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Cw2 - Psicologia da Educação e da Aprendizagem 
Aula 1 
O Behaviorismo 
O behaviorismo 
Olá, estudante! Nesta aula, mergulharemos na teoria chamada behaviorismo, 
explorando as contribuições de grandes mentes que contribuíram para sua elaboração. 
Aprofundaremos em conceitos como condicionamento clássico e operante, 
desvendando como os comportamentos são condicionados. Compreender os termos 
como reforçamento, esquiva, fuga, extinção e punição é crucial para entender essa 
teoria e como esses direcionamentos estão presentes nos ambientes educacionais. 
Prepare-se para enriquecer seus conhecimentos e relacionar essa teoria a situações 
que você já observou. Estamos ansiosos para guiá-lo nessa jornada de aprendizado! 
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. 
Bons estudos! 
Ponto de Partida 
Na aula de hoje, exploraremos os fundamentos da psicologia comportamental, 
começando pelos precursores do behaviorismo. Compreenderemos as contribuições 
de figuras notáveis que elaboraram essa teoria, proporcionando uma base sólida para 
nossos estudos subsequentes. Em seguida, mergulharemos nos conceitos do 
condicionamento clássico e operante, desvendando como os comportamentos são 
adquiridos e modificados. 
Nossas discussões envolverão a aplicação prática desses conhecimentos em contextos 
reais. Como esses princípios podem ser empregados para moldar comportamentos 
desejados ou extinguir padrões indesejados? Como o reforçamento, a esquiva, a fuga, 
a extinção e a punição se entrelaçam na dinâmica comportamental? Fique atento a 
essas questões, pois serão pontos importantes para a compreensão prática do 
conteúdo. 
Esses conceitos não são apenas teóricos, são ferramentas valiosas na prática 
profissional. Imagine identificar estratégias de condicionamento ou utilizar técnicas 
de reforçamento para promover mudanças positivas. Esse conhecimento não apenas 
enriquecerá sua compreensão da psicologia comportamental, mas também se tornará 
uma habilidade valiosa em sua bagagem profissional. 
Estimulamos você a se envolver ativamente, questionar e conectar esses conceitos ao 
seu cotidiano profissional. A psicologia comportamental está intrinsecamente ligada à 
compreensão humana, sendo uma ferramenta poderosa para quem busca influenciar e 
entender o comportamento. Ao embarcar nessa jornada de aprendizado, você não 
apenas ampliará seu conhecimento, mas também transformará sua abordagem 
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_E_DA_APRENDIZAGEM/PPT/U2a1_psi_edu_apr.pdf
profissional. Estamos empolgados para guiá-lo nessa jornada transformadora! 
 
Vamos Começar! 
Quando um comportamento do outro é considerado inadequado, é possível modificá-
lo? Como? Muitas pessoas já fizeram esse questionamento e, hoje, vamos conhecer o 
bahaviorismo ou comportamentalismo, destacando principalmente as contribuições de 
Skinner para a compreensão do comportamento e dos processos de aprendizagem 
considerados relevantes para a educação. 
Os behavioristas, na busca por compreender o comportamento (behavior, em inglês) 
observável ou manifesto, enfatizam as relações entre esse e o ambiente, ou seja, 
enfocam em seus estudos o papel e a influência dos estímulos ambientais na 
determinação de nossas ações (Piletti, 2012). 
A opção teórica e metodológica do behaviorismo, de apenas estudar (observar e 
descrever) o comportamento observável como forma de ajustá-lo ao meio, pode ser 
entendida em razão de que nos anos 1950, os Estado Unidos (palco central do 
behaviorismo) vivenciavam um crescente processo de urbanização, com o avanço 
industrial e a expansão do sistema escolar. Processo que contribuiu para que a 
psicologia tivesse um papel ativo em conformidade com a exigência de adequação 
dos indivíduos às escolas, às fábricas, colaborando nos exames, na classificação, na 
seleção e no controle sobre o indivíduo, necessários nesses novos espaços. 
Na busca de métodos objetivos embasados na experimentação, Edward Lee 
Thorndike (1874-1949) ficou conhecido por sua “Lei do efeito”, a qual preconizava 
que o indivíduo responde à punição ou à recompensa. Veja bem, há uma ênfase nas 
sensações agradáveis e desagradáveis, como importantes fixadoras das respostas 
dadas pelos indivíduos. O efeito do prazer é o que fixa a resposta. (Piletti, 2013, 
p.14) 
John Broadus Watson (1878-1958), o primeiro a usar o termo behaviorismo em 1913, 
declarava que o grande foco da psicologia, enquanto ciência objetiva, deveria ser o 
comportamento concreto do ser humano, visando à sua previsão e ao seu controle. 
Assim, segundo Piletti (2013), essa ciência do comportamento, fundada por Watson, 
veio a ser chamada de análise comportamental. 
 
Siga em Frente... 
Condicionamento clássico 
Também chamado de condicionamento respondente, o condicionamento clássico é um 
conceito importante na psicologia que foi desenvolvido pelo psicólogo russo Ivan 
Pavlov (1849-1936). Vamos entender isso de uma maneira didática! 
Imagine um cachorro que começa a salivar quando vê comida. Isso é uma resposta 
natural, certo? Agora, se toda vez que o cachorro é alimentado, tocam uma 
campainha, e isso acontece repetidamente, o cachorro começa a associar a campainha 
à comida. Eventualmente, o simples som da campainha faz com que o cachorro 
salive, mesmo sem a presença da comida. 
Aqui, a comida é um estímulo natural que provoca uma resposta natural de salivar. A 
campainha, inicialmente neutra, torna-se um estímulo condicionado porque, ao longo 
do tempo, ela passa a provocar a mesma resposta que a comida, agora chamada de 
resposta condicionada. Essa foi uma experiência realizada por Pavlov. 
Portanto, no condicionamento clássico, há uma associação entre um estímulo que 
naturalmente evoca uma resposta e outro estímulo inicialmente neutro. Essa 
associação leva a uma mudança no comportamento, em que o estímulo neutro passa a 
evocar a resposta originalmente associada ao estímulo natural. 
Em resumo, o condicionamento clássico é um processo de aprendizado por 
associação, em que um estímulo inicialmente neutro se torna capaz de provocar uma 
resposta, devido à sua associação repetida com um estímulo que naturalmente 
provoca essa resposta. 
Condicionamento operante 
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) acrescentou o seu conceito-chave de 
condicionamento operante ao condicionamento clássico de Pavlov. Skinner foi um 
dos psicólogos mais conhecidos dos Estados Unidos, realizou experimentos com ratos 
em laboratório colocando-os em caixas-gaiolas, sua teoria resulta na crença de que os 
comportamentos podem ser moldados. Nesse sentido, é necessário considerar as 
contingências, ou seja, como ocorre a relação desse indivíduo com o meio, as 
contingências permitem entender o comportamento do sujeito. 
Vamos descomplicar o condicionamento operante! 
Imagine um rato em uma caixa. Agora, sempre que o rato pressiona uma alavanca, 
recebe um pedaço de queijo. Nesse cenário, o ato de pressionar a alavanca é o 
comportamento, e o queijo é a recompensa. 
A palavra-chave aqui é "operante", pois o comportamento do rato opera sobre o 
ambiente para receber uma consequência. Se o rato percebe que pressionar a alavanca 
resulta em uma recompensa agradável (o queijo), é mais provável que ele repita esse 
comportamento no futuro. 
Mas e se o rato pressionar a alavanca e nada acontecer? Ou se algo desagradável 
acontecer? Nesses casos, o rato pode ser menos propenso a pressionar a alavanca 
novamente. Isso é o básico da punição e extinção no condicionamento operante. 
Os reforçadores considerados básicos (primários) são os relacionados à 
sobrevivência, como água, comida, roupa quando se está com frio. Por outro lado, há 
diversos eventos ambientais que não são baseados na sobrevivência biológica e que, 
no entanto, funcionam como reforçadores, são estímulos que foram associados a um 
reforçador primário e que são denominadosreforçadores condicionados, como o 
dinheiro, a atenção, o elogio. (Piletti, 2013, p. 19) 
Em resumo, no condicionamento operante, os comportamentos são moldados pelas 
consequências que os seguem. Recompensas aumentam a probabilidade de repetição 
do comportamento, enquanto punições ou a ausência de recompensas podem reduzir 
essa probabilidade. 
 
Portanto, pense no condicionamento operante como um processo de aprendizado onde 
as ações que levam a resultados positivos são fortalecidas, enquanto as que levam a 
resultados negativos podem se enfraquecer. Lembre-se que os reforçadores e 
punidores são diversificados, diferem de cultura para cultura e, ao longo da vida, a 
pessoa pode mudar em relação a eles – o que era reforçador pode deixar de sê-lo. 
Eventos consequentes 
1. Reforçamento: 
• Reforçamento é um processo no qual um estímulo aumenta a probabilidade de 
ocorrência de um comportamento. 
• Pode ser positivo, quando um estímulo é adicionado para aumentar a frequência 
do comportamento, ou negativo, quando um estímulo é removido para o mesmo 
fim. 
2. Esquiva: 
• Esquiva é um comportamento que ocorre para prevenir a apresentação de um 
estímulo aversivo. 
• O indivíduo se envolve em uma ação para evitar a ocorrência de consequências 
desagradáveis. 
3. Fuga: 
• Fuga é um comportamento que ocorre para cessar um estímulo aversivo já 
presente. 
• O indivíduo se envolve em uma ação para escapar de consequências 
desagradáveis que já estão ocorrendo. 
4. Extinção: 
• Extinção é o processo de enfraquecimento de um comportamento previamente 
reforçado. 
• Isso ocorre quando o reforçador é removido, resultando na diminuição da 
frequência do comportamento ao longo do tempo. 
5. Punição: 
• Punição é um processo no qual a apresentação de um estímulo aversivo diminui 
a probabilidade de ocorrência de um comportamento. 
• Os behavioristas propuseram a substituição definitiva de práticas punitivas por 
procedimentos de construção de comportamentos desejáveis. 
Esses conceitos são fundamentais para entender como os comportamentos são 
modificados por meio do condicionamento operante, conforme proposto pela teoria 
behaviorista de Skinner. 
 
Vamos Exercitar? 
Você percebeu que na teoria behaviorista, proposta por Skinner, os princípios do 
condicionamento operante são fundamentais para compreender como os 
comportamentos podem ser moldados e modificados. Para tanto, é essencial 
compreender como os conceitos de reforçamento, punição, extinção, esquiva e 
fuga funcionam na modificação comportamental. 
Para moldar comportamentos desejados, o reforçamento positivo é uma ferramenta 
eficaz. Ao oferecer um estímulo agradável após a ocorrência de um comportamento 
desejado, aumentamos a probabilidade de que esse comportamento se repita. Por 
exemplo, elogiar um aluno sempre que ele participar ativamente em sala de aula pode 
aumentar sua motivação para contribuir mais frequentemente. 
Além disso, o reforçamento negativo também pode ser utilizado para moldar 
comportamentos desejados. Ao remover um estímulo aversivo após a ocorrência de 
um comportamento desejado, incentivamos a repetição desse comportamento. Por 
exemplo, permitir que um aluno termine uma tarefa mais cedo após demonstrar um 
bom comportamento em sala de aula pode aumentar sua motivação para continuar 
agindo de forma positiva. 
Por outro lado, para extinguir padrões de comportamento indesejados, a extinção 
pode ser uma estratégia. Ao deixar de reforçar um comportamento indesejado, seja 
através da remoção de reforçadores positivos ou negativos, pode-se enfraquecer 
gradualmente a ocorrência desse comportamento. Por exemplo, se uma criança chora 
para chamar a atenção dos pais, ignorar esse comportamento pode eventualmente 
levar à sua extinção. 
No entanto, é importante mencionar que a punição também pode ser utilizada para 
suprimir comportamentos indesejados. Ao apresentar um estímulo aversivo após a 
ocorrência de um comportamento indesejado, diminuímos a probabilidade de que esse 
comportamento se repita no futuro. No entanto, é crucial utilizar a punição com 
cautela, pois pode levar a efeitos colaterais indesejados, como o desenvolvimento de 
ansiedade ou agressividade. 
O comportamento que ocorre para escapar de um estímulo aversivo que já está 
presente é chamado de fuga. Exemplo: Cão saltando para fora do sofá para evitar um 
som desagradável. Na esquiva é caracterizada como o comportamento que ocorre para 
prevenir a exposição a um estímulo aversivo antecipado. Exemplo: Estudante 
seguindo um cronograma de estudo e usando técnicas de relaxamento para evitar 
ansiedade extrema antes das provas. 
De modo geral, os princípios do condicionamento operante oferecem um conjunto de 
ferramentas poderosas para moldar comportamentos desejados e extinguir padrões 
indesejados. Ao entender como esses princípios funcionam e aplicá-los de maneira 
estratégica, podemos promover mudanças positivas no comportamento humano. 
 
Saiba Mais 
Para a elaboração desse material, utilizamos o livro Psicologia da Aprendizagem, a 
obra está disponível na nossa Biblioteca Virtual 3.0. Sugiro que amplie seus 
conhecimentos realizando a leitura do Capítulo 1, nele são abordados todos os 
conceitos desta aula. 
Aula 2 
O Behaviorismo e a Educação 
O behaviorismo e a educação 
Olá, estudante! Na nossa videoaula de hoje, vamos mergulhar nos conceitos do 
behaviorismo de Skinner. Vamos falar sobre como adquirimos novos 
comportamentos, entender o que são máquinas de ensinar e discutir a aplicação da 
punição em sala de aula. Esses temas são super relevantes para a prática profissional, 
então, não perca! Está pronto para dar um up nas suas estratégias de ensino? Vamos 
assistir! 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/3504/pdf/0?code=fNAcUb1hq0iPlQWA6FSo6iS/IxUxKgHuW5HunGNbfdk4NzslCiA+4Tln49nkU3VbgdsExKAkSD6eQmb23yzxpw==
Clique aqui e acesse os slides da sua videoaula. 
Ponto de Partida 
Espero que esteja gostando de aprender sobre o behaviorismo. Na aula de hoje, vamos 
explorar temas fascinantes relacionados à aquisição de novos comportamentos, uma 
área essencial no universo da Psicologia Educacional, sob a perspectiva do renomado 
behaviorista B.F. Skinner. 
Entender como adquirimos novos comportamentos é como desvendar os mistérios por 
trás do processo de aprendizagem. Vamos mergulhar fundo nesse assunto, 
desvendando as nuances que moldam nossas ações cotidianas e, consequentemente, 
impactam a maneira como ensinamos e aprendemos. 
Ao longo da aula, vamos nos deparar com a criação de máquinas de ensinar, uma 
proposta de Skinner que revolucionou a forma como concebemos métodos de 
instrução. Como podemos criar ambientes que favoreçam a aprendizagem de maneira 
eficaz? 
Além disso, exploraremos a delicada questão da punição em sala de aula. Como ela 
influencia o comportamento dos alunos? Qual é o papel desse elemento no processo 
educacional? 
Para tornar nossa jornada ainda mais interessante, propomos uma reflexão: onde 
podemos encontrar esses conhecimentos aplicados no nosso cotidiano profissional? 
Vamos ser mais específicos: qual tipo de plataforma educacional pode ser considerado 
análogo às máquinas de ensinar de Skinner? Fique atento aos detalhes, pois vamos 
discutir estratégias práticas que podem transformar a sua abordagem na sala de aula. 
Estamos animados para compartilhar essas descobertas com você! Vamos iniciar essa 
jornada de aprendizado juntos e descobrir como a teoria de Skinner pode ter um 
impacto no nosso trabalho diário. Vamos começar? 
 
Vamos Começar! 
Skinner propôs pensar a filosofia da ciência do comportamento – do Behaviorismo, 
sob o nome Behaviorismo Radical. A posição assumida por Skinner é a de um sujeito 
que questiona “o porquê” do comportamento, muito mais do que um sujeito que busca 
conhecer o “como”, assentado pela ciência. 
Assim, ele alvitrou, como horizonte compreensivodo comportamento, um modelo de 
seleção pelas consequências. Aqui, muito mais do que compreender aquilo que é 
anterior ao comportamento, o estímulo no qual se dedicaram a estudar Pavlov e 
Watson, estava o desejo em desvendar a relação entre consequência e comportamento 
e o quanto essa relação produz subsídios capazes de compreender a manutenção de 
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_E_DA_APRENDIZAGEM/PPT/U2a2_psi_edu_apr.pdf
comportamentos e/ou a extinção comportamental. (Neves; Kruguer; Frison, 2019, p. 
496) 
Os elementos fundamentais desse processo são: 
1. Estímulo: inicia-se com a apresentação de um estímulo, um evento ou uma 
situação que desencadeia uma resposta comportamental. 
2. Resposta: a resposta é a reação do organismo ao estímulo, sendo observável e 
passível de mensuração. 
3. Reforço: Skinner enfatiza a relevância do reforço na formação de 
comportamentos. Reforço pode ser positivo, envolvendo a introdução de algo 
agradável, ou negativo, caracterizado pela remoção de algo aversivo. O reforço 
positivo aumenta a probabilidade de repetição da resposta, enquanto o reforço 
negativo fortalece a resposta pela retirada de um estímulo aversivo. 
4. Punição: a punição positiva implica a introdução de algo aversivo, enquanto a 
punição negativa consiste na remoção de algo positivo. 
5. Condicionamento operante: a aprendizagem ocorre por meio do 
condicionamento operante, no qual as consequências do comportamento 
exercem influência direta na probabilidade de sua recorrência futura. 
6. Programação de reforço: Skinner introduziu a concepção de programação de 
reforço, uma abordagem sistemática que envolve a administração cuidadosa e 
planejada de reforço para modelar comportamentos desejados. 
Perceba que a compreensão e aplicação desses princípios pelos educadores são 
importantes para a criação de ambientes propícios à formação e modificação de 
comportamentos, aprimorando, assim, o processo de aprendizagem. 
 
Siga em Frente... 
Máquinas de ensinar 
As "máquinas de ensinar" criadas por Skinner referem-se a dispositivos mecânicos ou 
sistemas projetados para facilitar o ensino e a aprendizagem, aplicando os princípios 
do condicionamento operante. Skinner desenvolveu essas máquinas como uma 
extensão prática de sua teoria behaviorista. Duas máquinas notáveis são o "ensino 
programado" e o "projeto de máquina de ensinar". 
Skinner propôs o "ensino programado", um método sistemático que dividia o 
conteúdo em pequenas unidades de aprendizagem. Os alunos avançavam passo a 
passo, recebendo feedback imediato e reforços positivos ao completar cada unidade. 
Essa abordagem visava individualizar a aprendizagem, permitindo que os alunos 
progredissem em seu próprio ritmo. 
Ele também trabalhou no design de uma máquina de ensinar mecânica. Essa máquina 
consistia em uma caixa com alavancas, botões e luzes. O aluno interagia com a 
máquina, recebendo estímulos e fornecendo respostas. Dependendo da resposta dada, 
a máquina fornecia reforço positivo ou encaminhava o aluno para a próxima etapa do 
conteúdo. 
Um dos modelos descritos na literatura consiste em um aparato de tamanho 
aproximado ao de uma máquina de escrever, que possui uma abertura superior por 
onde o aluno visualiza a tarefa a ser resolvida. Em uma abertura, à direita da máquina, 
o aluno escreve a resposta da atividade. Após ter respondido a atividade, é necessário 
acionar uma alavanca que imprime a resposta do aluno junto a sua respectiva questão 
e, em seguida, o aluno deve girar um botão. Se a resposta estiver correta, o botão gira 
com facilidade, e uma nova questão surge para ser resolvida, se o botão não girar, 
significa que a resposta está incorreta, e que o aluno precisa fazer uma nova tentativa 
até solucionar a questão. (Neves; Kruguer; Frison, 2019, p. 496) 
Segundo as autoras, as atividades que o aluno resolve são cuidadosamente 
programadas de modo que a resolução de cada questão depende da resposta da 
questão anterior, proporcionando, assim, que o aluno faça um progresso contínuo, 
partindo de atividades simples até atingir um nível desejado de complexidade. Vamos 
entender melhor o funcionamento? 
• Estímulo e resposta: as máquinas de ensinar seguiam a lógica do estímulo e 
resposta, onde o aluno recebia estímulos (perguntas ou problemas) e respondia 
de acordo. 
• Reforço: o reforço positivo era aplicado quando o aluno fornecia a resposta 
correta, incentivando a repetição do comportamento desejado. Esse reforço 
podia ser imediato e personalizado. 
• Autodirecionamento: a ideia era que, ao avançar em pequenos passos, os 
alunos podiam autodirigir seu aprendizado, promovendo a autonomia e a 
eficiência no processo educacional. 
• Utilização: inicialmente, as máquinas de ensinar foram concebidas para serem 
utilizadas em ambientes educacionais formais, como escolas e universidades. 
Além do ensino acadêmico, algumas máquinas foram usadas em contextos de 
treinamento profissional para desenvolver habilidades específicas. 
Embora as máquinas de ensinar tenham enfrentado críticas e não tenham se 
popularizado como inicialmente previsto, contribuíram para o desenvolvimento de 
estratégias educacionais mais personalizadas e tecnologicamente avançadas nos anos 
subsequentes. 
A punição em sala de aula 
B.F. Skinner, embora tenha contribuído significativamente para a compreensão do 
comportamento humano e o desenvolvimento da teoria behaviorista, apresentou 
críticas consideráveis ao uso da punição em sala de aula. Suas preocupações foram 
principalmente direcionadas aos efeitos negativos e limitações associadas ao emprego 
da punição como estratégia educacional. 
Skinner argumentava que a punição muitas vezes resultava em efeitos temporários no 
comportamento. Embora a punição possa suprimir o comportamento indesejado a 
curto prazo, ela não oferece uma solução duradoura e não promove a aprendizagem 
significativa. Ele observou que a punição muitas vezes leva os indivíduos a 
aprenderem a evitar a punição, em vez de compreenderem por que determinado 
comportamento é indesejado. Isso poderia resultar em uma falta de compreensão real 
das consequências do comportamento. 
Nesse sentido, destacou a possibilidade de efeitos colaterais indesejados da punição, 
como ressentimento, medo e hostilidade. Essas reações emocionais podem prejudicar 
o relacionamento entre o educador e o aluno, comprometendo o ambiente 
educacional. 
Mas o que fazer em situações de indisciplina, por exemplo? Skinner enfatizava a 
importância de explorar alternativas à punição, como o reforço positivo. Argumentava 
que reforçar comportamentos desejados seria mais eficaz na promoção de uma 
mudança comportamental sustentável. 
Chegamos ao final de mais uma aula, espero que você tenha percebido que as críticas 
de Skinner à punição em sala de aula destacam a necessidade de abordagens mais 
positivas e instrutivas para promover a aprendizagem e a modificação de 
comportamentos. Essas críticas continuam a influenciar as práticas educacionais 
contemporâneas, incentivando métodos mais centrados no reforço positivo e na 
compreensão dos alunos. 
 
Vamos Exercitar? 
Atualmente, uma analogia contemporânea às máquinas de ensinar de Skinner seria a 
utilização de plataformas e aplicativos de aprendizagem adaptativa. Essas ferramentas 
incorporam princípios semelhantes, visando personalizar o processo de ensino de 
acordo com as necessidades individuais dos alunos. Um exemplo notável é a "Khan 
Academy". 
A Khan Academy é uma plataforma on-line que oferece aulas e exercícios em uma 
variedade de disciplinas. Ela adota uma abordagem de ensino programado, dividindo 
os conceitos em unidades menores. Os alunos avançam no material à medida que 
demonstram compreensão, recebendo feedback imediato e reforços positivos. A 
plataforma adapta o conteúdo com base nas respostas dos alunos, personalizandoa 
experiência de aprendizagem. 
Funcionamento: 
• Estímulo e resposta: os alunos interagem com a plataforma, respondendo a 
perguntas e completando exercícios, que funcionam como estímulos. 
• Reforço positivo: respostas corretas são seguidas por feedback positivo, e os 
alunos são encorajados a progredir para níveis mais avançados. 
• Autodirecionamento: a plataforma permite que os alunos avancem no material 
de forma independente, revisando conceitos conforme necessário. 
Essas plataformas representam uma evolução das ideias de Skinner, incorporando 
avanços tecnológicos para oferecer uma abordagem mais flexível e personalizada ao 
ensino. Elas continuam a moldar a educação contemporânea, destacando a 
importância da adaptação do ensino às necessidades individuais dos alunos. 
 
Saiba Mais 
Que tal continuar aprendendo sobre o tema? No artigo indicado a seguir, a obra de 
Skinner é utilizada como parâmetro para analisar o Plano de Metas Compromisso 
Todos pela Educação (Brasil, 2007). Com base na leitura e análise dos textos de 
Skinner e do Compromisso, quinze temas foram identificados, dentre eles: avaliação 
do aluno, ritmo de ensino, permanência do aluno na escola, evasão, formação de 
profissionais do ensino e avaliação do professor. 
Constataram-se compatibilidades entre as propostas de Skinner e o Compromisso, o 
que, por um lado, aponta para a possibilidade de que a nova prática educacional 
gerada pelo Compromisso produza a melhoria do ensino; e, por outro lado, sugere 
uma possível contribuição da análise do comportamento para a proposição e avaliação 
de políticas públicas. 
Assim, este trabalho aponta um caminho para se concretizar a aproximação de 
analistas do comportamento aos programas governamentais, sugerindo como 
propostas produzidas pela análise do comportamento poderiam ser aplicadas para 
atingir os objetivos de tais programas. 
MATHEUS, N. de M.; PEREIRA, M. E. M. Análise de uma política nacional de 
educação segundo Skinner. Psicol. educ. [on-line]. 2019, n. 48, pp. 99-109. 
 
Aula 3 
Lev Vigotski: Aprendizagem e Desenvolvimento 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752019000100011
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752019000100011
Lev Vigotski: aprendizagem e desenvolvimento 
Olá, estudante! Na aula de hoje, mergulharemos na fascinante teoria histórico-cultural 
de Vigotski, explorando como essa abordagem molda nossa compreensão do 
desenvolvimento humano. Descubra a importância desses conceitos para a prática 
profissional, enriquecendo sua visão sobre aprendizado e interações sociais. Não 
perca a chance de aprimorar sua formação! Assista agora e amplie seu conhecimento. 
Clique aqui para acessar os slides da sua videoaula. 
Bons estudos! 
Ponto de Partida 
Boas-vindas à nossa aula! Hoje, exploraremos conceitos que nos ajudam a 
compreender o desenvolvimento humano a partir da teoria histórico-cultural. Essa 
teoria está presente nas principais discussões, propostas pedagógicas e materiais 
pedagógicos na atualidade. Seu grande enfoque é a perspectiva de aprendizagem e o 
papel das interações sociais. 
Ao tratar sobre o processo de humanização do homem, você irá entender o que são 
instrumentos e signos. As funções psicológicas superiores serão caracterizadas, 
destacando sua relevância no processo de aprendizagem. 
Fique atento! Questionaremos como esses temas se entrelaçam e refletem em sua 
futura prática profissional. Cada ponto discutido será uma peça importante no quebra-
cabeça do entendimento humano. 
Para contextualizar a sua aprendizagem, analisaremos ao final desta leitura o cenário 
de uma sala de aula interativa, explorando os conceitos de instrumentos e signos. 
Como esses elementos são cruciais na mediação do processo de aprendizagem? 
Mergulhe nesses conhecimentos, descubra como a teoria se traduz no dia a dia da sua 
profissão. A curiosidade é a chave para uma compreensão mais profunda e 
significativa. Vamos juntos nessa jornada de aprendizado! 
 
Vamos Começar! 
Lev Vigotski, renomado psicólogo e educador do século XX, desempenhou um papel 
fundamental no entendimento do desenvolvimento humano. Sua abordagem, 
conhecida como teoria histórico-cultural, trouxe contribuições significativas para a 
psicologia cognitiva e educacional. Ao mergulharmos nos conceitos de Vigotski, 
exploraremos o processo de humanização do homem: os instrumentos e signos, as 
funções psicológicas superiores e as complexas ações reflexas e intencionais. 
A teoria de Vigotski propõe concepções diferentes de desenvolvimento e 
aprendizagem de outras matrizes epistemológicas, como as de Jean Piaget, Henri 
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_E_DA_APRENDIZAGEM/PPT/U2a3_psi_edu_apr.pdf
Wallon ou Freud, por exemplo. Nas práticas pedagógicas no Brasil, Jean Piaget é uma 
importante referência. Para Piaget, o sujeito se desenvolve e, por isso, aprende. Já 
para Vigotski, os sujeitos aprendem e, por isso, se desenvolvem. 
Temos como exemplo algumas divergências nas relações entre desenvolvimento e 
aprendizagem em Piaget e Vygotsky. Ambos são considerados teóricos interacionistas, 
mas o primeiro compreende que é necessário o desenvolvimento de determinados 
aspectos cognitivos para que, com a interação, a criança venha a aprender 
características condizentes com seu estágio de desenvolvimento, focando na gênese 
do conhecimento (daí a terminologia Epistemologia Genética). Para ele, determinados 
aspectos devem ser trabalhados em determinadas faixas etárias (apesar de tal 
característica não se dar de forma engessada). 
Vygotsky, por sua vez, compreende que a aprendizagem "puxa" o desenvolvimento 
(para ele, aprender é se desenvolver), ou seja, com a interação, a pessoa irá 
desenvolvendo diferentes aspectos. Assim, este autor busca um trabalho focando em 
aspectos que o aprendente ainda não realiza sozinho, mas que com auxílio consegue 
aprender (o que caracteriza o que se denomina de aprendizagem prospectiva). (Melo, 
2020, p. 354) 
Lev Vigotski, nascido em 1896, foi um pioneiro na psicologia cultural e histórica. Sua 
obra, embora interrompida prematuramente por sua morte em 1934, influenciou 
gerações subsequentes. Seu foco na interação social e cultural como impulsionadores 
do desenvolvimento individual destaca-se como um marco na psicologia. 
 
Siga em Frente... 
A teoria histórico-cultural postula que o desenvolvimento humano é moldado pelo 
contexto sociocultural. Essa abordagem destaca a importância das interações sociais, 
linguagem e cultura na construção do conhecimento. A aprendizagem é vista como 
um processo social, em que a mediação é essencial para o desenvolvimento cognitivo. 
A humanização é analisada através dos "instrumentos e signos". Instrumentos são 
ferramentas físicas ou conceituais que ampliam nossas capacidades, enquanto os 
signos, como a linguagem, representam significados compartilhados. Esses elementos 
são cruciais para a formação da identidade e da cultura. 
As funções psicológicas superiores referem-se a processos mentais avançados, como 
pensamento abstrato e resolução de problemas. Vigotski destaca a importância da 
zona proximal (iminente) de desenvolvimento, onde a orientação e apoio social 
impulsionam a aquisição dessas funções. 
As funções psicológicas superiores, conceito central na teoria de Vigotski, referem-se 
a processos cognitivos complexos que se desenvolvem ao longo da vida e são 
influenciados por fatores socioculturais. Aqui estão alguns exemplos de funções 
psicológicas superiores: 
1. Linguagem 
• Descrição: a capacidade de usar a linguagem para expressar pensamentos 
complexos, comunicar ideias abstratas e formar conceitos. 
• Importância: essencial para o pensamento reflexivo e a comunicação avançada, 
a linguagem é uma função psicológica superior que se desenvolve com a 
interação social. 
2.Pensamento abstrato 
• Descrição: a habilidade de pensar em conceitos e ideias que não estão 
diretamente ligados a objetos ou situações concretas. 
• Importância: o pensamento abstrato permite a resolução de problemas 
complexos, tomada de decisões e planejamento a longo prazo. 
3. Memória de trabalho 
• Descrição: a capacidade de reter temporariamente e manipular informações 
necessárias para realizar tarefas cognitivas. 
• Importância: crucial para a aprendizagem, a memória de trabalho facilita a 
compreensão de informações e a resolução de problemas em tempo real. 
4. Resolução de problemas 
• Descrição: a habilidade de enfrentar desafios complexos, identificar soluções e 
aplicar estratégias para superar obstáculos. 
• Importância: fundamentais em diversas áreas da vida, as funções psicológicas 
superiores de resolução de problemas contribuem para o desenvolvimento de 
habilidades práticas. 
5. Atenção seletiva 
• Descrição: a capacidade de concentrar-se em estímulos específicos, ignorando 
distrações e focando em informações relevantes. 
• Importância: importante para o processamento eficiente de informações, a 
atenção seletiva é essencial em contextos em que a concentração é necessária. 
6. Imaginação e criatividade 
• Descrição: a capacidade de conceber novas ideias, soluções inovadoras e 
expressar-se de maneira criativa. 
• Importância: fundamentais para a inovação e expressão artística, a imaginação 
e criatividade são funções psicológicas superiores que enriquecem a experiência 
humana. 
Esses exemplos ilustram como as funções psicológicas superiores desempenham seu 
papel no funcionamento cognitivo e no comportamento humano, sendo moldadas e 
aprimoradas por meio de interações sociais e experiências culturais. 
Diferenciamos as ações reflexas e intencionais, fundamentais para compreender o 
comportamento humano. As reflexas são respostas automáticas, enquanto as 
intencionais são guiadas por objetivos conscientes. A análise dessas ações fornece 
insights valiosos sobre a interação entre impulsos automáticos e escolhas deliberadas. 
Em suma, a compreensão profunda de Vigotski e da teoria histórico-cultural é 
importante para profissionais em diversas áreas. Esses conceitos não são apenas 
acadêmicos, mas possuem implicações práticas. Ao correlacionarmos teoria e prática, 
enxergamos aplicações que determinam a ação pedagógica dos professores. Em sala 
de aula, por exemplo, entender o papel dos signos no desenvolvimento da linguagem 
pode orientar práticas pedagógicas mais eficazes. 
Ao vincular os conceitos abstratos à realidade profissional, promovemos uma 
compreensão holística que impacta positivamente nossa atuação. Vigotski, com sua 
visão inovadora, nos convida a transcender a teoria, aplicando-a de maneira 
consciente e transformadora. 
 
Vamos Exercitar? 
Vamos explorar um exemplo prático da utilização de instrumentos e signos no 
contexto da educação, destacando como esses elementos são cruciais na mediação do 
processo de aprendizagem. 
Exemplo: sala de aula interativa 
• Instrumento: tecnologia educacional. 
• Descrição: em uma sala de aula moderna, tablets ou computadores podem ser 
considerados instrumentos. Eles oferecem acesso a recursos digitais, como 
aplicativos educacionais, simuladores e vídeos interativos. 
• Signo: ícones e símbolos visuais 
• Descrição: ícones e símbolos visuais na interface dos dispositivos representam 
conceitos, ações ou direções. Por exemplo, um ícone de lupa pode significar 
busca, enquanto um símbolo de alto-falante indica áudio. 
Como funciona: 
• Instrumento em ação: os alunos utilizam tablets como instrumentos para 
acessar um aplicativo de aprendizagem interativa. 
• Signos visuais: ícones na tela representam atividades específicas, como 
exercícios interativos, quizzes ou leituras adicionais. 
• Mediação pelo professor: o professor atua como mediador, fornecendo 
orientações, esclarecendo dúvidas e incentivando a participação ativa dos 
alunos. 
Importância: 
• Engajamento: a utilização desses instrumentos digitais e signos visuais 
aumenta o engajamento dos alunos, tornando o processo de aprendizagem mais 
dinâmico e atraente. 
• Mediação social: o professor desempenha um papel fundamental na mediação, 
utilizando esses instrumentos e signos para conectar conceitos abstratos ao 
conhecimento prévio dos alunos. 
• Adaptação cultural: a escolha de instrumentos e signos pode ser adaptada à 
cultura e ao contexto dos alunos, facilitando a compreensão e a aplicação prática 
dos conceitos. 
Nesse exemplo, os tablets (instrumentos) e os ícones/símbolos visuais (signos) não 
apenas proporcionam acesso a informações, mas também servem como mediadores 
que facilitam a compreensão e a assimilação do conhecimento. Essa abordagem 
reflete a interação dinâmica entre instrumentos e signos na promoção da 
aprendizagem, alinhando-se aos princípios da teoria histórico-cultural de Vigotski. 
As aprendizagens que acontecem na zona de desenvolvimento proximal alavancam o 
desenvolvimento do indivíduo, criando uma nova zona, que promove novas 
necessidades de aprendizagem, etc. Por esse motivo, pode-se dizer que 
desenvolvimento e aprendizagem são processos indissociáveis na abordagem sócio-
histórica. A aprendizagem vai ocorrer exatamente na zona de desenvolvimento 
proximal, com aquilo que o indivíduo ainda não é capaz de aprender sozinho. Nesse 
sentido, o papel do professor, de acordo com Vigotski, é mediar a relação entre o 
estudante e o mundo, favorecendo a aprendizagem. 
 
Saiba Mais 
O artigo indicado a seguir discorre sobre as contribuições da teoria histórico-cultural 
para a discussão das questões raciais no âmbito da educação escolar. Para tanto, 
aborda pontos relacionados com a constituição do sujeito, a importância da linguagem 
e a produção de sentido e significado a partir de autores contemporâneos que 
estudaram a perspectiva vigotskiana. 
FILHO, E. F. S. MARTINS, E. Contribuições da teoria histórico-cultural para a 
compreensão das questões raciais na educação escolar. Educação e Pesquisa, v. 48, 
p. e239195, 2022. 
No livro Imaginação e criação na infância, Vigotski estabelece relações entre a 
experiência e a vivência das crianças, e imaginação e criação como fenômenos 
psíquicos que se desenvolvem com base na reprodução e reelaboração de suas 
próprias experiências. 
VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Expressão Popular, 
2018. 
Aula 4 
Teoria Histórico-Cultural e Educação 
Teoria histórico-cultural e educação 
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Bons estudos! 
Ponto de Partida 
Na aula de hoje, vamos continuar explorando os princípios da teoria histórico-
cultural, focando especificamente na aprendizagem, desde o nível proximal 
(iminente) até o nível real. Além disso, abordaremos a periodização do 
desenvolvimento, que nos permite compreender as diferentes etapas pelas quais os 
indivíduos passam. 
Compreender a teoria histórico-cultural e seus conceitos relacionados à aprendizagem 
é essencial para educadores e profissionais da área da educação. Essa abordagem nos 
permite entender como os indivíduos constroem o conhecimento em interação com o 
meio social e cultural, destacando a importância do ambiente e das relações 
interpessoais no processo de aprendizagem. 
Ao longo da aula, vamos estabelecer conexões com os conhecimentos que você já 
teve contato na aula anterior. Além disso, estimularemos a análise crítica sobre como 
podemos aplicar esses conceitos em diferentes contextos educacionais e profissionais. 
Especificamente, trabalharemos com a seguinte situação: em uma escola que adota a 
abordagem da teoria histórico-cultural de Vigotski, um grupo de alunos do primeiro 
ano enfrentadificuldades em uma atividade de leitura. A professora percebe que a 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é essencial para apoiar o progresso dos 
alunos, mas ela se depara com desafios na implementação efetiva da mediação, por 
exemplo: alunos com diferentes níveis de competência na leitura, diversidade cultural 
https://www.scielo.br/j/ep/a/NGKQmLsBhNSyJdqQfVCBcGg/
https://www.scielo.br/j/ep/a/NGKQmLsBhNSyJdqQfVCBcGg/
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_E_DA_APRENDIZAGEM/PPT/U2a4_psi_edu_apr.pdf
e limitação de recursos e tempo. Quais orientações você daria para a escola e a 
professora superarem esses desafios? 
Prossiga com esta leitura para poder responder a este e outros questionamentos! 
 
Vamos Começar! 
Iniciaremos esta seção falando sobre Vigotski. Lev Semenovitch Vigotski (1896-
1934) foi um psicólogo bielorrusso que, apesar da sua morte precoce, deixou um 
grande legado para a Psicologia e a Educação. O trabalho de Vigotski e de sua 
psicologia sócio-histórica são muito importantes para a Educação porque atribuem um 
papel fundamental às relações sociais para o desenvolvimento cognitivo dos 
indivíduos. A corrente pedagógica que se originou após sua proposta é denominada 
socioconstrutivismo ou sociointeracionismo, em oposição ao construtivismo de 
Piaget, que atribuía importância muito maior às questões internas de construção do 
conhecimento do que ao meio em que o indivíduo se insere (Oliveira, 1993). 
Vigotski (1996) rejeitava as propostas teóricas que concentravam esforços somente 
nas capacidades inatas ou na constituição do indivíduo como produto do meio 
exterior. Para a psicologia histórico-cultural, a formação do indivíduo depende de 
uma relação dialética entre o sujeito e a sociedade em que ele se insere. Uma relação 
dialética ocorre quando o indivíduo modifica o ambiente e o ambiente modifica o 
indivíduo. Além disso, o trabalho de Vigotski dá ênfase ao processo histórico-social e 
ao papel da linguagem no desenvolvimento dos indivíduos (Vigotski, 1996). 
Para Vigotski, todas as características individuais são construídas a partir da relação 
do indivíduo com o meio. Essas relações se dão pela mediação de instrumentos 
técnicos (por exemplo, ferramentas de trabalho) ou simbólicos (como a linguagem). 
De acordo com o autor, os instrumentos e os símbolos são construídos pela espécie 
humana para mediar a relação entre os homens e a realidade. 
A linguagem, especialmente, faz parte de um sistema simbólico fundamental para as 
relações humanas e foi elaborada pelos indivíduos ao longo de sua história como 
sociedade. A linguagem funciona como um instrumento capaz de transformar nossa 
aprendizagem, pois, quando um indivíduo aprende a linguagem específica do seu 
meio sociocultural, ele é capaz de alavancar seu próprio desenvolvimento. Nesse 
sentido, a mediação das relações humanas por meio de símbolos, especialmente da 
linguagem, constitui um conceito central na psicologia sócio-histórica (Vigotski, 
1998). 
Para Vygotsky, é na interação entre as pessoas que, em primeiro lugar, se constrói o 
conhecimento que depois será intrapessoal, ou seja, será partilhado pelo grupo junto 
ao qual tal conhecimento foi conquistado ou construído (Martins, [s. d.]). 
Na abordagem vigotskiana, a relação entre o desenvolvimento natural da criança e a 
aprendizagem está intrinsecamente ligada à vivência social da espécie humana. O 
desenvolvimento precisa ser impulsionado pelo meio e pelos processos de 
socialização. Sendo assim, as estruturas e os processos biológicos naturais do 
indivíduo são insuficientes para promover a aprendizagem se esse indivíduo não 
estiver inserido em um ambiente social e cultural permeado de práticas que facilitem 
seu aprendizado (Oliveira, 1993). 
A criança não é capaz de se desenvolver somente por conta do passar do tempo, pois 
Vigotski considera que ela não possui os instrumentos técnicos e simbólicos 
necessários para isso. Esses instrumentos são adquiridos pelo meio social e cultural. 
Uma forma mais fácil de compreender como se dá o processo de desenvolvimento e 
aprendizagem na psicologia sócio-histórica é através do conceito de zona de 
desenvolvimento proximal ou iminente, você pode encontrar as duas nomenclaturas 
na literatura. Vigotski (1996) considera que qualquer indivíduo possui um nível de 
desenvolvimento real, ou seja, a capacidade de realizar determinada tarefa de modo 
independente, sem auxílio de terceiros. 
A zona de desenvolvimento proximal (iminente) diz respeito à capacidade do 
indivíduo de realizar uma tarefa ou resolver um problema com a ajuda de outra pessoa 
mais experiente. 
Para entender o papel da mediação e da zona de desenvolvimento proximal na 
aprendizagem, veja o exemplo a seguir: 
Uma criança em processo de alfabetização já consegue identificar fonemas e 
formar sílabas (nível de desenvolvimento real), mas ainda tem dificuldade para ler 
palavras inteiras (nível de desenvolvimento potencial). A zona de desenvolvimento 
proximal diz respeito à distância entre o que a criança já sabe fazer e o que ela 
precisa aprender para evoluir na aprendizagem. Com o auxílio do professor 
(mediação), que lê as palavras com a entonação e pronúncias corretas, a criança 
passa a ler palavras inteiras sem dificuldade e alavanca seu desenvolvimento. 
Quanto ao papel do professor-mediador na aprendizagem dos alunos: 
É fundamental destacarmos que importante no processo interativo não é a figura do 
professor ou do aluno, mas é o campo interativo criado. A interação está entre as 
pessoas e é neste espaço hipotético que acontecem as transformações e se estabelece 
o que consideramos fundamental neste processo: as ações partilhadas, onde a 
construção do conhecimento se dá de forma conjunta. O importante é perceber que 
tanto o papel do professor como o do aluno são olhados não como momentos de 
ações isoladas, mas como momentos convergentes entre si, e que todo o desencadear 
de discussões e de trocas colabora para que se alcancem os objetivos traçados nos 
planejamentos de cada série ou curso (Martins, [s. d.]). 
Para a psicologia sócio-histórica, o professor desempenha um papel ativo e 
determinante, visto que cabe a ele facilitar um processo que não pode ser construído 
apenas pelo próprio aluno, priorizando a interação social e a mediação. Para Vigotski 
(1998), a educação e os procedimentos de ensino precisam se antecipar ao que o 
aluno não sabe e não é capaz de aprender por conta própria. Cabe ao professor saber 
identificar o nível de desenvolvimento real e iminente e adequar seu processo de 
ensino ao percurso de cada aluno. 
 
Siga em Frente... 
Periodização do desenvolvimento 
Elkonin, psicólogo soviético, discípulo de Vigotski, desenvolveu a ideia de 
periodização em relação ao desenvolvimento das funções psicológicas superiores, 
especialmente em crianças. Essa periodização de Elkonin é centrada nas mudanças 
qualitativas nas atividades mentais e reflete a evolução das formas de comportamento 
cognitivo. 
A periodização de Elkonin inclui as seguintes fases: 
A primeira infância, aproximadamente de 0 a 3 anos de idade, subdivide-se em 
primeiro ano de vida e primeira infância. No primeiro ano de vida, de 0 a 1 ano, a 
atividade principal é a comunicação emocional direta, ou seja, a criança necessita da 
atenção e cuidados do adulto. Na primeira infância, de 1 a 3 anos, a atividade 
principal é a atividade objetal manipulatória, onde a criança toma consciência da 
função social do objeto (Pasqualini, 2016). 
A infância, que vai aproximadamente de 3 a 10 anos de idade, é subdividida em 
idade pré-escolar e idade escolar. Na idade pré-escolar, de 3 a 6 anos, a criança tem 
como atividade principal o jogo de papéis, isto é, por meio dos jogos e brincadeiras a 
criança constrói suas relações sociais. Na idade escolar, de 6 a 10 anos, a atividade 
principal é o estudo, marcado pelaapropriação do conhecimento teórico (Pasqualini, 
2016). 
Na adolescência, destacamos o período da adolescência inicial, de 10 a 14 anos, em 
que a atividade principal é a comunicação íntima pessoal, e a adolescência, de 14 a 17 
anos, tendo como atividade principal o profissional ou estudo (Pasqualini, 2016). 
Essas fases na periodização de Elkonin representam um caminho progressivo no 
desenvolvimento cognitivo da criança, destacando a inter-relação entre atividade 
prática, linguagem e operações mentais. Essa abordagem é fundamental para 
compreender como as funções psicológicas superiores se desenvolvem ao longo do 
tempo e como a aprendizagem é mediada por meio de atividades específicas. 
 
 
Vamos Exercitar? 
Após os estudos que você realizou, analise a seguinte situação-problema: 
Em uma escola que adota a abordagem da teoria histórico-cultural de Vigotski, um 
grupo de alunos do primeiro ano enfrenta dificuldades em uma atividade de leitura. A 
professora percebe que a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é essencial para 
apoiar o progresso dos alunos, mas ela se depara com desafios na implementação 
efetiva da mediação. 
Os alunos apresentam diferentes níveis de competência na leitura e a professora 
precisa equilibrar as necessidades individuais de cada aluno dentro da sala de aula 
heterogênea. Alguns alunos estão prontos para avançar para o material mais 
desafiador, enquanto outros precisam de mais apoio para alcançar o próximo nível. 
Além disso, a diversidade cultural na sala de aula influencia as experiências prévias 
dos alunos com a leitura, tornando a adaptação curricular uma tarefa complexa. A 
professora percebe que alguns alunos podem ter sido expostos a diferentes práticas de 
leitura em casa, enquanto outros podem enfrentar barreiras culturais específicas que 
afetam seu engajamento. 
A situação é agravada pela limitação de recursos e tempo, com a professora tendo que 
equilibrar as demandas de ensinar o currículo padrão com a necessidade de 
proporcionar uma educação sensível à ZDP de cada aluno. 
Perguntas para reflexão: 
1. Como a professora pode identificar e avaliar adequadamente a Zona de 
Desenvolvimento Proximal de cada aluno na área de leitura? 
2. Quais estratégias a professora pode empregar para mediar a aprendizagem de 
forma eficaz, considerando a diversidade de níveis de competência e 
experiências culturais dos alunos? 
3. Como a escola pode oferecer suporte adicional, como recursos educacionais e 
formação para professores, para facilitar a implementação bem-sucedida da 
teoria histórico-cultural na prática diária? 
4. Como os colegas de classe podem ser envolvidos de maneira colaborativa para 
criar um ambiente de aprendizado que promova a mediação entre pares, 
aproveitando a influência social na Zona de Desenvolvimento Proximal? 
5. Como a escola pode promover uma abordagem inclusiva que reconheça e 
valorize as diversas experiências culturais dos alunos, facilitando a adaptação 
curricular para atender às necessidades específicas de cada criança? 
Possíveis respostas: 
1. Como a professora pode identificar e avaliar adequadamente a Zona de 
Desenvolvimento Proximal de cada aluno na área de leitura? 
A professora pode identificar e avaliar a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) 
de cada aluno através de uma combinação de observações diretas, avaliações 
diagnósticas e interações dinâmicas. Observando como os alunos lidam com tarefas 
de leitura com e sem ajuda, a professora pode identificar o ponto onde a assistência é 
necessária. Realizar avaliações informais, como conversas sobre leituras, exercícios 
de leitura guiada e discussões em grupo, pode ajudar a revelar as áreas onde os alunos 
estão prontos para avançar. Ferramentas como checklists de competências e registros 
de progresso também podem fornecer insights sobre a ZDP individual. Além disso, a 
professora pode utilizar feedbacks contínuos e ajustados, bem como atividades em 
que os alunos expliquem o que compreenderam, para avaliar seu nível de 
desenvolvimento atual e potencial. 
2. Quais estratégias a professora pode empregar para mediar a aprendizagem de forma 
eficaz, considerando a diversidade de níveis de competência e experiências culturais 
dos alunos? 
Para mediar a aprendizagem de forma eficaz, a professora pode empregar diversas 
estratégias: 
- Grupos de Trabalho: Dividir a turma em pequenos grupos com níveis de 
competência variados para facilitar a mediação entre pares, onde alunos mais 
avançados podem ajudar os que estão com dificuldades. 
- Instrução Diferenciada: Adaptar as atividades de leitura para atender às necessidades 
individuais, oferecendo textos de diferentes níveis de dificuldade e tipos de suporte. 
- Cultura e Contexto: Incorporar materiais de leitura que reflitam as diversas 
experiências culturais dos alunos, promovendo um ambiente inclusivo e relevante. 
- Ferramentas de Suporte: Utilizar ferramentas como gráficos de apoio, imagens e 
vídeos que podem auxiliar na compreensão de leitura. 
- Feedback Contínuo: Fornecer feedback contínuo e específico para ajudar os alunos a 
progredirem e ajustarem suas estratégias de leitura. 
- Leitura Compartilhada: Implementar sessões de leitura compartilhada onde a 
professora modela estratégias de leitura e pensa em voz alta para demonstrar 
processos de pensamento. 
3. Como a escola pode oferecer suporte adicional, como recursos educacionais e 
formação para professores, para facilitar a implementação bem-sucedida da teoria 
histórico-cultural na prática diária? 
A escola pode oferecer suporte adicional através das seguintes medidas: 
- Formação Contínua: Prover formações regulares para os professores sobre a teoria 
histórico-cultural, focando em estratégias práticas para aplicar a ZDP e mediação. 
- Recursos Didáticos: Disponibilizar uma ampla gama de materiais didáticos e 
recursos tecnológicos que atendam a diferentes níveis de competência e experiências 
culturais. 
- Apoio Especializado: Ter especialistas em desenvolvimento infantil e educação 
inclusiva para apoiar os professores na adaptação curricular e no desenvolvimento de 
estratégias individualizadas. 
-Tempo de Planejamento: Garantir que os professores tenham tempo suficiente para 
planejamento colaborativo e reflexão sobre as práticas de ensino. 
- Comunidade de Prática: Estabelecer comunidades de prática entre os professores 
para troca de experiências e estratégias eficazes. 
4. Como os colegas de classe podem ser envolvidos de maneira colaborativa para 
criar um ambiente de aprendizado que promova a mediação entre pares, aproveitando 
a influência social na Zona de Desenvolvimento Proximal? 
Os colegas de classe podem ser envolvidos de forma colaborativa através de: 
- Tutoria entre Pares: Implementar programas de tutoria entre pares onde alunos mais 
avançados ajudam aqueles com dificuldades, promovendo um aprendizado 
colaborativo. 
- Projetos em Grupo: Designar projetos em grupo que incentivem a colaboração e a 
troca de conhecimentos entre alunos de diferentes níveis. 
- Discussões e Debates: Facilitar discussões em grupo onde todos os alunos são 
incentivados a compartilhar suas opiniões e insights sobre os textos lidos. 
- Jogos Educativos: Utilizar jogos educativos que incentivem a cooperação e o 
compartilhamento de estratégias de leitura. 
- Feedback Construtivo: Encorajar os alunos a darem feedback construtivo uns aos 
outros, promovendo um ambiente de apoio mútuo. 
5. Como a escola pode promover uma abordagem inclusiva que reconheça e valorize 
as diversas experiências culturais dos alunos, facilitando a adaptação curricular para 
atender às necessidades específicas de cada criança? 
A escola pode promover uma abordagem inclusiva através de: 
- Currículo Diversificado: Desenvolver um currículo que inclua materiais e atividades 
que reflitam a diversidade cultural dos alunos. 
- Formação Cultural: Oferecer formaçãopara os professores sobre sensibilidade 
cultural e estratégias inclusivas de ensino. 
- Eventos Culturais: Organizar eventos e atividades que celebrem a diversidade 
cultural, promovendo o respeito e a valorização das diferentes origens dos alunos. 
- Parceria com Famílias: Envolver as famílias no processo educativo, encorajando-as 
a compartilhar suas culturas e tradições na escola. 
- Recursos de Apoio: Disponibilizar recursos como livros e materiais em diferentes 
idiomas e representativos de várias culturas. 
- Adaptação de Métodos: Adaptar métodos de ensino para incorporar práticas 
culturais diversas, garantindo que todos os alunos se sintam representados e 
respeitados. 
Ao implementar essas estratégias, a professora e a escola podem criar um ambiente de 
aprendizado que não só apoie o desenvolvimento individual dos alunos, mas também 
celebre e valorize suas experiências culturais diversas, promovendo uma educação 
inclusiva e equitativa. 
Saiba Mais 
O principal objetivo deste estudo é discutir relação entre educação escolar e 
desenvolvimento psicológico da criança de 0 a 6 anos à luz da psicologia histórico-
cultural e pedagogia histórico-crítica. 
SANTOS, O. M. R.; GONÇALVES, C. M. B.; RABATINI, V. G. O desenvolvimento 
da criança de 0 a 6 anos na perspectiva da psicologia histórico-cultural: algumas 
contribuições para o trabalho do professor. Revista Científica UMC, out. 2019. 
Este livro contém sete aulas proferidas por Vigotski no final de sua vida. Para o leitor 
contemporâneo, a palavra pedologia pode soar estranha, mas foi um campo que 
abarcava estudos e pesquisas do desenvolvimento da criança. 
VIGOTSKI, L. S. Sete aulas de L. S. Vigotski sobre os fundamentos da 
pedologia. Organização Zoia Prestes, Elizabeth Tunes. 1. ed. Rio de Janeiro: E-
Papers, 2018. 
Livro que destaca a importância da escola no desenvolvimento do psiquismo, subsidia 
de modo relevante a realização do trabalho dos professores com seus alunos em sala 
de aula. 
MARTINS, L. M.; ABRANTES, Â. A.; FACCI, Marilda G. D. F. Periodização 
histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. 
Campinas, SP: Autores Associados, 2016. 
Encerramento da Unidade 
Psicologia da Aprendizagem 
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Bons estudos! 
Ponto de Chegada 
Para desenvolver a competência desta unidade, que é analisar e caracterizar 
concepções de desenvolvimento e de aprendizagem que influenciam a educação, é 
fundamental mergulhar nos conceitos-chave relacionados à aprendizagem e ao 
desenvolvimento humano. 
A aprendizagem, entendida como um processo dinâmico e contínuo, ocorre em 
diferentes níveis, desde o iminente, ou seja, o que está prestes a acontecer, até o real, 
https://seer.umc.br/index.php/revistaumc/article/viewFile/858/639
https://seer.umc.br/index.php/revistaumc/article/viewFile/858/639
https://seer.umc.br/index.php/revistaumc/article/viewFile/858/639
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_E_DA_APRENDIZAGEM/PPT/U2_enc_psi_edu_apr.pdf
que representa o estágio atual de desenvolvimento do indivíduo na teoria histórico-
cultural. Essa ideia de níveis de aprendizagem nos remete ao conceito de Zona de 
Desenvolvimento Proximal, proposto por Vygotsky, que se refere à distância entre o 
nível de desenvolvimento atual, determinado pela capacidade de resolver problemas 
de forma independente, e o nível de desenvolvimento potencial, que pode ser 
alcançado com a orientação de um indivíduo mais experiente. 
Por outro lado, o desenvolvimento humano é marcado por diferentes etapas ou 
períodos, cada um com suas características específicas que influenciam a forma como 
as pessoas aprendem e se desenvolvem. Essa periodização do desenvolvimento, 
proposta por teóricos como Elkonin, nos ajuda a compreender melhor as mudanças 
cognitivas, sociais e emocionais que ocorrem ao longo da vida. 
Nesse contexto, as teorias de aprendizagem desempenham um papel fundamental ao 
fornecerem diferentes perspectivas sobre como o conhecimento é adquirido e 
construído. Do behaviorismo de Skinner ao construtivismo de Piaget, cada abordagem 
teórica oferece insights únicos sobre os processos envolvidos na aprendizagem. 
Ao compreender esses conceitos e teorias, os educadores podem analisar criticamente 
as diferentes concepções de aprendizagem e desenvolvimento que permeiam a 
educação. Isso permite que eles adaptem suas práticas pedagógicas de acordo com as 
necessidades individuais dos alunos e os desafios específicos de cada contexto 
educacional. 
Além disso, ao considerar as influências da sociedade contemporânea, marcada pela 
rápida mudança e complexidade, os educadores são desafiados a repensar 
constantemente suas abordagens de ensino e aprendizagem. A era digital, por 
exemplo, trouxe novas oportunidades e desafios para a educação, exigindo uma 
reflexão cuidadosa sobre como integrar a tecnologia de forma significativa e eficaz no 
ambiente educacional. 
Portanto, para atingir a competência desta unidade, é essencial não apenas 
compreender os conceitos teóricos relacionados à aprendizagem e ao 
desenvolvimento, mas também refletir criticamente sobre como esses conceitos se 
aplicam à prática educacional e como podem ser utilizados para promover uma 
educação mais inclusiva, equitativa e eficaz. 
Reflita 
1. Como as teorias de aprendizagem, como o behaviorismo, podem ser 
aplicadas na prática pedagógica para promover uma aprendizagem 
significativa? 
2. De que forma as características do desenvolvimento humano em 
diferentes estágios da vida influenciam as estratégias de ensino e 
aprendizagem? 
3. Quais são os desafios específicos enfrentados pelos educadores na era 
digital e como esses desafios podem ser superados para promover uma 
educação de qualidade? 
4. Como a compreensão das teorias de aprendizagem e do 
desenvolvimento pode contribuir para a promoção da equidade e 
inclusão na educação? 
 
 
É Hora de Praticar! 
Em uma escola de ensino médio, a professora de Biologia percebe que alguns alunos 
estão apresentando dificuldades significativas em compreender os conceitos de 
evolução e seleção natural. Após algumas observações em sala de aula, ela percebe 
que os estudantes têm dificuldade em relacionar os conteúdos teóricos com exemplos 
práticos do dia a dia. 
Reflita 
Considerando a problemática apresentada, tente responder: 
1. Como promover a compreensão dos conceitos de evolução e seleção natural de 
forma mais significativa para os alunos? 
2. Quais estratégias pedagógicas podem ser adotadas para facilitar a aprendizagem 
dos alunos que estão enfrentando dificuldades? 
Dê o play! 
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Resolução do estudo de caso 
Diante do cenário apresentado, a professora decide aplicar uma abordagem 
pedagógica baseada nos princípios da aprendizagem significativa e na compreensão 
do desenvolvimento cognitivo dos alunos. Ela começa a desenvolver atividades que 
conectam os conceitos abstratos de evolução e seleção natural com exemplos 
concretos e familiarizados pelos estudantes. 
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202401/ALEXANDRIA/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_E_DA_APRENDIZAGEM/PPT/u2play_psi_edu_apr.pdf
Para isso, a professora utiliza casos reais de adaptação e seleção natural, como a 
resistência de insetos a pesticidas ou a variação genética em populações humanas. Ela 
também incorpora elementos interdisciplinares, como vídeos, jogos educativos e 
debates em sala de aula, para tornar o conteúdo mais acessível e envolvente. 
Além disso, a professora estimula a participação ativa dos alunos, promovendo 
discussões em grupo, atividades práticas e projetos de pesquisa sobre o tema.Dessa 
forma, os estudantes têm a oportunidade de aplicar os conceitos teóricos em situações 
reais, desenvolvendo habilidades de análise crítica e pensamento científico. 
Ao longo do processo, a professora também oferece suporte individualizado aos 
alunos que estão enfrentando dificuldades, fornecendo materiais de apoio adicionais, 
sessões de tutoria e feedback construtivo sobre o seu desempenho. 
Com essa abordagem pedagógica centrada no aluno e baseada na compreensão dos 
princípios de aprendizagem e desenvolvimento, a professora observa uma melhoria 
significativa no desempenho e na compreensão dos alunos em relação aos conceitos 
de evolução e seleção natural. 
Essa resolução demonstra como a aplicação dos princípios da aprendizagem 
significativa e a compreensão do desenvolvimento cognitivo dos alunos podem 
contribuir para superar desafios educacionais específicos, como as dificuldades de 
compreensão em determinados conteúdos. Ao adotar uma abordagem pedagógica 
centrada no aluno e contextualizada, os educadores podem promover uma 
aprendizagem mais eficaz e significativa para todos os estudantes. 
 
Dê o play! 
Assimile 
Behaviorismo 
Reforçamento é um processo no qual um estímulo aumenta a probabilidade de 
ocorrência de um comportamento. Pode ser positivo, quando um estímulo é 
adicionado para aumentar a frequência do comportamento, ou negativo, quando um 
estímulo é removido para o mesmo fim. 
Por sua vez, a punição pode ocasionar a supressão de comportamentos indesejados. 
Ela pode ser positiva, quando um estímulo aversivo é inserido no ambiente, ou 
negativa, quando um estímulo reforçador ou uma recompensa é retirada do ambiente. 
O esquema a seguir ajuda a compreender esse modelo de condicionamento.

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