acesso em 31 mar. 2020. 
 
15 Ferri FF. Diabetes mellitus. In: Ferri’s Clinical Advisor 2018. Philadelphia, Pa.: 
Elsevier; 2018. 
 
16 Moura, PC; et al. Educação nutricional no tratamento do diabetes na atenção 
primária à saúde: vencendo barreiras. Rev. APS. Juiz de Fora − MG V.21, n.2, p.226-
234. 2018. 
 
17 Ferreira et al., Diabetes melito: hiperglicemia crônica e suas complicações. Arq 
Bras Ciên da Saúde, v.36, n. 3, p. 182-8, Set/Dez 2011. 
 
18 Carvalho, FS, et al. Importância da orientação nutricional e do teor de fibras da 
dieta no controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2 sob intervenção educacional 
intensiva. Arq Bras Endocrinol, São Paulo, v.56, n.2, p.110-119, 2012. 
 
19 Cortez, Daniel Nogueira et al. Complicações e o tempo de diagnóstico do diabetes 
mellitus na atenção primária. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2015, v. 28, n. 3, 
pp. 250-255. 
 
20 Eid, L.P., et al. Fatores relacionados às atividades de autocuidado de pacientes 
com diabetes mellitus tipo 2. Esc Anna Nery. Cidade Nova- RJ. V.22, n.4, p.1-9. 2018. 
 
21 Anunciação, PC., et al. Avaliação do conhecimento sobre alimentação antes e após 
intervenção nutricional entre diabéticos tipo 2. Revista Baiana de Saude Pública. 
Salvador-BA. v. 36, n. 4, p. 986-1001, 2012. 
 
22 Ávila, R.T.C., Silva, S.V.B.F., Couto, L.V.G. A educação alimentar e nutricional 
como estratégia no tratamento e controle do diabetes mellitus tipo 2: Uma revisão 
sistemática. REBES, Pombal- PB, v.11, n.1, p.122-129, 2021. 
 
23 Ferreira, DL, et al. O efeito das equipes multiprofissionais em saúde no brasil em 
atividades de cuidado com o diabetes. Rev Eletr Acervo Saúde. Vol. 17, n2, p.1-7. 
2019. 
 
24Guariguata, L., et al. Global estimates of diabetes prevalence for 2013 and 
projections for 2035. Diabetes Res Clin Pract. v.103, n.2, p. 137-49, 2014. 
 
25SBD - Sociedade Brasileira De Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de 
Diabetes. São Paulo: 2019. 
 
26Schmidt MI, et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current 
challenges. J Lancet. v. 377, p.1949-1961, 2011 
 
27Brasil Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamentode 
Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde. 2006. 
 
 
 
 
Anexo 1 - Relatório Copyspider 
 
 
Anexo 2 – Apêndice B 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
DISCIPLINA DE PTCI II – ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES 
 
Apêndice B - Controle de Presença em reunião de orientação e descrição das 
atividades realizadas pelos alunos. 
Nomes dos alunos: Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto, Juliana Pereira Dos 
Santos Medeiros, Natália Carnavale. 
Nome do(a) Professor(a) – Orientador(a): Sandra Regina Bicudo da Silva. 
 
Tema: Educação nutricional para diabéticos: da profilaxia ao tratamento 
 
Data: 23/08/2021- 1o encontro 
Atividades desenvolvidas: Reunião do grupo para análise coletiva dos artigos 
levantados. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 06/09/2021 - 2o encontro 
Atividades desenvolvidas: Pesquisa bibliográfica para ampliar o conteúdo dos 
resultados e discussão. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 13/09/2021 - 3o encontro 
Atividades desenvolvidas: Desenvolvimento dos resultados incluindo as referências 
encontradas por cada integrante. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 20/09/2021 - 4o encontro 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
Atividades desenvolvidas: Desenvolvimento da discussão incluindo as referências 
encontradas por cada integrante. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 27/09/2021 -5o encontro 
Atividades desenvolvidas: Envio do trabalho ao orientador para correção dos 
resultados e discussão. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 11/10/2021 - 6o encontro 
Atividades desenvolvidas: Correção do conteúdo e aplicação de orientações para 
desenvolver a conclusão. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 25/10/2021 - 7o encontro 
Atividades desenvolvidas: Envio do trabalho ao orientador para correção da 
conclusão. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________ 
 
Data: 20/11/2021 - 8o encontro 
Atividades desenvolvidas: Ajustes finais de referências e formatação completa do 
trabalho de acordo com o Manual de Orientações da UNIP – Vancouver. 
Visto dos Alunos: 
Juliana Cristina Muniz Lopes Humberto: 
 
 
 
Juliana Pereira Dos Santos Medeiros: 
Natália Carnavale: 
Visto do(a) Professor(a)-Orientador(a): ____________________

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