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TÉCNICO EM 
ENFERMAGEM 
PATOLOGIAS DO 
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO 
(IAM)
• Infarto agudo do miocárdio (IAM), popularmente e erroneamente conhecido com
ataque cardíaco, é um processo que pode levar à necrose (morte do tecido) de
parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e
oxigênio.
• É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e duração
suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas.
• Seu aparecimento se dá por uma obstrução à passagem de sangue pelas artérias
coronárias, e sua gravidade está ligada à localização e instrução da área que
deixou de ser irrigada.
• A causa habitual da morte celular é uma isquemia
(deficiência de oxigênio) no músculo cardíaco, por
oclusão de uma artéria coronária.
• A oclusão se dá em geral pela formação de um
coágulo sobre uma área previamente
comprometida por aterosclerose causando
estreitamento lumiais (parte interna das artérias)
de dimensões variadas.
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO 
(IAM)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO IAM
• A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM.
• Dor súbita subesternal (abaixo do esterno) , constante e constritiva, que pode ou
não se irradiar para várias partes do corpo, como a mandíbula, costas, pescoço e
membros superiores (especialmente a face interna do membro superior
esquerdo).
• Geralmente a dor é descrita pelas pessoas como uma “pressão”, com localização
mais comum na parte central do tórax e acima do estômago. 30% dos pacientes
relatam que ela se irradia para o braço esquerdo e dedos.
• Muitas vezes, a dor é acompanhada de taquipneia, taquisfigmia, palidez,
sudorese fria e pegajosa, vertigem, confusão mental, náusea e vômito.
A qualidade, localização e intensidade da dor associada ao IAM pode ser
semelhante à dor provocada pela angina.
As principais diferenças são: a dor do IAM é mais intensa; não é necessariamente
produzida por esforço físico e não é aliviada por nitroglicerina e repouso.
A dor decorrente do IAM quase sempre vem acompanhada da sensação de “morte
iminente”.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO IAM
TRATAMENTO
O tratamento inicial tem como objetivo diminuir a lesão no miocárdio, evitar
complicações e restaurar a circulação sanguínea.
Envolve cuidados gerais como repouso, monitorização intensiva da evolução da
doença, uso de medicações e procedimentos chamados invasivos, como
angioplastia coronária e cirurgia cardíaca.
O tratamento é variável, já que áreas diferentes (localização e tamanho) podem ser
afetadas, portanto a resposta de cada pessoa ao infarto é particular.
MEDIDAS INICIAIS
Morfina: diminui a ansiedade, dor e demanda miocárdica de O2;
Oxigênio: promove conforto, e diminui a sobrecarga cardíaca;
Nitroglicerina: relaxa a musculatura vascular das artérias, diminui o consumo de
O2 (atentar para PA e FC);
Aspirina: Administrar o mais rápido possível após o início dos sintomas (diminui
formação de coágulos e reduz a mortalidade).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésicos e sedativos) e ansiolíticos
prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência,
alimentação adequada, eliminações urinárias, intestinal e administração de
trombolíticos prescritos;
Avaliação cuidadosa de todos os sinais vitais deve ser realizada sempre que o
paciente estiver sentindo dor;
Manter cabeceira elevada para reduzir o desconforto torácico e a dispneia.
Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das
enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros;
Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar
continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando,
assim o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades;
Repassar tais informações também à família.
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA
• A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada 
pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, fazendo com que o 
coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com 
que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. 
• Geralmente é um distúrbio assintomático, aumentando o risco de distúrbios 
como acidente vascular cerebral, ruptura de um aneurisma, insuficiência 
cardíaca, infarto do miocárdio e lesão renal.
CLASSIFICAÇÃO DA HAS
• A hipertensão é normalmente dividida em duas categorias:
• hipertensão primária e secundária: HAS primária ou essencial: corresponde a
90% dos casos. Não há causa específica identificável, é de origem multifatorial.
Caracteriza-se por uma lenta progressão na elevação da PA ao longo de um
período de anos.
• HAS secundária: corresponde a 10% dos casos. Ocorre devido a doenças
subjacentes. Esse tipo de hipertensão é remitente desde que afaste a causa.
CAUSAS DA HAS
HAS primária ou essencial:
Hereditariedade;
Meio ambiente (mudanças de hábito de vida e de condições gerais inerentes);
Influências renais;
Fatores hemodinâmicos (Débito Cardíaco quantidade de sangue bombeado pelo
coração por minuto), Resistência vascular pulmonar (Resistência que existe quando
o sangue passa pelos pulmões), hipertrofia e contração muscular dos vasos);
Condições clínicas associadas (obesidade, tabagismo, diabetes mellitus,
alcoolismo, etc);
HAS secundária:
Origem endócrina– Hipo ou Hipertireoidismo, diabetes mellitus, etc;
Origem Renal– glomerulite agudas, glomerulonefrite crônica (inflamação do
glomérulo), pielonefrite crônica (infecção nos rins), nefropatias associadas a
doenças sistêmicas;
Origem Vascular– coarctação da aorta (estreitamento da aorta por malformação),
aneurisma da artéria renal, arteriosclerose etc;
Origem neurogênica– pós trauma craniano, pós acidente vascular cerebral
hemorrágico, etc;
Outras causas– Estrógenos, doenças hipertensivas específicas da gravidez, etc.
CAUSAS DA HAS
SINTOMAS DA HAS
Na maioria dos indivíduos, a hipertensão arterial não produz sintomas, quando
sintomático inclui:
Dores de cabeça (mecanismos desconhecidos), tonturas intensas, etc;
Dispneia de esforço; dores torácicas;
Sangramento nasais (epistaxe);
Alterações nas retinas: hemorragia, exsudato, estreitamento das arteríolas;
Comprometimento vascular cerebral com crise isquêmica: hemiplegia temporária
(paralisia de um dos lados do corpo), perdas de consciência ou alterações da visão
(turvação visual);
Claudicação intermitente (comprometimento vascular nos MMII devido ao fluxo
insuficiente de sangue);
Ocasionalmente sonolência ou coma em razão do edema cerebral. Esse distúrbio,
denominado encefalopatia hipertensiva, requer um tratamento de emergência.
SINTOMAS DA HAS
PREVENÇÃO
Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos
alimentos;
Praticar atividade física regular;
Aproveitar momentos de lazer;
Abandonar o fumo;
Moderar o consumo de álcool;
Evitar alimentos gordurosos;
Controlar o diabetes.
DIAGNÓSTICO DA HAS
• A pressão arterial deve ser mensurada após o paciente permanecer sentado ou
deitado durante 5 minutos.
• A leitura igual ou superior a 140/90 mmHg é considerada alta, mas não é possível
basear o diagnóstico apenas na leitura.
• Às vezes, mesmo várias leituras com valores altos não suficientes para o
estabelecimento do diagnóstico.
• Se a leitura inicial apresentar um valor alto, a pressão arterial deve ser aferida
novamente e , em seguida, mais duas vezes em pelo menos dois outros dias, para
se assegurar o diagnóstico de hipertensão arterial.
• Caso os valores encontrados estejam alterados, o indivíduo deverá ser
encaminhado para consulta com cardiologista.
TRATAMENTO
• A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas pode ser tratada para impedir
complicações. Como a hipertensão arterial em si é assintomática, os métodos
procuram evitartratamentos que provoque mal-estar ou que interfiram no estilo
de vida do paciente.
• Alterações dietéticas dos indivíduos diabéticos, obesos ou com nível sanguíneo
de colesterol elevado também são importantes para a saúde cardiovascular geral
e podem tornar desnecessário o tratamento medicamentoso da hipertensão
arterial.
• A prática moderada de exercício aeróbico é útil. Desde que a pressão arterial
esteja sob controle, os indivíduos com hipertensão arterial essencial não
precisam restringir suas atividades. Os tabagistas devem deixar de fumar.
TERAPIA MEDICAMENTOSA
• Vários tipos de medicamentos reduzem a pressão
arterial através de mecanismos diferentes.
• Ao escolher uma fármaco, o médico leva em
consideração fatores como idade, o sexo e a raça do
paciente; a gravidade da hipertensão arterial; a
presença de outros distúrbios, como o diabetes ou
nível sanguíneo de colesterol elevado; os possíveis
efeitos colaterais, os quais variam de um fármaco
para outro e o custo dos medicamentos e dos
exames necessários.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar pressão arterial a cada 30 min ou quando necessário, até estabilizar a
mesma (crise hipertensiva);
Avaliar pulsação periférica;
Observar sinais de insuficiência cardíaca (taquicardia, agitação, cianose, dispneia,
extremidades frias);
Observar a ocorrência de epistaxe e realizar as medidas de controle;
Verificar a PA diariamente nos mesmos horários e com paciente em repouso;
Realizar balanço hídrico;
Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica;
Observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa;
Atentar para efeitos colaterais da farmacoterapia: hipotensão, sensação de
desmaio, astenia, sonolência;
Orientar o paciente sobre a importância da perda de peso até o nível desejado;
Explicar a importância de aderir a um programa de exercícios;
Orientar o cliente e a família sobre: a importância da consulta médica e de
enfermagem, da dieta alimentar, da terapia medicamentosa e mudança no estilo
de vida.
	Slide 1: TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
	Slide 2: PATOLOGIAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
	Slide 3
	Slide 4: INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO (IAM)
	Slide 5: INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO (IAM)
	Slide 6: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO IAM
	Slide 7: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO IAM
	Slide 8: TRATAMENTO
	Slide 9: MEDIDAS INICIAIS
	Slide 10: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
	Slide 14: CLASSIFICAÇÃO DA HAS
	Slide 15: CAUSAS DA HAS
	Slide 16: CAUSAS DA HAS
	Slide 17: SINTOMAS DA HAS
	Slide 18: SINTOMAS DA HAS
	Slide 19: PREVENÇÃO
	Slide 20: DIAGNÓSTICO DA HAS
	Slide 21
	Slide 22: TRATAMENTO
	Slide 23: TERAPIA MEDICAMENTOSA
	Slide 24: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
	Slide 25
	Slide 26