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Prof.ª Luana Limoeiro Universidade Estácio de Sá QUALIDADE É a soma de vários atributos Composição do alimento Valor nutritivo Ausência de contaminantes Textura / Viscosidade Aparência Sabor Aroma / Odor Cor CONTROLE DE QUALIDADE EM ALIMENTOS Sistema que padroniza: Materiais utilizados Processo Produto Ajustes do processo Desenvolvimento de técnicas rápidas e eficazes de ensaio Constante aperfeiçoamento Essencial para garantir a inocuidade do alimento Essencial em todas as etapas de produção do alimento: CONTROLE DE QUALIDADE EM ALIMENTOS ANÁLISE DE ALIMENTOS Objetivo: Determinar um componente específico do alimento ou vários componentes presentes nos alimentos Classificação: Métodos Convencionais Métodos Instrumentais Determinação de componentes: Medida de massa ou volume Medida da absorção de radiação Medida de potencial elétrico CONVENCIONAL X INSTRUMENTAL Métodos convencionais: Não necessita de equipamento sofisticado Usam materiais e reagentes comuns de laboratórios Geralmente, realizados por gravimetria e volumetria Por que utilizá-los? Praticabilidade Em casos exigidos por lei Em Métodos Oficiais estabelecidos Métodos Instrumentais Utilizam equipamentos modernos com exatidão e precisão e que minimizam o trabalho de análise e possíveis erros Por que utilizá-los? Boa resolução Rendimento no trabalho Desvantagem: Alto custo de aquisição e manutenção dos equipamentos Especialização técnica CONVENCIONAL X INSTRUMENTAL CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS Controle de Qualidade de Rotina Controle de todo o processo produtivo Uso de métodos que forneçam resposta rápida Fiscalização Cumprimento da legislação Métodos precisos e exatos com LD e LQ Métodos Oficiais Pesquisa Desenvolver ou adaptar métodos analíticos Identificação e quantificação de substâncias específicas (contaminantes, nutrientes e compostos bioativos) ESCOLHA DO MÉTODO DE ANÁLISE O método ideal deve possuir atributos essenciais como : Exatidão, precisão, especificidade e sensibilidade Ser prático, rápido e econômico Quando não for possível satisfazer todas as condições ao mesmo tempo: O analista deve escolher em função do objetivo da análise, quais atributos devem ser priorizados FIGURAS DE MÉRITO Seletividade: É a capacidade de avaliar, identificar e distinguir um determinado analito na presença de componentes que podem interferir com a determinação em uma amostra complexa Linearidade: É a capacidade do método em fornecer resultados que seja diretamente proporcional à substância analisada, dentro de uma determinada faixa de aplicação Precisão: Representa a dispersão de resultados entre ensaios independentes, sob condições definidas. Ocorre de três formas: Repetitividade: representa a concordância entre resultados de medições sucessivas de um mesmo método e realizadas nas mesmas condições Precisão intermediária: representa a variabilidade dos resultados em um único laboratório devido ao efeito de variações Reprodutibilidade : é a concordância dos resultados de medição realizados por diferentes laboratórios FIGURAS DE MÉRITO Exatidão: É o grau de concordância entre os resultados obtidos em um determinado ensaio e um valor de referência aceito como verdadeiro para aquela substância pesquisada Robustez: Mede a sensibilidade que o método possui frente a pequenas variações FIGURAS DE MÉRITO Limite de Detecção (LD): Representa a menor concentração da substância em análise que pode ser detectada, mas não necessariamente quantificada Limite de Quantificação (LQ): Representa a menor concentração da substância em análise que pode ser medida utilizando determinada metodologia analítica FIGURAS DE MÉRITO SELEÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO Legislação vigente Produto ou substância a ser analisado Quantidade relativa do componente analisado Exatidão requerida Composição química da amostra Recursos disponíveis QUANTIDADE RELATIVA DO ALIMENTO QUANTIDADE RELATIVA DO COMPONENTE ANALISADO COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA AMOSTRA RECURSOS DISPONÍVEIS RECONHECIMENTO POR ÓRGÃOS OFICIAIS VELOCIDADE REPRODUTIBI-LIDADE EXATIDÃO PRECISÃO SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE CUSTO SEGURANÇA FACILIDADE DE OPERAÇÃO SELEÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO QUANTIDADE RELATIVA DO COMPONENTE Maiores (maisde1%) em relação ao peso total da amostra: São aplicáveis os métodos analíticos convencionais (gravimétrico ou volumétrico) Menores (0,01-1%), micro (menos que 0,01%) e traços (ppm e ppb) em relação ao peso total da amostra Emprego de técnicas mais sofisticadas e sensíveis, como os métodos instrumentais EXATIDÃO REQUERIDA Métodos clássicos: Gravimetria Volumetria Composto analisado: > 10% da amostra = 99,9% <10% = métodos instrumentais COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA AMOSTRA ALIMENTAR Presença de substâncias interferentes Várias etapas na análise: Extração Purificação Separação ESQUEMA GERAL PARA ANÁLISE DE ALIMENTOS AMOSTRAGEM SISTEMA DE PROCESSAMENTO DA AMOSTRA MUDANÇAS FÍSICAS REAÇÕES QUÍMICAS SEPARAÇÕES MEDIDAS PROCESSAMENTO DE DADOS AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA ANÁLISE LABORATORIAL Fonte de informação Geradora de uma ação Primeiro passo COLETA DA AMOSTRA Amostragem Forma de coleta Armazenamento Transporte AMOSTRA É "a porção limitada do material tomada do conjunto (universo) selecionada de maneira a possuir as características essenciais do conjunto" Parte representativa e significativa do universo populacional Amostra homogênea – lote de suco de laranja Amostra heterogênea – caminhão de laranja de diferentes plantações A amostra homogênea facilita a rastreabilidade dos erros AMOSTRAGEM Conjunto de operações com as quais se obtém do material em estudo, uma porção pequena, que represente uma parte de todo o conjunto de amostras PROCESSO DE COLETA DE AMOSTRA Plano de amostragem (IUPAC): “Procedimento pré-determinado para a seleção, retirada (coleta), preservação, transporte e preparação das porções a serem removidas de um lote como amostras" Fatores que interferem: Finalidade da inspeção: aceitação ou rejeição, avaliação da qualidade média, determinação da uniformidade Natureza do lote: tamanho, divisão em sublotes, granel ou embalado Natureza do material em teste: homogeneidade, tamanho unitário, história prévia e custo Procedimentos de teste: significância, procedimento destrutivo ou não, tempo e custo da análise AMOSTRAGEM TIPOS DE ANÁLISE Análise Fiscal É aquela efetuada em amostras de produtos submetidos ao regime de vigilância sanitária, em caráter de rotina, para apuração de infração ou verificação de ocorrência fortuita ou eventual Tem valor jurídico A apreensão da amostra nesta modalidade analítica pode ser feita de duas formas: Coleta da amostra em triplicata – contraprova, prova, testemunha Coleta de amostra única Análise de Contraprova Efetuada quando ocorrer discordância do resultado condenatório da análise fiscal Direito de defesa do titular do produto Realizada pelo mesmo laboratório oficial que executou a análise fiscal TIPOS DE ANÁLISE Análise de Controle Efetuada em amostras destinadas ao consumo Destinada a comprovar a conformidade do produto com a fórmula padrão da origemdo registro PADRÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE Tem valor jurídico A coleta da amostra segue os mesmos procedimentos da análise fiscal TIPOS DE ANÁLISE Análise de Orientação / Conformidade Não tem valor jurídico Respondem ao atendimento de solicitações diversas Considera a qualidade Verifica a adequação para uso e consumo dos produtos Exemplo: análises solicitadas pelos Órgãos de Defesa e Proteção ao Consumidor, Exportadores, Órgãos Públicos, Rede Hospitalar, Concorrências Públicas, Programa de Saúde do Trabalhador, Análises Acadêmicas ou de Pesquisa TIPOS DE ANÁLISE ETAPAS DA AMOSTRAGEM Coleta da amostra bruta Registro/Documentação: quem, o que, onde, porque e como? Passo importante para a rastreabilidade dos resultados Redução da amostra bruta Adequação da amostra às quantidades necessárias à rotina do laboratório Preparo da amostra para análise COLETA DA AMOSTRA BRUTA Amostragem: Identificação do lote de onde será retirada a amostra bruta Seleção e obtenção de sub-amostras para preparação da amostra bruta. Redução da “amostra bruta” para “amostra de laboratório”. Amostras fluídas (líquidas e pastosas) homogêneas: Coletadas em frascos com o mesmo volume (alto, meio e fundo do recipiente), após agitação e homogeneização Amostras sólidas Diferem em textura, densidade e tamanho de partículas, por isso devem ser moídas e misturadas Embalagens únicas ou pequenos lote – todo o material pode ser recolhido Lotes maiores –10 a 20% do nº de embalagens ou 5 a 10% do peso total do alimento COLETA DA AMOSTRA BRUTA REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA Adequação da amostra às quantidades necessárias à rotina do laboratório Alimentos secos (pós ou granulados): Manual: quarteamento Equipamentos: Tipo Riffle e Tipo Boerner Riffle Boerner REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA Alimentos líquidos Misturar bem o líquido no recipiente por agitação, inversão ou repetida troca de recipiente Retirar porções de diferentes partes do recipiente misturando as porções no final Alimentos semi-sólidos (queijos, chocolate) Ralar Alimentos úmidos (carne, peixes, vegetais) Moer Guardar sob refrigeração REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA Alimentos semiviscosos e pastosos e alimentos líquidos contendo sólidos (pudim, compotas) As amostras devem ser trituradas em mixer, misturadas e as alíquotas retiradas para análise Alimentos em emulsão (manteiga, margarina) Derreter a 35ºC e homogeneizado Frutas Grandes: quarteamento manual Pequenas: inteiras REDUÇÃO DA AMOSTRA BRUTA PREPARAÇÃO DA AMOSTRA Desintegração mecânica Desintegração enzimática Desintegração química Problemas: Mudança na composição da amostra durante o preparo Contaminação CONSERVAÇÃO DA AMOSTRA Manter refrigerada ou congelada Inativação enzimática Branqueamento, pH, resfriamento, congelamento, secagem a baixas temperaturas Modificações lipídicas Adicionar antioxidante, abrigo da luz Controle da oxidação Evitar deterioração microbiana FATORES A SEREM CONSIDERADOS Produtos de origem vegetal Variedade, estádio de maturação, parte do alimento Alterações pós-colheita Produtos de origem animal Conteúdo de gordura, parte do animal, raça PLANOS DE AMOSTRAGEM Escolha do plano mais adequado para o tipo de análise Plano de amostragem por atributo Mais utilizado ISO 2859-1: critérios de aceitação e de rejeição Plano de amostragem por variáveis Análise estatística REGISTRO DE ALIMENTOS Ministério da Agricultura – MAPA Produtos de origem animal, vegetal e cereais (grãos) in natura, bebidas, vinagres e produtos apícolas Ministério da Saúde – ANVISA Alimentos de origem vegetal industrializados, água mineral, sal, alimentos para fins especiais, alimentos funcionais, aditivos e embalagens REGISTRO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE ANVISA Órgão responsável pela expediçaõ do registro de alimentos no MS Resolução nº 23 de 2000: Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos Resolução nº 278 de 2005: Revoga os anexos I e II Produtos dispensados da obrigatoriedade de registro Açúcares, balas, massas, sopas desidratadas Produtos com registro obrigatório Alimentos infantis, aditivos, alimentos para nutrição enteral, palmito Registro único Mesmo produto fabricado por diferentes unidades fabris ou com a mesma base de formulação REGISTRO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE Registro de produto no caso de empresa distribuidora Empresa distribuidora utiliza sua marca em produtos fabricados por outra empresa, sendo acordo entre ambas Rótulo: descrição de ambas Registro de produção terceirizada Quando a empresa quer terceirizar sua fabricação Registro de produto sem PIQ e/ou RT Empresa deve apresentar proposta de PIQ junto com o registro Anexar referência internacional REGISTRO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE Classificaçaõ dos estbelecimentos: Carnes e derivados Leite e derivados Pescado e derivados Ovos e derivados Mel e cera de abelhas e derivados Atacadistas ou exportadoras RIISPOA Registro no DIPOA REGISTRO NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DIPOA Delega competências às autoridades estaduais ou municipais Carimbo de inspeção Número de registro SIF: Serviço de Inspeção Federal Marca de garantia REGISTRO NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
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