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Paulo Freire e a psicologia educacional relações entre autonomia aprendizagem e desenvolvimento

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PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 1 
 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 2 
 
PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL: RELAÇÕES ENTRE 
AUTONOMIA, APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO. 
Juliana Balta Ferreira 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Nivea Maria Costa Vieira 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sandro Garabed Ischkanian 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
O presente estudo, de caráter bibliográfico e documental, analisa as contribuições de Paulo Freire para 
a Psicologia Educacional, especialmente no que se refere às relações entre autonomia, aprendizagem e 
desenvolvimento humano. A investigação foi estruturada a partir de grupo focal de estudos que 
selecionou documentos em bases digitais, periódicos científicos, livros clássicos do autor e produções 
contemporâneas de pesquisadores da área. O objetivo central foi compreender como os pressupostos 
da pedagogia freireana dialogam com achados da neuropsicologia educacional e das ciências 
cognitivas, oferecendo subsídios para práticas pedagógicas mais emancipatórias. Paulo Freire enfatiza 
que a aprendizagem deve ser construída a partir da realidade vivida pelo educando, valorizando o 
diálogo como prática fundante do processo educativo. A autonomia emerge como princípio orientador, 
uma vez que o sujeito aprende a pensar criticamente e a intervir no mundo, em vez de apenas absorver 
conteúdos prontos (Freire, 1996). A Psicologia Educacional, por sua vez, contribui para a compreensão 
dos processos cognitivos e socioemocionais que sustentam o desenvolvimento, reforçando que a 
aprendizagem significativa depende tanto da interação dialógica quanto da plasticidade cerebral (Kolb; 
Gibb, 2011; Sousa, 2011). Os achados da literatura contemporânea indicam interfaces importantes 
entre a pedagogia freireana e estudos sobre atenção, motivação e afetividade. Immordino-Yang e 
Damasio (2007), por exemplo, defendem que a emoção é central para o aprendizado, aspecto coerente 
com a ênfase freireana na dimensão humanizadora da educação. Pesquisas recentes também apontam 
para a necessidade de integrar tecnologias digitais ao processo formativo, sem reduzir o papel do 
diálogo crítico (Adams, 2022; Vieira, 2021; Pareschi; Carvalho; Mill, 2023). O grupo focal de estudos 
possibilitou identificar quatro grandes eixos de análise: (i) a autonomia como construção coletiva, 
ligada à participação ativa do estudante no processo de ensino-aprendizagem; (ii) a aprendizagem 
significativa como resultado da articulação entre saberes cotidianos, conhecimentos científicos e 
experiências de vida; (iii) o desenvolvimento humano como processo contínuo de conscientização, em 
diálogo com a neurociência e a psicologia do desenvolvimento; e (iv) as práticas pedagógicas 
inclusivas e democráticas, que rompem com posturas autoritárias e excludentes (Demo et al., 2025; 
Santos et al., 2025). A pedagogia freireana permanece atual e necessária, sobretudo diante de desafios 
contemporâneos como a exclusão escolar, o uso crítico das tecnologias e a formação de sujeitos 
capazes de atuar de forma reflexiva e solidária. A Psicologia Educacional amplia este debate ao 
oferecer fundamentos para compreender como o cérebro aprende, como as emoções interferem nos 
processos cognitivos e como o ambiente sociocultural influencia o desenvolvimento (Posner; Rothbart, 
2007; McEwen, 2012). Conclui-se que a integração entre os aportes de Paulo Freire e da Psicologia 
Educacional fortalece a prática pedagógica emancipatória, na medida em que evidencia a importância 
de processos dialógicos, críticos e afetivos para o aprendizado humano. A autonomia, a aprendizagem 
significativa e o desenvolvimento pleno não são metas isoladas, mas dimensões interdependentes de 
uma educação libertadora, comprometida com a transformação social. 
Palavras-chave: Paulo Freire; psicologia educacional; autonomia; aprendizagem; 
desenvolvimento humano; neuropsicologia educacional. 
 
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PAULO FREIRE AND EDUCATIONAL PSYCHOLOGY: RELATIONS 
BETWEEN AUTONOMY, LEARNING, AND DEVELOPMENT. 
 
Juliana Balta Ferreira 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Nivea Maria Costa Vieira 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sandro Garabed Ischkanian 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
This bibliographic and documentary study analyzes Paulo Freire’s contributions to Educational 
Psychology, especially regarding the relations between autonomy, learning, and human 
development. The investigation was structured through a study focus group that selected 
documents from digital databases, scientific journals, classical works of the author, and 
contemporary productions by researchers in the field. The central objective was to understand how 
the assumptions of Freirean pedagogy dialogue with findings from educational neuropsychology 
and cognitive sciences, providing support for more emancipatory pedagogical practices. Paulo 
Freire emphasizes that learning must be constructed from the learner’s lived reality, valuing 
dialogue as the foundational practice of the educational process. Autonomy emerges as a guiding 
principle, as the subject learns to think critically and intervene in the world, rather than merely 
absorbing ready-made content (Freire, 1996). Educational Psychology, in turn, contributes to 
understanding the cognitive and socio-emotional processes that sustain development, reinforcing 
that meaningful learning depends both on dialogical interaction and on brain plasticity (Kolb & 
Gibb, 2011; Sousa, 2011). Findings from contemporary literature indicate important interfaces 
between Freirean pedagogy and studies on attention, motivation, and affectivity. Immordino-Yang 
and Damasio (2007), for example, argue that emotion is central to learning, a perspective coherent 
with Freire’s emphasis on the humanizing dimension of education. Recent research also points to 
the need to integrate digital technologies into the formative process, without diminishing the role 
of critical dialogue (Adams, 2022; Vieira, 2021; Pareschi, Carvalho & Mill, 2023). The study 
focus group made it possible to identify four major axes of analysis: (i) autonomy as a collective 
construction, linked to the active participation of the student in the teaching-learning process; (ii) 
meaningful learning as the result of articulating everyday knowledge, scientific knowledge, and 
life experiences; (iii) human development as a continuous process of awareness, in dialogue with 
neuroscience and developmental psychology; and (iv) inclusive and democratic pedagogical 
practices that break with authoritarian and exclusionary approaches (Demo et al., 2025; Santos et 
al., 2025). Freirean pedagogy remains current and necessary, especially in the face of 
contemporary challenges such as school exclusion, the critical use of technologies, and the 
formation of subjects capable of acting reflectively and in solidarity. Educational Psychology 
broadens this debate by offering foundations to understand how the brain learns, how emotions 
affect cognitive processes, and how the sociocultural environment influences development (Posner 
& Rothbart, 2007; McEwen, 2012). It is concluded that the integration of Paulo Freire’s 
contributions with Educational Psychology strengthens emancipatory pedagogical practice, as it 
highlights the importance of dialogical, critical, and affective processes for human learning. 
Autonomy, meaningful learning, and full development are not isolated goals, but interdependent 
dimensions of a liberating education committed to social transformation. 
Keywords: Paulo Freire; educational psychology; autonomy; learning; human development; 
educational neuropsychology. 
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PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL: RELAÇÕES ENTRE 
AUTONOMIA, APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO. 
Julianao desenvolvimento integral. Estudos recentes apontam que o uso crítico e reflexivo 
das tecnologias digitais favorece aprendizagem significativa, criatividade e engajamento, ao 
mesmo tempo em que estimula análise crítica e resolução de problemas (Pareschi, Carvalho & 
Mill, 2023; Adams, 2022). 
O papel do educador no desenvolvimento humano integral é mediar, apoiar e desafiar o 
educando, promovendo reflexão crítica, diálogo e ação transformadora (Freire, 1991; Freire, 
1994). A Psicologia Educacional contribui ao fornecer subsídios sobre estratégias que fortalecem a 
motivação, a atenção e o desenvolvimento socioemocional, favorecendo a aprendizagem e a 
autonomia. 
A formação ética, crítica e consciente está diretamente relacionada à capacidade do 
sujeito de transformar a realidade. Freire (1992) destaca que a educação deve formar cidadãos 
capazes de intervir de maneira responsável, participativa e solidária na sociedade. A Psicologia 
Educacional indica que habilidades socioemocionais, empatia e autorregulação são fatores 
decisivos para essa transformação. 
A promoção do desenvolvimento humano integral, ao incluir o reconhecimento da 
diversidade e a valorização da inclusão, assume um papel estratégico na formação de sujeitos 
completos, capazes de interagir de maneira consciente e respeitosa em sociedades plurais 
(Ferreira, Ischkanian, Cabral, Filgueiras, Carvalho, Ischkanian & Carvalho, 2025). Ao considerar 
as diferenças culturais, sociais, cognitivas e emocionais, a educação cria oportunidades para que 
todos os estudantes se sintam pertencentes e engajados, contribuindo para a construção de 
ambientes de aprendizagem mais justos, equitativos e colaborativos. Essa perspectiva rompe com 
práticas homogeneizadoras e autoritárias, enfatizando que cada indivíduo possui potencialidades 
únicas que devem ser reconhecidas e desenvolvidas. 
A pedagogia freireana sustenta que a educação deve ser um espaço de diálogo e 
problematização da realidade, no qual a inclusão não é apenas um princípio formal, mas uma 
prática cotidiana que envolve escuta, respeito e valorização das experiências dos alunos. Ao 
integrar essa visão com a Psicologia Educacional, percebe-se que contextos inclusivos promovem 
não apenas a participação social, mas também o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como 
pensamento crítico, resolução de problemas e criatividade. A aprendizagem significativa ocorre 
quando o estudante se sente respeitado e parte ativa do processo, tornando-se capaz de relacionar o 
conhecimento adquirido com sua própria realidade e contexto social. 
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Práticas inclusivas fortalecem competências socioemocionais essenciais, como empatia, 
cooperação, autorregulação emocional e responsabilidade ética. A interação em ambientes 
diversos permite que os estudantes compreendam perspectivas diferentes da sua, desenvolvam 
sensibilidade social e aprendam a agir de maneira ética e crítica em situações complexas. Esse 
alinhamento entre a pedagogia freireana e a Psicologia Educacional evidencia que a inclusão não é 
apenas um objetivo moral ou legal, mas um fator determinante para o desenvolvimento integral do 
ser humano, preparando-o para atuar de forma reflexiva, autônoma e solidária em múltiplos 
contextos. 
O desenvolvimento humano integral e a conscientização crítica não podem ser vistos 
como aspectos isolados da educação; eles se articulam de maneira indissociável para formar 
sujeitos capazes de compreender, refletir e intervir sobre a realidade em que vivem. Ao considerar 
dimensões cognitivas, emocionais, éticas e sociais, a educação libertadora promove não apenas a 
aquisição de conhecimentos, mas também o fortalecimento da capacidade de tomar decisões 
conscientes, compreender impactos de suas ações e agir com responsabilidade social (Freire, 
1996; Demo, Ischkanian, Cabral, Santos, Carvalho, Ischkanian, Venditte & Carvalho, 2025). Esse 
processo implica reconhecer o educando como sujeito ativo, capaz de participar da construção do 
conhecimento e da transformação de seu entorno, em vez de ser apenas receptor passivo de 
informações. 
Integrar a pedagogia freireana à Psicologia Educacional permite identificar e 
potencializar os processos cognitivos e socioemocionais que sustentam a aprendizagem 
significativa e a autonomia. Por meio dessa integração, torna-se possível compreender como 
experiências vividas, contextos de interação e práticas pedagógicas inclusivas influenciam o 
desenvolvimento do pensamento crítico, da empatia e da capacidade de resolver problemas 
complexos. A consciência crítica, nesse sentido, é construída continuamente, à medida que o 
educando dialoga com o mundo, reflete sobre situações concretas e identifica possibilidades de 
transformação pessoal e coletiva, alinhando-se com a proposta freireana de educação como prática 
da liberdade. 
A formação integral apoiada na conscientização crítica contribui para a construção de 
uma sociedade mais justa e democrática, ao preparar indivíduos capazes de atuar de maneira ética, 
responsável e solidária. Ao promover a autonomia, a reflexão e a ação transformadora, a educação 
libertadora cria condições para que os estudantes se tornem agentes de mudança, conscientes de 
suas responsabilidades e aptos a colaborar em processos de inclusão social, participação 
democrática e valorização da diversidade. 
 
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2.4. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS E DEMOCRÁTICAS 
 
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A implementação de práticas pedagógicas inclusivas e democráticas constitui um 
elemento central da proposta freireana, enfatizando que a educação não pode ser limitada a um 
grupo restrito de estudantes ou a processos autoritários de ensino. A inclusão é compreendida não 
apenas como acesso físico ao espaço escolar, mas como participação efetiva, reconhecimento das 
diferenças e valorização dos saberes de cada aluno (Demo, Ischkanian, Cabral, Santos, Carvalho, 
Ischkanian, Venditte & Carvalho, 2025; Belchior, Ischkanian, Cabral, Ischkanian, Carvalho & 
Carvalho, 2025). Essa perspectiva permite que todos os educandos se sintam parte integrante do 
processo de aprendizagem, fortalecendo a autoestima, a motivação e a identidade social. 
Uma prática pedagógica inclusiva e democrática consiste em organizar debates temáticos 
em sala de aula, nos quais todos os estudantes possam expressar suas opiniões e experiências. O 
objetivo é desenvolver habilidades de escuta ativa, respeito às diferenças e capacidade de 
argumentação, promovendo um ambiente de diálogo e participação coletiva. 
Outra estratégia envolve a implementação de projetos colaborativos interdisciplinares, 
nos quais os alunos planejam, executam e avaliam ações de aprendizagem em grupo. Essa prática 
busca fortalecer a autonomia, a cooperação, a responsabilidade compartilhada e a capacidade de 
resolução de problemas complexos. 
A utilização de tecnologias digitais adaptativas é uma prática que permite atender 
diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, oferecendo recursos interativos, audiovisuais e 
personalizados. O objetivo é promover equidade no acesso ao conhecimento, engajamento ativo e 
aprendizagem significativa, garantindo que todos os estudantes participem plenamente do 
processo educativo. 
A criação de grupos de estudo diversificados, nos quais alunos com diferentes 
habilidades, experiências e origens culturais interagem, é uma prática que favorece a inclusão 
social e o desenvolvimento de competências socioemocionais. O objetivo é estimular empatia, 
colaboração, troca de saberes e integração de diferentes perspectivas no processo de 
aprendizagem. 
A aplicação de avaliações formativas e contínuas permite que estudantes e professores 
acompanhem o progresso de aprendizagem de forma conjunta, ajustando estratégias pedagógicasconforme necessário. O objetivo é garantir justiça e equidade, valorizando os processos de 
aprendizagem e promovendo a participação ativa dos alunos na construção de seu próprio 
conhecimento. 
A promoção de rodas de conversa e oficinas de cidadania na escola é uma prática que 
incentiva a expressão de opiniões, o debate ético e a reflexão sobre questões sociais e culturais. O 
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objetivo é desenvolver consciência crítica, responsabilidade social e habilidades de participação 
democrática entre os estudantes. 
A adaptação de materiais e atividades para atender necessidades educativas especiais ou 
diferentes estilos de aprendizagem é uma prática que busca eliminar barreiras ao acesso ao 
conhecimento. O objetivo é garantir inclusão efetiva, participação plena e equidade no processo de 
ensino-aprendizagem. 
A integração de atividades comunitárias e projetos sociais no currículo escolar é uma 
prática que conecta o aprendizado à realidade do estudante e da comunidade. O objetivo é 
desenvolver responsabilidade social, engajamento cívico e capacidade de aplicar conhecimentos 
em contextos reais, fortalecendo o vínculo entre escola e sociedade. 
A utilização de metodologias ativas, como aprendizagem baseada em problemas e 
aprendizagem por projetos, é uma prática que promove protagonismo estudantil e construção 
coletiva do conhecimento. O objetivo é estimular autonomia, pensamento crítico, criatividade e 
colaboração entre os estudantes, favorecendo a participação democrática no processo educativo. 
A formação contínua de educadores para práticas inclusivas e democráticas é uma 
estratégia que garante a competência pedagógica para mediar conflitos, diversificar métodos e 
promover equidade. O objetivo é assegurar que o ambiente escolar seja inclusivo, ético, 
participativo e capaz de atender às necessidades cognitivas, sociais e emocionais de todos os 
estudantes. 
O diálogo é um componente essencial nesse modelo pedagógico, uma vez que possibilita 
a construção coletiva do conhecimento e a troca de experiências entre professores e alunos. A 
prática freireana rompe com a visão do educador como transmissor exclusivo de saberes, 
posicionando-o como mediador que incentiva a reflexão crítica e a participação ativa (Freire, 
1996; Drumond Ischkanian, 2025). A Psicologia Educacional contribui para essa compreensão, 
destacando que ambientes de ensino baseados no diálogo promovem atenção, engajamento 
emocional e consolidam memórias significativas, facilitando aprendizagens duradouras e 
relevantes (Sousa, 2011; Immordino-Yang; Damasio, 2007). 
A construção de ambientes democráticos envolve a participação ativa dos estudantes nas 
decisões que afetam o processo educativo. Quando os alunos são envolvidos na definição de 
projetos, temas de estudo e metodologias, desenvolve-se um senso de responsabilidade coletiva e 
autonomia crítica (Ferreira, Ischkanian, Cabral, Filgueiras, Carvalho, Ischkanian & Carvalho, 
2025). Essa participação estimula a compreensão de que a educação é um espaço compartilhado, 
no qual todos têm direitos e deveres, consolidando práticas de cidadania desde o ambiente escolar. 
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Práticas pedagógicas inclusivas também exigem atenção às diferentes formas de 
aprendizagem e aos estilos cognitivos variados dos estudantes. Ao adaptar atividades e materiais 
para atender às necessidades individuais, a escola promove equidade, garantindo que todos os 
alunos possam participar de forma efetiva e significativa (Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, 
Carvalho & Ischkanian, 2025). Essa abordagem valoriza a diversidade e reconhece que o 
aprendizado se constrói na interação entre experiências pessoais e saberes compartilhados. 
A valorização da escuta ativa é outro aspecto fundamental. Professores que praticam a 
escuta genuína das ideias, dúvidas e contribuições dos alunos fortalecem a relação pedagógica e o 
vínculo afetivo, criando um ambiente seguro para a expressão e o desenvolvimento de habilidades 
socioemocionais (Demo, Ischkanian, Cabral, Santos, Carvalho, Ischkanian, Venditte & Carvalho, 
2025). A escuta promove também a reflexão crítica, pois permite que o estudante perceba a 
complexidade dos problemas e as múltiplas perspectivas existentes. 
A utilização de tecnologias digitais, quando integrada de forma crítica e contextualizada, 
potencializa a inclusão e a participação democrática. Ferramentas digitais podem facilitar o acesso 
à informação, estimular a colaboração e diversificar as formas de expressão, mas devem ser 
incorporadas sem substituir o diálogo e a mediação do educador (Adams, 2022; Vieira, 2021; 
Pareschi, Carvalho & Mill, 2023). A integração equilibrada entre tecnologia e pedagogia freireana 
reforça a aprendizagem significativa e a autonomia crítica. 
A promoção da participação social e comunitária também é um eixo central das práticas 
inclusivas. Projetos que conectam a escola à comunidade permitem que os estudantes 
compreendam e atuem sobre a realidade em que vivem, desenvolvendo competências sociais, 
éticas e políticas (Freire, 1991; Demo et al., 2025). Essa abordagem fortalece a conscientização 
crítica e prepara os alunos para atuar de forma responsável e transformadora fora do contexto 
escolar. 
A aprendizagem colaborativa se configura como estratégia essencial. Trabalhar em 
grupos, discutir problemas reais e construir soluções coletivas contribui para a internalização de 
conceitos, desenvolvimento da empatia e respeito às diferenças (Shonkoff; Phillips, 2000; Kolb; 
Gibb, 2011). A colaboração reforça o princípio de que o conhecimento não é um produto 
individual, mas uma construção social que depende da interação e do diálogo. 
As práticas pedagógicas inclusivas e democráticas não se limitam à adaptação de 
conteúdos ou à diversificação de métodos; elas constituem um compromisso profundo com a 
construção de uma cultura escolar que valoriza a dignidade, a diversidade e o protagonismo dos 
estudantes. Ao colocar o diálogo, a participação e a escuta ativa no centro do processo educativo, 
essas práticas reconhecem que cada aprendiz traz consigo experiências únicas, saberes prévios, 
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habilidades diferenciadas e necessidades específicas, que devem ser respeitadas e integradas à 
dinâmica da sala de aula. Essa abordagem transforma a educação em uma construção coletiva do 
conhecimento, na qual alunos e educadores compartilham responsabilidades, aprendem uns com 
os outros e se engajam em processos significativos que estimulam o pensamento crítico, a 
criatividade e a empatia. 
A flexibilidade curricular e a interdisciplinaridade são elementos fundamentais para a 
efetivação de práticas inclusivas e democráticas. Adaptar conteúdos, métodos e avaliações às 
particularidades de cada estudante permite criar um ambiente em que todos possam participar 
ativamente, respeitando ritmos, interesses e estilos de aprendizagem variados. Ao conectar saberes 
de diferentes áreas, a interdisciplinaridade amplia a compreensão do mundo e fortalece habilidades 
cognitivas complexas, como análise, síntese, solução de problemas e tomada de decisão ética. O 
processo educativo deixa de ser fragmentado e passa a refletir a complexidade da vida social, 
promovendo uma aprendizagem que é ao mesmo tempo significativa e transformadora. 
O uso de tecnologias digitais, quando integrado a práticas pedagógicas inclusivas, 
constitui um poderoso recurso de equidade e engajamento. Ferramentas digitais permitem que 
estudantes com diferentes perfis e necessidades participem plenamente do processo educativo, 
oferecendo múltiplas formas de acessar, construir e compartilhar conhecimento. Essa integração 
tecnológica, aliada a estratégias de mediação pedagógica, potencializa o diálogo, a colaboração e a 
autonomia, sem substituir acentralidade da interação humana. Promove o desenvolvimento de 
habilidades socioemocionais e cognitivas, preparando os estudantes para atuar de forma crítica, 
ética e responsável na sociedade contemporânea. 
Práticas inclusivas e democráticas também fortalecem a autoestima e o senso de 
pertencimento dos estudantes. Quando reconhecidos e valorizados em sua singularidade, os 
aprendizes desenvolvem confiança em suas capacidades e maior disposição para enfrentar 
desafios, experimentar soluções criativas e participar ativamente da vida escolar. Esse ambiente 
acolhedor e estimulante contribui para a formação de sujeitos críticos e autônomos, capazes de 
dialogar, refletir e agir de maneira ética e responsável, integrando os conhecimentos acadêmicos à 
realidade de suas comunidades. 
A construção de uma educação inclusiva e democrática exige a superação de práticas 
tradicionais e autoritárias que reforçam desigualdades e exclusões. A pedagogia freireana 
demonstra que o ensino não deve ser um ato de transferência unilateral de conhecimento, mas sim 
um processo dialógico em que educadores e estudantes aprendem mutuamente. A aprendizagem 
significativa ocorre quando o saber é conectado à experiência de vida dos alunos, tornando o 
conteúdo relevante, engajador e transformador. 
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O diálogo emerge como eixo central das práticas inclusivas, promovendo a escuta ativa, o 
respeito mútuo e a valorização das contribuições de todos os participantes do processo educativo. 
Por meio da interação constante e reflexiva, alunos e professores constroem conjuntamente o 
conhecimento, desenvolvendo competências cognitivas, emocionais e sociais que extrapolam o 
espaço escolar e se estendem à vida comunitária. 
A participação ativa do estudante é outra dimensão essencial dessas práticas. Ao assumir 
responsabilidades na organização de projetos, na tomada de decisões e na avaliação do próprio 
aprendizado, o aluno fortalece sua autonomia e sua capacidade de agir criticamente no mundo. 
Essa postura transforma a educação em um espaço de empoderamento e engajamento social, 
preparando cidadãos conscientes, responsáveis e capazes de colaborar para a construção de 
sociedades mais justas e solidárias. 
As práticas pedagógicas inclusivas promovem, ainda, a aprendizagem cooperativa e 
colaborativa, favorecendo a construção coletiva do conhecimento e a integração de diferentes 
perspectivas. O trabalho em grupo, o debate e a resolução conjunta de problemas estimulam 
habilidades sociais, empatia e capacidade de negociação, essenciais para a convivência 
democrática e para a atuação ética e responsável no contexto social. 
A avaliação formativa e contínua é uma estratégia que reforça a democracia na escola, ao 
permitir que professores e estudantes acompanhem o progresso de aprendizagem de forma 
colaborativa. Esse modelo de avaliação valoriza os processos de aprendizagem, reconhece 
conquistas individuais e coletivas, identifica dificuldades e possibilita ajustes pedagógicos que 
atendam às necessidades específicas de cada estudante, promovendo inclusão e equidade. 
O respeito à diversidade cultural, social e cognitiva constitui um princípio orientador das 
práticas inclusivas. Reconhecer e valorizar diferentes formas de pensar, sentir e agir fortalece a 
empatia, amplia horizontes e prepara os estudantes para atuar em contextos diversos, promovendo 
cidadania e responsabilidade social. 
A inclusão tecnológica, quando mediada pedagogicamente, contribui para a 
aprendizagem significativa e para o desenvolvimento de competências digitais, essenciais no 
mundo contemporâneo. Ferramentas digitais interativas permitem experiências de aprendizagem 
personalizadas, promovendo autonomia, engajamento e colaboração, e conectando os conteúdos 
escolares à realidade cotidiana e profissional dos estudantes. 
A integração de valores éticos, sociais e cognitivos nas práticas pedagógicas fortalece a 
consciência crítica e a responsabilidade social dos alunos. Ao compreenderem o impacto de suas 
ações no ambiente escolar e na comunidade, os estudantes desenvolvem habilidades de liderança, 
empatia, tomada de decisão ética e resolução de problemas complexos. 
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Práticas pedagógicas inclusivas e democráticas favorecem a formação de sujeitos 
autônomos e críticos, capazes de questionar injustiças, propor soluções e atuar 
transformadoramente na sociedade. Esse processo exige que o currículo, os métodos de ensino e 
as avaliações estejam articulados com valores de equidade, diálogo e participação ativa. 
O desenvolvimento socioemocional é uma dimensão central das práticas inclusivas, pois 
fortalece a resiliência, a autoestima, a empatia e a capacidade de lidar com conflitos. Ao integrar o 
aspecto emocional ao cognitivo, a escola contribui para a formação de indivíduos completos, 
conscientes de suas potencialidades e responsabilidades sociais. 
A implementação de práticas inclusivas e democráticas requer formação contínua de 
educadores, para que estejam preparados para mediar conflitos, estimular o diálogo, diversificar 
estratégias pedagógicas e utilizar tecnologias de forma ética e eficaz. Essa formação é essencial 
para garantir que as ações escolares reflitam os princípios de justiça, equidade e humanização. 
Práticas pedagógicas inclusivas e democráticas consolidam uma educação libertadora, 
capaz de promover autonomia, aprendizagem significativa, desenvolvimento integral e 
conscientização crítica. Ao colocar os estudantes no centro do processo educativo, essas práticas 
contribuem para a formação de cidadãos éticos, engajados e preparados para atuar de maneira 
transformadora em suas comunidades e na sociedade em geral. 
Ao adotar estratégias de inclusão e democracia, a escola se torna um espaço de 
emancipação, criatividade e reflexão crítica. A construção de conhecimento coletivo, a valorização 
da diversidade e a participação ativa dos estudantes promovem aprendizagens profundas, 
transformadoras e duradouras, alinhadas aos princípios de uma educação ética, humanizadora e 
comprometida com a justiça social. 
A formação contínua dos educadores é crucial para implementar práticas inclusivas e 
democráticas. Professores preparados para lidar com a diversidade, adaptar estratégias 
pedagógicas e promover o diálogo crítico têm maior capacidade de criar ambientes acolhedores e 
estimulantes, favorecendo o desenvolvimento integral dos alunos (Freire, 1996; Drumond 
Ischkanian, 2025). 
A avaliação formativa e participativa complementa essas práticas. Quando os estudantes 
são envolvidos no processo de avaliação, refletindo sobre seu desempenho e estabelecendo metas 
de melhoria, desenvolvem autonomia, senso crítico e responsabilidade pelo próprio aprendizado 
(Belchior, Ischkanian, Cabral, Ischkanian, Carvalho & Carvalho, 2025). A avaliação deixa de ser 
apenas instrumento de mensuração e torna-se ferramenta pedagógica de construção do 
conhecimento. 
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A promoção de valores éticos e democráticos está integrada à prática pedagógica. O 
reconhecimento das diferenças, o respeito mútuo e a colaboração constituem fundamentos de uma 
escola que prepara cidadãos conscientes, responsáveis e aptos a intervir positivamente na 
sociedade (Freire, 1994; Demo et al., 2025). Esses valores fortalecem não apenas o 
desenvolvimento cognitivo, mas também socioemocional e moral. 
A inclusão digital, quando orientada pedagogicamente, também contribui para práticas 
democráticas. Ferramentas tecnológicas podem ampliar a participação de alunos com dificuldades 
de acesso ou necessidades específicas, garantindo equidade e amplificando vozes que 
historicamente foram silenciadas (Pareschi, Carvalho & Mill, 2022; Vieira, 2021). A mediação 
crítica dessas tecnologias fortalece a aprendizagem significativa.O trabalho interdisciplinar é outro recurso importante. Projetos que envolvem diferentes 
áreas do conhecimento permitem que os alunos façam conexões entre saberes, construam 
compreensão ampla de problemas e desenvolvam pensamento crítico e criatividade (Santos, 
Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & Ischkanian, 2025). A interdisciplinaridade reforça a 
inclusão, pois valoriza diferentes habilidades e formas de conhecimento. 
O desenvolvimento da empatia e da cooperação é intrínseco a ambientes democráticos. 
Atividades que estimulam o reconhecimento das perspectivas alheias, a resolução conjunta de 
conflitos e a tomada de decisões coletivas contribuem para a formação de sujeitos conscientes, 
éticos e socialmente responsáveis (Immordino-Yang; Damasio, 2007; McEwen, 2012). 
As práticas pedagógicas inclusivas e democráticas transcendem a simples aplicação de 
métodos didáticos diversificados, configurando-se como um verdadeiro compromisso ético e 
social da escola com a formação integral dos estudantes. Ao priorizar o diálogo, a participação 
ativa e a escuta atenta, essas práticas estabelecem um ambiente em que cada estudante é 
reconhecido em sua singularidade, com suas experiências, saberes prévios e necessidades 
específicas valorizadas. Essa abordagem permite que o processo educativo deixe de ser meramente 
transmissivo, tornando-se uma construção coletiva do conhecimento, em que alunos e professores 
compartilham responsabilidades e se engajam em aprendizados significativos. 
A integração de flexibilidade curricular e interdisciplinaridade amplia ainda mais o 
potencial das práticas inclusivas. Ao permitir que conteúdos, atividades e avaliações sejam 
adaptados às capacidades, interesses e ritmos de cada estudante, cria-se um ambiente em que todos 
podem se engajar de maneira produtiva e crítica. 
A interdisciplinaridade possibilita conectar saberes de diferentes áreas, promovendo 
compreensão ampla de problemas complexos, estimulando pensamento crítico, criatividade e 
resolução de problemas de forma colaborativa. 
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A educação deixa de ser compartimentalizada e passa a refletir a complexidade da vida 
social e do mundo contemporâneo. 
Juliana Balta Ferreira (2025) destaca que o uso consciente de tecnologias digitais, 
quando integrado a estratégias pedagógicas reflexivas, funciona como ferramenta de inclusão, 
participação e engajamento, permitindo que estudantes com diferentes estilos de aprendizagem ou 
que enfrentam barreiras físicas, cognitivas ou socioeconômicas interajam, colaborem e 
expressem-se de formas diversas, de modo que a mediação pedagógica assegure que tais recursos 
não substituam o diálogo, mas potencializem o desenvolvimento da autonomia, da aprendizagem 
significativa e da conscientização crítica, preparando o educando para atuar de maneira ética, 
reflexiva e transformadora na sociedade, promovendo uma educação verdadeiramente 
libertadora, inovadora e humanizadora. 
Simone Helen Drumond Ischkanian (2025) afirma que o uso consciente de tecnologias 
digitais complementa práticas pedagógicas que estimulam inclusão, participação e engajamento, 
permitindo que alunos com diferentes necessidades e estilos de aprendizagem interajam e 
expressem suas ideias de maneiras diversificadas, sendo fundamental que essas ferramentas 
sejam mediadas pedagogicamente para potencializar a autonomia, a aprendizagem significativa e 
a reflexão crítica, garantindo que a tecnologia seja instrumento de emancipação, preparo ético e 
atuação transformadora na sociedade, consolidando uma educação libertadora e humanizadora. 
Gladys Nogueira Cabral (2025) ressalta que o uso consciente de tecnologias digitais, 
aliado a práticas pedagógicas inclusivas, atua como recurso de equidade e participação, 
possibilitando que estudantes com distintas habilidades cognitivas e físicas colaborem, 
compartilhem conhecimento e expressem-se criativamente, e que a mediação pedagógica 
adequada assegure que esses recursos ampliem a autonomia, a aprendizagem significativa e a 
reflexão crítica, formando sujeitos capazes de atuar de maneira ética, responsável e 
transformadora, fortalecendo uma educação libertadora, inovadora e profundamente 
humanizadora. 
Nivea Maria Costa Vieira (2025) enfatiza que o uso consciente de tecnologias digitais, 
quando integrado a estratégias pedagógicas intencionais, funciona como ferramenta de inclusão 
e engajamento, garantindo que estudantes com diferentes estilos de aprendizagem ou limitações 
de acesso possam interagir, colaborar e expressar-se de maneiras diversas, e que a mediação 
pedagógica transforme esses recursos em instrumentos para ampliar a autonomia, promover a 
aprendizagem significativa e fortalecer a consciência crítica, preparando os educandos para 
atuar de forma ética, reflexiva e transformadora, consolidando uma educação libertadora e 
profundamente humanizadora. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 40 
 
Silvana Nascimento de Carvalho (2025) aponta que o uso consciente de tecnologias 
digitais, aliado à mediação pedagógica intencional, representa uma oportunidade de inclusão, 
participação e engajamento, permitindo que estudantes com diferentes capacidades cognitivas e 
físicas expressem-se, colaborem e construam conhecimento de maneira diversificada, e que, 
quando bem mediadas, essas ferramentas não substituem o diálogo, mas potencializam a 
autonomia, a aprendizagem significativa e a reflexão crítica, promovendo uma educação ética, 
reflexiva, transformadora e verdadeiramente libertadora. 
Sandro Garabed Ischkanian (2025) observa que o uso consciente de tecnologias digitais, 
integrado a práticas pedagógicas mediadas, fortalece a inclusão, a participação e o engajamento 
dos estudantes, permitindo que alunos com distintas necessidades e estilos de aprendizagem 
interajam, colaborem e expressem-se de formas diversas, garantindo que tais recursos 
potencializem a autonomia, a aprendizagem significativa e a consciência crítica, sem substituir o 
diálogo, preparando-os para atuar de maneira ética, reflexiva e transformadora na sociedade, e 
consolidando uma educação inovadora, libertadora e humanizadora. 
Gabriel Nascimento de Carvalho (2025) enfatiza que o uso consciente de tecnologias 
digitais, quando articulado à mediação pedagógica, funciona como instrumento de inclusão, 
participação e engajamento, oferecendo a estudantes com diferentes estilos de aprendizagem ou 
limitações de acesso a oportunidade de colaborar, interagir e expressar-se de maneira 
diversificada, assegurando que a tecnologia amplifique a autonomia, a aprendizagem 
significativa e a consciência crítica, fortalecendo a capacidade de atuação ética, reflexiva e 
transformadora na sociedade e promovendo uma educação verdadeiramente libertadora, 
inovadora e humanizadora. 
O uso consciente de tecnologias digitais complementa essas estratégias, funcionando 
como ferramenta de inclusão, participação e engajamento. Ferramentas digitais permitem que 
alunos com diferentes estilos de aprendizagem, ou que enfrentam barreiras de acesso físico ou 
cognitivo, possam interagir, colaborar e expressar-se de formas diversas, fortalecendo a equidade 
no processo educativo. 
É fundamental evidenciar que as tecnologias não substituem o diálogo, mas 
potencializam o desenvolvimento da autonomia, da aprendizagem significativa e da 
conscientização crítica, preparando os estudantes para atuar de maneira ética, reflexiva e 
transformadora na sociedade, promovendo uma educação verdadeiramente libertadora e 
humanizadora. 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 41 
 
2.5. INTEGRAÇÃO ENTRE PEDAGOGIA DIALÓGICA E NEUROCIÊNCIA 
EDUCACIONAL 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 42 
 
A integração entre a pedagogia dialógica de Paulo Freire e a neurociência educacional 
evidencia que o processo de aprendizagem nãoé linear, mas dinâmico e multifacetado, 
envolvendo interações complexas entre aspectos cognitivos, emocionais e sociais. O diálogo, 
enquanto eixo central da pedagogia freireana, promove a construção coletiva do conhecimento e a 
problematização crítica da realidade, permitindo que os estudantes se tornem protagonistas de seu 
aprendizado (Immordino-Yang; Damasio, 2007; Sousa, 2011). A neurociência educacional 
contribui para essa compreensão ao demonstrar como experiências de aprendizagem significativas 
ativam diferentes redes neurais, fortalecendo a memória, a atenção e a capacidade de resolver 
problemas. 
Juliana Balta Ferreira (2025) destaca que a neurociência educacional contribui de 
forma decisiva para a compreensão do desenvolvimento do educando ao demonstrar como 
experiências de aprendizagem significativas ativam diferentes redes neurais, fortalecendo a 
memória, a atenção e a capacidade de resolver problemas, sendo fundamental que tais 
experiências sejam mediadas pedagogicamente de maneira reflexiva e contextualizada, de modo 
que o estudante se torne capaz de integrar conhecimento, desenvolver habilidades cognitivas e 
socioemocionais e atuar de forma consciente e transformadora na sociedade, consolidando uma 
educação inovadora, humanizadora e libertadora. 
Simone Helen Drumond Ischkanian (2025) enfatiza que a neurociência educacional 
evidencia como experiências de aprendizagem cuidadosamente planejadas e significativas 
promovem a ativação de múltiplas redes neurais, fortalecendo processos como memória, atenção 
e resolução de problemas, e que a mediação pedagógica adequada potencializa esses efeitos, 
permitindo que o educando não apenas adquira conhecimentos, mas também desenvolva 
competências cognitivas e socioemocionais, refletindo criticamente sobre sua realidade e atuando 
de forma ética e transformadora na sociedade. 
Gladys Nogueira Cabral (2025) ressalta que a neurociência educacional demonstra de 
maneira inequívoca como experiências de aprendizagem significativas envolvem a ativação de 
diferentes redes neurais, fortalecendo a memória, a atenção e a capacidade de resolver 
problemas complexos, e que, quando mediadas pedagogicamente, tais experiências ampliam a 
autonomia, a reflexão crítica e a criatividade do educando, promovendo um processo educativo 
inovador, gratificante e emancipador, capaz de formar sujeitos preparados para enfrentar 
desafios de forma ética, responsável e transformadora. 
Nivea Maria Costa Vieira (2025) afirma que a neurociência educacional contribui para 
compreender como experiências de aprendizagem significativas ativam múltiplas redes neurais, 
fortalecendo a memória, a atenção e a capacidade de resolver problemas, sendo essencial que a 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 43 
 
mediação pedagógica integre essas descobertas em práticas que promovam não apenas a 
aquisição de conhecimento, mas também o desenvolvimento integral do educando, fomentando 
habilidades cognitivas e socioemocionais e preparando-o para atuar de maneira consciente, ética 
e transformadora na sociedade. 
Silvana Nascimento de Carvalho (2025) aponta que a neurociência educacional 
evidencia como experiências de aprendizagem significativas estimulam diferentes redes neurais, 
fortalecendo processos de memória, atenção e resolução de problemas, e que a mediação 
pedagógica deve orientar tais experiências de forma estratégica, garantindo que o estudante 
desenvolva competências cognitivas, socioemocionais e éticas, consolidando uma educação 
inovadora, humanizadora e libertadora, capaz de prepará-lo para enfrentar desafios complexos e 
agir transformadoramente na sociedade. 
Sandro Garabed Ischkanian (2025) observa que a neurociência educacional demonstra 
que experiências de aprendizagem significativas ativam diversas redes neurais, fortalecendo 
memória, atenção e habilidades de resolução de problemas, sendo crucial que a mediação 
pedagógica potencialize esses processos, promovendo o desenvolvimento integral do educando, 
estimulando a reflexão crítica, a autonomia e a criatividade, e preparando-o para atuar de forma 
ética, consciente e transformadora na sociedade, consolidando uma educação libertadora e 
inovadora. 
Gabriel Nascimento de Carvalho (2025) enfatiza que a neurociência educacional 
comprova como experiências de aprendizagem significativas envolvem a ativação de diferentes 
redes neurais, fortalecendo memória, atenção e capacidade de resolver problemas, e que a 
mediação pedagógica intencional desses processos permite que o educando desenvolva 
competências cognitivas e socioemocionais, perceba-se como agente de transformação e atue de 
forma ética, reflexiva e inovadora, consolidando uma educação verdadeiramente humanizadora, 
emancipadora e preparada para os desafios contemporâneos. 
A reflexão crítica, elemento chave do modelo freireano, está intimamente ligada a 
processos cognitivos complexos estudados pela neuropsicologia, como o controle executivo e a 
tomada de decisão (Posner; Rothbart, 2007; McEwen, 2012). Quando o estudante é colocado em 
contextos dialógicos, nos quais precisa analisar informações, discutir hipóteses e propor soluções, 
há estimulação de regiões cerebrais associadas ao raciocínio abstrato, à autorregulação e à 
empatia. Essa correlação científica reforça a ideia de que práticas pedagógicas centradas no 
diálogo não apenas formam críticos sociais, mas também promovem o desenvolvimento cognitivo 
profundo. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 44 
 
O engajamento emocional também é um fator determinante na aprendizagem dialógica, 
visto que emoções positivas facilitam a consolidação da memória e aumentam a motivação 
intrínseca (Immordino-Yang; Damasio, 2007). A pedagogia de Freire, ao valorizar o 
reconhecimento do sujeito e o respeito às suas experiências, cria condições para que emoções 
construtivas estejam presentes, potencializando a aprendizagem significativa e o desenvolvimento 
integral. 
A problematização crítica envolve questionar realidades sociais e culturais, estimulando a 
análise e a síntese de informações, processo que ativa circuitos neurais relacionados ao 
pensamento crítico e à metacognição (Kolb; Gibb, 2011). Quando as atividades educativas são 
estruturadas para desafiar os estudantes a refletirem sobre contextos reais, ocorre a integração de 
competências cognitivas, afetivas e sociais, fomentando a construção de sujeitos autônomos e 
conscientes. 
O diálogo pedagógico se relaciona diretamente com a plasticidade cerebral, que permite 
ao cérebro reorganizar-se continuamente frente a novas experiências (McEwen, 2012; Kolb; Gibb, 
2011). Práticas que envolvem debates, trabalhos colaborativos e reflexões críticas estimulam a 
formação de novas conexões neurais, consolidando a aprendizagem e favorecendo a transferência 
de conhecimentos para diferentes contextos. 
A inclusão de tecnologias digitais mediadas pedagogicamente potencializa a integração 
entre diálogo e aprendizagem significativa, criando ambientes de aprendizagem interativos, 
acessíveis e colaborativos (Vieira, 2021; Pareschi; Carvalho; Mill, 2022). Essas tecnologias 
favorecem a diversidade de experiências cognitivas e fortalecem a equidade no processo 
educativo, sem substituir o diálogo, mas potencializando o desenvolvimento da autonomia e da 
conscientização crítica (Sousa, 2011; Immordino-Yang; Damasio, 2007). 
A escuta ativa e o respeito às diferentes perspectivas são elementos essenciais da 
pedagogia dialógica, beneficiando-se das evidências da neurociência sobre empatia e interação 
social (Immordino-Yang; Damasio, 2007; Kolb; Gibb, 2011). Quando os estudantes percebem que 
suas opiniões são valorizadas e que podem contribuir com o coletivo, há maior engajamento e 
ativação de regiões cerebrais associadas à recompensa social (Sousa, 2011; Shonkoff; Phillips, 
2000). 
A interdisciplinaridade, quando integradaao diálogo, estimula a transferência de 
conhecimentos entre áreas distintas e promove habilidades de pensamento crítico e resolução de 
problemas complexos (Santos et al., 2025). A neurociência educacional mostra que conectar 
diferentes domínios do conhecimento fortalece redes neurais associativas e melhora a flexibilidade 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 45 
 
cognitiva, refletindo diretamente na eficácia das práticas freireanas (Sousa, 2011; Kolb; Gibb, 
2011). 
A promoção da autonomia estudantil é intensificada por práticas que combinam diálogo e 
feedback construtivo, elementos defendidos por Freire (Posner; Rothbart, 2007; McEwen, 2012). 
A Psicologia Educacional demonstra que a capacidade de autogerenciamento do aprendizado está 
relacionada à ativação de circuitos neurais responsáveis pela autorregulação e pelo planejamento, 
fortalecendo a formação de sujeitos críticos e responsáveis. 
O desenvolvimento socioemocional é igualmente beneficiado pela integração entre 
diálogo e neurociência (Immordino-Yang; Damasio, 2007). Atividades que promovem interação, 
cooperação e reflexão sobre experiências emocionais estimulam regiões cerebrais associadas à 
empatia, ao controle emocional e à resolução de conflitos, consolidando a aprendizagem integral. 
A problematização coletiva e a construção compartilhada de conhecimento fortalecem a 
memória de trabalho e a capacidade de abstração (Sousa, 2011; Shonkoff; Phillips, 2000). Quando 
os estudantes refletem em grupo, há ativação simultânea de redes neurais responsáveis pelo 
pensamento crítico, linguagem e raciocínio lógico, otimizando processos cognitivos complexos e 
promovendo consciência social. 
O planejamento de atividades que conectam experiências individuais à realidade social 
amplia a aprendizagem significativa (Santos et al., 2025). A neurociência indica que experiências 
contextualizadas e emocionalmente engajadoras facilitam a consolidação da memória e a 
integração de novos conhecimentos, reforçando a importância de uma educação crítica, ética e 
comprometida com a transformação social. 
A promoção de ambientes colaborativos e inclusivos contribui para a motivação 
intrínseca e para o engajamento, fatores relacionados à ativação de sistemas de recompensa e à 
plasticidade cerebral (Kolb; Gibb, 2011; McEwen, 2012). Práticas pedagógicas que favorecem 
diálogo e participação ativa estimulam o desenvolvimento integral, fortalecendo competências 
cognitivas, sociais e emocionais. 
A mediação do professor, enquanto facilitador do diálogo, desempenha papel central na 
integração entre pedagogia freireana e neurociência educacional (Sousa, 2011). Ao orientar 
reflexões, propor desafios e estimular interações sociais construtivas, o educador contribui para a 
ativação de redes neurais associadas à aprendizagem, pensamento crítico e autorregulação, 
garantindo um processo significativo e inclusivo. 
A avaliação formativa e contínua, alinhada à pedagogia dialógica, favorece ajustes 
constantes no processo de aprendizagem (Santos et al., 2025). Ferramentas de avaliação que 
consideram participação ativa, colaboração e reflexão crítica permitem monitorar não apenas o 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 46 
 
desempenho cognitivo, mas também o desenvolvimento socioemocional, consolidando práticas 
pedagógicas éticas, inclusivas e fundamentadas cientificamente. 
 
A integração entre pedagogia dialógica e neurociência educacional evidencia que 
aprender é um processo profundamente humano, mediado por relações, emoções e contextos 
significativos. Ao combinar reflexão crítica, problematização, diálogo e compreensão científica do 
funcionamento cerebral, essa abordagem fortalece autonomia, aprendizagem significativa, 
desenvolvimento integral e inclusão, consolidando práticas pedagógicas capazes de transformar a 
realidade social e educacional. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 47 
 
3. CONCLUSÃO 
A reflexão sobre Paulo Freire e a Psicologia Educacional evidencia a importância de 
repensar a educação de forma integral, colocando o estudante no centro do processo de 
aprendizagem. Ao valorizar a autonomia, a aprendizagem significativa e o desenvolvimento 
humano, essa perspectiva propõe uma educação que vai além da simples transmissão de 
conteúdos, buscando formar sujeitos críticos, criativos e capazes de interagir de maneira ética e 
consciente com o mundo. 
A relevância do tema Paulo Freire e a Psicologia Educacional se evidencia de maneira 
particularmente significativa em um mundo marcado por rápidas transformações sociais, 
econômicas e tecnológicas. Os estudantes de hoje não apenas precisam dominar conteúdos 
acadêmicos, mas também desenvolver competências socioemocionais, capacidade de reflexão 
crítica e habilidades de resolução de problemas. Compreender como a autonomia, a aprendizagem 
e o desenvolvimento se articulam permite estruturar práticas pedagógicas que não apenas 
transmitam informações, mas promovam o desenvolvimento integral do sujeito, preparando-o para 
atuar de forma consciente, ética e responsável na sociedade. 
Em um contexto de diversidade cultural e social crescente, a educação precisa ser capaz 
de acolher diferentes experiências de vida, saberes prévios e perspectivas individuais. A 
compreensão das inter-relações entre autonomia, aprendizagem e desenvolvimento oferece aos 
educadores ferramentas para criar ambientes de aprendizagem inclusivos, nos quais cada estudante 
é reconhecido em sua singularidade. Isso fortalece não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas 
também as habilidades sociais e emocionais, promovendo um ambiente educativo mais 
colaborativo e respeitoso, capaz de estimular empatia, solidariedade e engajamento crítico. 
A tecnologia, cada vez mais presente no cotidiano escolar, também se beneficia da 
integração entre pedagogia freireana e Psicologia Educacional. Ao compreender como o 
aprendizado significativo se dá no cérebro humano e como a motivação, a atenção e a emoção 
influenciam a cognição, é possível utilizar recursos digitais de maneira estratégica, promovendo 
experiências de aprendizagem mais personalizadas, interativas e eficazes. Essa abordagem permite 
que a tecnologia não seja apenas um instrumento de transmissão de conteúdo, mas um recurso 
para fortalecer a autonomia, a criatividade e a participação ativa do estudante no processo 
educativo. 
O desenvolvimento de cidadãos autônomos e críticos é essencial para a construção de 
sociedades democráticas e inclusivas. Compreender a relação entre autonomia, aprendizagem e 
desenvolvimento possibilita que a escola contribua de forma efetiva para a formação de sujeitos 
capazes de tomar decisões conscientes, interagir de maneira responsável com diferentes grupos 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 48 
 
sociais e participar ativamente na transformação de seu entorno. Essa perspectiva amplia o papel 
da educação, que deixa de se restringir à instrução acadêmica e passa a atuar como um processo 
formativo integral, voltado para o desenvolvimento pleno de cada indivíduo. 
O tema evidencia a necessidade de práticas pedagógicas que promovam engajamento, 
reflexão e colaboração. Estudantes envolvidos em atividades que incentivam a participação ativa, 
o diálogo e a construção coletiva do conhecimento desenvolvem não apenas competências 
cognitivas, mas também socioemocionais, como empatia, assertividade e resiliência. Essa 
abordagem prepara os indivíduos para enfrentar desafios complexos em diversos contextos, sejam 
acadêmicos, profissionais ou comunitários, fortalecendo a capacidade de adaptação e de atuação 
crítica na sociedade contemporânea. 
A compreensão das relações entre autonomia, aprendizagem e desenvolvimento também 
contribui para reduzir desigualdades educacionais. Quando a escola reconhece as necessidades 
individuais e promove práticas inclusivas, torna-se possívelgarantir que todos os estudantes 
tenham oportunidades equitativas de aprender, crescer e se desenvolver. Essa perspectiva amplia o 
impacto social da educação, permitindo que jovens de diferentes origens e contextos culturais 
acessem o aprendizado de forma significativa, fortalecendo a coesão social e promovendo justiça e 
equidade. 
A integração desses conceitos reforça a importância de uma educação centrada no ser 
humano, capaz de articular teoria e prática, pesquisa e ação pedagógica. Ao compreender como a 
autonomia, a aprendizagem e o desenvolvimento se relacionam, os educadores podem criar 
estratégias que promovam a formação de sujeitos críticos, éticos e comprometidos com a 
transformação social. Essa abordagem não apenas valoriza o potencial de cada estudante, mas 
também fortalece o papel da escola como agente de mudança, contribuindo para a construção de 
um futuro mais justo, inclusivo e solidário. 
O estudo dessa temática reforça a urgência de investir em processos educativos que 
considerem a dimensão cognitiva, emocional e social do aluno, promovendo a formação de 
indivíduos responsáveis, engajados e capazes de transformar positivamente sua realidade. Ao 
integrar os princípios da pedagogia freireana com os conhecimentos da Psicologia Educacional, 
abre-se caminho para uma educação verdadeiramente libertadora, democrática e transformadora, 
que valoriza o potencial de cada estudante e fortalece o compromisso da escola com uma 
sociedade mais justa e solidária. 
 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 49 
 
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SANTOS, Cíntia Aparecida Nogueira dos; ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond; CABRAL, 
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https://www.academia.edu/143740013/A_PEDAGOGIA_DO_DI%C3%81LOGO_DE_PAULO_FREIRE_E_OS_PROCESSOS_COGNITIVOS_DA_APRENDIZAGEM?utm_source=chatgpt.com
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 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 52Balta Ferreira 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Nivea Maria Costa Vieira 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Sandro Garabed Ischkanian 
Gabriel Nascimento de Carvalho 
1. INTRODUÇÃO 
A educação, enquanto prática social, sempre esteve vinculada à formação de sujeitos 
capazes de interagir com a realidade em que vivem. No entanto, as concepções pedagógicas que 
historicamente predominaram em grande parte das instituições escolares foram marcadas por um 
modelo bancário, em que o estudante é visto como recipiente passivo do conhecimento. Contra 
essa perspectiva, Paulo Freire (1996) propôs uma pedagogia dialógica e emancipatória, em que o 
processo educativo se constrói na relação entre autonomia, aprendizagem e desenvolvimento 
humano. Essa visão encontra importantes diálogos com a Psicologia Educacional, que busca 
compreender como os processos cognitivos, emocionais e sociais interferem na construção do 
conhecimento. 
A relação entre Paulo Freire e a Psicologia Educacional é um campo fértil de reflexão 
porque articula dimensões filosóficas, pedagógicas e psicológicas, ampliando as possibilidades de 
compreensão do sujeito em sua integralidade. Para Freire (1992; 2000), educar é um ato político, 
ético e amoroso, que exige compromisso com a transformação da realidade social. A Psicologia 
Educacional, por sua vez, contribui para compreender como o cérebro aprende, como as emoções 
influenciam a cognição e como os contextos de interação podem promover ou limitar a autonomia 
do estudante (Immordino-Yang; Damasio, 2007). 
A autonomia é entendida por Freire como um pilar pedagógico, não como um ponto de 
chegada, mas como uma conquista processual. Para o autor, o educando só se torna autônomo 
quando é respeitado como sujeito histórico e cultural, capaz de problematizar o mundo em que 
vive (Freire, 1996). A Psicologia Educacional reforça esse olhar ao destacar que o 
desenvolvimento da autonomia depende de fatores relacionais, socioemocionais e cognitivos, 
evidenciando que aprender a pensar criticamente está intrinsecamente ligado a processos de 
interação social (Posner; Rothbart, 2007). 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 5 
 
Um dos grandes aportes da pedagogia freireana é a concepção da educação como prática 
da liberdade. A aprendizagem não pode ser reduzida a um processo de repetição, mas deve 
proporcionar ao indivíduo condições de falar por si mesmo, construindo significados a partir de 
sua própria experiência (Freire, 1982). A Psicologia Educacional, ao dialogar com essas ideias, 
contribui com evidências sobre a importância da motivação intrínseca, da curiosidade e da 
afetividade no processo de ensino-aprendizagem (Sousa, 2011). 
O desenvolvimento contínuo, segundo Freire, exige diálogo e escuta ativa, em que o 
educador não ocupa um lugar de poder absoluto, mas atua como mediador que problematiza a 
realidade e estimula a reflexão crítica (Freire, 1991). Para a Psicologia Educacional, essa dinâmica 
é coerente com teorias que apontam a aprendizagem como resultado de interações sociais 
significativas, nas quais o estudante constrói conhecimentos em colaboração com o outro. 
A superação do opressor interno, outro conceito freireano, implica romper com a 
interiorização de valores que mantêm o sujeito em posição de submissão. A conquista da 
autonomia envolve expulsar a ―sombra invasora‖ do opressor e assumir a responsabilidade por sua 
própria trajetória (Freire, 2000). Esse processo dialoga diretamente com a Psicologia Educacional, 
que reconhece a importância do autoconhecimento, da autoestima e da autorregulação emocional 
para o desenvolvimento integral (McEwen, 2012). 
A aprendizagem, para Freire, é um processo dialógico e transformador. Ela se dá no 
encontro entre sujeitos que, ao dialogarem, se transformam mutuamente. O diálogo é 
compreendido como ato de amor, reciprocidade e reconhecimento do saber do outro (Freire, 
1994). A Psicologia Educacional complementa essa perspectiva ao destacar que ambientes 
educacionais baseados em confiança e respeito favorecem a motivação, a atenção e a consolidação 
de memórias significativas (Shonkoff; Phillips, 2000). 
No ensino-aprendizagem freireano, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar 
condições para sua produção coletiva (Freire, 1996). Essa compreensão se aproxima de estudos 
que analisam o cérebro como órgão plástico, capaz de se reorganizar de acordo com as 
experiências e estímulos recebidos (Kolb; Gibb, 2011). Nesse sentido, a aprendizagem 
significativa resulta tanto da vivência prática quanto da reflexão crítica, articulando experiência e 
conhecimento científico. 
A metodologia de investigação proposta por Freire começa pelo universo vocabular do 
educando e pelos temas geradores de sua realidade. Esse movimento de partir da experiência 
concreta para a problematização crítica reflete a necessidade de vincular educação e vida (Freire, 
1982). A Psicologia Educacional reforça essa prática ao indicar que o aprendizado torna-se mais 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 6 
 
eficaz quando conectado aos interesses, necessidades e contextos culturais do estudante (Adams, 
2022). 
O desenvolvimento do sujeito crítico, na visão freireana, implica formar indivíduos que 
não sejam meros objetos receptores, mas sujeitos ativos que interpretam e transformam o mundo 
(Freire, 1992). Esse objetivo converge com estudos da Psicologia Educacional que apontam a 
importância do pensamento crítico e da autorregulação para que o estudante atue de forma 
participativa e reflexiva no processo de aprendizagem (Demo, Ischkanian, Cabral, Ferreira, 
Carvalho & Ischkanian, 2025). 
A reflexão crítica e a ação transformadora são dimensões indissociáveis na pedagogia 
freireana. A educação deve gerar consciência crítica sobre a realidade, levando o sujeito a agir 
para transformá-la. Essa concepção de práxis – reflexão e ação – encontra respaldo em pesquisas 
sobre empoderamento educacional, inclusão e diálogo como ferramentas de desenvolvimento 
psíquico e social (Belchior et al., 2025). 
O respeito e o acolhimento são também fundamentos da educação libertadora. O processo 
educativo deve reconhecer as experiências dos alunos, valorizar seus saberes e construir ambientes 
de escuta ativa e confiança (Freire, 1994). A Psicologia Educacional reforça esse princípio ao 
demonstrar que o desenvolvimento socioemocional é essencial para a aprendizagem e para a 
formação de sujeitos saudáveis e autônomos (Immordino-Yang; Damasio, 2007). 
Diante das demandas contemporâneas, a pedagogia freireana se mostra ainda mais 
necessária, especialmente no combate às práticas excludentes e autoritárias presentes em muitas 
escolas. A Psicologia Educacional, ao dialogar com os princípios freireanos, contribui para 
estruturar práticas pedagógicas inclusivas, democráticas e sensíveis às diferenças (Ferreira, 
Ischkanian, Cabral, Filgueiras, Carvalho, Ischkanian & Carvalho, 2025). 
O estudo realizado por meio de grupo focal de pesquisas bibliográficas e documentais 
permitiu identificar padrões e tendências relevantes na interseção entre a pedagogia freireana e a 
Psicologia Educacional. Ao selecionar e analisar documentos em bases digitais, livros clássicos, 
periódicos científicos e produções contemporâneas, os pesquisadores puderam compreender como 
conceitos centrais de Paulo Freire dialogam com achados da neuropsicologia e das ciências 
cognitivas, oferecendo subsídios para práticas pedagógicas mais emancipatórias e inclusivas 
(Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & Ischkanian, 2025). 
O primeiro eixo de análise, a autonomia como construção coletiva, destaca que a 
liberdade do educando não se concretiza isoladamente, mas no contexto de interações sociais e 
educativas significativas. A autonomia não é um ponto de chegada individual, mas um processo 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL.Página 7 
 
contínuo de construção, no qual o estudante aprende a tomar decisões, expressar-se criticamente e 
colaborar com os outros, enquanto o educador atua como facilitador e mediador (Freire, 1996). 
A pedagogia freireana enfatiza que a autonomia se desenvolve por meio do diálogo, da 
reflexão e da prática social consciente. A participação ativa do estudante no planejamento e na 
execução de atividades educativas é fundamental para que ele perceba que sua voz tem valor, 
contribuindo para a construção de um ambiente de aprendizagem colaborativo e democrático 
(Demo, Ischkanian, Cabral, Ferreira, Carvalho & Ischkanian, 2025). 
A Psicologia Educacional complementa essa perspectiva ao evidenciar que processos 
cognitivos e socioemocionais estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento da autonomia. 
Estudos indicam que a autorregulação, a empatia e a capacidade de resolução de problemas são 
habilidades que se fortalecem em contextos de aprendizagem cooperativa e de respeito às 
diferenças individuais (Posner; Rothbart, 2007). 
O segundo eixo, a aprendizagem significativa como articulação entre saberes cotidianos e 
científicos, evidencia que o conhecimento formal não pode ser desconectado da experiência vivida 
pelo estudante. Freire (1982) propõe que a educação deve partir do universo do aluno, utilizando 
seus saberes prévios como ponto de partida para problematizar a realidade e construir novos 
significados, fortalecendo a compreensão crítica. 
Essa abordagem valoriza a experiência pessoal, cultural e social do educando, permitindo 
que ele perceba a relevância prática dos conteúdos escolares. A aprendizagem significativa não se 
limita à memorização de conceitos, mas resulta da interação entre conhecimento formal, vivências 
cotidianas e reflexão crítica, promovendo um aprendizado duradouro e transformador (Santos, 
Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & Ischkanian, 2025). 
A Psicologia Educacional apoia a construção da aprendizagem significativa ao 
demonstrar que o cérebro humano é plástico e responde positivamente a experiências 
contextualizadas, emocionalmente envolventes e socialmente interativas (Kolb; Gibb, 2011; 
Sousa, 2011). Ambientes que conectam teoria e prática favorecem a atenção, a motivação e a 
consolidação de memórias de longo prazo. 
O terceiro eixo, o desenvolvimento humano como processo contínuo de conscientização, 
articula o conceito freireano de educação como prática de liberdade com achados das 
neurociências. O desenvolvimento pleno do sujeito exige que ele seja estimulado a refletir sobre si 
mesmo, sobre sua história e sobre a sociedade, promovendo mudanças internas que repercutem em 
ações externas transformadoras (Freire, 1992). 
Esse eixo também incorpora a Psicologia Educacional e a neuropsicologia ao destacar 
que fatores emocionais, cognitivos e sociais interagem constantemente para sustentar o 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 8 
 
aprendizado e o crescimento pessoal. A consciência crítica se fortalece quando o educando 
reconhece suas emoções, estabelece metas de aprendizado e participa de atividades que promovem 
engajamento e sentido pessoal (Immordino-Yang; Damasio, 2007; McEwen, 2012). 
A interconexão entre desenvolvimento humano e aprendizagem significativa demonstra 
que conhecimento e consciência não podem ser separados do contexto social. Freire (1996) 
reforça que o educando se torna sujeito ativo, capaz de transformar sua realidade, quando 
experiências educativas promovem reflexão crítica e ação coletiva, conectando processos internos 
de desenvolvimento com práticas externas de intervenção social. 
O quarto eixo, práticas pedagógicas inclusivas que rompem com posturas autoritárias, 
evidencia a importância de transformar a escola em um espaço democrático, em que todos os 
alunos, independentemente de suas condições sociais, culturais ou cognitivas, possam participar 
plenamente do processo educativo (Demo, Ischkanian, Cabral, Santos, Carvalho, Ischkanian, 
Venditte & Carvalho, 2025). 
Essas práticas incluem a valorização de vozes historicamente marginalizadas, a promoção 
de atividades colaborativas e o estímulo à reflexão crítica sobre normas e estruturas sociais. A 
inclusão não é apenas física, mas epistemológica e afetiva, permitindo que cada estudante 
contribua ativamente para a construção do conhecimento coletivo (Belchior, Ischkanian, Cabral, 
Ischkanian, Carvalho & Carvalho, 2025). 
A articulação entre autonomia, aprendizagem significativa, desenvolvimento humano e 
práticas inclusivas reforça a concepção freireana de educação como ato político e ético. A escola, 
nesse modelo, torna-se um espaço de formação integral, no qual os estudantes desenvolvem 
competências cognitivas, socioemocionais e éticas, preparadas para atuar de forma crítica e 
solidária na sociedade. 
O estudo do grupo focal demonstra que a integração entre pedagogia freireana e 
Psicologia Educacional possibilita compreender como processos mentais, afetivos e sociais 
interagem para sustentar práticas pedagógicas emancipatórias. O conhecimento científico acerca 
do cérebro e do desenvolvimento humano reforça a necessidade de práticas educativas dialógicas, 
participativas e contextualizadas. 
O aprofundamento em cada eixo revela que a autonomia, a aprendizagem significativa, o 
desenvolvimento humano e a inclusão não são metas isoladas, mas dimensões interdependentes. 
Cada eixo influencia e fortalece os demais, consolidando um modelo de educação que promove a 
emancipação intelectual, social e emocional dos sujeitos, alinhado aos princípios freireanos de 
respeito, diálogo e humanização. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 9 
 
A análise detalhada dos quatro eixos do estudo evidencia que a integração de Paulo Freire 
e da Psicologia Educacional contribui para práticas pedagógicas transformadoras, inclusivas e 
emancipatórias. O uso de grupo focal e pesquisa documental permite não apenas mapear 
tendências teóricas e práticas, mas também oferecer subsídios concretos para a construção de 
ambientes de aprendizagem críticos, afetivos e socialmente responsáveis, reafirmando a relevância 
de uma educação comprometida com a formação integral do sujeito humano. 
Ao integrar a pedagogia freireana com a Psicologia Educacional, percebe-se que ambas 
caminham no sentido de fortalecer a prática pedagógica emancipatória. Essa integração destaca a 
importância de processos dialógicos, críticos e afetivos, que promovem não apenas a aquisição de 
conhecimentos, mas também o desenvolvimento integral do ser humano em sua dimensão 
cognitiva, social e emocional. 
Discutir Paulo Freire e a Psicologia Educacional sob a ótica da autonomia, aprendizagem 
e desenvolvimento é reafirmar a educação como prática libertadora, comprometida com a 
humanização e com a transformação social. Trata-se de um debate atual e necessário, que articula 
teoria e prática, filosofia e ciência, pedagogia e psicologia, em busca de uma educação 
democrática que respeite a diversidade e fortaleça sujeitos críticos, criativos e emancipados. 
2. DESENVOLVIMENTO 
A pedagogia freireana, ao conceber a educação como prática da liberdade, propõe uma 
ruptura radical com o modelo bancário de ensino, que reduz o estudante a mero receptor de 
conteúdos. Nesse sentido, a autonomia não é compreendida como algo dado, mas como conquista 
coletiva, resultante do exercício do diálogo, da problematização da realidade e da construção 
compartilhada do conhecimento (Freire, 1996). Esse conceito dialoga diretamente com a 
Psicologia Educacional, que busca compreender os processos cognitivos e socioemocionais que 
favorecem a aprendizagem significativa e o desenvolvimento humano integral (Posner; Rothbart, 
2007). 
A Psicologia Educacional amplia essa perspectiva ao evidenciar que o aprendizado ocorre 
de forma mais eficaz quando associado a contextos de interação, motivação e afeto. Pesquisasem 
neurociência e cognição apontam que fatores emocionais e relacionais desempenham papel 
decisivo na consolidação da memória e na autorregulação do sujeito, aspectos que reforçam a 
importância de práticas educativas centradas no diálogo e no respeito mútuo (Immordino-Yang; 
Damasio, 2007; Sousa, 2011). Autonomia e aprendizagem crítica não se constroem em ambientes 
autoritários ou mecânicos, mas em espaços pedagógicos que reconhecem a complexidade do ser 
humano em sua dimensão cognitiva, afetiva e social. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 10 
 
O desenvolvimento humano, entendido como processo contínuo de conscientização, 
ocupa papel central nesse diálogo. Para Freire (1992), a conscientização é a capacidade de 
perceber a realidade não de maneira ingênua, mas crítica, possibilitando a ação transformadora. 
Essa concepção encontra respaldo em pesquisas da neuropsicologia, que demonstram como a 
plasticidade cerebral permite ao sujeito reorganizar-se diante de novas experiências, fortalecendo 
sua autonomia e seu senso crítico (Kolb; Gibb, 2011; McEwen, 2012). Educação e 
desenvolvimento se tornam faces de um mesmo processo, em que refletir e agir sobre o mundo são 
movimentos inseparáveis. 
A aprendizagem significativa, compreendida como resultado da articulação entre saberes 
cotidianos, conhecimentos científicos e experiências de vida. Paulo Freire (1982) sustenta que o 
ponto de partida da educação deve ser sempre o universo vocabular e cultural do educando, de 
modo que os conteúdos escolares façam sentido e possam ser ressignificados no processo de 
problematização. A Psicologia Educacional corrobora essa ideia ao indicar que os processos de 
atenção, memória e motivação se fortalecem quando o estudante reconhece a relevância do que 
aprende para sua vida prática (Shonkoff; Phillips, 2000). 
A inclusão, como eixo da prática pedagógica, representa também um ponto de 
convergência entre Freire e a Psicologia Educacional. Ao propor uma educação democrática, 
Freire defende a superação das práticas autoritárias e excludentes que historicamente marcaram a 
escola. Esse princípio é reforçado por estudos contemporâneos que evidenciam a necessidade de 
criar ambientes de aprendizagem sensíveis às diferenças individuais e coletivas, garantindo não 
apenas acesso, mas efetiva participação dos estudantes (Belchior, Ischkanian, Cabral, Ischkanian, 
Carvalho & Carvalho, 2025). 
As práticas pedagógicas inclusivas, quando ancoradas em pressupostos freireanos e 
psicológicos, ampliam o sentido de comunidade e pertencimento, essenciais para o 
desenvolvimento socioemocional e cognitivo. Nessa perspectiva, a escola deixa de ser espaço de 
reprodução de desigualdades e passa a ser locus de acolhimento, diálogo e construção coletiva do 
saber (Demo, Ischkanian, Cabral, Santos, Carvalho, Ischkanian, Venditte & Carvalho, 2025). Tal 
movimento reforça a concepção de que a educação emancipatória deve combater não apenas a 
exclusão escolar, mas todas as formas de opressão e silenciamento. 
A análise desenvolvida pelo grupo focal evidencia ainda que os quatro eixos — 
autonomia, aprendizagem significativa, desenvolvimento humano e práticas inclusivas — não 
podem ser pensados de forma isolada. Ao contrário, eles se entrelaçam e se fortalecem 
mutuamente, compondo uma visão integrada de educação. A autonomia só se consolida quando o 
sujeito vivencia experiências de aprendizagem significativa; o desenvolvimento humano só se 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 11 
 
efetiva em ambientes inclusivos; e as práticas pedagógicas inclusivas só são possíveis quando 
articuladas a processos de conscientização crítica (Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho 
& Ischkanian, 2025). 
A Psicologia Educacional oferece ferramentas para compreender os mecanismos pelos 
quais os processos de ensino-aprendizagem ocorrem, sem perder de vista a dimensão ética, 
política e cultural defendida por Freire. Ao integrar achados científicos sobre o funcionamento 
cerebral com a pedagogia dialógica, torna-se possível construir práticas educativas mais eficazes e 
humanizadoras, que unem rigor acadêmico e sensibilidade social. 
Discutir Paulo Freire e a Psicologia Educacional implica compreender que a educação 
transcende a simples transmissão de conteúdos, devendo atuar como um instrumento de 
humanização, reflexão crítica e transformação social. A pedagogia freireana se mostra 
particularmente relevante, ao propor que o aprendizado seja um processo dialógico, em que 
educadores e educandos constroem conhecimentos de forma recíproca, valorizando experiências, 
saberes prévios e contextos de vida. Essa perspectiva enfatiza que a educação não deve apenas 
preparar para o mercado de trabalho, mas formar sujeitos conscientes, capazes de intervir no 
mundo e promover mudanças significativas em suas comunidades. 
A Psicologia Educacional oferece importantes contribuições para esse debate ao 
evidenciar como fatores cognitivos, emocionais e sociais interagem no processo de aprendizagem. 
Pesquisas em neurociência e psicologia do desenvolvimento mostram que a motivação, a atenção, 
a autorregulação emocional e as experiências sociais são determinantes para a consolidação do 
conhecimento e para o desenvolvimento integral do indivíduo. Ao integrar essas descobertas com 
a pedagogia freireana, percebe-se que a autonomia e a aprendizagem crítica não são apenas 
objetivos pedagógicos, mas resultados de práticas educativas que promovem interação, reflexão e 
engajamento significativo. 
Diante dos desafios da sociedade contemporânea, marcada por desigualdades, exclusão 
social e mudanças tecnológicas rápidas, o diálogo entre Paulo Freire e a Psicologia Educacional se 
torna ainda mais urgente. É necessário criar ambientes de ensino que incorporem tecnologias 
digitais sem abrir mão do diálogo crítico e da construção coletiva do conhecimento. 
Autonomia, aprendizagem significativa e desenvolvimento humano integral são 
dimensões inseparáveis de uma educação libertadora, que busca a formação de sujeitos éticos, 
criativos e socialmente responsáveis. Essa integração reafirma que a educação deve ser um espaço 
de empoderamento, inclusão e transformação, consolidando valores de justiça, solidariedade e 
respeito à dignidade humana. 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 12 
 
2.1. AUTONOMIA COMO CONSTRUÇÃO CONTÍNUA E COLETIVA 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 13 
 
A autonomia do educando deve ser compreendida como um processo contínuo, que se 
constrói ao longo do tempo e não como um ponto final a ser alcançado. Esse entendimento reforça 
a visão de que a educação não consiste apenas na transmissão de conteúdos, mas na formação de 
sujeitos críticos, capazes de interagir, refletir e transformar sua realidade. Nesse sentido, a 
autonomia envolve uma dimensão cognitiva, emocional e social, exigindo que o estudante se 
engaje ativamente em situações de aprendizagem que promovam a participação, a 
responsabilidade e o pensamento crítico (Freire, 1996; Adams, 2022). 
O processo de construção da autonomia depende de relações dialógicas, em que o 
educador atua como mediador, escutando o estudante e problematizando conjuntamente as 
situações apresentadas. O diálogo se torna, portanto, o meio pelo qual o sujeito compreende o 
mundo e suas próprias potencialidades, tornando-se capaz de tomar decisões conscientes. A 
Psicologia Educacional contribui para esse entendimento ao demonstrar que a interação social, a 
escuta ativa e a troca de experiências favorecem o desenvolvimento de habilidades 
autorregulatórias e de resolução de problemas (Posner; Rothbart, 2007; McEwen, 2012). 
A autonomia também se fortalece quando os estudantes têm oportunidades de planejar, 
executar e avaliar suas próprias ações. Projetos interdisciplinares e atividades colaborativas 
oferecem contextos ricos paraque os alunos desenvolvam o senso de responsabilidade, aprendam 
a lidar com conflitos e tomem decisões fundamentadas em análise crítica. Esse tipo de prática 
pedagógica evidencia a relevância da autonomia como resultado de experiências práticas, 
integrando teoria e ação, e mostrando que o aprendizado ocorre de forma ativa e participativa 
(Belchior, Ischkanian, Cabral, Ischkanian, Carvalho & Carvalho, 2025). 
O estudante que compreende suas condições de vida, suas limitações e potencialidades se 
torna capaz de intervir no mundo de maneira mais consciente. A educação atua como catalisadora 
do processo de emancipação, ao proporcionar meios para que o educando se reconheça como 
agente transformador, capaz de refletir e agir sobre sua realidade (Demo, Ischkanian, Cabral, 
Ferreira, Carvalho & Ischkanian, 2025). 
Juliana Balta Ferreira (2025) destaca que, ao reconhecer que o estudante que 
compreende suas condições de vida, suas limitações e potencialidades se torna capaz de intervir 
no mundo de maneira mais consciente, a mediação pedagógica deve ocorrer por meio de práticas 
educativas que valorizem o protagonismo do educando, promovam o desenvolvimento de 
habilidades de pensamento crítico, fomentem a autonomia e incentivem a capacidade de agir 
sobre sua própria realidade, criando um espaço de aprendizagem que não seja apenas 
transformador, mas também profundamente gratificante e inovador, pois a educação se consolida 
como instrumento de emancipação, autodescoberta contínua e fortalecimento da cidadania, 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 14 
 
permitindo que o estudante se torne agente ativo na construção de seu projeto de vida e na 
transformação social. 
Simone Helen Drumond Ischkanian (2025) enfatiza que, quando o estudante compreende 
suas condições de vida, limitações e potencialidades, ele se torna capaz de intervir no mundo de 
forma mais consciente, sendo essencial que a mediação pedagógica proporcione experiências de 
aprendizagem que integrem teoria e prática, incentivem a reflexão crítica, favoreçam a 
colaboração e promovam a criatividade, de modo que o educando reconheça seu papel de agente 
transformador, vivencie a gratificação de construir conhecimento de maneira autônoma e 
experiencie práticas inovadoras que ampliem seu senso de responsabilidade social, fortaleçam 
sua autoestima e consolidem a educação como ferramenta de emancipação e transformação 
pessoal e coletiva. 
Gladys Nogueira Cabral (2025) destaca que, ao compreender suas condições de vida e 
suas potencialidades, o estudante desenvolve uma consciência ampliada sobre seu lugar no 
mundo, tornando-se capaz de agir de forma deliberada e crítica, e que a mediação pedagógica 
deve, portanto, criar ambientes inclusivos, reflexivos e interativos, nos quais o educando tenha 
oportunidade de experimentar processos de aprendizagem significativos, que estimulem a 
investigação, a criatividade e o pensamento crítico, de modo que a educação se transforme em um 
processo inovador, gratificante e libertador, capaz de promover o desenvolvimento integral do 
indivíduo e a transformação da realidade em que está inserido. 
Nivea Maria Costa Vieira (2025) afirma que o estudante, ao reconhecer suas limitações 
e potencialidades, torna-se apto a intervir com consciência em sua realidade, e que o papel do 
educador consiste em mediar o processo de aprendizagem mediante práticas que incentivem a 
experimentação, a reflexão crítica e a autonomia, favorecendo a construção de conhecimento de 
maneira participativa, dinâmica e significativa, permitindo que o educando perceba a educação 
como uma experiência inovadora, gratificante e emancipatória, que amplia sua capacidade de 
atuação na sociedade, fortalece seu senso de agência pessoal e promove a construção de um 
futuro pautado na transformação social e na valorização de suas próprias competências. 
Silvana Nascimento de Carvalho (2025) ressalta que o estudante que compreende suas 
condições de vida, limitações e potencialidades adquire maior capacidade de reflexão crítica e de 
ação consciente, e que a mediação pedagógica deve privilegiar estratégias que estimulem o 
protagonismo, o diálogo, a colaboração e a criatividade, permitindo que o educando se torne 
sujeito ativo de seu processo de aprendizagem, experimentando práticas inovadoras e 
gratificantes, em que a educação se configura não apenas como instrumento de conhecimento, 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 15 
 
mas como ferramenta de emancipação, autotransformação e promoção do desenvolvimento 
integral, fortalecendo sua participação na sociedade de forma consciente e responsável. 
Sandro Garabed Ischkanian (2025) aponta que, ao reconhecer suas potencialidades e 
limitações, o estudante se torna capaz de intervir de maneira crítica e consciente em sua 
realidade, sendo fundamental que a mediação pedagógica ofereça experiências contextualizadas, 
significativas e interativas, que integrem análise, reflexão e ação transformadora, permitindo que 
o educando perceba o processo de aprendizagem como inovador e gratificante, capaz de 
promover sua autonomia, estimular a criatividade e fortalecer o senso de agência, consolidando a 
educação como instrumento de emancipação, transformação social e construção de competências 
essenciais para a vida e a cidadania. 
Gabriel Nascimento de Carvalho (2025) destaca que a compreensão que o estudante 
adquire sobre suas condições de vida, limitações e potencialidades constitui elemento central 
para que ele possa atuar de maneira crítica e consciente em sua realidade, e que a mediação 
pedagógica deve privilegiar práticas que integrem reflexão, criatividade, investigação e 
protagonismo, de modo que o educando se reconheça como agente transformador de sua própria 
trajetória e da sociedade, experimentando a aprendizagem como um processo inovador e 
gratificante, capaz de fomentar a autonomia, o desenvolvimento integral, a emancipação 
intelectual e social, e a construção de conhecimentos que contribuam para a transformação 
pessoal e coletiva. 
A participação coletiva também é um elemento central na construção da autonomia. 
Quando os estudantes atuam em grupos colaborativos, trocam experiências e assumem 
responsabilidades conjuntas, desenvolvem não apenas habilidades cognitivas, mas também 
competências socioemocionais, como empatia, tolerância e cooperação. Essa dimensão coletiva 
reforça a ideia de que a autonomia não é um processo individual isolado, mas uma conquista que 
se dá no contexto de interações sociais significativas (Cerqueira, 2025). 
A autonomia, nesse contexto, está intrinsecamente ligada à capacidade de reflexão crítica. 
O estudante deve ser incentivado a questionar, analisar e problematizar situações cotidianas, 
relacionando-as com conhecimentos adquiridos e experiências prévias. A Psicologia Educacional 
mostra que esse tipo de reflexão estimula o desenvolvimento de habilidades metacognitivas, 
permitindo que o sujeito aprenda a aprender, planeje estratégias e avalie seus próprios processos 
cognitivos (Sousa, 2011). 
A formação da autonomia também envolve a internalização de valores éticos e sociais. O 
estudante autônomo aprende a agir com responsabilidade, respeitar o outro e colaborar na 
construção de espaços de aprendizagem democráticos. O desenvolvimento dessas competências 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 16 
 
está relacionado à capacidade de autorregulação emocional, à empatia e ao reconhecimento da 
diversidade de perspectivas, elementos essenciais para a convivência em ambientes educacionais 
inclusivos e saudáveis (Immordino-Yang; Damasio, 2007). 
A experiência prática, portanto, é indispensável na construção da autonomia. O estudante 
precisa vivenciar situações desafiadoras, testar hipóteses, experimentar alternativas e refletir sobre 
os resultados. Esse processo de tentativa e erro, aliado à orientaçãodo educador, fortalece a 
confiança do aluno em suas próprias capacidades e o estimula a assumir protagonismo sobre seu 
aprendizado (Kolb; Gibb, 2011). 
O desenvolvimento da autonomia também se manifesta na capacidade de planejamento e 
tomada de decisão (Demo, Ischkanian, Cabral, Ferreira, Carvalho & Ischkanian, 2025). Ao 
enfrentar problemas concretos e contextualizados, os estudantes aprendem a estabelecer objetivos, 
organizar recursos, avaliar alternativas e assumir as consequências de suas escolhas. Esse conjunto 
de habilidades está diretamente relacionado ao conceito de autorregulação, fundamental para o 
aprendizado autônomo e para a construção de sujeitos críticos e participativos (McEwen, 2012). 
A autonomia não se limita à esfera cognitiva, mas abrange também dimensões afetivas e 
emocionais. A confiança em si mesmo, a autoestima e o manejo adequado das emoções são fatores 
que influenciam diretamente a capacidade do estudante de agir de forma autônoma. Ambientes 
educacionais que promovem escuta, acolhimento e valorização do aluno contribuem para o 
desenvolvimento integral da autonomia (Belchior, Ischkanian, Cabral, Ischkanian, Carvalho & 
Carvalho, 2025). 
O papel do educador é crucial nesse processo, pois é ele quem cria condições favoráveis 
para a autonomia, mediando experiências, oferecendo desafios adequados e estimulando a 
reflexão. O educador deve perceber o estudante como sujeito ativo, capaz de tomar decisões e 
contribuir para o próprio aprendizado, e não apenas como receptor de conteúdos (Demo, 
Ischkanian, Cabral, Ferreira, Carvalho & Ischkanian, 2025). 
A tecnologia também pode ser aliada na construção da autonomia, quando utilizada de 
maneira crítica e reflexiva. Ferramentas digitais permitem que os estudantes acessem informações, 
realizem pesquisas, produzam conteúdos e compartilhem resultados, fortalecendo a capacidade de 
aprender de forma independente e colaborativa (Adams, 2022; Vieira, 2021). 
A autonomia se manifesta, ainda, na capacidade de resolver conflitos e lidar com 
situações de incerteza. Estudantes que desenvolvem habilidades de negociação, adaptação e 
solução de problemas complexos tornam-se mais confiantes e capazes de agir em diferentes 
contextos sociais e acadêmicos, consolidando sua postura crítica e participativa (Cerqueira, 2025). 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 17 
 
O processo de autonomia também requer tempo e continuidade. Não se trata de um 
resultado imediato, mas de uma construção progressiva, em que o estudante acumula experiências, 
reflexões e aprendizados que fortalecem sua capacidade de agir de forma consciente e 
responsável. Essa perspectiva reforça a importância de práticas pedagógicas consistentes e 
intencionais (Freire, 1996). 
A avaliação da autonomia deve ser compreendida de forma ampla, considerando não 
apenas resultados acadêmicos, mas também atitudes, habilidades sociais, participação ativa e 
capacidade de reflexão crítica. Avaliações qualitativas, autoavaliações e feedback constante 
contribuem para fortalecer a percepção do aluno sobre sua própria autonomia (Belchior, 
Ischkanian, Cabral, Ischkanian, Carvalho & Carvalho, 2025). 
A autonomia não se limita à capacidade de tomar decisões individuais; ela se manifesta 
na habilidade do estudante de compreender as implicações de suas ações sobre o coletivo. Nesse 
sentido, a educação que visa formar sujeitos autônomos deve incorporar valores éticos e sociais, 
estimulando o engajamento com problemas reais da comunidade e incentivando a reflexão sobre 
justiça, equidade e solidariedade. Ao perceber-se parte de um contexto maior, o educando aprende 
a equilibrar interesses pessoais e coletivos, promovendo decisões mais conscientes e responsáveis, 
que impactam positivamente seu ambiente social. 
A autonomia está profundamente ligada à capacidade de diálogo e colaboração. Um 
estudante autônomo sabe ouvir, respeitar diferentes pontos de vista e participar de forma crítica e 
construtiva em processos coletivos de aprendizagem. Essa competência fortalece ambientes 
democráticos na escola, nos quais o conhecimento é co-construído e cada voz tem valor. A prática 
pedagógica que promove essa forma de autonomia reconhece que o desenvolvimento cognitivo 
não ocorre isoladamente, mas em constante interação com os outros, fortalecendo habilidades de 
empatia, negociação e resolução de conflitos. 
A dimensão ética da autonomia reforça a ideia de que aprender a pensar criticamente 
implica também aprender a agir de forma responsável. 
A educação voltada para a autonomia prepara o estudante para enfrentar dilemas morais e 
sociais, incentivando-o a transformar a realidade de maneira ética e sustentável. Esse processo 
integra de forma indissociável o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e ético, consolidando 
uma formação integral que não apenas transmite conhecimento, mas também forma cidadãos 
conscientes, solidários e capazes de promover mudanças significativas em sua comunidade. 
Reconhecer a centralidade da autonomia na aprendizagem significa valorizar a capacidade do 
educando de refletir sobre sua própria realidade, tomar decisões conscientes e agir de forma ética e 
responsável. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 18 
 
2.2. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ARTICULADA A EXPERIÊNCIAS DE VIDA 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 19 
 
A aprendizagem significativa, segundo a pedagogia freireana, deve emergir da realidade 
concreta do educando, valorizando seus saberes prévios, experiências pessoais e contextos 
culturais. Esse processo permite que o estudante se reconheça como sujeito ativo da própria 
aprendizagem, promovendo engajamento, motivação e senso de pertencimento (Freire, 1982; 
Freire, 1996). A Psicologia Educacional evidencia que quando o conhecimento é construído a 
partir de experiências vividas, ocorre maior consolidação da memória e fortalecimento das 
conexões cognitivas, potencializando a retenção e aplicação dos conteúdos. 
Ao partir do universo experiencial do estudante, a pedagogia freireana promove uma 
aprendizagem contextualizada, na qual os conteúdos escolares se conectam com situações do 
cotidiano (Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & Ischkanian, 2025). Essa abordagem 
transforma a aprendizagem em um processo significativo, pois permite que o educando 
compreenda a aplicabilidade prática do que está sendo aprendido, tornando-se capaz de articular 
teoria e prática. 
A articulação entre saberes cotidianos e conhecimento científico é central para a 
construção da aprendizagem significativa. Ao relacionar vivências pessoais com conceitos 
acadêmicos, o estudante desenvolve pensamento crítico e habilidades de análise, sendo capaz de 
problematizar a realidade e propor soluções fundamentadas (Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, 
Ischkanian & Carvalho, 2025). A Psicologia Educacional mostra que essa integração aumenta a 
motivação intrínseca e estimula a curiosidade, elementos essenciais para um aprendizado 
duradouro (Immordino-Yang; Damasio, 2007). 
A aprendizagem significativa não ocorre de forma passiva, mas exige participação ativa, 
reflexão e interação com colegas e professores (Freire, 1996). O diálogo se torna ferramenta 
pedagógica essencial, pois permite que diferentes perspectivas sejam consideradas e que o 
conhecimento seja co-construído de maneira colaborativa, reforçando a autonomia intelectual do 
estudante. 
A relevância da experiência pessoal para a aprendizagem também encontra respaldo na 
neurociência educacional. Pesquisas indicam que quando o aprendizado se conecta a experiências 
emocionais e sociais, há maior ativação de áreas cerebrais ligadas à memória, atenção e tomada de 
decisão (Shonkoff; Phillips, 2000). Essa perspectiva reforça que a aprendizagem significativa é 
multidimensional, envolvendo aspectos cognitivos, afetivos e contextuais. 
A problematizaçãoda realidade é outro princípio freireano que fortalece a aprendizagem 
significativa (Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & Ischkanian, 2025). Ao refletir 
sobre situações concretas e relacioná-las com conteúdos acadêmicos, o estudante desenvolve 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 20 
 
habilidades metacognitivas, aprendendo a pensar sobre seu próprio processo de aprendizagem, 
avaliar estratégias e ajustar atitudes de acordo com os resultados obtidos. 
A utilização de temas geradores – problemas ou questões centrais da vida do estudante – 
permite que o conhecimento seja construído a partir de demandas reais e significativas (Freire, 
1982). Essa abordagem proporciona maior engajamento e sentido à aprendizagem, pois conecta os 
conteúdos curriculares à experiência de vida do aluno, promovendo aprendizagem crítica e 
reflexiva. 
A aprendizagem significativa também se relaciona à dimensão socioemocional do 
estudante. Ambientes educativos que valorizam a escuta ativa, o diálogo respeitoso e a valorização 
das experiências individuais estimulam a autoestima, a confiança e a disposição para enfrentar 
desafios cognitivos e emocionais. 
A integração entre tecnologia e pedagogia freireana pode ampliar a aprendizagem 
significativa, desde que utilizada de forma crítica e contextualizada (Vieira, 2021). Ferramentas 
digitais oferecem recursos para pesquisa, produção e compartilhamento de conhecimento, 
permitindo que o estudante articule suas experiências de vida com conteúdos científicos, 
desenvolvendo competências cognitivas e digitais simultaneamente. 
Projetos interdisciplinares e atividades colaborativas contribuem para a construção de 
aprendizagens significativas, pois envolvem planejamento, execução e avaliação compartilhada. 
Nessas atividades, o estudante aprende a tomar decisões, resolver problemas e colaborar, 
fortalecendo habilidades cognitivas, socioemocionais e éticas (Santos, Ischkanian, Cabral, 
Carvalho, Ischkanian & Carvalho, 2025). 
O processo de aprendizagem significativa não é linear e exige tempo, reflexão e 
revisitação das experiências (Freire, 1996). Ao revisitar suas vivências e relacioná-las com novos 
conhecimentos, o educando constrói uma compreensão mais profunda e integrada do mundo, 
desenvolvendo capacidade crítica e autonomia intelectual. 
A aprendizagem significativa também se beneficia da diversidade cultural e social 
presente em salas de aula. A interação com colegas de diferentes contextos permite que o 
estudante amplie sua visão de mundo, reconheça múltiplas perspectivas e desenvolva empatia, 
habilidades essenciais para a formação integral (Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & 
Ischkanian, 2025). 
A reflexão crítica sobre experiências pessoais, aliada ao conhecimento científico, 
estimula o desenvolvimento de competências analíticas e argumentativas (Sousa, 2011). O 
estudante aprende a questionar informações, relacionar causas e consequências e propor soluções 
fundamentadas, consolidando o aprendizado de forma significativa e duradoura. 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 21 
 
A prática docente desempenha papel fundamental na articulação entre experiência e 
aprendizagem (Freire, 1996; Santos, Ischkanian, Cabral, Carvalho, Carvalho & Ischkanian, 2025). 
O educador deve criar oportunidades para que o estudante relacione experiências de vida com 
conteúdos curriculares, promovendo problematização, investigação e construção colaborativa do 
conhecimento. 
Avaliar a aprendizagem significativa envolve considerar não apenas resultados 
acadêmicos, mas também habilidades de reflexão, análise crítica e capacidade de relacionar 
conteúdos com experiências pessoais (Shonkoff; Phillips, 2000). Avaliações formativas, 
autoavaliações e feedback contínuo reforçam o engajamento e fortalecem a percepção de sentido 
no processo educativo. 
A discussão sobre Paulo Freire e a Psicologia Educacional evidencia que a educação 
libertadora não é uma utopia, mas um compromisso ético e pedagógico que exige reflexão 
profunda sobre os objetivos e métodos do ensino. A concepção freireana propõe que o processo 
educativo não se limite à transmissão de conteúdos, mas se estabeleça como um espaço de 
diálogo, construção coletiva e problematização da realidade. O educador assume o papel de 
facilitador, orientador e mediador, enquanto o educando é reconhecido como sujeito ativo, capaz 
de interpretar, questionar e transformar o mundo ao seu redor. 
O compromisso ético da educação libertadora está ligado à promoção da dignidade 
humana e à valorização da singularidade de cada educando. Isso implica reconhecer que todos os 
estudantes trazem consigo experiências de vida, saberes prévios e contextos culturais específicos, 
que devem ser incorporados ao processo de aprendizagem. A Psicologia Educacional reforça essa 
perspectiva ao mostrar que a motivação, o engajamento e a consolidação do conhecimento estão 
diretamente relacionados ao reconhecimento da experiência individual, ao respeito às diferenças e 
à criação de ambientes emocionalmente seguros e acolhedores. 
A complexidade do processo de ensino-aprendizagem reside na interação de múltiplos 
fatores cognitivos, emocionais e sociais que influenciam a aquisição de conhecimentos e 
habilidades. Estudos em neurociência e psicologia do desenvolvimento demonstram que a 
aprendizagem significativa depende não apenas da exposição a conteúdos, mas também da 
ativação de emoções, da atenção focada, da reflexão crítica e da prática contextualizada. Portanto, 
uma educação que busca formar sujeitos autônomos e críticos deve integrar abordagens 
pedagógicas que promovam essa interação dinâmica entre cognição e emoção. 
A autonomia, nesse contexto, emerge como um eixo central da educação libertadora. Para 
Freire, a autonomia não é um ponto de chegada, mas um processo contínuo de conscientização, 
reflexão e ação sobre a própria realidade. A Psicologia Educacional corrobora essa ideia ao 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 22 
 
evidenciar que a capacidade de autogestão, tomada de decisão e autorregulação emocional é 
fortalecida quando o estudante participa ativamente de situações de aprendizagem colaborativa e 
problematizadora. A construção da autonomia exige, portanto, diálogo constante, responsabilidade 
compartilhada e oportunidades de engajamento crítico. 
O desenvolvimento cognitivo e socioemocional é outro aspecto fundamental que deve ser 
considerado na prática educativa. A integração de conteúdos, experiências e habilidades permite 
que o educando não apenas adquira informações, mas também desenvolva capacidade de análise, 
reflexão crítica e resolução de problemas complexos. A Psicologia Educacional destaca que o 
aprendizado eficaz envolve interação social, motivação intrínseca e experiências práticas que 
conectem o conhecimento científico à realidade vivida pelos estudantes, fortalecendo assim o 
desenvolvimento integral. 
A participação democrática na escola é um elemento indispensável da educação 
libertadora. Ela se manifesta na valorização das vozes dos estudantes, na construção coletiva de 
decisões e na promoção de espaços em que o diálogo e a escuta ativa sejam priorizados. Essa 
prática não apenas fortalece a aprendizagem significativa, mas também contribui para a formação 
de cidadãos conscientes, capazes de intervir de forma ética e responsável na sociedade. A 
pedagogia freireana reforça que o exercício da democracia na escola é um aprendizado para a vida 
social e política. 
O respeito à diversidade é outro princípio central que permeia a integração entre Paulo 
Freire e a Psicologia Educacional. Compreender e valorizar diferenças culturais, sociais, 
cognitivas e emocionais é essencial para a criação de ambientes inclusivos, nos quais todos os 
estudantes tenham oportunidades iguais de aprendizagem e desenvolvimento. A Psicologia 
Educacional indicaque práticas inclusivas fortalecem a autoestima, a motivação e o engajamento, 
contribuindo para a construção de uma comunidade escolar mais solidária e cooperativa. 
A problematização da realidade constitui um método pedagógico essencial para a 
formação crítica do educando. Ao invés de receber passivamente informações, o estudante é 
estimulado a questionar, refletir e agir sobre os problemas que fazem parte de sua vida cotidiana. 
Essa abordagem fortalece o pensamento crítico, promove a empatia e estimula a tomada de 
decisões conscientes. A Psicologia Educacional mostra que esse tipo de engajamento cognitivo e 
emocional favorece a retenção de conhecimento e a construção de competências para a vida. 
O papel do educador, nesse modelo, não é apenas instruir, mas facilitar processos de 
aprendizagem que integrem teoria e prática, conhecimento científico e experiência pessoal. O 
educador atua como mediador, orientando, provocando reflexão e promovendo o diálogo entre os 
estudantes. Ao combinar esses elementos, a aprendizagem se torna mais significativa, e os alunos 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 23 
 
desenvolvem autonomia, responsabilidade e habilidades de pensamento crítico que transcendem o 
espaço escolar. 
O uso de tecnologias educacionais, quando integrado de maneira reflexiva, também 
contribui para o fortalecimento da educação libertadora. Ferramentas digitais podem ampliar o 
acesso à informação, possibilitar experiências colaborativas e favorecer a construção coletiva do 
conhecimento, desde que não substituam o diálogo crítico nem desconsiderem a experiência 
concreta dos estudantes. O desafio contemporâneo é equilibrar inovação tecnológica com práticas 
pedagógicas centradas na autonomia e na formação integral do sujeito. 
A integração entre pedagogia freireana e Psicologia Educacional permite compreender 
que a aprendizagem significativa ocorre quando o estudante estabelece conexões entre 
conhecimento teórico e experiências práticas, articulando aspectos cognitivos, afetivos e sociais. 
Essa abordagem promove o engajamento emocional, fortalece a memória e incentiva a reflexão 
crítica, garantindo que o aprendizado seja profundo, relevante e duradouro. 
A educação libertadora também é uma educação ética, pois envolve a construção de 
valores, atitudes e comportamentos que orientam as ações do indivíduo em relação a si mesmo e 
ao outro. Ao promover a autonomia, o respeito à diversidade e a participação democrática, o 
processo educativo contribui para a formação de cidadãos éticos, conscientes de suas 
responsabilidades e capazes de transformar a sociedade de maneira justa e solidária. 
O desenvolvimento integral do educando, que combina cognição, emoção, ética e 
sociabilidade, é um objetivo central da educação libertadora. A Psicologia Educacional demonstra 
que experiências que estimulam a reflexão crítica, a empatia e a cooperação favorecem o 
crescimento intelectual e socioemocional, preparando os estudantes para enfrentar desafios 
complexos e tomar decisões conscientes em contextos diversos. 
Juliana Balta Ferreira (2025) ressalta que o desenvolvimento integral do educando, que 
articula cognição, emoção, ética e sociabilidade, deve ser promovido por práticas educativas que 
estimulam a reflexão crítica, a empatia e a cooperação, de modo que o estudante não apenas 
adquira conhecimentos acadêmicos, mas também fortaleça sua capacidade de compreender e 
interagir de forma ética e responsável com o mundo à sua volta, experimentando a aprendizagem 
como um processo inovador, gratificante e transformador que prepara para enfrentar desafios 
complexos e tomar decisões conscientes em contextos diversos. 
Simone Helen Drumond Ischkanian (2025) afirma que ao investir no desenvolvimento 
integral do educando, articulando aspectos cognitivos, emocionais, éticos e sociais, a educação 
libertadora possibilita experiências de aprendizagem que promovem a reflexão crítica, a empatia 
e a cooperação, fortalecendo tanto o crescimento intelectual quanto o socioemocional, permitindo 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 24 
 
que os estudantes se tornem capazes de lidar com situações complexas de maneira consciente, 
responsável e inovadora, percebendo a educação como instrumento de emancipação pessoal e 
social. 
Gladys Nogueira Cabral (2025) enfatiza que o desenvolvimento integral do educando, 
que combina cognição, emoção, ética e sociabilidade, depende de práticas pedagógicas que 
favoreçam a reflexão crítica, a cooperação e o exercício da empatia, proporcionando 
oportunidades de aprendizagem significativas e transformadoras, que estimulam não apenas a 
aquisição de conhecimento, mas também a construção de habilidades socioemocionais essenciais, 
preparando o estudante para enfrentar desafios complexos, tomar decisões conscientes e atuar de 
forma ética e responsável na sociedade. 
Nivea Maria Costa Vieira (2025) destaca que o desenvolvimento integral do educando, 
envolvendo cognição, emoção, ética e sociabilidade, é favorecido por experiências pedagógicas 
que incentivam a reflexão crítica, a empatia e a colaboração, de forma que o estudante amplie 
sua capacidade de compreensão do mundo, fortaleça suas habilidades socioemocionais e 
construa uma postura ética diante dos desafios da vida cotidiana, tornando a educação um 
processo gratificante, inovador e essencial para formar sujeitos capazes de agir de maneira 
consciente e responsável em contextos diversos. 
Silvana Nascimento de Carvalho (2025) aponta que o desenvolvimento integral do 
educando, que articula cognição, emoção, ética e sociabilidade, se concretiza por meio de 
práticas educativas que promovam a reflexão crítica, a empatia e a cooperação, permitindo que 
os estudantes desenvolvam tanto habilidades intelectuais quanto socioemocionais, adquiram 
capacidade de tomada de decisão consciente e enfrentem desafios complexos de forma ética e 
responsável, experienciando a educação como um processo inovador, transformador e 
profundamente gratificante. 
Sandro Garabed Ischkanian (2025) observa que o desenvolvimento integral do 
educando, combinando cognição, emoção, ética e sociabilidade, é potencializado por 
experiências pedagógicas que estimulam a reflexão crítica, a empatia e a cooperação, garantindo 
que o estudante desenvolva competências intelectuais e socioemocionais essenciais, fortaleça sua 
autonomia e senso ético, e esteja apto a enfrentar situações complexas, tomar decisões 
conscientes e atuar de maneira inovadora e responsável, percebendo a educação como um 
instrumento de emancipação e transformação pessoal e social. 
Gabriel Nascimento de Carvalho (2025) enfatiza que o desenvolvimento integral do 
educando, que articula cognição, emoção, ética e sociabilidade, deve ser fomentado por práticas 
educativas que incentivem a reflexão crítica, a empatia e a cooperação, promovendo o 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 25 
 
crescimento intelectual e socioemocional, ampliando a capacidade de tomada de decisão 
consciente e de atuação ética em contextos diversos, e tornando a educação um processo 
inovador, gratificante e transformador, capaz de preparar o estudante para enfrentar desafios 
complexos e atuar como agente de mudança na sociedade. 
A construção de ambientes educacionais inclusivos e colaborativos fortalece a 
aprendizagem, estimula a criatividade e promove o engajamento ativo dos estudantes. A 
pedagogia freireana defende que a educação deve ser um espaço de participação coletiva, no qual 
todos contribuem para o processo de construção do conhecimento, desenvolvendo habilidades 
cognitivas, sociais e éticas de forma integrada. 
Discutir Paulo Freire e a Psicologia Educacional também implica reconhecer a 
necessidade de formar sujeitos críticos e reflexivos, capazes de questionar normas, práticas e 
estruturas sociais injustas. O aprendizado não se limita à aquisiçãode conteúdos, mas abrange a 
construção de consciência social, moral e ética, preparando os estudantes para atuar como agentes 
de transformação em suas comunidades. 
Ao integrar os princípios da pedagogia freireana com os achados da Psicologia 
Educacional, percebe-se que a educação libertadora transcende a simples transmissão de 
conhecimento, configurando-se como um processo de construção contínua e dialógica. Nesse 
contexto, o aprendizado é fruto da interação entre educador e educando, em que ambos se 
transformam e constroem significados coletivamente. A autonomia deixa de ser apenas um 
conceito teórico e passa a se manifestar na prática cotidiana da sala de aula, por meio da 
capacidade do estudante de refletir criticamente sobre sua realidade, tomar decisões conscientes e 
atuar de forma responsável em sua comunidade, promovendo mudanças significativas e 
duradouras. 
A aprendizagem significativa, articulada com experiências de vida, torna-se central nesse 
modelo educativo, pois permite que o conhecimento adquirido seja relevante, contextualizado e 
aplicado de maneira prática. Ao reconhecer e valorizar os saberes prévios dos estudantes, a 
pedagogia freireana, em consonância com a Psicologia Educacional, garante que o processo de 
aprendizagem envolva não apenas a dimensão cognitiva, mas também aspectos socioemocionais e 
éticos. 
A inclusão e o respeito à diversidade consolidam-se como pilares fundamentais de uma 
educação verdadeiramente libertadora. Integrar os princípios freireanos à Psicologia Educacional 
possibilita a construção de ambientes escolares democráticos e acolhedores, nos quais todos os 
estudantes têm oportunidades equitativas de participação, expressão e desenvolvimento. 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 26 
 
2.3. DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E CONSCIENTIZAÇÃO CRÍTICA 
 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 27 
 
O desenvolvimento humano integral, segundo Paulo Freire, vai além da formação 
cognitiva tradicional e envolve a dimensão ética, social e emocional do educando, promovendo a 
conscientização crítica e a capacidade de intervir na realidade (Freire, 1992; Freire, 1996). Para o 
autor, a educação não se limita a transmitir informações, mas deve proporcionar condições para 
que o sujeito compreenda seu contexto social, reflita sobre ele e atue de maneira transformadora. 
Essa perspectiva coloca o desenvolvimento humano como um processo dinâmico, contínuo e 
interdependente das relações sociais e do diálogo, onde aprender e agir estão profundamente 
conectados. 
A Psicologia Educacional contribui para essa compreensão ao demonstrar como fatores 
neurocognitivos, afetivos e relacionais influenciam a capacidade de reflexão, empatia e resolução 
de problemas (Kolb; Gibb, 2011; McEwen, 2012). O estudo do cérebro e da plasticidade neural 
revela que experiências de aprendizagem emocionalmente significativas promovem conexões 
duradouras e potencializam a capacidade do indivíduo de tomar decisões conscientes. Essa 
integração entre pedagogia freireana e neurociência educacional evidencia que o desenvolvimento 
integral depende da articulação entre o conhecimento, as experiências vividas e o engajamento 
crítico do estudante. 
Freire enfatiza que a conscientização crítica é central para o desenvolvimento humano. 
Ela permite que o sujeito não apenas compreenda sua realidade, mas reconheça as condições que 
limitam sua liberdade e, a partir disso, busque transformá-la (Freire, 1992; Freire, 1996). A 
psicologia educacional reforça que a capacidade de reflexão crítica se constrói ao longo do tempo, 
a partir de experiências significativas, interações sociais e estímulos que incentivem a autonomia e 
a responsabilidade pessoal (Posner; Rothbart, 2007). Nesse sentido, a educação se configura como 
um espaço de empoderamento e formação de sujeitos ativos. 
O desenvolvimento integral inclui também a dimensão socioemocional, que está 
intimamente ligada à aprendizagem e à autonomia. Emoções bem gerenciadas favorecem a 
motivação intrínseca, a perseverança e a capacidade de resolver conflitos de forma ética 
(Immordino-Yang; Damasio, 2007). A pedagogia freireana reconhece que a educação deve 
valorizar essas dimensões, promovendo ambientes de aprendizagem que respeitem os sentimentos, 
experiências e vivências individuais de cada estudante. 
A ética é outro componente essencial do desenvolvimento humano integral. Freire (1992) 
sustenta que a educação deve formar sujeitos capazes de agir de maneira responsável, consciente e 
solidária. Essa dimensão ética se manifesta na capacidade de avaliar as consequências das próprias 
ações, de respeitar o outro e de contribuir para a construção de ambientes democráticos e justos. A 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 28 
 
Psicologia Educacional complementa essa visão ao estudar como valores, empatia e moralidade 
influenciam a tomada de decisão e o comportamento social em contextos educacionais. 
A participação ativa do educando é fundamental para o desenvolvimento humano 
integral. A pedagogia freireana propõe que o estudante seja protagonista de sua aprendizagem, 
envolvido em decisões, planejamento e avaliação de atividades (Demo, Ischkanian, Cabral, 
Santos, Carvalho, Ischkanian, Venditte & Carvalho, 2025). Essa prática não só promove 
autonomia, como também fortalece a consciência crítica, permitindo que o sujeito perceba a 
relação entre conhecimento, ação e transformação social. 
A construção de um ambiente inclusivo e democrático é central para o desenvolvimento 
integral. Freire (1996) defende que a educação deve romper com práticas excludentes, valorizando 
a diversidade e reconhecendo diferentes formas de aprender e viver. A Psicologia Educacional 
indica que contextos inclusivos favorecem autoestima, engajamento e habilidades 
socioemocionais, além de estimular a cooperação e a empatia entre os estudantes (Belchior, 
Ischkanian, Cabral, Ischkanian, Carvalho & Carvalho, 2025). 
A articulação entre experiências práticas e reflexão crítica é essencial para consolidar o 
desenvolvimento humano integral. Atividades que combinam ação e análise, como projetos 
comunitários, debates e trabalhos colaborativos, promovem aprendizagem significativa e ampliam 
a capacidade do estudante de compreender problemas complexos, avaliar alternativas e propor 
soluções éticas (Drumond Ischkanian, 2025). 
O desenvolvimento integral também depende da valorização dos saberes prévios do 
educando. Freire (1982; 1996) enfatiza que a aprendizagem deve partir da realidade e das 
experiências individuais, conectando conhecimento científico à vivência cotidiana. Essa 
abordagem fortalece a consciência crítica, pois permite ao sujeito perceber a relação entre teoria e 
prática, e entre conhecimento e transformação social. 
A educação para a conscientização crítica envolve o reconhecimento das estruturas 
sociais que perpetuam desigualdades e injustiças. Freire (1992) propõe que o educando 
compreenda essas condições, refletindo sobre sua própria posição e as possibilidades de 
intervenção. A Psicologia Educacional indica que esse processo é potencializado por estratégias de 
ensino que incentivem análise, debate e questionamento, promovendo desenvolvimento cognitivo 
e ético simultaneamente. 
A autonomia e a consciência crítica estão intimamente ligadas no desenvolvimento 
humano integral. O sujeito que desenvolve autonomia é capaz de tomar decisões informadas e 
éticas, atuando de maneira responsável em sua comunidade (Freire, 1996). A Psicologia 
Educacional evidencia que essa capacidade depende de habilidades cognitivas, socioemocionais e 
 PAULO FREIRE E A PSICOLOGIA EDUCACIONAL. Página 29 
 
relacionais, que se fortalecem em contextos de aprendizagem participativos e desafiadores (Kolb; 
Gibb, 2011). 
A integração da tecnologia educacional, quando alinhada à pedagogia freireana, pode 
potencializar

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