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Alfabetização e Letramento 1 Apostila

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E-book 1
Aline Ruiz
ALFABETIZAÇÃO 
E LETRAMENTO
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ��������4
CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO 
E LETRAMENTO ����������������������������������������� 5
AQUISIÇÃO DA ESCRITA �������������������������10
LEITURA ������������������������������������������������������� 14
PRODUÇÃO DE TEXTOS ��������������������������17
A ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL ����������� 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������26
SÍNTESE �������������������������������������������������������27
2
INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos aprender sobre os conceitos de 
alfabetização e letramento que norteiam a disciplina 
de Alfabetização e Letramento.
Com certeza, em algum momento de sua vida, você 
já se deparou com essas duas palavras, mas talvez 
ainda não tenha entendido o que elas significam 
e qual a importância delas dentro do processo de 
aprendizagem, por isso, aqui vamos conversar mais 
sobre isso.
Além disso, também estudaremos sobre os funda-
mentos da prática de ensino da alfabetização e do 
letramento para crianças e adultos. 
Para que seja possível entendermos como se dão 
esses fenômenos, será necessário recuperar as no-
ções de linguagem, sociedade, cultura e discurso 
para que compreendamos como essas questões 
definem a forma como usamos a língua. 
Preparado? Então, vamos juntos!
3
ALFABETIZAÇÃO E 
LETRAMENTO
Quando pensamos em escola, logo pensamos nos 
processos de aquisição da escrita, pois esse é um 
dos grandes momentos da nossa aprendizagem. 
Você talvez se lembre dos seus primeiros passos 
para decodificar aquelas letras que a professora es-
crevia na lousa, a elaboração das primeiras sílabas, 
o som das palavras, até, finalmente, o dia em que 
conseguiu ler sozinho e compreendeu. Se você já não 
se lembra de como foi com você, observe as crianças 
ao seu redor – filhos, sobrinhos, vizinhos – e repare 
como elas se interessam pelo mundo. 
A escrita e a leitura também fazem parte desse uni-
verso de descobertas e permitem que consigamos 
decifrar muito do que temos ao nosso redor.
O processo de alfabetização se dá logo nos primeiros 
anos escolares, mas há quem não tenha aprendido 
nessa fase e, posteriormente, já na fase adulta, curse 
a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Será que o 
processo de alfabetização de crianças e adultos se 
dá da mesma maneira? 
Primeiramente, é necessário que compreendamos 
sobre o que estamos falando e o que define a alfa-
betização e, por sua vez, o letramento.
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CONCEITUANDO ALFABETIZAÇÃO 
E LETRAMENTO 
Se perguntássemos às pessoas o que é alfabetiza-
ção, receberíamos como resposta possível “ato de 
alfabetizar”. Isso, de nenhuma maneira, poderia estar 
errado, pois é o que consta nos dicionários e é o que 
determina a ação. 
Magda Soares (2014), importante pesquisadora e 
professora nessa área, aponta que, em síntese, “alfa-
betização é o processo de aprendizagem do sistema 
alfabético e de suas convenções, ou seja, a apren-
dizagem de um sistema notacional que representa, 
por grafemas, os fonemas da fala”. Agora, vamos 
entender o que isso quer dizer.
Alfabetização ficou convencionada, então, como a 
ação de ensinar alguém a ler e a escrever. Soares 
(2014) aponta que, a partir dos anos 1980, esse con-
ceito passou a ser questionado pelos profissionais 
da área, pois, em uma sociedade moderna, apenas 
saber ler e escrever não era mais suficiente, era ne-
cessário que as pessoas tivessem também outras 
competências.
Assim, saber ler e escrever não permitia que os su-
jeitos fizessem parte da cultura escrita da mesma 
forma. Vamos pensar em uma situação: ao ler um 
enunciado de uma questão na prova, não basta ape-
nas que você saiba ler, é necessário que você consiga 
interpretá-lo para que seja possível dar uma resposta 
5
adequada. Isso acontece em diversas atividades 
cotidianas.
Então,
logo se reconheceu que essas duas compe-
tências – de um lado, saber ler e escrever, de 
outro lado, saber responder adequadamente 
às demandas sociais de uso da leitura e da 
escrita – envolviam processos linguísticos e 
cognitivos bastante diferentes; como conse-
quência, passou-se a designar por uma outra 
palavra, letramento, o desenvolvimento de ha-
bilidades de uso social da leitura e da escrita, e a 
designar com a palavra alfabetização especifica-
mente a aprendizagem de um sistema que conver-
te a fala em representação gráfica, transformando 
a língua sonora – do falar e do ouvir – em língua 
visível – do escrever e do ler: a aprendizagem do sis-
tema alfabético. (SOARES, 2014, grifos da autora)
Dessa maneira, a alfabetização, hoje em dia, é com-
preendida como a aprendizagem do sistema alfabéti-
co e das suas convenções, ou seja, a representação 
em grafemas dos fonemas da fala.
FIQUE ATENTO
Quando estudamos sobre alfabetização, é neces-
sário que nos atentemos para alguns termos im-
portantes, como os grafemas e os fonemas. Gra-
femas são os símbolos gráficos que utilizamos 
para formar palavras, como as letras e os sinais 
de pontuação. Fonemas são os sons distintivos 
em uma língua.
6
Referências
Mussum Ipsum, cacilds vidis litro abertis. Admodum 
accumsan disputationi eu sit. Vide electram sadips-
cing et per. Sapien in monti palavris qui num significa 
nadis i pareci latim. Mé faiz elementum girarzis, nisi 
eros vermeio. Em pé sem cair, deitado sem dormir, 
sentado sem cochilar e fazendo pose.
Manduma pindureta quium dia nois paga. Copo fura-
dis é disculpa de bebadis, arcu quam euismod mag-
na. Não sou faixa preta cumpadi, sou preto inteiris, 
inteiris. Si num tem leite então bota uma pinga aí 
cumpadi!
Aenean aliquam molestie leo, vitae iaculis nisl. Tá 
deprimidis, eu conheço uma cachacis que pode ale-
grar sua vidis. Interagi no mé, cursus quis, vehicula 
ac nisi. Detraxit consequat et quo num tendi nada.
Praesent malesuada urna nisi, quis volutpat erat hen-
drerit non. Nam vulputate dapibus. Mauris nec dolor 
in eros commodo tempor. Aenean aliquam molestie 
leo, vitae iaculis nisl. Viva Forevis aptent taciti so-
ciosqu ad litora torquent. Suco de cevadiss deixa as 
pessoas mais interessantis.
A apropriação da escrita é um processo complexo e 
que envolve diversas questões, seja no domínio do 
sistema alfabético seja na compreensão e uso de 
fato da língua escrita em diversas situações dife-
rentes. Partindo, então, dessa complexidade é que 
se começou a pautar a alfabetização e o letramento 
como fenômenos que são diferentes, mas que se 
complementam. 
Como tratamos, a alfabetização diz respeito ao pro-
cesso específico de aprendizagem do sistema de 
escrita, a compreensão dos princípios alfabéticos e 
ortográficos, o que permite ao aluno ler e escrever. 
Assim, o aluno é capaz de dominar e compreender 
um código escrito que está organizado de acordo 
com as relações entre os sons e as letras que os 
representam.
Agora, “o letramento pode ser definido como o pro-
cesso de inserção e participação na cultura escrita” 
(COSTA VAL, 2006, p. 19). É, portanto, um processo 
que tem início desde o momento em que a criança 
passa a conviver com as múltiplas formas de escrita 
na sociedade em que vivem, como as placas nas 
ruas, os rótulos das embalagens, as revistas e os 
jornais etc. e continua ao longo de toda a vida. 
As manifestações escritas na sociedade vão ad-
quirindo maior complexidade conforme as práticas 
sociais que as envolvem. Assim, ao longo da vida, 
temos contato com diversos gêneros textuais di-
ferentes, como contratos, textos científicos, obras 
7
literárias, leis, entre outros, que exigem leituras mais 
aprofundadas.
Costa Val (2006) aponta que o termo letramento foi 
criado quando se passou a compreender que apenas 
saber ler e escrever não envolvia uma série de com-
petências necessárias para se viver nas sociedades 
contemporâneas. Não basta apenas identificar as 
letras que compõem um cartaz, é necessário que 
você consiga entendê-las. 
É comum as pessoas passarem pela escola, aprende-
rem a ler e a escrevertextos curtos, mas não serem 
capazes de elaborar textos mais complexos. Isso 
quer dizer que essas pessoas são alfabetizadas, mas 
não são letradas.
REFLITA
Em entrevista ao Canal Futura, a professora e pesqui-
sadora Magda Soares responde ao questionamento: há 
um método mais correto de alfabetizar uma criança? 
Assista à entrevista da professora e observe como essa 
discussão se dá nos estudos sobre educação. 
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=mAOXxBRaMSY. Acesso em: 01 jul. 2019.
Atualmente, um dos desafios que se coloca aos edu-
cadores é a combinação entre esses dois processos. 
Ao passo que o aluno precisa saber o sistema alfa-
bético e conseguir usar a língua nas práticas sociais 
de leitura e escrita. Por isso, não se deve pensar que 
são processos alternativos: deve-se alfabetizar ou 
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https://www.youtube.com/watch?v=mAOXxBRaMSY. Acesso em: 01 jul. 2019
https://www.youtube.com/watch?v=mAOXxBRaMSY. Acesso em: 01 jul. 2019
deve-se letrar, não é isso. Eles são processos com-
plementares e que devem estar juntos na prática 
pedagógica. Portanto, deve-se alfabetizar letrando.
Lembre-se de que 
os alfabetizandos vivem numa sociedade le-
trada, em que a língua escrita está presente 
de maneira visível e marcante nas atividades 
cotidianas, inevitavelmente eles terão contato 
com textos escritos e formularão hipóteses 
sobre sua utilidade, seu funcionamento, sua 
configuração. Excluir essa vivência da sala de 
aula, por um lado, pode ter o efeito de reduzir e 
artificializar o objeto de aprendizagem que é a 
escrita, possibilitando que os alunos desenvol-
vam concepções inadequadas e disposições 
negativas a respeito desse objeto. Por outro, 
deixar de explorar a relação extraescolar dos 
alunos com a escrita significa perder oportu-
nidades de conhecer e desenvolver experiên-
cias culturais ricas e importantes para a plena 
integração social e o exercício da cidadania. 
(COSTA VAL, 2006, p. 19)
Assim, tudo aquilo que o aluno já sabe ou que venha 
do exterior da escola também deve ser considerado 
para as práticas de alfabetização e letramento.
Agora, vamos pensar sobre a aquisição da escrita.
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AQUISIÇÃO DA ESCRITA
No início desse módulo, pedimos para que você pen-
sasse sobre o processo de alfabetização pelo qual 
você ou alguém próximo a você passou ou esteja 
passando. Você conseguiu se lembrar de algo? Qual 
foi o momento em que a escrita e a leitura passaram 
a estar na sua vida?
Vivemos em uma sociedade que é chamada de gra-
focêntrica, e o que isso significa? Significa que esta-
mos rodeados pela escrita, a qual cumpre diversas 
funções. Ter noção de que a escrita é importante e 
que, a partir dela, há a abertura para diversas instân-
cias da vida nos ajuda a compreender a sociedade 
em que estamos inseridos.
De acordo com Ferreiro (1985), a escrita pode ser 
compreendida de duas formas: como uma represen-
tação da linguagem ou como um código de transcri-
ção gráfica das unidades sonoras. Para ela, o primeiro 
é construído durante um longo processo histórico; 
já o segundo as relações já estão pré-determinadas. 
Ainda de acordo com a autora, a invenção da escrita 
se deu como um processo histórico de construção 
de um sistema de representação, e não um processo 
de codificação. 
Para compreender as regras de leitura e escrita, os 
alunos precisam desenvolver conhecimentos e ca-
pacidades diversas que envolvam não apenas o sis-
tema alfabético e ortográfico da Língua portuguesa, 
mas também o uso geral da escrita, conforme aponta 
Soares (2006). Nesses casos, alia-se a alfabetização 
e o letramento para que se proponham reflexões so-
bre o sistema da escrita.
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É necessário que os alunos tenham conhecimento 
e compreensão sobre o que é o alfabeto, a fim de 
identificarem as letras, compreenderem o que o nome 
de cada letra tem relação com ao menos um fonema 
de nossa língua. Além disso, devem compreender o 
papel que as letras desempenham, que é o de ocupar 
espaços determinados na escrita das palavras.
Assim, 
isso significa conhecer a categorização grá-
fica e funcional das letras, entendendo que 
determinadas letras devem ser usadas para 
escrever determinadas palavras, em determi-
nada ordem. Apesar das diferentes formas 
gráficas das letras em nosso alfabeto (mai-
úsculas, minúsculas, imprensa, cursiva), uma 
letra permanece a mesma porque exerce a 
mesma função no sistema de escrita, ou seja, 
as letras têm valores funcionais fixados pela 
história do alfabeto e, principalmente, pela or-
tografia das palavras, em cada língua. (COSTA 
VAL, 2006, p. 20)
Levando, assim, o aluno a compreender que ele não 
pode organizar as letras da forma que achar melhor, 
porque elas precisam estar em uma posição deter-
minada para que formem palavras. 
Dessa maneira, quando o aluno se apropria da es-
crita, ele consegue entender que os grafemas repre-
sentam os fonemas. Isso se dá quando a criança 
começa a tentar ler ou escrever relacionando uma 
determinada letra a um determinado som.
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Após essa primeira etapa, o aluno deve aprender as 
regras de correspondência entre grafemas e fonemas 
de acordo com a ortografia da Língua Portuguesa. 
Como sabemos, essas regras são variadas, algumas 
mais simples e regulares, outras mais complexas e 
bastante irregulares. 
A aquisição da escrita demanda que o indivíduo re-
flita sobre a fala, estabelecendo relações entre os 
sons e a sua representação gráfica. Isso é denomi-
nado como consciência fonológica. Dessa maneira, é 
necessário que o aluno entenda que há uma relação 
entre fala e escrita para que seja possível dominar 
o código escrito.
A consciência fonológica envolve o reconhe-
cimento pelo indivíduo de que as palavras são 
formadas por diferentes sons que podem ser 
manipulados, abrangendo não só a capacidade 
de reflexão (constatar e comparar), mas tam-
bém a de operação com fonemas, sílabas, rimas 
e aliterações (contar, segmentar, unir, adicionar, 
suprimir, substituir e transpor). (MOOJEN et al., 
2003, p. 11).
A partir disso, conseguimos usar a língua de forma 
consciente, criando, por exemplo, rimas, efeitos so-
noros a partir da estrutura das palavras.
Na Língua Portuguesa é muito difícil que exista ape-
nas uma correspondência entre um grafema e um 
fonema. Aqui, então, começa a complexidade de se 
ensinar a ortografia para alunos recém inseridos no 
mundo letrado e que, muitas vezes, perdura até a 
idade adulta.
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Assim, é fundamental que o professor alfabetizador 
tenha consciência de que há padrões e que eles de-
vem ser passados aos alunos. É necessário também 
que se observem as maiores dificuldades dos alunos 
para que se proponham atividades que busquem 
minimizá-las.
Costa Val (2006, p. 21) sugere que “no processo de 
aprendizagem, a compreensão das relações alfabé-
ticas e ortográficas pode se beneficiar da exploração 
de relações semânticas e contextuais significativas 
para as crianças”, o professor deve levar os alunos a 
compreenderem elementos do texto, seu suporte, sua 
esfera de circulação, oferecendo aos alunos pistas 
para que se compreendam como as palavras devem 
ser escritas ou lidas. Ademais, algumas regras de-
veram ser memorizadas e serão aprendidas a partir 
do contato frequente com as palavras. 
SAIBA MAIS
Emilia Ferreiro é um dos nomes mais importantes quan-
do falamos de Alfabetização. Nesta entrevista para a 
Revista Nova Escola, a pesquisadora argentina fala sobre o que 
as crianças podem aprender na Educação Infantil sobre leitura 
e escrita.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0YY-
7D5p97w4. Acesso em: 01 jul. 2019.
O professor alfabetizador deve estar em constante 
aprendizado para que consiga adequar suas práticas 
à necessidade de seus alunos e consiga conduzir 
adequadamente o seu trabalho. 
13
https://www.youtube.com/watch?v=0YY7D5p97w4. Acesso em: 01 jul. 2019.
https://www.youtube.com/watch?v=0YY7D5p97w4. Acesso em: 01 jul. 2019.
LEITURA
Você já deve ter se perguntado: por que o brasileiro 
lê tão pouco? Ou, quem sabe, já ouviuisso de algum 
conhecido ou se deparou com alguma afirmação do 
tipo nos meios de comunicação. Será que temos lido 
menos ou nunca lemos o suficiente? Quanto uma 
pessoa deve ler por ano? Será que há um número? 
Essas indagações são para nossa reflexão porque 
não há apenas uma resposta adequada para elas. 
Aqui, vamos refletir um pouco mais sobre leitura.
A leitura é uma atividade que fazemos individualmen-
te, mas que se insere dentro de um âmbito social, 
envolvendo diversas competências, como a decodifi-
cação do sistema de escrita, a compreensão do que 
foi lido, a produção de um sentido para ela etc. Então, 
ler abrange capacidades que foram desenvolvidas 
durante o processo de alfabetização e de letramento, 
uma vez que demonstram as capacidades do aluno 
de participar ativamente das práticas sociais letradas.
SAIBA MAIS
O filme “Central do Brasil” estrelado pela atriz Fernan-
da Montenegro, a qual recebeu indicação ao Oscar de 
melhor atriz, trata sobre a história uma ex-professora 
que ganha a vida escrevendo cartas na estação Cen-
tral do Brasil no Rio de Janeiro. É uma importante pro-
dução do cinema nacional e nos permite refletir sobre 
a importância da leitura e da escrita. Assista ao filme!
14
O principal objetivo da leitura é a compreensão dos 
textos por parte das crianças. É necessário que o alu-
no consiga ler compreendendo, produzindo inferências 
a partir daquilo que está ali e também do que não está, 
pois é preciso saber ler as entrelinhas e conseguir 
determinar por que elas existem. 
Dessa forma, o aluno, ao ler uma narrativa – como um 
conto –,deve conseguir dizer quem são os persona-
gens, o que aconteceu, quando, como, onde e por quê. 
Aqui, voltamos com os questionamentos sobre os há-
bitos de leitura: conseguir destrinchar um texto dessa 
forma não é algo que aprendemos automaticamen-
te, então como conseguimos isso? A capacidade de 
compreensão deve ser exercitada e ampliada com 
atividades diversificadas. Não apenas uma forma de 
ensinar isso aos alunos, é necessário observar as in-
terações com a turma e de que forma as dificuldades 
se apresentam. Entre as possibilidades de trabalho, 
Costa Val (2006, p. 21) elenca algumas: 
a) lê em voz alta e comenta ou discute com 
eles os conteúdos e usos dos textos lidos; b) 
proporciona a eles familiaridade com gêneros 
textuais diversos (histórias, poemas, trovas, 
canções, parlendas, listas, agendas, propa-
gandas, notícias, cartazes, receitas culinárias, 
instruções de jogos, regulamentos etc.), lendo 
para eles em voz alta ou pedindo-lhes leitura 
autônoma; c) aborda as características gerais 
desses gêneros (do que eles costumam tratar, 
como costumam se organizar, que recursos 
linguísticos costumam usar); e, d) instiga os 
15
alunos a prestarem atenção e explicarem os 
‘não ditos’ do texto, a descobrirem e explica-
rem os porquês, a explicitarem as relações 
entre o texto e seu título.
Dessa forma, sabendo identificar os diferentes gêne-
ros textuais e suas características, o trabalho com 
a compreensão de textos se torna mais produtivo, 
pois faz o aluno pensar sobre aquilo que está lendo. 
Suscitar questionamentos, a princípio, simples, como: 
“isso que acabamos de ler é uma notícia?”, “qual o 
assunto desse texto?”, “sobre quem se falava?”, pro-
duz efeitos duradouros.
Permitir que os alunos expliquem, formulem ques-
tionamentos, inventem novas histórias com base no 
que leram leva-os a compreender que a leitura faz 
parte de nossas vidas.
Soares (2003, p. 1) aponta que não é necessário 
aprender a técnica para depois utilizá-la, “isso se 
fez durante muito tempo na escola: “primeiro você 
aprende a ler e a escrever, depois você vai ler aqueles 
livrinhos lá”. Esse é um engano sério, porque as duas 
aprendizagens se fazem ao mesmo tempo, uma não 
é pré-requisito da outra.” 
Por isso, o contato com a leitura é tão importante 
em todos os momentos de escolarização.
Podcast 1 
16
https://famonline.instructure.com/files/118220/download?download_frd=1
PRODUÇÃO DE TEXTOS
Ao longo da sua formação escolar, você foi incen-
tivado a escrever? A se mostrar e contar um pouco 
mais sobre você, a partir da escrita? Assim como a 
leitura, a escrita também é parte muito importante no 
processo de alfabetização, você concorda com isso? 
Da mesma forma que a leitura, o domínio da escrita 
compreende diversas capacidades que são obtidas 
durante o processo de alfabetização e outras, durante 
o processo de letramento. Como falamos anterior-
mente, vivemos em uma sociedade grafocêntrica em 
que se preza muito a escrita, por isso, a necessidade 
de se produzir textos com autonomia.
A escrita na escola, tal como nas outras práticas 
cotidianas, orienta-se por um contexto, um objetivo 
de produção, assim, apresentando alguma função e 
se dirigindo a alguém. Quando escrevemos, sempre 
estamos escrevendo para um outro, que lerá aquilo 
que propusemos em nosso texto. 
Esse trabalho, salienta Costa Val (2006), pode ser 
feito antes de a criança saber escrever, porque o 
professor norteará seus alunos a compreender e a 
valorizar os diferentes usos e funções da escrita, em 
diferentes gêneros textuais e suportes. A autora enu-
mera algumas possibilidades de trabalho, que são:
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a) ler em voz alta para eles histórias, notícias, 
propaganda, avisos, cartas circulares para os 
pais etc.; b) trouxer para a sala de aula textos 
escritos de diferentes gêneros, em diversos 
suportes ou portadores e os explorar com os 
alunos (para que servem, a que leitores se 
destinam, onde se apresentam, como se or-
ganizam, de que tratam, que tipo de linguagem 
utilizam); c) fizer uso da escrita na sala de 
aula, com diferentes finalidades, envolvendo 
os alunos (registro da rotina do dia no quadro 
de giz, anotação de decisões coletivas, plane-
jamento e organização de trabalhos, jogos, 
festas); d) orientar a produção coletiva de tex-
tos, em que os alunos sugerem e discutem 
o que vai ser escrito e o professor registra a 
forma escolhida no quadro de giz. (COSTA 
VAL, 2006, p. 22)
Inserindo-os em uma cultura letrada, a partir de prá-
ticas de escrita que estão presentes no cotidiano e 
não se distanciam da realidade deles.
Ainda de acordo com a autora, é possível permitir 
que os alunos tenham contato com a cultura escri-
ta desde os primeiros dias de escola, uma vez que 
um nome próprio pode ser visto como um texto, se 
dentro de um contexto de produção de texto que 
faça sentido. Um exemplo seria confeccionar um 
crachá que será usado com o nome do aluno. Não 
é uma mera atividade de cópia do nome deles, e sim 
um processo de construção de um texto. Os alunos 
passam a ter contato com as letras, a memorizar 
o alfabeto e ter noção da importância do conjunto 
18
daquelas letras. Atividades simples, mas que aliam 
alfabetização e letramento.
De acordo com Abaurre, 
em contato com a representação escrita da 
língua que fala, o sujeito reconstrói a história 
da sua relação com a linguagem. A contem-
plação da forma escrita da língua faz com que 
ele passe a refletir sobre a própria linguagem, 
chegando, muitas vezes, a manipulá-la cons-
cientemente [...]. (ABAURRE, 1991, p. 39)
Assim, ele passa a refletir sobre aquilo que está sen-
do feito.
A organização textual é algo muito importante, afinal, 
precisamos escrever textos que sejam coerentes e 
coesos, não é mesmo? Como é isso que se espera, 
devemos começar com essa ideia desde cedo com 
os alunos. 
Ensinar os alunos a planejar a escrita demanda en-
tender que todo texto tem um tema central e seus 
desdobramentos. É importante que o professor 
mostre como isso deve acontecer. Com a ajuda do 
quadro de giz, o professor pode criar histórias cole-
tivas com a turma, a partir daquilo que as crianças 
propõem, levando em conta para que e para quem 
está se escrevendo. Assim, começa-se a introduzi-los 
em processos que apontam para textos organizados 
e que fazem sentido.
19
REFLITA
Beatriz Gouveia visita uma escola municipal de ensi-
no fundamental para realizar umaatividade de leitura 
e escrita com uma turma do 1º ano. Nessa atividade, 
ela leva em conta os diferentes momentos de apren-
dizagem de cada aluno. Observe como ela preparou a 
atividade: diferentes propostas com o mesmo objeti-
vo, organização da turma, disposição dos materiais, 
etapas do trabalho.
Essa é uma proposta prática de alfabetização e letra-
mento. Vamos assistir?
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=cAiO5Tv6eH8. Acesso em: 01 jul. 2019.
Além disso, quando escrevemos, espera-se que utili-
zemos uma variedade linguística adequada ao gênero 
que estamos produzindo. Se estamos escrevendo 
um gênero textual que tem uma função mais formal 
é necessário que tenhamos mais cuidado com a es-
colha das palavras, ao contrário de gêneros menos 
formais, como um bilhete, em que temos proximidade 
com a pessoa para quem escrevemos.
Podcast 2 
Lembra que falamos que não podemos desconsi-
derar aquilo que os alunos já sabem? Eles já vêm 
com um vocabulário formado a partir das palavras 
que usam em suas casas e comunidades, cabe ao 
professor, portanto, ensinar sobre a adequação da 
linguagem. Há momentos em que um determinado 
tipo de variedade é possível e, em outros, não. 
20
https://www.youtube.com/watch?v=cAiO5Tv6eH8
https://www.youtube.com/watch?v=cAiO5Tv6eH8
https://famonline.instructure.com/files/118221/download?download_frd=1
Além disso, é importante que os alunos compreen-
dam que há recursos expressivos apropriados a cada 
gênero, de acordo com os objetivos do texto, já que 
há produções que têm o objetivo de comover, pro-
vocar riso, convencer o outro etc. A linguagem deve 
ser adequada a esses momentos também.
Tudo isso que estamos falando sobre a escrita, pode 
e deve ser ensinado desde cedo na escola, pois as-
sim alinha-se o trabalho de alfabetização e letramen-
to de forma consciente.
É também importante que os alunos tenham a capa-
cidade de revisar e reelaborar seus textos de acordo 
com a necessidade,
 tornar-se um usuário da escrita eficiente e 
independente implica saber planejar, escrever, 
revisar (reler cuidadosamente), avaliar (jul-
gar se está bom ou não) e reelaborar (alterar, 
reescrever) os próprios textos. Isso envolve 
atitude reflexiva e ‘metacognitiva’ de voltar-se 
para os próprios conhecimentos e habilidades 
para avaliá-los e reformulá-los. (COSTA VAL, 
2006, p. 23)
Por isso, o professor deve sempre passar de forma 
clara quais características envolvem aquele gênero 
produzido.
21
A ALFABETIZAÇÃO NO 
BRASIL
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, em 
maio de 2018, na última Pesquisa por Amostra de 
Domicílios (PNAD, 2017) realizada no país, o Brasil 
tem menos de 11,5 milhões de pessoas com mais 
de 15 anos analfabetas (7% de analfabetismo).
É possível observar na Figura 1 quais são os estados 
que atingiram a meta estabelecida para a resolu-
ção do analfabetismo. A maior parte dos estados 
do Nordeste manteve altas taxas de analfabetismo, 
quando comparado com as outras regiões do país, 
sendo Alagoas o estado com a maior taxa (18,2%), 
seguido do Maranhão (16,7%) e Piauí (16,6%).
Vamos entender por que esses fenômenos aconte-
cem e traçar um breve panorama sobre a alfabeti-
zação no Brasil.
22
Figura 1: Taxa de analfabetismo por estado no Brasil. Fonte: Gazeta 
do Povo. Acesso em: 30 jun. 2019.
O Brasil, assim como Portugal, teve um processo gra-
dual e restrito de difusão da alfabetização. Estima-se 
que, em 1820, apenas 0,20% da população era alfabe-
tizada. Os atos de ler e escrever estavam limitados às 
elites que conseguiam dar continuidade aos estudos 
ao longo de sua vida, especialmente na Europa.
Ao longo do século, outras partes da população co-
meçaram a se alfabetizar, mas era tudo muito lento. 
Em 1872, foi realizado o primeiro censo nacional, o 
23
https://infograficos.gazetadopovo.com.br/educacao/taxa-de-analfabetismo-no-brasil
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qual indicou que 17,7% da população com cinco anos 
ou mais era alfabetizada.
A partir do século 20, esse índice vai progredir conti-
nuamente. As taxas de analfabetismo não sofreram 
mudanças consideráveis entre 1900 e 1920 no Brasil, 
exceto no Estado de São Paulo, que passou a ter o 
ensino primário como prioridade do setor educati-
vo, de modo que a população de alfabetizasse logo. 
Dessa forma, em 1920, a porcentagem de alfabeti-
zados em São Paulo subiu de 24,72% para 29,82%.
De acordo com Menezes (2017), no Brasil republi-
cano, saber ler era muito importante, pois, além de 
conferir status, também era imprescindível para que 
os cidadãos participassem ativamente da sociedade. 
Naquele momento, a Constituição Federal de 1891 
dizia que apenas alfabetizados e maiores de 21 anos 
tinham direito ao voto.
Apenas na década de 1960 que vamos conseguir 
passar de mais da metade da população alfabetiza-
da, chegando, então, a 46,7% de analfabetos no país.
As primeiras cartilhas de alfabetização surgem no 
país no século 19, especificamente em 1834, mas 
passam a ser usadas como uma ferramenta nortea-
dora do processo pedagógico a partir do século 20.
A partir de políticas públicas voltadas para a alfabe-
tização das pessoas, São Paulo se tornou a cidade 
com a menor quantidade de analfabetos do Brasil, o 
que contribuiu para a ideia de São Paulo como uma 
cidade letrada. Além disso, a crescente industriali-
24
zação e o desenvolvimento dos meios de transporte 
favoreceram essa ideia.
Nos anos 2000, o número de analfabetos no país 
passa para 16,7%, chegando ao último dado de me-
nos de 7% de analfabetos no país. É inegável que há 
um crescimento nesse número, mas também não 
podemos deixar de pensar na crise que a educação 
brasileira vem passando ao longo do tempo.
De acordo com Batista (2006), apenas nos anos 1990 
o país conseguiu universalizar o acesso à escola, 
embora saibamos que, em alguns estados, as crian-
ças ainda estão fora da escola. Sabemos também 
que a porcentagem dos analfabetos é composta pe-
los grupos que estão fora da escola. O autor ainda 
aponta que, de acordo com os dados do Sistema de 
Avaliação da Educação Básica (Saeb), “o fracasso na 
alfabetização é maior entre as crianças que vivem 
em regiões que possuem piores indicadores sociais 
e econômicos, entre as crianças que trabalham e 
entre as crianças negras.” (BATISTA, 2006, p. 15). 
Mostra-se, então, que o problema da escolarização 
no Brasil é marcado pela desigualdade social.
De acordo com dados da Avaliação Nacional de 
Alfabetização (ANA), aplicados em 2016, mais da 
metade dos alunos que estão no 3º ano do ensino 
fundamental apresentam um nível insuficiente de 
leitura, o que demanda também dificuldade em inter-
pretar textos. Assim, uma das prioridades de políticas 
públicas no país deve ser o foco na alfabetização e 
em sua qualidade.
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como estudamos ao longo desse módulo, alfabeti-
zação e letramento são conceitos diferentes que se 
complementam. É necessário focar em ambos para 
que os primeiros anos escolares sejam produtivos.
Observamos como se dá a relação entre a aquisição 
de escrita, os processos de leitura e de produção de 
textos. Não é necessário que a criança já saiba ler 
para que essas dinâmicas aconteçam em sala de 
aula, quanto antes melhor.
Quando focamos na alfabetização no Brasil, obser-
vamos que os índices têm melhorado, mas que ainda 
há muito o que caminhar, pois, embora as taxas de 
analfabetismo tenham reduzido, ainda temos alunos 
que leem e escrevem, mas não conseguem interpre-
tar ou produzir textos coerentes. 
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Síntese
Produção de textos
Alfabetização no Brasil
Afalbetização Letramento
Aprendizado do alfabeto 
e de sua utilização como 
código de comunicação.
Desenvolvimento de 
forma competente da 
leitura e da escrita nas 
práticas sociais.
Alfabetizado é o sujeito 
que sabe ler e escrever.
Letrado é o sujeito que 
consegue usar a leitura e 
a escrita de forma 
proficiente nas demandas 
cotidianas em sociedade.
São conceitos diferentes,mas complementares
Aquisição da escrita
Leitura
% 0
% 20
% 40
% 60
% 80
% 100
20172000196018721820
0,20 %
17,7 %
46,7 %
16,7 %
7 %
Referências 
bibliográficas 
& consultadas
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