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Nutrição. Resumo das aulas de 1-7 e exercícios de cada aula baseado nos slides do portal da Estácio

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AULA 1 - INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS ALIMENTOS: COMPORTAMENTO ALIMENTAR, HÁBITOS ALIMENTARES E ETAPAS RELACIONADAS À NUTRIÇÃO HUMANA.
Objetivos:
1 – Demontrar a importância das etapas relacionadas à nutrição humana.
2 – Evidenciar a importância de uma alimentação variada na nutrição humana.
3 – Entender o comportamento alimentar e os fatores que influenciam a formação dos hábitos alimentares.
4 – Definir nutrição e alimentação sob os aspectos biológicos e socioantropológicos.
INTRODUÇÃO
Nutrição: é a ciência que estuda os alimentos e o modo como os nutrientes agem no organismo.
Alimento: é toda substância comestível, de origem animal ou vegetal, na consistência sólida, pastosa, líquida ou sob qualquer outra forma adequada, que, após sofrer todas as transformações necessárias ao seu aproveitamento, preenche etapas relacionadas à nutrição.
Alimentação: Processo voluntário e consciente, pelo qual o ser humano obtém produtos para seu próprio consumo.
DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS NUTRIENTES:
Nutrientes: compostos químicos presentes nos alimentos, os quais exercem funções importantíssimas que nutrem as células, fornecem energia e tudo mais de que precisamos para o nosso corpo crescer e viver saudavelmente. 
Causam atração para consumo por razões, como: • Aparência (forma, cor e textura); • Flavor (aroma e sabor).
Funções Nutrientes:
- Síntese Tecidual: Manutenção, restauração e crescimento dos tecidos.
- Fornecimento de Energia: Também chamado de ressíntese ou regeneração do ATP, tem como função fornecimento de energia para todas as formas de trabalho biológico.
- Manutenção da Homeostase corpórea: Regulação das reações químicas que ocorrem no interior das células.
Carotenoides: função antioxidante, por isso nossa dieta deve ser colorida. responsáveis pelas suas diferentes cores. Ex: Betacaroteno (amarelo-laranjada), Licopeno (vermelha).
Não existe alimento com todos os nutrientes necessários. Há alimentos ricos em determinados nutrientes e pobres em outro, na sua constituição. Por isso, é necessário ter uma dieta variada, equilibrada e colorida, para que a falta de nutrientes em certo alimento seja compensada por outro alimento.
LEIS DA ALIMENTAÇÃO:
- Lei da quantidade: os alimentos que compõem a dieta deverão ser suficientes para cobrir as necessidades energéticas.
- Lei da qualidade: a dieta deverá ser completa, para fornecer todos os nutrientes de que se necessita.
-Lei da harmonia: os nutrientes que integram a dieta devem guardar entre si uma relação proporcional.
- Lei da adequação: a dieta deve estar adequada ao período fisiológico atual do organismo ao qual se destina.
HÁBITOS ALIMENTARES, CRENÇAS E TABUS ALIMENTARES:
Comportamento alimentar: não corresponde apenas aos hábitos alimentares, mas também à seleção, conservação e preparo dos alimentos; é determinado na infância, transmitido pela família e sustentado pelas tradições, crenças e tabus que passam de geração para geração; ocupa atualmente um papel central na prevenção e no tratamento de doenças.
ETAPAS RELACIONADAS À NUTRIÇÃO HUMANA: DO ALIMENTO À CÉLULA.
Escolha do alimento -> Preparo -> Mastigação -> Salivação -> Deglutição -> Digestão dos macronutrientes -> Absorção/transporte -> Metabolismo energético -> Excreção dos resíduos alimentares não digeridos e não aproveitáveis e os produtos tóxicos finais do metabolismo.
CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES
- Macronutrientes: São nutrientes que necessitam ser hidrolizados (digeridos) a menores frações, para que possam ser absorvidos e metabolizados para fornecer energia. Necessários em maiores qnt diariamente.
São eles: • Glicídios (carboidratos); • Lipídios (gorduras); • Protídeos (proteínas).
- Micronutrientes: São nutrientes que não fornecem energia e são necessários em pequenas quantidades diárias; entretanto, são fundamentais para regular as funções básicas dos macronutrientes.
São eles: • Vitaminas; • Minerais; • Água. 
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EXERCÍCIOS 1
1 – Com relação às Leis da Alimentação, a lei da quantidade refere-se aos alimentos que compõem a dieta, os quais deverão ser suficientes para:
R: suprir as necessidades energéticas.
2 – As mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida e o envelhecimento da população têm contribuído para o crescente aumento na incidência das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e no mundo. Assinale qual é a única CORRETA com relação a dieta nas doenças:
R: As principais causas da pandemia de obesidade estão relacionadas ao estilo de vida inadequado, como hábitos alimentares incorretos e sedentarismo.
3 – As etapas relacionadas à nutrição humana são imprescindíveis para que haja o correto aproveitamento dos nutrientes presentes nos alimentos. A formação do bolo fecal representa a última etapa relacionada à nutrição humana que é fundamental para:
R: Excreção dos resíduos alimentares não digeridos e não aproveitáveis.
4 – Um dos principais focos de interesse dos estudos epidemiológicos da atualidade é a relação entre o comportamento alimentar e a mudança no perfil epidemiológico e nutricional da população brasileira. A partir de uma simples ida ao supermercado observamos os hábitos alimentares das pessoas, das famílias brasileiras que são baseados na pessoa que ficou encarregada de comprar os alimentos. Por isso, que a escolha do alimento, sem dúvida alguma, é uma das etapas mais importantes relacionadas à nutrição humana. Mas, para fazer uma boa escolha é preciso conhecer a composição nutricional dos alimentos e ter em mente as Leis da Alimentação. Sobre as Leis da Alimentação NÃO É CORRETO AFIRMAR QUE:
R: A Lei da Adequação está relacionada ao período fisiológico do organismo ao qual se destina (gestação, infância, adolescência, envelhecimento), ou seja, a dieta deve fornecer um aporte calórico acima das recomendações nutricionais relacionadas ao período fisiológico do organismo ao qual se destina.
5 – Com relação às Leis da Alimentação, a lei da adequação refere-se à dieta que deverá estar adequada:
R: ao período fisiológico atual do organismo ao qual se destina.
6 – As transformações observadas na sociedade contemporânea acabaram "distorcendo" muitas concepções de alimentação saudável. O comportamento alimentar humano está inserido nessas transformações. Além disso, vale a pena destacar que os alimentos e os sentidos do paladar e do olfato desencadeados por eles nos fazem voltar no tempo e recordar diversas situações e sensações, principalmente da infância. Nesse contexto está inserida a obra intitulada À la recherche du temps perdu (Em busca do tempo perdido) do famoso escritor francês Marcel Proust que faz uma viagem de volta ao passado com suas recordações da infância desencadeadas pelo gosto das madeleines acompanhadas com chá. Sobre o comportamento alimentar assinale a alternativa INCORRETA:
R: A difusão de concepções de alimentação saudável através de publicidade e propaganda não influenciam a construção dos hábitos alimentares e o comportamento alimentar na sociedade contemporânea
7 – Sabemos que existe uma grande diversidade de alimentos tanto de origem animal quanto de origem vegetal. Entretanto, não existe um alimento específico que contenha todos os nutrientes. Devido a isso, nossa alimentação diária deverá ser variada e colorida para que possamos obter todos os nutrientes necessários ao organismo humano. Essa afirmação ratifica a importância de:
R: Conhecer a composição nutricional dos alimentos para escolher adequadamente os alimentos.
8 – O retardo na velocidade do esvaziamento gástrico e aumento na incidência de refluxo gastroesofágico podem estar relacionados a alguns fatores dentre os quais podemos citar:
R: a presença de gordura no quimo.
AULA 2 - COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS:
ESTUDO DOS MACRONUTRIENTES: CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E PROTEÍNAS.
CARBOIDRATOS (glicídios, hidratos de carbono ou açúcares):
- Maior fonte da dieta, ingeridos na forma de moléculassimples ou complexas, transformados pela digestão em monossacarídeos, obtidos principalmente nos alimentos de origem vegetal.
- Funções: Fornecimento de energia (ATP), preservação de proteínas, ativação do metabolismo lipídico (Evitar a formação excessiva de corpos cetônicos e a acidose metabólica, “As gorduras queimam em uma chama de CHO”).
GORDURAS (lipídeos):
- Classe heterogênea de compostos orgânicos de origem vegetal ou animal, incluem: óleos, gorduras e ceras.
- Possuem os mesmo elementos estruturais dos CHO. Em T ambiente: óleos->líquidos, gorduras->sólidas;
Transporte e armazenamento:
- Quase todos os lipídeos da dieta são absorvidos a partir da mucosa intestinal para o sistema linfático.
- Apenas trigl de cadeia curta (TCC) e média (TCM) vão direto p/ circulação porta, desviando do sist. linfático.
- O metabolismo lipídico depende de proteínas ligantes (apolipoproteínas) para se tornarem solúveis.
- As apolipoproteínas liga-se a receptores localizados em diversos órgãos e tecidos.
- As lipoproteínas plasmáticas exercem um papel central no metabolismo e no trânsito de lipídios entre órgãos.
- Órgãos/tecidos que participam do metabolismo lipídico: fígado, intestino delgado e os t. adiposo e muscular.
- As lipoproteínas são sintetizadas no fígado e no intestino delgado. Tipos de Lipoproteínas:
Quilomícrons: Formada por triglicerídios (principalmente), colesterol, fosfolipídeos da dieta e apolipoproteínas.
- Conduzidos/removidos do sangue (12 horas) -> lipase lipoproteica (LPL) -> hidrolisa em ácidos graxos e glicerol para serem incorporados nos adipócitos e depois reesterificados em TG para armazenamento.
Com a hidrólise dos TG, os quilomícrons vão se tornando partículas cada vez mais densas, e eventualmente transferem fosfolipídios e apolipoproteínas para as HDL, tornando-se piores substratos para a LPL e mais susceptíveis à captação hepática dependente de receptores, sendo conhecidas como quilomícrons remanescentes (quando aproximadamente 90% do TG é hidrolisado).
Tais quilomícrons remanescentes são metabolizados pelo fígado, mas alguns enviam colesterol para a parede das artérias, sendo considerados aterogênicos.
VLDL: sintetizada no fígado, ricos em TG/substratos para LPL. Transporta TG endógenos (sintetizados por CHO).
Ou seja, os ácidos graxos utilizados no fígado para a síntese de TG das VLDL podem ser provenientes de diversas fontes: ácidos graxos livres na circulação, provenientes da lipólise dos TG do tecido adiposo pela enzima lipase hormônio sensível; ácidos graxos de cadeia média, absorvidos diretamente e através da síntese de novo nos hepatócitos a partir dos CHO da dieta.
As VLDL são substratos para LPL, dependendo do estado hormonal. Ou seja, a ação da LPL sobre as VLDL é semelhante à sua ação sobre os quilomícrons. Após uma refeição, a LPL do tecido adiposo é mais ativa; durante o jejum, a atividade da LPL dos músculos aumenta. Com a ação da LPL, tais lipoproteínas tornam-se gradualmente mais pobres em TG e mais susceptíveis à captação pelos hepatócitos.
LDL: Sintetizada no fígado a partir do catabolismo da VLDL. É a que contém mais colesterol (75%) e menos apolipoproteínas. Em condições normais, 60% da LDL é reconhecida por receptores localizados no fígado, adrenais e outros tecidos. O número e a atividade dos seus receptores são os principais determinantes dos níveis de LDL no sangue.
A hipercolesterolemia genética é caracterizada por elevados níveis sanguíneos de LDL e ausência ou menor número de receptores levando ao desenvolvimento da aterosclerose. Sem receptores, a LDL é metabolizada por vias alternativas.
As dietas ricas em gordura saturada e colesterol elevam os níveis de LDL e reduzem a atividade dos receptores de LDL no fígado. Com isso, menos LDL é retirada do plasma (hipercolesterolemia) e, devido a sua maior afinidade pela parede arterial, pode se depositar no endotélio vascular e sofrer oxidação pelos radicais livres (LDL oxidada), sendo então alvo de ação dos macrófagos na parede arterial. Assim, inicia o processo de aterosclerose (processo degenerativo crônico, caracterizado por uma lesão e inflamação do endotélio vascular, devido à formação da placa de ateroma).
De acordo com hábitos de vida e hereditariedade, a tendência é que esta placa aumente progressivamente, diminuindo o calibre do vaso sanguíneo e o fluxo sanguíneo no seu interior.  Devido a isso, é chamado popularmente de colesterol ruim.
HDL: Sintetizada no fígado e no intestino delgado. É a lipoproteína de mais alta densidade (mais pesada). Por conter mais apolipoproteínas, está envolvida na remoção do colesterol tecidual e na prevenção de seu acúmulo na parede arterial.
Devido a isso, é chamada popularmente de colesterol bom. Seu efeito protetor está relacionado ao transporte de colesterol em excesso das membranas celulares para as lipoproteínas ricas em TG (quilomícrons e VLDL), as quais serão removidas por receptores hepáticos.
Participa do transporte reverso de colesterol, ou seja, remove-o da parede arterial e transporta-o para o fígado, sendo metabolizado e utilizado para outras funções, dentre as quais: síntese de ácidos biliares (5% eliminados nas fezes ou reabsorvidos, 95% no intestino), hormônios sexuais e outras.
- Funções: fornecimento de energia (1g-9kcal), Proteção dos órgãos vitais (4% do lipídio protege contra choques), Isolamento térmico (lipídio do T.SC protege o corpo contra o estresse térmico de um ambiente frio), Absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis p/ célula junto com a gordura (A, D, E, K), Fornecimento de saciedade (a presença de gordura no trato GI estimula a liberação de um hormônio (enterogastrona) que reduz a velocidade do esvaziamento gástrico).
- Fontes alimentares: gordura animal (principal), frutas/vegetais/grãos/cereais ([ ] baixa), oleaginosos (milho, algodão, açafrão), óleos tropicais (coco, palmeira, semente de palma).
- Necessidades Nutricionais: 25 – 30% do VET – Necessidades energéticas diárias de lipídios; 10 – 15% de ácidos graxos monoinsaturados; 10% de ácidos graxos poli-insaturados; 5% de ácidos graxos saturados.
PROTEÍNAS:
- Compostos orgânicos nitrogenados, ou seja, as moléculas contém átomos de C, H, O e N(16%).
- N com enxofre, fósforo e ferro. N: centenas de formas diferentes que caracterizam a vida.
Classificação quanto à essencialidade:
- E: Fenilalanina, Isoleucina, Leucina, Lisina, Metionina, Treonina, Triptofano, Valina.
- NE: Glicina, Alanina, Serina, Cisteína, Ácido aspártico, Glutamina, Asparagina, Tirosina, Prolina, Arginina.
Classificação das proteínas de acordo com o valor biológico:
- Proteínas completas/alto valor biológico: contém todos os AE, carnes em geral, clara do ovo, leite e derivados.
- Proteínas incompletas/baixo valor biológico: ñ contém 1 ou + AE, cereais (ñ lisina), leguminosas (ñ metionina).
- Proteínas complementares: AE podem ser obtidos de combinações adequadas de alimento de origem vegetal. 
ESTUDO DOS MICRONUTRIENTES (VITAMINAS E MINERAIS) E DA ÁGUA:
VITAMINAS:
- Lipossolúveis (A,D,E,K): solúveis em gorduras (lipídios) e armazenadas no fígado e no tecido adiposo, principalmente subcutâneo. Encontradas nas gorduras dietéticas.
- Hidrossolúveis: solúveis na água e transportadas por todo meio aquoso corporal. Não são armazenadas nos tecidos de forma significativa, sendo normalmente eliminadas na urina. Vitamina C e as do complexo B: B1, B2 (riboflavina); B3 (niacina); B6 (piridoxina); B12 (cobalamina); Ácido pantotênico; Ácido fólico; Biotina.
Importância: Participam do metabolismo como coenzimas (ativam as enzimas), regulando as reações químicas do organismo, como as de produção de energia na oxidação dos carboidratos, proteínas e lipídios.
MINERIAS:
- O organismo é composto de ao menos 31 elementos químicos conhecidos, dos quais 24 são considerados essenciais para a manutenção da vida. Temos os elementos químicos não metálicos e os metálicos.
-96% da composição do organismo corresponde a elementos não metálicos, como oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio.
- Aproximadamente  4% da massa corporal são compostos por 22 elementos metálicos, chamados de minerais.
- A maioria é encontrada no interior das células e também fazem parte da estrutura de  vários hormônios,  enzimas e outras substâncias, que auxiliam na regulação das reações químicas intracelulares.
- Apesar de a quantidade de minerais presentes no corpo ser praticamente pequena, cada um deles é fundamental para o funcionamento adequado da célula. Eles ajudam a regular as funções orgânicas.
- Os minerais estão presentes em todas as células e também fazem parte da estrutura de vários hormônios, enzimas e outras substâncias, que auxiliam na regulação das reações químicas intracelulares.
Macrominerais: quant+ 100mg/dia: Cálcio; Fósforo; Magnésio; Enxofre; Sódio; Potássio; Cloro.
Microminerais: quant - 100mg/dia: Ferro; Zinco; Cobre; Selênio; Iodo; Flúor, Cromo, Manganês e  Molibdênio.
	
EXERCÍCIOS 2
1 – Durante a realização de uma Feira de Saúde, alunos de graduação em Enfermagem e Nutrição foram abordados por vários indivíduos hipercolesterolêmicos da comunidade que gostariam de saber o motivo pelo qual a inclusão de alimentos ricos em fibras seria importante para a redução da colesterolemia. Um dos alunos de graduação respondeu que é devido à:
R: Capacidade da pectina em se ligar aos ácidos biliares e aumentar a excreção fecal dos mesmos.
2 – Dentre os macronutrientes energéticos os carboidratos se destacam por serem mais facilmente digeridos e absorvidos. Devido a isso, atletas como maratonistas devem consumir dietas hiperglicídicas para aumentar as reservas de:
R: Glicogênio muscular.
3 – Durante a realização de uma oficina de educação nutricional realizada em um hospital, um grupo de enfermeiras destacou as inúmeras funções que a água desempenha no organismo humano. Os pacientes realizaram várias perguntas sobre o monitoramento da ingestão hídrica. Avalie as afirmações: I Na maioria das vezes, a ingestão hídrica supre a necessidade hídrica em idosos. II Os pacientes que estavam participando da oficina foram orientados a ingerir pequenos volumes de água várias vezes ao dia. III O mecanismo da sede é um excelente recurso para controlar a ingestão hídrica. Agora, assinale a opção CORRETA:
R: Apenas a afirmativa II está correta.
4 – O balanço nitrogenado reflete a dinâmica proteica no organismo humano. Comparando-se a infância com o processo de envelhecimento ocorre uma mudança radical nesta dinâmica proteica caracterizando respectivamente situações de:
R: Anabolismo e catabolismo.
5 – A pelagra foi uma doença comum no século XVIII, nos países da Europa. Mais tarde foi identificado que, além da deficiência de niacina, a redução de um aminoácido também estaria envolvida no desenvolvimento da doença. Qual dos aminoácidos abaixo estaria relacionado no desenvolvimento desta patologia?
R: Triptofano.
6 – Os óleos vegetais são ricos em ácidos graxos poli-insaturados, sendo que o óleo de oliva (azeite) se destaca pelo seu teor elevado de ácido graxo monoinsaturado (ácido oleico). Se substituíssemos a manteiga ou margarina pelo azeite, nossa saúde cardiovascular seria preservada, pois:
R: Os ácidos graxos saturados encontrados na manteiga e os ácidos graxos trans encontrados na margarina são aterogênicos e aumentam os níveis sanguíneos de LDL.
7 – A gordura presente nos alimentos realça o sabor, o aroma e a coloração dos alimentos aumentando muito sua palatabilidade. Esse macronutriente possui importantes funções no organismo quando ingerido na quantidade adequada. Assinale a única alternativa CORRETA com relação à função da gordura no organismo humano.
R: Fornece ácidos graxos essenciais.
8 – Os micronutrientes desempenham papéis fundamentais na homeostase corpórea. Assinale a alternativa que apresenta um nutriente que é essencial para mulheres em idade fértil que planejam engravidar pois evita defeitos no tubo neural do feto além de prevenir a anemia:
R: Ácido fólico
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AULA 3 – EDUCAÇÃO NACIONAL EM SAÚDE COLETIVA
Objetivos: Definir conceitos básicos em educação, Relacionar educação em saúde e os novos paradigmas da saúde, Registrar os objetivos da Educação Nutricional, Aplicar os instrumentos de Educação Nutricional (atualidades), Analisar a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar.
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
- A Educação é um processo que visa preparar o homem mental e tecnicamente, objetivando sua integridade social.
- Através da Educação da saúde, adquirimos a compreensão dos problemas fundamentais da vida cotidiana, como nutrição, desenvolvimento biopsicológico, etc, dentro do contexto atual de uma sociedade em rápida mudança.
- A Educação nutricional torna-se parte essencial da educação para a saúde, visto que a saúde física e mental dependem do estado nutricional do indivíduo.
ESCOLHA DO ALIMENTO
- Considera-se um dos objetivos da Educação Nutricional. Uma das etapas mais importantes relacionadas à nutrição humana é a escolha do alimento. É preciso ensinar a comer, dentro do poder aquisitivo e do estado de saúde de cada um, p/ evitar distúrbios nutricionais relacionados tanto à carência quanto ao excesso nutricional.
COMPORTAMENTO ALIMENTAR: Não corresponde apenas aos hábitos alimentares, mas também à seleção, conservação/preparo dos alimentos.  É Determinado na infância; Transmitido pela família; Sustentado pelas tradições, crenças e tabus que passam de geração para geração.
INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
- Necessidade de nutrientes: O corpo humano necessita de mais de 50 nutrientes diferentes para se manter funcionando bem. Todos esses nutrientes precisam ser consumidos através da alimentação. Nesse sentido, surge a necessidade de uma alimentação balanceada, que é aquela capaz de:
- Fornecer todos nutr. necessários ao crescimento/desenvolvimento dos tecidos, processos de regulação metabólica;
- Fornecer energia apenas o suficiente para manter o peso corporal controlado.
- Pirâmide alimentar: A pirâmide de alimentos foi desenvolvida para ilustrar os três principais conceitos do Guia de Dietas para americanos saudáveis acima de sete anos de idade: Variedade; Moderação; Proporcionalidade. Os alimentos contêm combinações de nutrientes e outras substâncias saudáveis.
Carne vermelha, manteiga, arroz branco, pão branco, batata, macarrão e doces (Uso moderado)
Laticínios ou suplementos de cálcio. (1 a 2 vezes por dia)
Peixe, frango e ovos (0 a 2 vezes por dia)
Castanhas, amendoim, feijão, ervilhas e grão-de-bico. (1 a 3 vezes por dia)
Grupo do vetegais (em abundância) – Grupo das frutas (2 a 3 vezes ao dia)
Alimentos integrais e óleos vegetais. (Na maioria das refeições)
GRUPOS DE ALIMENTOS DA NOVA PROPOSTA DA PIRÂMIDE ALIMENTAR
	GRUPO
	NUTRIENTES PRINCIPAIS
	Alimentos integrais (pães, arroz, cereais e massas)
	Carboidratos, Vitaminas do C. B, Fibras.
	Óleos vegetais
	Vitamina E, ácidos graxos essenciais.
	Hortaliças (verduras e legumes)
	Vitaminas A, C e ácido fólico (folato), Ferro, Fibras.
	Frutas
	Vitamina A, C e folato, Potássio, Fibras.
	Sementes oleaginosas e leguminosas
	Proteínas de baixo valor biológico, Vitamina E, ácidos graxos essenciais
	Peixe, frango e ovos
	Ferro, Zinco, Vitaminas do C. B, Proteínas de alto valor biológico, ácidos graxos essenciais.
	Leite e derivados
	Cálcio, proteínas de alto valor biológico, Vit. A e D.
	Carne vermelha e manteiga
	Ácidos graxos saturados, colesterol.
	Arroz, pão, macarrão, batata e doces
	Amido e Sacarose.
EXERCÍCIOS 3
1 – Na Pirâmide Alimentar, o grupo de peixes, ovos e frango são fontes principalmente dos seguintes nutrientes, EXCETO:
R: amido
2 – Atualmente, as ações de Educação Alimentar e Nutricional vem despertando interesse por parte dos profissionais da saúdee da educação, principalmente por ser a educação o fator primordial para retirar os indivíduos de situações de exclusão social. Sobre os objetivos e instrumentos de Educação Nutricional NÃO É CORRETO AFIRMAR QUE:
R: As modificações na Pirâmide Alimentar propostas pelos professores epidemiologistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard não foram significativamente importantes. Coincidentemente ou não, a primeira versão da Pirâmide Alimentar acompanhou a transição epidemiológica no Brasil e no mundo: a diminuição nos casos de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
3 – Com relação à educação nutricional, NÃO se pode afirmar que:
R: Não tem impacto sobre o estado de saúde dos indivíduos.
4 – Leia o fragmento do artigo: Projeto "a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis": comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil (artigo disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732010000100005): O Projeto "A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis" existe no Distrito Federal desde 2001, com o objetivo de promover a alimentação saudável no ambiente escolar, testando metodologias e estratégias que possibilitem sua reprodutibilidade em outros locais e contextos, envolvendo escolas públicas e privadas de Ensino Infantil e Fundamental. O Projeto é vinculado ao Observatório de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília, o qual tem a promoção da alimentação saudável como uma de suas linhas de investigação. Analise as afirmativas: I A alimentação é a primeira aprendizagem social da criança e a imersão da criança em um contexto alimentar, inerente a cada cultura, irá influenciar nas escolhas alimentares. II A promoção de práticas alimentares saudáveis está inserida no contexto da adoção de estilos de vida saudáveis, componente importante da promoção da saúde, uma das diretrizes da atual Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). III A realização de oficinas de capacitação sobre educação nutricional para professores, como a realização direta de palestras e outras atividades pedagógicas para a comunidade escolar, são processos úteis de intervenção nutricional no âmbito escolar. IV A utilização de ações de educação nutricional para promover a formação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância é imprescindível, uma vez que estes são formados nesta fase da vida. Agora, assinale a opção CORRETA:
R: Todas as afirmativas estão corretas.
5 – Na Pirâmide Alimentar, os alimentos estão agrupados primariamente de acordo com os nutrientes que eles fornecem, e não apenas pela quantidade de calorias. Assinale a opção que contém os principais nutrientes encontrados no grupo do leite e derivados:
R: Cálcio, Proteínas de alto valor biológico, Vitaminas A e D.
6 – No Guia Alimentar da Pirâmide, os alimentos estão agrupados primariamente de acordo com os nutrientes que eles fornecem, e não apenas pela quantidade de calorias. Assinale a opção que contém os principais nutrientes encontrados no grupo dos Óleos vegetais:
R: Vitamina E, ácidos graxos essenciais.
7 – Com relação à Promoção da Alimentação Saudável Não É correto afirmar que:
R: A promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis corresponde a uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), mas não se insere como um dos eixos estratégicos da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS).
8 – Uma das etapas mais importantes relacionadas à nutrição humana é a educação nutricional. Através da educação nutricional os indivíduos aprendem a se alimentar adequadamente, de acordo com o seu poder aquisitivo e estado de saúde, evitando assim, distúrbios nutricionais relacionados tanto à carência quanto ao excesso nutricional. De acordo com o modelo da história natural da doença podemos destacar que a educação nutricional é uma importante medida de:
R: Atenção primária à saúde (prevenção). 
AULA 4 – AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Estado nutricional → É o estado de equilíbrio/ desequilíbrio, no indivíduo, decorrente da relação entre a ingestão e a necessidade de nutrientes.
Avaliação do estado nutricional → É uma avaliação feita no indivíduo/ paciente para verificar se a necessidade fisiológica por nutrientes está sendo alcançada.
Objetivos: Identificar os indivíduos que necessitam de cuidado nutricional, p restaurar/manter o estado nutricional;
Diagnosticar a natureza, extensão e causas dos problemas nutricionais;
Estabelecer medidas de controle preventivas ou curativas (dietoterapia).
- Ações de diagnóstico em avaliação nutricional: anamnese, antropometria, exames laboratoriais, exame clínico, ingestão dietética.
A avaliação do estado nutricional fornece informações sobre obesidade, desnutrição, deficiência de nutrientes específicos e anormalidades metabólicas. Os distúrbios causados por deficiência e ou excesso nutricional estão entre as maiores causas de morbimortalidade.
PARÂMETROS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
- Subjetivos:
1- Anamnese alimentar (história alimentar ou inquérito dietético)
Avaliação da ingestão: Quantidade; Qualidade; Frequência. 
Métodos mais usados: Recordatório de 24 horas; Frequência alimentar; Registro alimentar.
2- Avaliação clínica (exame): Exame físico, História clínica. 
Alguns tecidos  podem servir como indicadores do estado nutricional geral e da ingestão de nutrientes específicos.
- Objetivos: 
1- Avaliação antropométrica: Embora enfoque a desnutrição, também detecta a obesidade. Os valores obtidos são comparados com os parâmetros estabelecidos.
2- Avaliação bioquímica: Reflete o nível tecidual de um dado nutriente e qualquer anormalidade metabólica. Determinações feitas a partir do sangue e da urina.
Hemograma completo (linfocitometria - indica as condições do mecanismo de defesa celular);
Lipidograma; Glicemia; Indicadores de reserva proteica visceral - dosagem de proteínas plasmáticas (albumina, transferrina); Indicadores da dinâmica proteica – balanço nitrogenado, excreção de 3-metil-histidina, dosagem de ureia, creatinina e ácido úrico; Indicadores de turnover ósseo (indicador de formação óssea: dosagem plasmática de fosfatase alcalina óssea; indicador de degradação óssea: dosagem de NTx urinário).
Índice nutricional prognóstico
Na avaliação nutricional de pacientes hospitalizados, o resultado de vários índices permite caracterizar o prognóstico nutricional de um paciente. Para calcular o índice nutricional prognóstico, são utilizados os seguintes parâmetros:
Prega cutânea triciptal; Albumina; Transferrina; Testes cutâneos.
EXERCÍCIOS 4
1 – Estado Nutricional é o estado de equilíbrio/desequilíbrio, no organismo humano, decorrente da relação entre ingestão e necessidade de nutrientes. Na Atenção Integral à Saúde, a avaliação do estado nutricional exerce um impacto extremamente importante, visto que é uma avaliação feita ao indivíduo/paciente para verificar se a necessidade fisiológica por nutrientes está sendo alcançada. Dentre os parâmetros antropométricos, a relação cintura-quadril (RCQ) é utilizada para identificar o tipo de distribuição de gordura (andróide ou ginóide). Nesse contexto, a relação cintura-quadril (RCQ) é um importante parâmetro para monitoramento do:
R: Risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
2 – Dos indicadores utilizados na avaliação nutricional do paciente hospitalizado o que NÃO caracteriza a dinâmica proteica é:
R: dosagem de glicemia.
3 – O índice de massa corporal (IMC) é uma medida muito utilizada no diagnóstico nutricional, estando associado ao risco de desenvolvimento de algumas doenças. Um paciente com IMC menor que 18,5 Kg/m2 pode ter maior risco de desenvolver:
R: infecções.
4 – Das medidas antropométricas utilizadas na avaliação nutricional, a que caracteriza a quantidade de gordura corporal de forma mais próxima à realidade é:
R: espessura das dobras cutâneas.
5 – Os indicadores bioquímicos que caracterizamo turnover ósseo são:
R: Dosagem plasmática de fosfatase alcalina de origem óssea e do NTx urinário.
6 – Os distúrbios causados por deficiência ou excesso de nutrientes estão entre as maiores causas de morbimortalidade. Assim, a avaliação do estado nutricional é de extrema importância, a fim de identificar estes distúrbios. A alternativa que apresenta apenas ações de diagnóstico em avaliação nutricional é: 
R: antropometria, exames laboratoriais e anamnese alimentar.
7 – Na avaliação do estado nutricional, a medida que pode identificar o tipo de distribuição de gordura (andróide e ginóide) é:
R: relação cintura-quadril (RCQ).
8 – O índice de massa corporal (IMC) é uma medida muito utilizada no diagnóstico nutricional, estando associado ao risco de desenvolvimento de doenças. Um paciente com IMC maior ou igual a 30 Kg/m2 pode ter maior risco de desenvolver várias doenças. A alternativa que NÃO apresenta uma doença que pode acometer este paciente é:
R: artrite reumatoide.
AULA 5 – PRINCIPAIS DIETAS HOSPITALARES E A TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL
Objetivo: apontar as modificações das dietas e a importância da terapia nutricional enteral e parenteral para os pacientes hospitalizados, Analisar a importância do cumprimento das atribuições de cada profissional da EMTN.
DIETAS HOSPITALARES
Dieta normal (livre): Balanceada em nutrientes. Não há restrições específicas de alimentos. 
Dieta especial: Modificação de características físicas/químicas, para atender a necessidades específicas do indivíduo.
MODIFICAÇÕES QUANTO À CONSISTÊNCIA
- Branda: Facilita a digestão. Todos os alimentos são modificados por cozimento ou mecanicamente (picados, ralados, moídos) para abrandar as fibras. As frituras estão excluídas. Ex.: salada de legumes cozidos, vegetais refogados, carnes grelhadas ou assadas, frutas sem casca e bem maduras, biscoitos e pães.
- Pastosa: Mínimo de mastigação, fácil digestibilidade. Para pacientes sem dentes, com dificuldade de deglutição ou de respiração ou com anorexia. Ex.: purê de legumes, creme de vegetais, suflê, arroz “papa”, feijão liquidificado, carne moída, frango desfiado, ovo, pão macio/biscoito amolecido, doces em pasta/calda, frutas cozidas ou sucos.
- Semilíquida: Dieta de fácil deglutição e digestibilidade, indicada quando alimentos sólidos não são tolerados. Menor valor calórico. Ex.: purê de legumes, cremes de vegetais, sopas espessadas, feijão liquidificado, carnes liquidificadas, mingaus, gelatina, doces em pasta, purê de frutas, sorvete, sucos coados.
- Líquida restrita (prova): Indicada para pré e pós-operatórios e preparo de exames. Composta apenas por líquidos fluidos, cristalinos, facilmente absorvidos, com o mínimo estímulo do TGI e resíduo mínimo. Inadequada em calorias, proteínas e fibras. O leite não é permitido. Ex.: chás, sucos coados, caldos de legumes e carne coados, gelatina.
- Líquida completa: Composta totalmente por preparações líquidas. Indicada para dar repouso ao trato gastrintestinal (pós-operatórios, transtornos gastrintestinais), por exigir mínimo esforço nos processos de digestão e absorção. Dificuldade de adequação calórica, devido à limitação de alimentos e tipo de preparação.
Ex.: sopas liquidificadas, caldos, vitaminas, sucos, mingaus, iogurtes, sorvete, gelatina.
MODIFICAÇÕES QUANTO À QUANTIDADE DE RESÍDUOS 
- Rica em resíduo: anticonstipante, relaxativa. Indicada para o tratamento de constipação intestinal.
- Isenta de resíduo: constipante. Indicada para o tratamento da diarreia.
MODIFICAÇÕES QUANTO AO TEOR DE NUTRIENTES:
- Hipopotassêmica: restrição de alimentos ricos em potássio (frutas e vegetais). Indicada para pacientes com insuficiência renal, em tratamento conservador.
- Hipolipídica: restrição de frituras e alimentos gordurosos, principalmente os ricos em gordura saturada. Indicada para pacientes com sobrepeso, doenças cardiovasculares, dislipidemia, diabetes e doenças hepáticas.
- Hiperproteica: enriquecida com alimentos ricos em proteínas ou com complementos industrializados. Indicada para pacientes com desnutrição, trauma, sepse, queimaduras.
- Hipoproteica: restrição de alimentos proteicos. Indicada para pacientes com insuficiência renal ou com encefalopatia hepática.
- Hipossódica: restrição de sal de adição e de alimentos industrializados, embutidos ou enlatados. Indicada para pacientes com hipertensão arterial, insuficiências cardíaca, hepática ou renal.
- Hipercalórica: suplementada com alimentos calóricos. Indicada para pacientes com desnutrição.
- Hipocalórica: restrição de alimentos ricos em carboidratos simples e gorduras. Indicada para pacientes sobrepeso.
SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL
Vantagens:
- Preservação da estrutura e função do TGI, mantendo sua integridade e evitando a hipotrofia da mucosa intestinal;
- Menor incidência de complicações infecciosas (translocação bacteriana);
- Manutenção da homeostase e competência imunológica;
- Atenuação da resposta inflamatória;
- Melhora do balanço nitrogenado;
- Redução de complicações e do tempo de internação hospitalar.
Indicações: Pacientes que não podem se alimentar: inconsciência, anorexia nervosa, lesões orais, AVC; 
Pacientes com ingestão oral insuficiente: trauma, sepse, queimaduras, neoplasias; Pancreatite; Doenças inflamatórias intestinais; Síndrome de má absorção; Fístulas do intestino delgado distal/cólon; Quimio/radioterapia.
Contra-indicações: Condições que requerem repouso intestinal; Obstrução mecânica do TGI; Íleo paralítico; Hemorragia GI severa; Vômitos e diarreia severa; • Fístula no TGI de alto débito (>500 ml/dia); Enterocolite severa; Pancreatite aguda grave.
LOCALIZAÇÕES
DUODENAL E JEJUNAL
Vantagens: - risco de refluxo com aspiração pulmonar. + dificuldade de saída acidental da sonda.
Indicada para pacientes com refluxo gastroesofágico e retardo do esvaziamento gástrico.
Local de escolha quando o estômago não pode ser usado (estenose pilórica, intervenção cirúrgica gástrica).
Desvantagens: local menos fisiológico, local de mais difícil acesso, grande intolerância às dietas hiperosmolares.
GÁSTRICA
Vantagens: Maior tolerância a qualquer tipo de dieta com fórmulas variadas, inclusive as hiperosmolares.
Local mais fisiológico e de mais fácil acesso. Permite progressão mais rápida. Possibilita grandes volumes em pouco tempo. Fácil posicionamento da sonda.
Desvantagens: + risco de saída acidental da sonda por tosse/soluços. + risco broncoaspiração/reflu gastroesofágico.
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO
- Em bolo: Injeção com seringa de 100 a 350 ml de dieta.
- Intermitente: Gotejamento gravitacional de 50 a 500 ml de dieta.
- Contínua: Em bomba infusora por 24h, 25 a 150 ml/h.
TIPOS DE FÓRMULAS
- Industrializadas: Em pó, para reconstituição; Líquidas, semiprontas para uso; Líquidas, sistema fechado .
- Artesanais: Preparadas à base de alimentos in natura/mistura de produtos naturais com industrializados(módulos).
SONDAS:
SG: O material da sonda (poliviniletileno) incomoda os pacientes; pouco aceita pelos pacientes.
SE: (Borracha de silicone, poliuretano ou de outros polímeros)
Complicações: gastrintestinais, mecânicas, metabólicas, infecciosas, respiratórias, psicológicas.
Monitoramento: É imprescindível monitorar o balanço hídrico dos pacientes sob suporte nutricional enteral, para a avaliação da hidratação.
Cor e volume urinário são indicativos da hidratação: quanto + frequente e clara for a urina + hidratado o organismo.
Pacientes em coma, traqueostomizados, incapazes de expressar sua sede são típicos entre os que podem desidratar.
Pacientes com doenças renais e cardiovasculares são os mais susceptíveis a desenvolver ou agravar o edema.
SUPORTE NUTRICIONAL PARENTERAL
Infusão por via intravenosa de uma solução estéril de nutrientes, por meio de um acesso venoso periférico ou central, de forma que o TGI é completamente excluído do processo.Nutrição parenteral periférica (NPP): Utiliza veia periférica; Indicada para períodos curtos (3 a 7 dias); Não atinge as necessidades nutricionais do paciente.
Nutrição parenteral total (NPT): Utiliza veia central (subclávia ou jugular interna); Maior período de tempo; maior aporte energético.
INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL
- Indicações: Trato gastrintestinal não funcional ou obstruído por pelo menos 7 dias; Manutenção do repouso intestinal (fístulas de alto débito); Vômitos intratáveis; Diarreia grave (DII, síndrome de má absorção); Pancreatite aguda grave; Grandes cirurgias abdominais.
- Contraindicações: Hipovolemia; Choque cardiogênico ou séptico; Edema agudo de pulmão; Anúria sem diálise.
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DAS SOLUÇÕES DE NUTRIÇÃO PARENTERAL:
Glicose:
- Necessidade diária mínima: 200g (cérebro) - Taxa máxima de metabolização: 7mg/kg/min
- NPP: concentração máxima = 10% - NPT: concentração máxima = 35%
Aminoácidos cristalinos:
- Solução padrão: concentração de 8,5 a 15%.
- Fórmulas específicas para hepatopatas (aminoácidos ramificados) e nefropatas (aminoácidos essenciais).
Emulsão lipídica: (Marcas: Intralipid, Liposyn II e III)
- As emulsões lipídicas consistem em gotículas diminutas com triacilgliceróis, colesterol e fosfolipídios;
- São isotônicas;
- Importantes fontes de energia e previnem deficiência  de ácidos graxos essenciais (AGE).
- Taxa de infusão: 100ml/h para emulsões  a 10    -      50ml/h para emulsões a 20%
- Recomendação: não exceder 2,0 g/Kg/dia.
Eletrólitos:
- Monitorização: Parâmetros metabólicos; Parâmetros nutricionais; Infecção. 
- Complicações: Mecânicas, infecciosas e metabólicas ex: hiperglicemia.
EXERCÍCIOS 5
1 – De acordo com os cuidados da enfermagem em nutrição parenteral total (NPT), marque a resposta correta:
 
I Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da solução e gotejamento.
II O paciente que recebe a NPT deve merecer rigorosos cuidados higiênico.
III Manter a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT, mantendo a permeabilidade.
IV A localização central do cateter pode ser confirmada (RX) antes ou depois de iniciar a NPT.
V Observar o local da inserção quanto à fixação do cateter, edema, dor, rubor, hiperemia e presença de secreção.
R: Somente as alternativas I, II, III e V estão corretas.
2 – Um paciente desnutrido, em pós-operatório de ressecção intestinal, cursou com fístula de alto débito, sendo necessário repouso total do trato gastrointestinal. Devido ao quadro clínico, o paciente foi submetido à terapia nutricional parenteral. Com relação ao suporte nutricional parenteral, é INCORRETO afirmar:
R: O mais indicado é utilizar um cateter periférico, uma vez que esta via permite atingir as necessidades nutricionais do paciente.
3 – São alimentos que podem ser oferecidos a pacientes quando há indicação de dieta líquida restrita com EXCEÇÃO:
R: leite.
4 – A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) é aplicada pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional - EMTN, na qual, cada profissional possui atribuições específicas. De acordo com as proposições abaixo, qual a alternativa contém as atribuições do Enfermeiro da EMTN?
R: Receber a NP da Farmácia e assegurar a sua conservação até a sua completa administração e proceder ou assegurar a punção venosa.
5 – Um paciente, em suporte nutricional parenteral periférico (NPP), está internado na unidade de clínica médica, onde você é o profissional de enfermagem responsável. Indique a afirmativa que está INCORRETA, em relação ao tipo de nutrição parenteral:
R: A NPP atende às necessidades nutricionais do paciente, podendo ser utilizada por longo período.
6 – A presença de obstrução pilórica, hipertensão portal, ascite, hepatomegalia e peritonite são algumas contra-indicações da:
R: gastronomia.
7 – Qual a dieta que preconiza restrição de frituras e alimentos gordurosos, principalmente os ricos em gordura saturada sendo indicada para pacientes com sobrepeso, doenças cardiovasculares e dislipidemias?
R: dieta hipolipídica.
8 – Em relação à Terapia Nutricional, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa CORRETA: I. A nutrição parenteral central é administrada por via venosa utilizando-se preferencialmente as veias de grande calibre. II. A nutrição enteral pode ser administrada através de sondas que desembocam o seu conteúdo diretamente no estômago, duodeno ou jejuno. III. As terapias nutricionais enteral e parenteral são recomendadas a todos os pacientes hospitalizados, por serem fisiológicas e estéreis.
R: Apenas as alternativas I e II são corretas.
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AULA 6 – DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES, DIABETES, OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA
DOENÇAS CARDIOVASCULARES: grupo de condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos.
As artérias mais acometidas são as coronárias. Chama-se tb doença cardíaca/arterial coronariana ou coronariopatia.
- Arteriosclerose: Esclerose (endurecimento e espessamento) da parede arterial, com perda de elasticidade.
- Aterosclerose: Uma forma de arteriosclerose - endurecimento e espessamento das paredes arteriais, causado pela placa de ateroma no endotélio vascular.
Doenças cardiovasculares | Alterações em nível celular
- Lesões ao endotélio: processo inflamatório. - Estriar gordurosas: primeiro sinal de alteração aterosclerótica.
- Proliferação de células musculares lisas: que se acumulam devido à resposta inflamatória.
- Placa ateromatosa: cápsula fibrosa ou tecido cicatricial fibroso que estreita a luz da artéria.
Principais fatores de risco para infarto agudo do miocárdio: Anormalidades nos níveis dos lipídios sanguíneos, HAS, Obesidade, Sedentarismo, Diabetes, Hiper-homocisteinemia, Hiperuricemima.
Diagnóstico: Eletrocardiograma, Ecocardiograma, Teste de esforço, Angiografia invasiva, Exames bioquímicos.
Prevenção: Educação nutricional, Evitar ou minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos.
Recomendações gerias (conduta não farmacológica para manter um coração saudável):
- Perder peso através de dieta, diminuir o consumo de sal (<6g/dia), Evitar o tabagismo, Limitar ingesta de bebidas alcoólicas, Combater o sedentarismo, Evitar o estresse e ser feliz.
OBESIDADE: doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura em vários compartimentos corporais. Deve ser dada importância à distribuição da gordura corporal. - Predisposição genética, desordens hipotalâmicas, distúrbios hormonais, ingesta alimentar maior que o gasto energético.
Formas clínicas: a obesidade pode ser classificada de acordo com a distribuição regional de gordura em:
- Tipo I: Caracterizada pelo excesso de massa adiposa corporal (massa gorda), sem concentração particular;
- Tipo II: Gordura sc, região abdominal/tronco. Aumento LDL, problemas cardiovasculares e a resistência da insulina.
- Tipo III: visceroabdominal, que também está associada a problemas cardiovasculares e à resistência da insulina.
- Tipo IV (ginoide ou periférica): gluteofemoral, + suscetível a alterações nas gestação e desmame precoce.
Avaliação antropométrica: distinguir categorias de obesidade, predizer níveis de gordura, estimar riscos da doença.
- IMC, Dobras cutâneas, Circunferência da cintura, Índice cintura/quadril: caracteriza tipo II e tipo IV.
Dietoterapia: Objetivo: reduzir a gordura corporal para melhorar o estado de saúde/reduzir riscos de complicações.
Metas realistas. Longo período de tratamento. Dietas nutricionalmente balanceadas.
Obesidade mórbida: Fracassos recorrentes com dietas; Impossibilidade de realizar atividade física; Oscilações ponderais agravando o quadro clínico; Baixa qualidade de vida; Instabilidade emocional.
Intervenção cirúrgica: Cirurgia bariátrica ou gastroplastia redutora.
- Objetivo: aumentar a adesão à dieta, induzindo à saciedade após um pequeno volume de alimento;
DIETOTERAPIA NO DIABETESMELLITUS: síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos.
Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
Classificação:
- Diabetes tipo I (5-10%): (insulinodependente): destruição das células betapancreáticas, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza autoimune ou idiopática; (antes dos 30 anos - diabetes juvenil); (encontram-se anticorpos anti-insulina endógena ou anticélulas das ínsulas pancreáticas).
- Diabetes tipo II (90-95%): (após os 40 anos de idade); Resulta, em geral, de graus variáveis de resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de insulina; A maioria dos pacientes tem excesso de peso. A cetoacidose ocorre apenas em situações especiais, como durante infecções graves; Relaciona-se com morbidade e mortalidade relevantes; Associa-se a história familiar, obesidade e idade avançada. Aqui, dois são os defeitos principais: resistência à insulina); Alteração na função das cél beta do pâncreas (liberação retardada ou inadequada de insulina).
Tais alterações resultam numa lenta e deficiente supressão da produção de glicose pelo fígado e na redução da captação de glicose pelos tecidos.
- Diabetes gestacional (2-4% das grávidas): É a diminuição da tolerância à glicose, de magnitude variável, diagnosticada pela 1ª vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto;
- Intolerância à glicose: Afeta + que o tipo 1 e 2 juntos; Pode ter relação com o excesso de peso e com a obesidade.
Fatores de risco: idade >45 anos, história familiar de DM, IMC >25kg/m2, Sedentarismo, HDL abaixo ou TGC aumentados, Hipertensão, Doença coronária, DM gestacional prévio, Macrossomia ou história de abortos de repetição ou mortalidade perinatal, Uso de medicação hiperglicemiante.
Diagnóstico: Normal (70 a 99 mg/dl). Intolerância à glicose: 100-125. DM: 2 amostras em dias diferentes: =+ de 126.
- Teste de tolerância à glicose: Curva glicêmica após a ingestão de 75 g de dextrosol:
Glicemia de jejum: 70 a 99 mg/dl. 60 minutos: < 140 mg/dl. 90 minutos: < 140 mg/dl. 120 minutos: < 140 mg/dl.
 - Intolerância à glicose: Glicemia de jejum*: 100 a 125 mg/dl. Glicemia no teste de tolerância: 140 a 199 mg/dl
 - Diabetes mellitus (presença dos sintomas clássicos de DM): 2 amostras em dias diferentes: =+ de 126. Glicemia aleatória: =+ 200 mg/dl. Glicemia no teste de tolerância após duas horas: superior ou igual a 200 mg/dl.
Dietoterapia no Diabetes Mellitus:
Complicações agudas:
- Hiperglicemia: sintomas: poliúria, polidipsia, polifagia, fadiga, irritabilidade, visão turva e perda de peso.
- Hipoglicemia: sintomas: confusão, cefaleia, coordenação deficiente, irritabilidade, tremor, ira, sudorese, coma.
	Causas: refeições não realizadas ou atrasadas, consumo de álcool sem alimentos e excesso de exercícios.
	Tratamento: 15g de CHO (elevar a glicose entre 50-100mg/dl em 15 minutos).
Terapia nutricional no DM: 
- Objetivos: Manter a glicemia próxima do normal; Concentrações desejáveis de glicídios.
- Objetivos gerais: Fornecer seleção de nutrientes; Atingir/manter peso desejável; Satisfazer as calorias necessárias; Adaptar para necessidades específicas.
- Objetivos específicos: Glicemia normalizada; Lipídeos plasmáticos desejáveis; Reduzir as complicações específicas do DM (prevenir a cetose); Retardar o desenvolvimento de aterosclerose.
Benefícios da prática de exercício:
- Aumento da captação de glicose pelo músculo durante a atividade. Estimular a produção de insulina.
- Aumento da sensibilidade celular à insulina: até 40%, mas com efeito limitado de dois a três dias;
- Diminuição da gordura corporal: 90% do tipo II são obesos, tem relação com o aumento da resistência à insulina;
- Incremento das funções cardiorrespiratórias. Ex: diminuição da FC e PA e aumento do fluxo e distribuição de sangue, do glicogênio muscular e hepático, da frequência cardíaca máxima e da massa muscular, entre outros;
- Redução dos fatores de risco de doenças coronarianas: diminuição do LDL, aumento do HDL, diminuição do TGC.
EXERCÍCIOS 6
1 – Paciente do sexo masculino, de 40 anos de idade, apresenta obesidade andróide, ou seja, excesso de gordura viscero-abdominal e resistência periférica à insulina. Marque a opção que apresenta as principais complicações desse tipo de obesidade do paciente:
R: doenças cardiovasculares e diabetes mellitus.
2 – Assinale a opção que apresenta uma característica comum no diabetes mellitus tipo II: 
R: Obesidade.
3 – A terapia nutricional no diabetes mellitus é importante no tratamento e na prevenção das complicações relacionadas a esta doença. Indique a afirmativa que apresenta somente objetivos da terapia nutricional no diabetes:
R: Manter a glicemia normalizada e atingir ou manter o peso corporal adequado.
4 – O Diabetes mellitus constitui um importante problema de saúde pública, uma vez que é de alta prevalência e está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas complicações. Com relação ao tratamento nutricional desta doença crônica, é CORRETO afirmar que:
R: Deve ser aumentado o consumo de fibras solúveis, pois estas retardam o esvaziamento gástrico e aumentam o tempo necessário para a absorção do açúcar contido nos alimentos, prevenindo os perigosos surtos de hiperglicemia após a alimentação.
5 – O tratamento nutricional do paciente diabético é imprescindível para o controle da doença e para evitar as complicações clássicas. Com relação aos componentes da dieta oferecidos para o paciente diabético, é INCORRETO afirmar:
R: Os carboidratos refinados devem representar a maior parte do total de carboidratos da dieta, devendo-se restringir os alimentos integrais.
6 – Um paciente obeso foi atendido na unidade hospitalar onde você é o enfermeiro responsável. Este paciente foi orientado a incluir fibras alimentares na sua dieta. Em relação aos efeitos das fibras na perda de peso e na saúde, a alternativa que está CORRETA é:
R: As fibras aumentam a saciedade, uma vez que retardam o esvaziamento gástrico, contribuindo assim para a perda de peso.
7 – A obesidade afeta grande parte da população, podendo desencadear inúmeras complicações como a síndrome metabólica, cujas principais manifestações clínicas são:
R: Hipertensão arterial sistêmica, hiperinsulinemia e hipertrigliceridemia.
8 – A doença cardiovascular é umas das principais causas de morte em todo mundo. Com relação ao tratamento dietoterápico para diminuir a hipercolesterolemia É CORRETO afirmar que:
R: Recomenda-se consumir uma dieta rica em fibras (20g/dia).
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AULA 7 – NUTRIÇÃO – DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO APARELHO LOCOMOTOR: OSTEOPOROSE, ARTRITE REUMATOIDE E GOTA
Objetivos: 1 – Descrever a caracterização clínica da osteoporose, da artrite reumatoide e da gota;
2 – Identificar a dietoterapia no que diz respeito à importância dos nutrientes.
Expectativa de vida do brasileiro. Índice divulgado pelo IBGE é referente ao ano de 2010. Vermelho: 1980 Azul: 2010
 
A expectativa de vida vem aumentando ao longo dos anos, no Brasil.
Atualmente existem 11 milhões de idosos no país, e daqui a 20 anos serão 32 milhões.
Quanto maior a expectativa de vida, maior o risco de desenvolvimento de doenças do aparelho locomotor.
Alvos: Ossos; Osteoporose; Articulações. Doenças reumatológicas: Artrite reumatoide; Osteoartrite; Gota. 
Por que estudar as interferências nutricionais no metabolismo ósseo? De que maneira uma nutrição adequada pode contribuir para a saúde óssea?
O número crescente de mulheres com osteoporose em todo o mundo tem estimulado pesquisadores a explorar novas intervenções para sua prevenção, uma vez que os tratamentos disponíveis não restauram significativamente a massa óssea já perdida. Apesar deas doenças ósseas terem etiologias complexas, o desenvolvimento de algumas pode ser minimizado pelo fornecimento de nutrientes adequados em períodos apropriados durante o ciclo da vida.
O interesse em entender o metabolismo ósseo vem aumentando muito. Dos nutrientes necessários para a manutenção da saúde óssea, o cálcio é o que tem recebido a maior atenção.
Osteoporose: condição clínica caracterizada por um decréscimo na massa óssea (matriz osteoide e componente macrocristalino inorgânico). Essa condição resulta em uma redução na densidade mineral óssea, principalmente da coluna lombar e do fêmur proximal, além de uma maior incidência a fraturas.
Determinantes da densidade minerálica óssea
Pico de massa óssea (PMO): acúmulo máximo de massa óssea durante os períodos de crescimento, infância e adolescência. A deposição óssea supera a reabsorção (90 a 95% da massa óssea é alcançada no final da adolescência). Fatores que influenciam: sexo, raça, fatores genéticos, hormonais, nutricionais, exercícios físicos.
Quanto maior for o PMO, maior será a reserva óssea com o avanço da idade, minimizando o impacto da perda óssea.
Fatores de risco para o desenvolvimento: Histórico familiar de osteoporose; Mulheres; Brancas ou asiáticas; Estrutura corporal frágil; Depleção de estrogênio/estado menstrual; Fatores nutricionais: ingestão inadequada de cálcio e vitamina D, consumo excessivo de fibras, cafeína, proteínas; Medicamentos; Álcool; Fumo; Inatividade física.
Cálcio no organismo humano: + de 99% do cálcio total do organismo é encontrado nos ossos e dentes formando o tecido ósseo.
Funções: formação de ossos e dentes, coagulação sanguínea, contração muscular, transmissão de IN, regulação dos batimentos cardíacos, ativação de enzimas, transporte através da membrana celular.
Distribuição: 99% ossos e dentes. 1% restante do organismo: 0,9% células. 0,1% sangue.
Homeostase de cálcio: depende de mecanismos complexos, principalmente relacionados à integração hormonal em nível intestinal, ósseo e renal, envolvendo os hormônios calciotrópicos: os hormônios peptídicos paratormônio (PTH) e calcitonina (CT) e o hormônio esteroide calcitriol.
Outros hormônios, como estrôgenio, tiroxina e outros, desempenham um papel adicional na manutenção da homeostase de cálcio, através de mecanismos que envolvem modificação e regulação da resposta de diversos tecidos aos principais hormônios calciotrópicos.
Metabolismo ósseo no organismo humano
Fisiologia: sustentação do corpo, locomoção, formação de células sanguíneas e reserva de minerais.
Composição óssea: Parte orgânica (90 - 95%) – É formada por fibras de colágeno tipo I; Parte inorgânica (5%) - É formada por sais de cálcio e fosfato, em combinação com íons hidroxila, formando cristais de hidroxiapatita.
Tipos de tecidos ósseos: cortical e compacto/trabecular/esponjoso.
Células ósseas: osteócitos, osteoblastos e osteoclastos.
Doenças reumatológicas:
De que maneira a associação entre a dietoterapia e a fisioterapia pode contribuir para a melhora da qualidade de vida do paciente reumatológico?
Estruturas envolvidas – Doença:
- Membrana de revestimento (sinóvia) – Artrite reumatoide;
- Cavidade articular – Gota;
- Cartilagem hialina – Osteoartrite.
Artrite reumatoide: doença inflamatória que acomete predominantemente a membrana sinovial (sinovite). Ocorre a liberação de mediadores inflamatórios, que reagem com os constituintes do próprio tecido, destruindo a articulação.
Sintomas articulares: dor, rigidez articular, edema articular, síndrome da ATM.
Sintomas extra-articulares: mal-estar, fadiga, fraqueza, frebre baixa, síndrome de Sjögren (secura de mucosas).
Tratamento dietoterápico: 
Macronutrientes
• Carboidratos: aumento nas necessidades energéticas;
 
• Proteínas: aumento nas necessidades proteicas durante a 
   fase inflamatória;
 
• Lipídios: suplementação com ácido graxo α-linolênico 
   (c18:3,n-3) - melhora do processo inflamatório.
Micronutrientes:
Aumentar o consumo de alimentos ricos em micronutrientes antioxidantes (β-caroteno,  α-tocoferol, vitamina C, zinco e selênio);
• Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitaminas D e C.
Observações:
1- Objetivos do tratamento dietoterápico em pacientes com síndrome de Sjögren;
2- Objetivos do tratamento dietoterápico em pacientes com síndrome da articulação 
    temporomandibular.
Gota: distúrbio no metabolismo das purinas (nucleoproteínas), levando ao aumento nos níveis de ácido úrico no sangue (hiperuricemia).
Manifestações: depois dos 35 anos, ataque súbito, deposição de cristais de urato de Na+ nas articulações, obesidade.
Tratamento dietoterápico:
Carboidratos: aumentar, Lipídeos: diminuir, Líquidos: aumentar (3l), Proteínas consumir.
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EXERCÍCIOS 7 – NUTRIÇÃO
1 – São fatores de risco para a osteoporose, EXCETO:
R: Ingestão de alimentos fontes de cálcio e vitamina D.
2 – Com relação ao tratamento não farmacológico da osteoporose no idoso, é recomendado um aumento no aporte de vários nutrientes na dieta, COM EXCEÇÃO DE:
R: Cafeína.
3 – A terapia farmacológica de uso contínuo indicada para o tratamento da artrite reumatoide exerce um impacto negativo no estado nutricional dos pacientes. As opções abaixo representam alguns efeitos colaterais dos fármacos anti-inflamatórios) COM EXCEÇÃO DE:
R: Absorção intestinal de cálcio.
4 – O aumento na incidência e prevalência da osteoporose em todo mundo tem estimulado pesquisadores a explorar novas intervenções para sua prevenção. Apesar das doenças ósseas terem etiologias complexas, o desenvolvimento de algumas pode ser minimizado pelo fornecimento de nutrientes adequados em períodos apropriados durante o ciclo da vida. Sobre a prevenção da osteoporose é INCORRETO afirmar que:
R: Pacientes com hipocloridria podem se beneficiar com suplementos que contêm cálcio sob a forma de carbonato de cálcio, que é insolúvel, especialmente em pH neutro.
5 – O enfermeiro deve conhecer todas as complicações que um paciente com gota (artrite microcristalina) pode desenvolver, a fim de tomar os cuidados necessários para minimizá-las. Sabendo que o manejo nutricional é importante para melhorar o prognóstico da doença, o objetivo de se recomendar abstinência alcoólica aos pacientes é:
R: Corrigir a hiperuricemia.
6 – O enfermeiro deve conhecer todas as complicações que um paciente com gota (artrite microcristalina) pode desenvolver, a fim de tomar os cuidados necessários para minimizá-las. Sabendo que o manejo nutricional é importante para melhorar o prognóstico da doença, o objetivo de se recomendar aos pacientes o aumento na ingestão hídrica é:
R: Otimizar a excreção urinária de ácido úrico e minimizar a possibilidade de formação de cálculos renais.
7 – O enfermeiro deve conhecer os principais fatores de risco para a osteoporose. Além disso, campanhas de prevenção são fundamentais para minimizar a incidência desta doença, principalmente durante a infância e adolescência, pois:
R: São períodos de maior alcance do Pico de Massa Óssea (PMO).
8 – O cálcio é um dos micronutrientes mais importantes na prevenção da osteoporose. Com relação às fontes alimentares e biodisponibilidade deste nutriente, é INCORRETO afirmar:
R: O ácido fítico, presente nos cereais integrais, aumenta a absorção de cálcio.

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