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RELACOES INTERPESSOAIS NO AMBIENTE ESCOLAR

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO AMBIENTE ESCOLAR
Márcia Nobres de Almeida 
Cósmea Alves da Silva Sousa
RESUMO
O presente trabalho apresenta estudos sobre o desenvolvimento das capacidades de inserção social que são aquelas de relações intrapessoal, interpessoal de ordem afetiva e emocional, que por sua vez são componentes da construção da inteligência emocional. O mesmo teve como embasamento teórico Goleman(1995), Gama(1998), Marcelos(2009), Santos (2004), autores que apresentam concepções de que a inteligência emocional é a base para garantir o sucesso de qualquer sujeito em qualquer aspecto de sua vida. Partindo dessa teoria realizamos experiências voltadas às capacidades afetivas, emocionais de relações interpessoais e intrapessoais, em uma instituição educacional com o objetivo de resgatar valores e melhorar a qualidade das relações e contatos nela estabelecidas As inúmeras atividades realizadas necessitaram de variadas técnicas para realização, pois as turmas atendidas apresentavam diferenças muito acentuadas no nível de desenvolvimento e faixa-etária. Com base no estudo do tema e das experiências realizadas, acreditamos que de fato o desenvolvimento da inteligência emocional é fundamental para a vivencia e convivência de todos. Os resultados obtidos em curto prazo foram bons e pode ser notado por toda a equipe escolar, espera-se que o mesmo continue a ser desenvolvido e as suas ações multiplicadas, para que possamos construir habilidades e competências relacionadas boa convivência no maior número de indivíduo conquistando um equilíbrio e harmonia nas muitas relações que o homem mantém no decorrer de sua vida. 
PALAVRAS-CHAVE: interpessoal, intrapessoal, emocional, inteligência. 
O PAPEL DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR
 Conscientes de que a escola é um ambiente social, onde inúmeros sujeitos mantêm relações constantemente e de diferentes maneiras e intensidades, faz se necessário analisar como essas relações acontecem, qual a postura dos membros da equipe e a comunidade escolar como um todo, qual a concepção tem de si enquanto profissional e de seu próprio trabalho; outro aspecto importante é a verificação de como se processa a relação família-escola e quais diferenças ou melhoras estas relações podem promover no contexto escolar e no processo de ensino aprendizagem. 
É preciso ressaltar que estudar relações interpessoais e intrapessoais, é bastante complexo, pois a mesma se desenvolve de formas distintas em cada individuo consciente que estas habilidades são fundamentais na construção de cidadãos felizes, capazes de viver e conviver em sociedade, aptos a comunicação, socialização e interação considerando que desde o princípio da escolarização e em todo decorrer do percurso escolar as inteligências emocionais, interpessoal devem ser exploradas ao máximo como o intuito de promover uma educação que prepare os indivíduos para a vida e para o mundo pautado em uma formação séria e democrática realizada em um espaço aberto da discussão e resoluções de problemas.
O presente trabalho é fruto da necessidade de melhorar as relações estabelecidas dentro do cotidiano escolar e para subsidiar teorias buscamos autores como: Goleman (1995), Gama (1998), Marcelos (2009), Santos (2004). Estudiosos esses que analisam o numero de casos de intolerância, desrespeito, injustiça e a perda dos valores, o que promove um verdadeiro caos em todo o mundo, jovens brilhantes que muitas vezes não sabem lidar com suas próprias emoções, perdem o controle e cometem barbárie. Diante deste contexto, percebe-se a necessidade de explorar mais aspectos afetivos, emocionais e as capacidades de relações interpessoais e intrapessoal que estão desaparecendo em detrimentos das atividades que desenvolvem apenas o intelectual.
Contudo, não queremos dizer com isso que não se deve trabalhar o intelectual apenas que se desenvolvam atividades que conduzam a aplicação das potencialidades mais humanas que são aquelas ligadas a inteligência emocional. Esperamos que o público alvo desde equipes escolares pudesse usufruir de forma positiva e através dele refletir e aprimorar suas relações de forma geral.
O ser humano é, dotado de capacidades que somente sua espécie detém, destaca-se e se sobrepõe ao restante dos outros seres vivos existentes na face da terra. Podemos dizer também que o homem é o ser mais complexo presente no mundo, sendo capaz de transformar por sua capacidade de pensar e também de modificar o mundo ao seu redor através de suas relações com os outros modificando conforme seus anseios e necessidades.
 Segundo os teóricos acima citados, compreendemos que o homem é um ser social por natureza, desde o momento de sua vinda ao mundo o mesmo já se encontra inserido em um grupo social, e conforme cresce, amplia o número de grupos do qual participa, estabelecendo nestas, relações interpessoais bem como conhecendo e controlando seus anseios, desejos e vontades esta capacidade é conhecida como inteligência interpessoal.
Cientes que a rede de relações não é natural e que estas são estabelecidas segundo o próprio grupo ou instituição precisamos entender e lidar com estas vastas e complexas relações que vão sendo construídas continuamente e de forma gradual no decorrer de toda vida. Isto ocorre independente de nossa vontade e se perpetua é algo incondicional e o que precisamos é nada mais nada menos que aprender a aprender a planejar estas situações.
Podemos dizer que o homem possui inúmeros tipos de inteligência e muitas delas são bastante conhecidas em nosso meio, porem aqui nos limitaremos a abordar inteligências interpessoais e intrapessoais, enfim inteligências emocionais e afetividade, capacidades fundamentais para a conquista de uma estabilidade emocional que conduz a uma vivencia e convivência social harmoniosa nos dias atuais e sumamente necessários nos mais diversos grupos do qual participamos.
 Veremos neste momento segundo Gama (1998, p.03) os conceitos das inteligências neste trabalho abordado; para depois analisar sua importância a cada individuo e ao próprio meio social. “Inteligência Interpessoal pode ser descrita como uma habilidade para entender e responder adequadamente os humores, temperamentos, motivações e desejos de outras pessoas”. 
Segundo Gama (1998), podemos notar que a inteligência interpessoal baseia-se na compreensão dos sentimentos e emoções das pessoas ao nosso redor, na capacidade de perceber vontades explícitas sem ser necessário o uso de dialogo, podendo ser considerada, como habilidade de perceber que cada pessoa é um ser único, diferente do outro.
Esta inteligência é essencial no relacionamento de qualquer grupo social seja, porem não é fácil lidar com diferenças e em todo e qualquer grupo existem diferenças e conflitos, por esse justo motivo torna-se cada vez mais necessário desenvolver habilidades e competências relacionas a convivência em grupo para a permanência destes muitos grupos que o ser humano participa.
“A inteligência intrapessoal – Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais”. (GAMA apud GARDNER, 1985 pag. 3) 
 
Consideramos esta inteligência como sendo a capacidade de autoconhecimento emocional, ela é essencial em todos nós, cada indivíduo possui anseios e vontades, desejos etc. Conhecê-lo e administrá-lo na resolução de situações é sua finalidade, a inteligência intrapessoal implica também na capacidade, de construir sua própria imagem, personalidade e identidade.
Em suma compreendemos com base nos teóricos que fundamentam este trabalho que a primeira inteligência acima citada é relativa aos outros indivíduos que nos cercam e a segunda inteligência refere- se a nós mesmos, porém esses processos, capacidades, relacionamentos não são simples, inúmeras pessoas tem dificuldades de ordem psíquica, não conseguindo obter controle sobre suas emoções gerandoum mal súbito a sociedade. 
Para Golemam (1995), a inteligência emocional é fundamental, principalmente nos dias atuais, pois ela e a garantia na melhora do seu desempenho em todos os aspectos de vida e ele a define da seguinte maneira:
As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade; as que não conseguem exercer algum controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza. ( GOLEMAN, 1995, p.26)
O controle de nossas emoções nos leva a conquistar melhorias em todos os tipos de relacionamento que escabelemos e também desenvolvem em nós aptidões que nos levam a um crescimento interno e uma maior produtividade.
O nível de QI (quociente de inteligência) de um indivíduo não é determinante do seu sucesso na vida. Porem pessoas que tem um autocontrole emocional, são mais felizes e satisfeitos, pois regulam o seu estado de espírito de forma objetiva, e aguardam as coisas se realizarem, sua tranqüilidade lhe permite destaque e êxito. 
Pessoas emocionalmente competentes que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos, e lêem e consideram os sentimentos das outras levam vantagem em qualquer campo da vida, seja nas relações amorosas e íntimas, seja assimilando as regras tácitas que govemam o sucesso na política organizacional.( GOLEMAN, 1995,p.26)
 
 Afirma ainda que as pessoas emocionalmente mais inteligentes sejam produtivas no trabalho e tem menos conflitos internos. Podemos perceber que as vantagens de se desenvolver a inteligência emocional são vastas, nos permite perceber que se dá por meio do processo de autoconhecimento e domínio de nossas emoções que implica em transformar aquela que somos naquilo que almejamos. Outro aspecto que não deve ser esquecido é de que a inteligência emocional também se caracteriza pela capacidade de entender outras pessoas, e também da capacidade de construir uma imagem real de si mesmo.
Por isso consideramos importante e necessário trabalhar estas inteligências nas escolas desde o principio da escolarização, amenizando dificuldades de relacionamentos, melhorando as relações através da socialização por meio de ações que promovam integração, comunicação e melhora na convivência, mediadas pela valorização da afetividade baseada na experiência e construção do conhecimento construindo através da vivencia e convivência humana.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ÂMBITO ESCOLAR
 A escola é uma instituição ou grupo social onde se perpetuam relações com diversas personagens: professores, alunos, funcionários, diretores, porém existem problemas ou falhas nestas instituições referentes ao relacionamento interpessoal, intrapessoal e emocional advindo de todos os envolvidos que dificultam o bom funcionamento da mesma e pensando justamente em garantir uma convivência harmônica na mesma, Marcelos (2009), enfatiza que:
O gestor, grande articulador da escola deve esforçar-se por criar canais adequados de comunicação e interação e garantir o alcance dos objetivos da escola, mantendo um bom clima entre as pessoas que fazem parte da comunidade escolar e local. (MARCELOS, 2009,p.02)
Então notamos que o gestor deve procurar criar e manter situações que promovam uma boa relação entre todos os indivíduos, então consciente também de que para que se consiga de forma afetiva a conquista dos objetivos da escola, faz se necessário construir situações para realização de um bom trabalho de articulação e integração melhorando tanto as relações pessoais quanto as próprias instituições.
A interação das pessoas no ambiente escolar é responsabilidade de todos, porém o gestor é co-responsável pelo sucesso ou fracasso de uma boa comunicação, para tanto é preciso que o mesmo realize conforme Marcelos (2009, p.02) aponta: “O gestor deve trabalhar a diversidade de pontos de vista ou comportamento como fala de enriquecimento para o grupo e como forma de ampliar a visão particular de cada individuo na escola”. 
 O relacionamento interpessoal na área escolar exige entre outras coisas, habilidades de trabalhar em equipe, pois todos os membros de um grupo são coletivamente responsáveis por seu funcionamento; saber que neste contexto irão sempre surgir momentos de tensão, conflitos, etc. é preciso considerar que esses fatores podem facilitar ou bloquear relacionamentos primordiais, criar um clima de respeito, confiança e buscar estar sempre atento e possibilitar uma boa qualidade nos processos de fundamento e relacionamento na instituição.
É válido dizer em uma unidade escolar todos deve procurar desenvolver competências e habilidade diversa Santos relata várias que serão explicitas e comentadas a partir desse momento. Saber cooperar é uma competência primordial, pois a cooperação é a realização de uma ação que ninguém tem força de realizar sozinho. Habilidades de escutar e compreender o ponto de vista de colegas, escutarem as propostas, explicitar as próprias e procurar um consenso é fundamental e propiciam condições melhores de um processo de ensino aprendizagem eficazes. Habilidade de perceber a relação entre o seu trabalho e o da escola como um todo, cada membro deve interessar-se pelo o bom funcionamento da sua equipe não apenas o seu, pois, seu trabalho é mais um elemento inserido na escola que de certa forma está integrado a um sistema maior que almeja um objetivo especifico.
Na sala de aula para que o relacionamento aconteça com êxito é necessário desenvolver habilidades de motivar os alunos, mobilizar sua atenção apesar de sério e complexo acreditamos ser possível melhorar o relacionamento através de ações como, por exemplo: dispensar atenção a todos, esse fato pode ser positivo e produtivo, no decorrer ao processo de ensino aprendizagem.
O afeto dentro da sala de aula é fundamental para a construção e desenvolvimento de diferentes habilidades, pois cria um clima de respeito, segurança, promovendo situações para o surgimento de múltiplas inteligências que alicerça a capacidade de inteligência emocional, ou seja, a de conviver, dialogar e interagir. 
A relação professor aluno é tão primordial que o processo de ensino que através da postura, seus gestos e movimentos podem ser decisivos, em outras palavras podem garantir a vontade e o desejo de aprender, pois motivar em muitas situações é muito mais do que um contato físico, passa a ser manifestações de afeto e carinho. 
A habilidade de perceber necessidades de aprendizagens e diferentes estilos de aprendizagens. Sabemos que todas as turmas são heterogêneas e que o professor deve procurar dar atenção a todos por igual, acompanhar de forma coletiva e individual avanços entre outras coisas, necessita olhar atentamente a semelhanças diferenças, mudanças, portanto é preciso boa vontade e tempo para que o professor conheça sua clientela e planeje ações que enfoquem uma maior e melhor aprendizagem.
Vale ressaltar também que como cada indivíduo é único há diversos ritmos de aprendizagens bem como forma de aquisição de conhecimento, então o professor deve procurar diversificar suas ações para que todos possam vir a ter um aprendizado, significativo e satisfatório. Não existe nenhuma sala 100% homogênea todas as salas são preenchidas com sujeitos diferentes; de grupos diferentes, realidade e acima de tudo com potenciais diferentes saber usar as suas potencialidades para o maior rendimento da turma é bom e gera um sentimento de bem estar e uma imagem positiva de si.
Há também a habilidade de lidar com conflitos e manter a disciplina, considerando que a escola é um local democrático, logo se imagina que nela surgem constantemente conflitos e tensões; a sala de aula deve ser um lugar onde se possa discutir e solucionar problemas de cada aluno. Opiniões diferentes podem não ser negativas dentro da sala de aula, pode vir a enriquecer a mesma e conduzir aos alunos possibilidades de articulação, defesa, reflexão, consenso,o professor deve apenas ter sabedoria de conduzir a situação a seu favor.
É preciso, entretanto tornar cuidado na manutenção da disciplina, pois, não se deve confundir autonomia e autoritarismo, pois, caso isso aconteça o profissional constrói barreiras no processo de relação entre ele e seus educando.
RELAÇÕES FAMILIA E ESCOLA NOS DIAS ATUAIS
Podemos considerar que a família influi significativamente nos sucessos escolares vários problemas na aprendizagem incidem de vários fatores familiares. Quando a criança é bem acompanhada, sua possibilidade de se desenvolver plenamente são maiores, caso contrário a falta desse leva a surgir condutas indesejáveis, como: indisciplina e baixo rendimento escolar; e esta conduta dos pais prejudica a criança até mesmo fora da escola.
O que afeta bastante a relação família, escola é primeiro: delegar algumas de suas muitas obrigações para com seus filhos na escola. A partir do momento que a criança passa a freqüentar a escola, a responsabilidade de sua educação é repassada a escola e professores, quando a criança apresenta padrões de comportamento inadequado a família em peso culpa a escola, porém não refletem sobre sua própria contribuição para tal fato.
Sabe-se que tanto a família quanto a escola possuem um objetivo comum, que se resumem em preparar seus filhos as crianças para o mundo, pensando justamente em promover uma transformação na relação família escola, que é tão conflitante, buscamos estabelecer uma relação de cooperação afetiva; salientando a importância dessa parceria no desenvolvimento das crianças, porém antes de tudo é preciso construir uma série de situações para que este processo de relacionamento se dê de formas positivas e enriquecedoras.
É preciso modificar a concepção de alguns pais, realizando ações que tragam estes para a escola, os façam compreender de forma consciente seus papeis e a manutenção dessa relação, somente a partir desse principio se poderá de fato contribuir para o desenvolvimento das capacidades cognitivas e afetivas da criança que se sentirá segura protegidas e acima de tudo capaz de aprender.
Nessa perspectiva a escola é reflexível e busca construir ambientes formativos que favorecem o desenvolvimento e atitudes de viver, conviver e interferir em sociedade, com competências e afetivas pessoais e sociais.
PAPEL DO EDUCADOR NAS PRÁTICAS DE DESENVOLVIMENTO PLENO
O inicio da escolarização é um marco na vida de todos os indivíduos, pois a partir desse momento o indivíduo é inserido em mais um grupo social, que é extremamente importante para seu desenvolvimento intelectual e social. Garantir que esses sejam de fato desenvolvidos de forma positiva implica na necessidade de todos os envolvidos trabalharem favorecendo a socialização, cooperação, solidariedade, tolerância e o pensamento crítico.
A convivência do indivíduo em grupo é fundamental para a formação de sua personalidade e segundo Golemam (1995), a personalidade é um componente afetivo, ou seja, a personalidade do individuo é baseado nas suas experiências vividas, por isso devemos primar por a elaboração e realização de ações que visam construir em todos os desenvolvimentos afetivos emocional em consonância as suas demais inteligências.
Precisamos compreender que podemos influir significativamente na formação da identidade dos indivíduos, então é preciso que nós educadores, busquemos manter uma relação de integração com as crianças cuidando para que esse contato seja uma ponte entre os mesmos e o conhecimento, desenvolvendo os alunos de forma completa, nos tornando co-responsáveis por esta formação que ocorre no dia-a-dia colocando o aluno em primeiro lugar, pois como veremos a seguir a escola muitas vezes transforma-se em um mero local de trabalho mecânico e burocrático, como se pode notar na realidade atual das Instituições Educativas,com as inovações tecnológicas as pessoas se tornaram menos comunicativas e sociáveis, tanto em sociedade quanto na própria escola, perdeu-se um pouco de contato físico presencial. A escola de hoje se vê empobrecida em suas relações devido ao meio cumprimento de tarefas, cronogramas, prazos etc. 
Compreendemos que no ambiente escolar devemos procurar realizar atividades de comunicação, situações que toquem de perto e profundamente os alunos despertando seu interesse e curiosidade, velando-os a refletir valores entre tantos outros temas e possam a partir de tais atividades desenvolverem iniciativas e atitudes próprias para o bom relacionamento e convivência harmoniosa com todos. Construindo um ambiente favorável a formação, desenvolvimento ou mesmo transformação da personalidade precisa e o mundo almeja para sua própria transformação e é isso que procuramos realizar.
Considerando a escola um ambiente de relações, percebemos que nela o trabalho pauta-se em um contato e troca mútua entre todos construindo vínculos e a qualidade dos vínculos é o segredo para o bom andamento do trabalho e alcançados objetivos, portanto consideremos válido ressaltar que, uma boa parte do trabalho docente é de cunho afetivo emocional. Baseia-se em emoções em afetos na capacidade não somente de pensar nos alunos, mais igualmente de perceber e sentir suas emoções, suas alegrias seus próprios bloqueios afetivos. 
Ciente da importância, da qualidade das inteligências emocionais, afetivas, das relações interpessoais e intrapessoais por ser através dela que cada indivíduo aprende a lidar com o meio social, desen algumas atividades com o intuito de auxiliar a todos na percepção das diferenças e tolerância as mesmas também para mostrar o valor de cada individuo com base em suas próprias características, ser respeitado e respeitar a todos independente de qualquer coisa, pois acreditamos e concordamos com Marcelos (2009,p.1-2) que a mesma diz que:
“Educar para a cidadania significa educar pessoas capazes de conviver, comunicar e dialogar num mundo interativo, dentro da perspectiva onde as pessoas reconhecem a interdependência dos processos individuais e dos processos coletivos”.(MARCELOS, 2009,p.1-2)
 
Refletindo sobre a afirmação acima citada, procuramos conduzir a construção de uma consciência que o ser humano não é auto-suficiente sozinho, mais que todos contribuímos e influímos a vida uns dos outros. Devemos educar indivíduos para o mundo globalizado desenvolvendo não só o seu intelectual mais seu lado humano diminuindo o numero de indivíduos egocêntricos que se consideram superiores ao resto do mundo e que quando frustrados cometem loucuras tornam-se insanos para construir indivíduos equilibrados e preparados para lidar e vencer conflitos mantendo seu controle acima de tudo.
Com o intuito de amenizar essa situação elaboramos um projeto no qual expomos passo a passo etapas do nosso trabalho, um planejamento preciso e necessário para a conquista dos objetivos almejados que foram e são o resgate de valores adormecidos na consciência humana que uma vez inseridos no processo educacional possibilita uma formação integral bem como também melhor as condições de relacionamento entre todos.
O projeto foi desenvolvido no decorrer do ano de 2009, na Instituição Educacional Municipal Tancredo de Almeida Neves em Tocantinópolis com os alunos de jardim I, II, 1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos, para que o êxito fosse atingido, todas as atividades desenvolvidas ocorreram em consonância e coerência as aulas de dinamização realizada na escola e com participação ativa tanto da professora dinamizadora quanto da professora titular das turmas.
Sabendo que desde a educação infantil os verdadeiros valores necessitam ser abordados; organizamo-nos para trabalhar quinzenalmente os seguintes; amizade, cooperação, respeito, responsabilidade, carinho, amor, bondade, honestidade, justiça, solidariedade, verdade, união, liberdade, dedicação, alegria, partilha, companheirismo e paz.
Todos estes valores foram de forma diversificadas trabalhadas com todas as turmas, baseada claro na faixa etária de cada turma. Então realizamos: roda de histórias, filmes dinâmicos variadas,correio da amizade, confecção e construção de cantinhos, desenhos com expressões, registros de sentimentos, abc dos valores, acrósticos, leituras e registros dos mesmos, atividades manuscritas e mimeografadas, músicas, hinos, peças teatrais, encenações, produções textuais, atividades com a família na escola, aconteceram apesar de não constar no projeto, brincadeiras e jogos foram feitos segundo a necessidade no momento em cada sala, no decorrer do desenvolvimento do projeto, reforçando e estreitando laços bem como promovendo de forma sutil a conscientização do papel dos pais e sua importância na vida e formação de seus filhos.
As atividades acima citadas foram desenvolvidas para que as crianças pudessem de fato exercitar suas capacidades afetivas e emocionais aprender a lidar com suas emoções e sentimentos, buscando atingir um equilíbrio valorizando a si mesmo e aos outros, melhorando sua capacidade de relacionamento.
Consideramos que nossa intervenção óbvia, não foi tudo, ou seja, o bastante, porém já foi um começo e surtiu efeito, mais a semente foi plantada e muitos conseguiram compreender a importância desses valores para a vida. Torcemos agora para que a equipe escolar continue trabalhando, pois o fruto será colhido mais tarde quando os mesmos amadurecerem e perceberam o quanto foram beneficiados com estas ações. 
Esperamos que outras instituições analisem e compreendam a importância da inteligência emocional e passe a trabalhar de forma a explorá-la mais, construindo ou mesmo modificando a natureza do individuo formando cidadãos ativos participativos e críticos, bem como também seres humanos, solidários, companheiros respeitadores e tolerantes as diferenças existentes em todo o mundo, capazes de compreender e valorizar a si mesmo e aos outros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Baseados na necessidade de construirmos indivíduos equilibrados, capazes de viver e conviver em sociedade é preciso ir além de desenvolver suas capacidades intelectuais, é necessário trabalhar para desenvolver em consonância a estas competências e habilidades voltadas ao campo emocional e afetivo, de relação interpessoal e intrapessoal as chamadas inteligências emocionais.
Consciente de que a escola é um ambiente de formação entendemos que a mesma deve buscar trabalhar estes aspectos desde o principio da trajetória escolar do individuo resgatando valores adormecidos e melhorando a qualidade e a capacidade de relacionamento, amenizando dificuldade de integração.
Ciente de que influenciamos e também somos responsáveis pelo tipo de cidadão estamos construindo é preciso considerar também que o mesmo advém de um primeiro grupo que assim como nós também influencia na sua formação. Entendemos que o melhor a fazer é construir um ambiente acolhedor a toda a família, estabelecendo uma relação de cooperação e parceria no desenvolvimento das nossas crianças e seus filhos, permitindo a realização de inúmeras situações de participação da família, ações que contribuam de forma positiva para o desenvolvimento intelectual e social da criança.
A ação educativa nos dias atuais não se resume a transmissão de conhecimento e que atualmente a escola perdeu um pouco do contato físico em detrimento do mero cumprimento de tarefas, bem como relegou ao esquecimento certos sentimentos e emoções em muitos casos, explorando mais o intelectual por esse justo motivo consideramos válido e necessário trabalhar o tema.
A proposta de trabalho aqui se baseia fundamentalmente como subsídio teórico Goleman (1995), onde nesta concepção a inteligência emocional é fundamental para o sucesso e o convívio social, então pautados nessa concepção acreditamos que os trabalhos educacionais são de cunho afetivo e emocional, buscamos realizar ações que promoveram um maior contato possível entre toda comunidade escolar e o surgimento de sentimentos nobres em todos os envolvidos, propiciando um processo de ensino aprendizagem de sucesso.
Em suma, concluímos em parte que somos responsáveis pela sociedade que temos e para transformá-la em melhor, é necessário vencer o desafio de desenvolver qualificar pessoas para o convívio social, integrando para tais profissionais, alunos e famílias no processo de formação do individuo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, Clóvis Roberto dos. Ética, Moral e Competência dos Profissionais da – São Paulo: Avercamp, 2004.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional – a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente, Editora Objetiva, 1995.
MARTINS, José do Prado. Administração Escolar: uma abordagem crítica do processo administrativo em educação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.  
VALERIEN, J. Gestão da escola fundamental. Tradução e adaptação José Augusto Dias. Brasília: MEC, Unesco , 1993.
MEC.INEP.Em aberto, vol. 17, nª 72. Gestão escolar e formação de gestores, jun.2000. 195p.
ABREU, Maria Vasques de. Progestão: como desenvolver a gestão dos servidores na escola?, módulo VIII / Mariza Vasques de Abreu, Esmeralda Moura;coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. Brasília: CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação, 2001.
NETO, Armando Correa de Siqueira. Um novo paradigma para a motivação. Revista Linha Direta, Ano 11. fev.2008. p56
ARAÚJO, Andréia. O fortalecimento da gestão educacional. Revista Linha Direta, Ano 11. mar.2008. p14
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/relacoes-interpessoais-729010.html
http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html

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