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Programa de Educação Continuada a Distância Curso de Tecnologia de Alimentos Aluno: EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Curso de Tecnologia de Alimentos MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 3 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores SUMÁRIO MÓDULO I Definição de Tecnologia e Ciência de Alimentos Histórico Objetivos da Tecnologia de Alimentos Crescimento Microbiano em Alimentos Controle da Multiplicação Microbiana 1. Fatores Intrínsecos ao Alimento 1.1 Disponibilidade de Nutrientes 1.2 Atividade de Água 1.3 pH 1.4. Potencial de Óxido-Redução 1.5. Barreiras Biológicas 1.6. Concentração Salina 1.7 Presença de Substâncias Inibidoras 2. Fatores Extrínsecos ao Alimento 2.1. Temperatura 2.2. Umidade Relativa do Ar 2.3. Atmosfera Ambiental 2.4 Aditivos Alimentares MÓDULO II Métodos de Conservação de Alimentos 1. Métodos de Conservação pelo Calor 1.1 Esterilização 1.2 Apertização 1.3 Pasteurização 1.4 Branqueamento 1.5 Secagem 1.6 Secagem Natural 4 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 1.7 Desidratação ou Secagem Artificial 1.8 Liofilização 1.9 Concentração 1.10 Evaporação 1.11 Defumação a Quente 2. Métodos de Conservação pelo Frio 2.1 Refrigeração 2.2 Congelamento 2.3 Defumação a Frio 2.4 Conservação por Radiações 2.5 Radiações Ionizantes 3. Aplicações e Doses 4. Conservação por Métodos de Barreiras MÓDULO III Tecnologia de Frutas e Hortaliças 1. Pós-colheita de Frutas e Hortaliças 1.1 Padrão de Respiração 1.1.1 Climatéricos 1.1.2 Não-climatéricos 1.2 Alterações Pós-colheita 2. Perdas e Desperdícios de Frutas e Hortaliças na Pós-colheita 3. Produtos Minimamente Processados 3.1 Aditivos Químicos em Vegetais 4. Frutas em Calda 5. Geleia 6. Polpa de Fruta 7. Métodos de Conservação de Polpa de Fruta 7.1 Enchimento a quente 7.2 Produtos Químicos 7.3 Embalagem Asséptica 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 7.4 Congelamento 7.5 Concentração 8. Suco de Fruta 8.1 Conservação de Suco de Frutas 8.1.1 Deterioração 9. Frutas Desidratadas 9.1 Métodos de Desidratação 10. Doce em Massa 11. Conservas Vegetais 11.1 Branqueamento 11.2 Arrumação na Embalagem 11.3 Líquido de Cobertura 11.4 Exaustão 11.5 Tratamento Térmico 11.6 Resfriamento 12. Tecnologia do Leite e Derivados 12.1 Composição e Propriedades 12.2 Qualidade do Leite 13. Deterioração e Contaminação do Leite 14. Leite Pasteurizado 14.1 Pasteurização Lenta 14.2 Pasteurização Rápida 15. Leite UHT 15.1 UHT Direto 15.2 UHT Indireto 15.3 Acondicionamento Asséptico 16. Leites Concentrados 17. Leites Fermentados 18. Leite de Cabra 19. Queijos 20. Manteiga 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO IV Tecnologia de Carnes 1. Composição e Propriedades 2. Bem-estar Animal e Qualidade da Carne 3. Abate Humanitário 3.1 Mudanças post-mortem 3.2 Fase de pré-rigor mortis 3.3 Fase de rigor-mortis 3.4 Fase post-rigor mortis 4. Maciez da Carne 5. Carnes PSE 6. Carnes DFD 7. Qualidade da Carne 8. Cor em Carnes 9. Atividade Muscular 10. Idade do Animal 11. Disponibilidade de Oxigênio 12. Espécie Animal 13. Natureza da Nutrição 14. Odor e Sabor 15. Embutidos 16. Carnes Reestruturadas 17. Análogos da Carne 18. Tecnologia de Pescados 18.1 Composição e Propriedades 18.2 Mudanças post-mortem 18.3 Rigor-mortis 19. Decomposição Microbiana 20. Autólise 21. Alterações do Pescado 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 22. Ovos 22.1 Composição e Propriedades 22.2 Conservação 22.3 Alterações 23. Óleos e Gorduras Comestíveis 23.1 Composição e Propriedades 23.2 Processamento 23.3 Hidrogenação de Óleos 23.4 Alterações em Gorduras e Lipídios 23.4.1 Rancificação 23.4.2 Rancidez Hidrolítica 23.4.3 Rancidez Oxidativa 23.5 Fatores que Afetam a Oxidação 23.5.1 Oxigênio 23.5.2 Temperatura 23.5.3 Luz BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 8 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO I Definição de Tecnologia e Ciência de Alimentos Para a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, trata-se da ciência que se ocupa da aplicação de técnicas e métodos para o preparo, armazenamento, processamento, controle, embalagem, distribuição e utilização dos alimentos. Segundo o Institute of Food Technologists dos Estados Unidos, a Ciência de Alimentos é a disciplina que utiliza as ciências biológicas, físicas, químicas e a engenharia para o estudo da natureza dos alimentos, das causas de sua alteração e dos princípios em que repousa o processamento de alimentos; Tecnologia de Alimentos é a aplicação da Ciência de Alimentos para seleção, conservação, transformação, acondicionamento, distribuição e uso de alimentos nutritivos e seguros. Aqueles que se dedicam ao seu estudo devem também conhecer a produção agrícola do alimento, além das necessidades e desejos do consumidor, pois a tecnologia de alimentos tem condições de desenvolver e oferecer ao mercado novos tipos de alimentos, mais nutritivos, atraentes, convenientes e sofisticados. Histórico No início dos tempos os homens sobreviviam da caça, pesca e coleta de alimentos, obtendo seu sustento diretamente da natureza. O domínio do fogo foi uma revolução na forma de preparo dos alimentos, deixando-os mais macios, com melhor sabor e digestibilidade, além de eliminar micro-organismos potencialmente perigosos e aumentar seu período de conservação. Mais tarde, evoluiu-se ao emprego do calor e provavelmente os habitantes pré-históricos da Europa foram os primeiros a conservar o alimento com defumação. Posteriormente desenvolveu-se a agricultura e a colheita se dava em períodos fixos. Entretanto, nos períodos entressafras a escassez de alimento era muito grande e o homem precisou desenvolver formas de conservação desses 9 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo destePrograma. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores alimentos para que pudessem ser usados por longos períodos de tempo e, assim, garantir seu sustento e sobrevivência. A secagem e a salga foram os primeiros métodos de conservação desenvolvidos e a fermentação foi utilizada pela primeira vez no Egito na fabricação de pães e bebidas alcoólicas. Com o surgimento das cidades e do comércio, novos alimentos são introduzidos na dieta do homem e há um grande impulso nas técnicas de prolongamento da vida útil de seus alimentos. Em 1810, o francês Nicolas Appert recebeu um prêmio de Napoleão Bonaparte por desenvolver um processo de conservação que empregava calor combinado com o fechamento hermético. Napoleão sabia que a alimentação era fundamental para seus exércitos e, consequentemente, para o sucesso de suas táticas de guerra. Então, uso do processamento desenvolvido por Appert permitiu aos exércitos do imperador francês conservar seus alimentos por períodos mais longos e melhor qualidade sanitária. Surgia então o processo de apertização. Desde então, as guerras trouxeram grandes avanços no desenvolvimento de tecnologia de alimentos. Exemplos são a premiação por Napoleão III, no século XIX, a quem descobrisse um substituto para a manteiga, e a criação do leite condensado, por Gail Borden, que só foi valorizada quatro anos depois, durante a guerra civil americana, em que o leite condensado era usado como ração de campo, por seu alto valor energético e volume reduzido. Borden, ao tentar desidratar o leite comum, descobriu que antes que este se transformasse em pó, passaria por um estágio intermediário que seria então o leite condensado. Em relação à margarina, Napoleão III recompensou o químico Hippolyte Mège-Mouriés pela sua invenção que iria então substituir a manteiga de forma satisfatória e mais barata para o exército do imperador e para as classes sociais mais baixas. Em 1813, latas contendo alimentos foram testadas pela marinha e exército britânicos e cinco anos depois grandes quantidades de sopas, carnes e legumes estavam sendo utilizados pelas forças armadas britânicas. Entretanto, o crescimento do uso e popularidade dos enlatados foi devido, principalmente, à Guerra de Secessão e à Primeira Guerra Mundial. No século XIX começaram a surgir fábricas que incrementaram a produção de alimentos básicos como amido, açúcar, manteiga, produtos de panificação. 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Desde este período até o momento atual, o incremento científico permitiu a evolução do alimento artesanal para a indústria de alimentos que se conhece hoje. Objetivos da Tecnologia de Alimentos No início, o objetivo das indústrias de alimentos era conservar seus produtos para deixá-los disponíveis por mais tempo. Hoje, o seu objetivo também é a diversificação da dieta, com desenvolvimento e incrementação da qualidade de seus produtos. Também são objetivos da tecnologia de alimentos: • Garantir abastecimento de alimentos nutritivos e saudáveis através do controle de agentes nocivos; • Desenvolvimento e diversificação dos alimentos para atender as necessidades de consumidores mais exigentes; • Obter máximo aproveitamento dos recursos nutritivos da terra, buscando outras opções a partir de fontes ainda não exploradas; • Preparar produtos para indivíduos que necessitem de dietas especiais, como diabéticos, idosos, crianças, pessoas com problemas metabólicos, etc; • Prolongamento da “vida de prateleira” dos alimentos, mantendo ao máximo possível suas características naturais específicas e seu valor nutritivo. Crescimento Microbiano em Alimentos Os micro-organismos de interesse em alimentos são os deteriorantes, os indicadores, patogênicos e os produtores de alimentos. • Micro-organismo deteriorante ? geralmente não é patogênico, e é aquele que estraga o alimento, alterando uma ou mais de suas características organolépticas. • Micro-organismos patogênicos ? não estragam os alimentos e por isso são considerados muito mais perigosos, pois o homem pode comer um alimento sem perceber que está contaminado. Alguns exemplos são os vírus e ainda algumas bactérias e fungos patogênicos. 11 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Micro-organismos produtores de alimentos ? como o próprio nome diz, são aqueles responsáveis por alterações nos alimentos, conferindo-lhes características desejáveis e distintas daquelas do alimento original. • Micro-organismos indicadores ? são aqueles cuja quantidade ou apenas a sua presença, indicam a segurança e a qualidade do alimento. São naturais e constantes as interações existentes entre micro-organismos, animais e plantas e, como as principais fontes de alimento do ser humano são basicamente vegetais e animais (ou derivados deles), é justificavelmente aceitável que nossos alimentos possam conter micro-organismos. O impedimento da deterioração pode ser feito através da minimização do contato entre o alimento e os micro-organismos, com a devida aplicação de processos higiênico-sanitários. Os micro-organismos podem deteriorar os alimentos através de: • Utilização dos nutrientes do alimento; • Sua multiplicação; • Mudanças produzidas por suas enzimas; • Produção de novos compostos químicos; • Alterações organolépticas resultantes da decomposição do alimento. Mas por que alguns alimentos são muito estáveis à deterioração microbiana, suportando o crescimento de micro-organismos mais prontamente do que outros? A resposta está nas características de cada alimento, no tipo de micro-organismo que o contaminou e nas condições ambientais que os dois se encontram. Entretanto, o alimento pode ditar que tipo de micro-organismo pode ou não crescer, ou seja, conhecendo-se as características do alimento, pode-se saber qual tipo de microbiota poderá contaminá-lo. A maioria dos micro-organismos utiliza-se dos nutrientes dos alimentos para promover seu crescimento, e isso naturalmente pode resultar na deterioração desse alimento. Portanto, alimentos ricos em nutrientes, como carne e leite, facilmente se deterioram se não forem utilizadas técnicas para prevenir/minimizar a contaminação e a multiplicação microbiana. 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Controle da Multiplicação Microbiana O conhecimento dos fatores que inibem ou favorecem o crescimento de micro-organismos é fundamental para o entendimento dos princípios da preservação e deterioração dos alimentos. Alguns desses fatores são dependentes das condições ambientais. São eles: umidade relativa do ar, temperatura e atmosfera. Outros fatores são dependentes da composição do alimento, tais como os nutrientes disponíveis, o pH, a atividade de água, o potencial de óxido-redução, as barreiras biológicas, a concentração salina e a presença de substâncias inibitórias. Dessa forma, conclui-se que o desenvolvimento de micro-organismos somente é possível quando este se encontra em ambiente nutritivo, com temperatura, oxigênio, taxa de umidade e condições favoráveis, de acordo com cada espécie microbiana. Portanto, alimentos perecíveis são aqueles que possuem fatores intrínsecos favoráveis ao crescimento microbiano e alimentos não perecíveis possuem uma ou mais características desfavoráveis paraa multiplicação de micro-organismos. O Gráfico 1 abaixo representa a curva de crescimento microbiano. Gráfico 1. Curva de crescimento microbiano (Pelczar, Chan, Krieg, 1997) A fase A, chamada de lag representa o período de adaptação fisiológica dos micro-organismos ao meio em que eles agora se encontram, ou seja, a multiplicação 13 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores microbiana não ocorre nesta fase. A fase B representa a fase exponencial de crescimento, momento em que a multiplicação dos micro-organismos atinge o crescimento máximo. A fase C é a fase estacionária máxima, em que o número de células que se multiplica corresponde ao número de células que morre. Portanto, nesta fase a quantidade de células viáveis se mantém constante. A fase D é a fase de morte, quando as condições do meio começam a se tornar impróprias para a sobrevivência microbiológica. A conservação de alimentos, do ponto de vista microbiológico, consiste em prolongar a fase lag ao máximo, ou seja, utilizar-se de meios que retardem o início da fase de crescimento exponencial do micro-organismo. 1. Fatores Intrínsecos ao Alimento 1.1. Disponibilidade de Nutrientes Como já dito anteriormente, a maioria dos micro-organismos utiliza-se dos nutrientes dos alimentos para promover seu crescimento. Assim como para o homem, para que um micro-organismo consiga sobreviver, se desenvolver e multiplicar-se, é preciso que lhe estejam disponíveis água, fontes de energia, fonte de nitrogênio, vitaminas e minerais. A ausência de um nutriente específico pode limitar o crescimento de determinado grupo de micro-organismos nos alimentos. 1.2. Atividade de Água Existem dois tipos de água nos alimentos: • Água ligada (não disponível) ? está ligada por forças físicas às macromoléculas (componentes não aquosos) dos alimentos; • Água não ligada (disponível) ? água que está livre para ser aproveitada pelos micro-organismos, podendo então participar de reações químicas ou agir como solvente. 14 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Atividade de água (Aa) é o parâmetro que mede a disponibilidade de água de um determinado alimento e corresponde à umidade relativa de equilíbrio no qual o alimento não perde nem ganha água para o ambiente. Atividade de água com valor igual a 1,00 significa água pura, ou seja, não existe a presença de nenhum nutriente. Considerando-se que nenhum micro-organismo cresce em água pura (por causa da ausência de nutrientes), o limite máximo de Aa para o crescimento microbiano é ligeiramente menor que 1,00. A adição de solutos provoca a diminuição do valor da Aa do alimento. Assim sendo, a relação da Aa com o soluto depende tanto do tipo de soluto adicionado, quanto da concentração deste. A Tabela 1 abaixo indica os valores de Aa em relação a alguns produtos. Quando a Aa da água atinge concentração abaixo de 0,86 significa que a multiplicação microbiana perigosa para os alimentos está controlada. Aa NaCl (g/%) Sacarose (g/%) Glicose (g/%) Açúcar Invertido (g/%) 1 0,99 0,98 0,96 0,94 0,92 0,90 0,86 0,80 0,75 0 1,7 3,4 6,6 9,4 11,9 14,2 18,2 23,1 26,5 0 15,5 26,1 39,7 48,2 54,4 58,4 65,6 - - 0 8,9 15,7 28,5 37,8 43,7 48,5 58,5 - - 0 4,1 8,2 16,4 24,7 32,9 41,1 57,5 - - Tabela 1. Temperatura no Interior do Alimento X Valor D (Silva Jr., 1995) Seguem abaixo os valores de atividade de água dos alimentos mais comuns: 0,98 ≤ Aa ≤ 0,99 ? leite, peixes, carne fresca, vegetais frescos, frutas em caldas leves. Em temperatura ambiente, a grande maioria dos micro-organismos presentes nesses alimentos consegue se proliferar com grande velocidade. Ainda 15 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores que outros fatores possam influir na multiplicação de micro-organismos patogênicos, estes crescem facilmente nesta faixa de Aa. 0,93 ≤ Aa ≤ 0,97 ? embutidos, carnes curadas, pão, massa de tomate, carnes e peixes levemente salgados (máxima concentração de sal igual a 10%), leite evaporado, queijo processado, linguiça cozida, fruta em calda forte. 0,85 ≤ Aa ≤ 0,92 ? carne seca, queijos duros, leite condensado, linguiça fermentada, presunto cru, bacon. 0,60 ≤ Aa ≤ 0,84 ? frutas desidratadas, geleias, farinhas, cereais, leite e ovos, vegetais secos, leite e ovos em pó, melaço, peixes salgados, alguns queijos maturados. Esta faixa de atividade de água é considerada segura, do ponto de vista sanitário, pois não há crescimento de bactérias patogênicas nos alimentos. Alimentos com Aa nesta faixa são denominados alimentos com umidade intermediária (IMF). Aa < 0,60 ? mel, biscoitos, confeitos, chocolate, confeitos, macarrão seco, batata chips. Em alimentos com atividade de água abaixo de 0,60 não há multiplicação de bactérias, pois não existe mais água livre que favoreça seu metabolismo, ou seja, esses alimentos são considerados microbiologicamente estáveis. Nesta faixa de atividade de água, o alimento somente poderá se deteriorar por agentes físicos ou químicos. Alimentos denominados LMF (Low Moisture Foods), traduzindo, alimentos de baixa umidade, são todos aqueles alimentos secos, com baixa umidade ou desidratados, que apresentam geralmente atividade de água inferior a 0,60 e teor de umidade inferior a 25%. Incluem-se neste grupo os alimentos secos tradicionais e os alimentos liofilizados (falaremos mais tarde sobre eles no capítulo sobre métodos de conservação de alimentos). Os alimentos que recebem a denominação IMF (Intermediate Moisture Foods), ou seja, alimentos com teor de umidade intermediária, são aqueles cuja atividade de água apresenta valores entre 0,60 e 0,85 e cujo conteúdo de umidade está entre 15% e 50%. 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 1.3. pH Todo micro-organismo possui um valor de pH abaixo do qual ele não consegue se multiplicar e outro valor acima do qual também não consegue crescer. Tal fato pode ser facilmente visualizado através do gráfico da curva hipotética de crescimento microbiano em função do pH (Gráfico 2). Gráfico 2. Curva hipotética de crescimento microbiano em função do pH. As bactérias são mais exigentes em relação ao pH do que mofos e leveduras, sendo as bactérias patogênicas ainda mais exigentes e a maioria dos micro-organismos se multiplica com maior velocidade com valores de pH em torno de 7,0 (pH ótimo), embora também possam crescer sem muitas dificuldades no intervalo de pH entre 5,0 e 8,0. Abaixo de 5,0 o crescimento microbiano é claramente inibido e raramente acontece em pH 4,5 (Tabela 2). O crescimento de micro-organismos fora de sua faixa ótima de pH de crescimento culmina em uma fase lag maior, ou seja, esse micro-organismo necessita de um tempo maior para se adaptar ao meio que não está lhe oferecendo condições ideais para sua multiplicação. Alimentos classificados como pouco ácido 17 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores são aqueles compH maior que 4,5 (carnes, pescados, leite, alguns vegetais). Alimentos com pH entre 4,0 e 4,5 são considerados alimentos ácidos e nesta classe incluem-se as frutas e hortaliças. Alimentos muito ácidos são aqueles que apresentam pH inferior a 4,0, como é o caso dos refrigerantes e dos sucos de frutas. pH Alimentos Micro-organismos > 7 6,5 - 7,0 5,3 - 6,4 4,5 - 5,2 3,7 - 4,4 < 3,7 Clara de ovo, canjica, biscoitos, azeitonas pretas. Leite, frango, presunto, pernil. Carne bovina, vitela e vegetais. Conservas de carnes e sopas, queijo cottage e vegetais fermentados. Pepino em conserva, maionese, alguns sucos e frutas, frutas secas, vegetais fermentados, arenque, escabeche, tomates e iogurtes. Bebidas carbonatadas, sucos cítricos, maioria das saladas temperadas, picles e vinagre. pH ótimo para maioria das bactérias, sendo que muitas são inibidas entre pH 8 e 9. Muitos víbrios se multiplicam até pH 11. Salmonella, Campylobacter, Yersinia, E. coli, Shigella, Clostridium, S. aureus. Salmonella, S. aureus, outros citados acima, crescem lentamente. Alguns dos citados acima diminuem e outros cessam sua multiplicação. Bolores toxigênicos. Muitas bactérias morrem em poucas horas neste pH. Tabela 2- pH dos alimentos e multiplicação dos principais micro-organismos. (IAMFES, 1991) O Clostridium botulinum é um micro-organismo patógeno produtor de uma toxina que pode ser letal para o ser humano. Algumas de suas características é ser resistente aos tratamentos térmicos e ser o micro-organismo patogênico que suporta o menor pH, no valor de 4,6. Portanto, abaixo de pH 4,5 nenhum patógeno de alimentos é capaz de se desenvolver, e este valor de pH se tornou limitante para a classificação de alimentos ácidos e de baixa acidez. 18 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Alimentos de baixa acidez pH > 4.5 Alimentos ácidos pH entre 4.5 e 4.0 Alimentos muito ácidos pH < 4.0 Predomínio do crescimento de bactérias Predomínio de bolores e de leveduras oxidativas ou fermentativas (em aerobiose). Algumas bactérias láticas e esporogênicas (Bacillus e Clostridium) também se desenvolvem. Neste pH há crescimento quase que exclusivamente de leveduras e bolores. Bactérias láticas, acéticas, e Zymomonas (até pH 3,7). 1.4 Potencial de Óxido-Redução A facilidade com que um determinado substrato perde ou ganha eletros é o que define seu potencial de óxido-redução, que é representado pelo símbolo Eh e expresso em milivolts (mV). Quando ocorre a perda de elétrons, o substrato torna-se oxidado, já quando um substrato ganha elétrons, este fica em sua forma reduzida. Além disso, a oxidação também pode ocorrer pela adição de oxigênio ao substrato. Os micro-organismos possuem distintos graus de sensibilidade ao potencial de óxido-redução. Quando a concentração de redutores é igual à concentração de oxidantes, o Eh é igual a zero. Quanto mais reduzida está uma substância, mas negativo estará seu potencial elétrico, ao passo que, quanto mais oxidada uma substância, mais positivo será seu potencial elétrico. O Eh de um alimento é definido pelos seguintes determinantes: • Contato do alimento com a tensão de oxigênio da atmosfera; • Acesso que a atmosfera tem ao alimento; • Resistência do alimento em alterar seu Eh (capacidade de balanceamento); • Características de óxido-redução originais do alimento. Micro-organismos aeróbios, ou seja, aqueles que obrigatoriamente necessitam da presença de oxigênio para se desenvolver, requerem valores de Eh 19 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores positivos para sua multiplicação. Já micro-organismos anaeróbios, que são aquele que necessitam da ausência de oxigênio para seu desenvolvimento, requerem baixos teores de Eh para que se crescimento ocorra. Neste grupo incluem-se algumas bactérias deteriorantes (Desulfotomaculum nigrificans) e algumas patogênicas (Clostridium botulinum). Existem bactérias que são denominadas microaerofílicas e se desenvolvem melhor em condições ligeiramente reduzidas, com Eh próximo de zero. Há ainda um grupo de bactérias que são capazes de se desenvolver em condições aeróbias e anaeróbias, sendo denominadas de anaeróbias facultativas. Bactérias causadoras de deterioração em alimentos (Pseudomonas, Acinetobacter, Flavobacterium, Moraxella, entre outros), assim como a maioria dos bolores, leveduras oxidativas e algumas bactérias patogênicas (por exemplo, o Bacillus cereus) fazem parte do grupo de micro-organismos aeróbios. Peças inteiras de carne possuem Eh em torno de -200 mV, enquanto que em carnes moídas esse valor pode aumentar para até +200 mV. Tal fato se deve ao aumento da superfície de contato da carne moída com o oxigênio do ar atmosférico, que irá aumentar o valor de Eh. O uso de embalagens à vácuo ajuda a evitar esta reação. Alimentos de origem vegetal possuem seu Eh entre os valores de +300 e +400 mV. Substâncias antioxidantes ajudam a manter as condições redutoras em alimentos em que estão presentes. É o caso dos grupamentos –SH nas carnes e os açúcares redutores e o ácido ascórbico nas frutas e vegetais. 20 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 1.5 Barreiras Biológicas Cascas, peles, membranas, ou seja, coberturas naturais de alguns alimentos são estruturas ou barreiras biológicas para o acesso do micro-organismo aos nutrientes do alimento, protegendo-os contra sua entrada e consequente degradação. Tecidos vegetais e animais sadios são estéreis e seu rompimento (por danos físicos ou ação de enzimas) predispõe à invasão microbiana e deterioração o alimento. 1.6 Concentração Salina A concentração salina, ou de solutos, nos alimentos está diretamente ligada à sua atividade de água. O mecanismo de ação para o controle do crescimento de micro-organismos está no fato de que, quanto maior a concentração de solutos, menor será a disponibilidade de água livre no alimento e consequentemente, menor será sua atividade de água. 1.7 Presença de Substâncias Inibidoras Substâncias inibidoras ou fatores antimicrobianos naturais são responsáveis pela estabilidade de alguns alimentos frente ao ataque de micro-organismos, devido à sua capacidade de impedir ou retardar o crescimento microbiano. São substâncias inibidoras: • Fator anticoliforme (leite fresco) • Lactoferrina (leite) ? glicoproteína que se liga ao ferro com ação antibacteriana. É neutralizada pelo citrato. • Lisozima (clara do ovo) ? enzima que, juntamente com a conalbumina, dá aos ovos frescos um sistema antimicrobiano eficiente. • Ovotransferrina (clara do ovo) ? inibe a Salmonella enteritidis. • Derivados do ácido hidroxicinâmico (frutas, verduras, legumes, chá) ? possuem atividade antibacteriana e antifúngica. 21 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Ovotransferrina (ovos) • Ácido benzoico (vegetais) • Eugenol (cravo, canela, sálvia) • Aldeído Cinâmico (canela) • Alicina (alho) • Isotiocianato de alilo (mostarda)• Timol (sálvia, orégano) • Glucosinolatos (repolho, couve, nabo, brócolis) ? atividade antifúngica e antibacteriana. • Carvacrol ou isotimol (orégano) • Caseína (leite) ? assim como alguns ácidos graxos, possui atividade antimicrobiana sob certas condições. 2. Fatores Extrínsecos ao Alimento 2.1. Temperatura De todos os fatores extrínsecos ao meio, a temperatura é o fator mais importante que afeta o crescimento de microbiano. Quanto mais baixa for a temperatura ambiental, menor será a velocidade das reações bioquímicas ou das atividades microbianas. Seguindo este raciocínio, poderíamos considerar que o congelamento e/ou a refrigeração seriam os melhores métodos de conservação para qualquer alimento. Entretanto, este raciocínio não é o mais correto, pois alguns alimentos sofrem injúria devido ao frio e tornar-se-iam inaceitáveis para o consumo se fossem submetidos a processos de conservação por baixas temperaturas. Conclui-se, então, que a escolha da temperatura de armazenamento irá depender do tipo de alimento que será armazenado. Assim como acontece com pH, todo micro-organismo possui uma temperatura mínima, abaixo da qual ele não cresce e uma temperatura máxima, acima da qual ele também não se multiplica. Entretanto, existe uma faixa muito ampla de temperatura em que os micro- organismos podem se multiplicar. Porém, a maioria dos micro-organismos de 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores importância em alimentos (inclusive a maior parte dos patógenos de interesse) tem temperatura ótima de crescimento entre 25°C e 40°C, sendo a temperatura mínima entre 5°C e 25°C, e a máxima entre 40°C e 50°C. Este grupo recebe a denominação de mesófilos. O princípio da conservação do alimento pelo frio consiste na conservação de alimentos em temperaturas abaixo da temperatura mínima de crescimento microbiano para atingir o efeito microbiostático. O controle do crescimento microbiano pelo uso de altas temperaturas consiste na aplicação de temperaturas acima da temperatura máxima de crescimento microbiano por determinado tempo. Os resultados obtidos podem ser: • Inibição do crescimento microbiano sem a morte ? efeito microbiostático (limite mínimo de segurança é 60°C) • Morte microbiana ? efeito microbicida (letal) Para que se tenha certeza da destruição de micro-organismos patogênicos é preciso que a temperatura letal atinja o centro geométrico do alimento por determinado tempo. Para isso, foi instituído o valor D ou valor de redução decimal, que equivale ao tempo necessário de exposição de um determinado micro- organismo em uma dada temperatura, para que se reduza 90% dos micro- organismos viáveis naquele alimento. A Tabela 1 indica a temperatura que deve ser atingida no interior do alimento e o seu respectivo valor D. Temperatura Valor D 55°C 60°C 66°C 71°C 74°C 2 horas 20 minutos 1 minuto Menos que 1 minuto 5 segundos Tabela 1. Temperatura no Interior do Alimento X Valor D (Silva Jr., 1995) 23 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2.2. Umidade Relativa do Ar Alimentos com atividade de água (Aa) inferior à umidade relativa (UR) do ambiente em que estão armazenados tendem a absorver água do ambiente até que Aa e UR estejam em equilíbrio. Da mesma forma, alimentos com Aa superior à umidade ambiental irão desidratar até que o equilíbrio seja atingido. Tais alterações na Aa do alimento irão modificar o ritmo de multiplicação dos micro-organismos ali presentes, além de alterar as características organolépticas do alimento pela desidratação ou absorção da água do ambiente. 2.3 Atmosfera Ambiental A presença e a concentração de gases no ambiente são fatores que interferem no desenvolvimento ou impedimento da multiplicação microbiana e nos tipos de micro-organismos que poderão predominar no alimento. Recurso tecnológico para aumentar a vida de prateleira dos alimentos é o uso de atmosferas modificadas, ou seja, a substituição total ou parcial do oxigênio por outros gases. O ozônio (O3), um gás atmosférico eficaz contra grande número de micro-organismos é usado há décadas por suas propriedades antimicrobianas. Já o nitrogênio é um gás com pouco ou nenhum efeito antimicrobiano, exceto pela substituição do O2. O dióxido de carbono (CO2) é o gás utilizado de maior importância no controle de micro-organismos em alimentos. Entretanto, seu efeito antimicrobiano depende de vários fatores, como a temperatura, o pH, a atividade de água do alimento, a concentração do CO2 e as atividades metabólicas dos micro-organismos presentes no alimento. O armazenamento de alimentos em temperaturas inadequadas (altas) pode inibir a ação bacteriostática do CO2. 2.4 Aditivos Alimentares Segundo a FAO, aditivo alimentar é a qualquer substância não nutritiva adicionada propositalmente em um alimento com o objetivo de alterar suas 24 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores características. A Portaria número 540, de 27 de outubro de 1997, do Sistema de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde define: Ingrediente: é qualquer substância, incluídos os aditivos alimentares, empregada na fabricação ou preparação de um alimento e que permanece no produto final, ainda que de forma modificada. • Aditivo Alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Ao agregar-se poderá resultar em que o próprio aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento. Esta definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais. • Coadjuvante de Tecnologia de Fabricação: é toda substância, excluindo os equipamentos e os utensílios utilizados na elaboração e/ou conservação de um produto, que não se consome por si só como ingrediente alimentar e que se emprega intencionalmente na elaboração de matérias-primas, alimentos ou seus ingredientes, para obter uma finalidade tecnológica durante o tratamento ou fabricação. Deverá ser eliminada do alimento ou inativada, podendo admitir-se no produto final a presença de traços de substância, ou seus derivados. • Contaminante: é qualquer substância indesejável presente no alimento como resultado das operações efetuadas no cultivo de vegetais, na criação de animais, nos tratamentos zoo ou fitossanitários, ou como resultado de contaminação ambiental ou de equipamentos utilizados na elaboração e/ou conservação do alimento. Alguns aspectos como aparência, odor, sabor e valor nutricional podem ser melhorados com a aplicação dos aditivos, além de estabilizar sua composição e oxidação por períodos mais prolongados de tempo. Apesar de vários compostos químicos serem descritos como conservantes potenciais em alimentos, apenas uma 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores pequena parte deles é permitida na indústriaalimentícia, devido, sobretudo, às rigorosas regras de segurança do Food na Drug Administration (FDA). Antes de ser autorizado o uso de um aditivo em alimentos, este deverá obrigatoriamente ser submetido a uma adequada avaliação toxicológica, em que se leva em conta, entre outros aspectos, qualquer efeito cumulativo, sinérgico e de proteção decorrente de seu uso. A necessidade tecnológica do uso de um aditivo deve ser justificada sempre que proporcionar vantagens de ordem tecnológica e não quando estas possam ser alcançadas por operações de fabricação mais adequadas ou por maiores precauções de ordem higiênica ou operacional. Cada país determina a liberação e dosagem máxima permitida ou a proibição de determinados aditivos alimentares e isso acarreta vários problemas quando a questão é a exportação. Daí surge a necessidade de uma unificação mundial, e em 1962, através da FAO/OMS, foi criado o Codex Alimentarius Comission (Comissão do Código Alimentar), objetivando o desenvolvimento de padrões para alimentos em caráter internacional e regional. O Sistema Internacional de Numeração (INS) de Aditivos Alimentares foi elaborado pelo Comitê do Codex sobre Aditivos Alimentares e Contaminantes de Alimentos para estabelecer um sistema numérico internacional de identificação dos aditivos alimentares nas listas de ingredientes como alternativa à declaração do nome específico do aditivo. Os alimentos que tiveram aditivos adicionados à sua composição devem trazer na sua rotulagem a indicação do aditivo aplicado, explicitamente ou em código INS. Algumas substâncias como sal, açúcar, condimentos, vinagre ou fumaça, que são usadas constantemente, não são consideradas aditivos e por isso não precisam ser declaradas no rótulo. Deve-se lembrar que o INS não supõe uma aprovação toxicológica da substância pelo Codex. Na tabela abaixo encontram-se os aditivos por seu código INS. Tais informações estão sujeitas a modificações (exclusão ou adição de aditivos), por não se tratar de publicação oficial. 26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Número ADITIVO: INS FUNÇÃO / NOME 100 i Cúrcuma, curcumina 101 i Riboflavina 101 ii Riboflavina 5'-fosfato de sódio 102 Tartrazina 110 Amarelo crepúsculo 120 Carmim/cochonilha/ácido carmínico 122 Azorrubina 123 Amaranto, Bordeaux S 124 Ponceau 4R 127 Eritrosina 129 Vermelho 40 131 Azul patente V 132 Indigotina 133 Azul brillante FCF 140 i Clorofila 140 ii Clorofilina 141 i Clorofila cúprica 141 ii Clorofilina cúprica 143 Verde rápido FCF 150 a Caramelo I - simples 150 b Caramelo II - processo sulfito cáustico 150 c Caramelo III - processo amônia 150 d Caramelo IV - processo sulfito-amônia 153 Carvão vegetal - fontes vegetais 160 a i Caroteno: beta - caroteno sintético 160 a ii Carotenos naturais (alfa, beta e gama) 160 b Urucum/bixina/norbixina 160 c Páprica/capsorubina/capsantina 160 d Licopeno 160 e Beta-Apo-8'carotenal 160 f Éster etílico ou metílico do ácido beta-apo-8 carotenoico 161 b Luteína 162 Vermelho de beterraba, betanina 163 i Antocianinas 170 i Carbonato de cálcio 171 Dióxido de titânio 173 Alumínio - somente para superfície 174 Prata - somente para superfície 175 Ouro - somente para superfície 200 Ácido sórbico 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 210 Ácido benzoico 211 Benzoato de sódio 27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 212 Benzoato de potássio 213 Benzoato de cálcio 214 Para-hidroxibenzoato de etila 216 Para-hidroxibenzoato de propila, propilparebeno 217 Para-hidroxibenzoato de propila de sódio, propilparabeno de sódio 218 Para-hidroxibenzoato de metila, metilparabeno 219 Para-hidroxibenzoato de metila de sódio, metilparabeno de sódio 220 Dióxido de enxofre, anidrido sulfuroso 221 Sulfito de sódio 222 Bissulfito de sódio 223 Metabissulfito de sódio 224 Metabissulfito de potássio 225 Sulfito de potássio 226 Sulfito de cálcio 227 Bissulfito de cálcio, sulfito ácido de cálcio 228 Bissulfito de potássio 263 Acetato de cálcio 261 Acetato de Potássio 260 Ácido Acético 262 i Acetato de Sódio 270 L (+) Ácido Láctico 280 Ácido propiônico 281 Propionato de sódio 282 Propionato de cálcio 283 Propionato de potássio 296 Ácido málico 297 Ácido fumárico 290 Dióxido de carbono 300 Ácido ascórbico 301 Ascorbato de sódio 302 Ascorbato de cálcio 303 Ascorbato de potássio 304 Palmitato de L- Ascorbila 305 Estearato de ascorbila 306 Tocoferóis: Mistura de Tocoferóis concentrados 307a Alfa Tocoferol 310 Galato de propila 315 Ácido eritórbico, ácido isoascórbico 316 Eritorbato de sódio, isoascorbato de sódio 319 Terc-butil-hidroquinona, TBHQ 320 Butil Hidroxianisol, BHA 321 Butil Hidroxitolueno, BHT 322 Lecitinas 325 Lactato de sódio 326 Lactato de potássio 327 Lactato de cálcio 28 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 329 Lactato de magnésio D,L- e Lactato de magnésio L- 330 Ácido cítrico 331 i Citrato monossódico 331 ii Citrato dissódico 331 iii Citrato de sódio, citrato tri-sódico 332 i Citrato monopotássico; Citrato diácido de potássio 332 ii Citrato de potássio, citrato tri-potássico 333 Citrato de cálcio, citrato tri-cálcico 334 Ácido tartárico 335 i Tartarato monossódico 335 ii Tartarato dissódico 336 i Tartarato monopotássico 336 ii Tartarato dipotássico 337 Tartarato duplo de sódio e potássio 338 Ácido fosfórico 339i Fosfato monossódico, fosfato de sódio monobásico, monossódio dihidrogênio monofosfato 339 ii Fosfato dissódico, fosfato de sódio dibásico, dissódio hidrogênio monofosfato 339 iii Fosfato trissódico, fosfato de sódio tribásico, trisódio monofosfato. 340 i Fosfato monopotássico, monofosfato monopotássio 340 ii Fosfato hidrogênio dipotássico, monofosfato dipotássico 341 Fosfato tricálcico 341 i Fosfato monocálcico, fosfato monobásico de cálcio, ortofosfato monocálcico 341 ii Fosfato dicálcico, fosfato dibásico de cálcio, ortofosfato dicálcico 341 iii Fosfato tricálcico, fosfato tribásico de cálcio, ortofosfato tricálcico 342 i Fosfato de amônio monobásico, monoamônio monofosfato 342 ii Fosfato de amônio dibásico 350 i Malato ácido de sódio D,L- ; Malato monossódico D,L- 350 ii Malato dissódico D,L- 352 ii Malato de cálcio D,L-; Malato monocálcico D,L- 355 Ácido adípico 365 Fumarato de sódio 384 Citrato de isopropila (mistura) 384 i Citrato de isopropila (mono) 385 EDTA cálcio dissódico (etilenodiaminotetraacetato de cálcio e dissódico) 386 EDTA ácido dissódico (etilenodiaminotetraacetato diácido dissódico) 400 Ácido algínico 401 Alginato de sódio 402 Alginato de potássio 403 Alginato de amônio 404 Alginato de cálcio 405 Alginato de propileno glicol 29 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 406 Agar 407 Carragena (inclui os sais de sódio, amônio, potássio e Furcelarana) 407 a Alga Euchema processada (PES) 410 Goma jataí, alfarroba 412 Gomaguar 413 Goma adragante 414 Goma arábica, goma acácia 415 Goma xantana 416 Goma caraia 417 Goma Tara 418 Goma gelana 420 Sorbitol e xarope de sorbitol 421 Manitol 422 Glicerol, glicerina 425 Goma Konjac 430 Polioxietileno (8) Estearato 432 Polioxietileno (20) Monolaurato de sorbitana 433 Polioxietileno (20) Mono-oleato de sorbitana 434 Polioxietileno (20) Monopalmitato de sorbitana 435 Polioxietileno (20) Monoestearato de sorbitana 436 Polioxietileno (20) Triestearato de sorbitana 440 Pectina, pectina amidada 442 Sais de amônio do ácido fosfatídico 443 Óleos vegetais bromados 444 Acetato isobutirato de sacarose, SAIB 445 ii Goma éster, éster glicérico de colofônia 450 i Difosfato dihidrogênio dissódico, difosfato de sódio, pirofosfato dissódico 450 ii Difosfato trissódico 450 iii Difosfato tetrassódico, pirofosfato tetrassódico 450 v Difosfato tetrapotássico, polifosfato tetrapotássico 450 vii Difosfato dihidrogênio monocálcio, difosfato de cálcio 451 i Trifosfato pentassódico, tripolifosfato de sódio, trifosfato de sódio 451 ii Trifosfato pentapotássico, tripolifosfato de potássio, trifosfato de potássio 452 i Trifosfato pentassódico, tripolifosfato de sódio, trifosfato de sódio 452 ii Trifosfato pentapotássico, tripolifosfato de potássio, trifosfato de potássio 452 iii Polifosfato de sódio e cálcio 460 i Celulose microcristalina 460 ii Celulose em pó 461 Metilcelulose 462 Etilcelulose 463 Hidroxipropilcelulose 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 464 Hidroxipropilmetilcelulose 465 Metiletilcelulose 466 Carboximetilcelulose sódica 467 Etillhidroxietilcelulose 468 Carboximetil celulose de ligação cruzada, Croscarmelose sódica, 470 Sais de ácidos graxos (de Ca, Na, K e NH4) 470 i Estearato de magnésio 471 Mono e diglicerídios de ácidos graxos, ésteres de mono e diglicerídios com ácidos graxos. 472a Ésteres de ácido acético e ácidos graxos com glicerol, ésteres de ácido acético e mono e diglicerídios 472b Ésteres de ácido lático e ácidos graxos com glicerol, ésteres de ácido lático e mono e diglicerídios 472c Ésteres de ácido cítrico e ácidos graxos com glicerol, ésteres de ácido cítrico e mono e diglicerídios 472d Ésteres de ácido tartárico e ácidos graxos com glicerol, ésteres de ácido tartárico e mono e diglicerídios. 472 e Ésteres de ácido diacetil tartárico e ácidos graxos com glicerol, ésteres de ácido diacetil tartárico e mono e diglicerídeos 472f Ésteres de ácidos tartárico, acético e ácidos graxos com glicerol 473 Ésteres graxos de sacarose 474 Ésteres de glicerol e sacarose, Sucroglicerídeos 474 ii Ésteres de glicerol esacarose, sucroglicerídeos 475 Ésteres de ácidos graxos com poliglicerol 476 Ésteres de ácido ricinoleico interesterificado com poliglicerol 477 Ésteres de ácidos graxos com propileno glicol 480 Dioctil sulfossuccinato de sódio, DSS 481i Estearoil-2-lactil lactato de sódio 482 Estearoil-2-lactil lactato de cálcio 491 Monoestearato de sorbitana 492 Triestearato de sorbitana 494 Mono-oleato de sorbitana 495 Monopalmitato de sorbitana 500 i Carbonato de sódio 500 ii Bicarbonato de sódio, carbonato ácido de sódio 500 iii Sesquicarbonato de sódio 501 i Carbonato de potássio 501 ii Bicarbonato de potássio, Carbonato ácido de potássio 503 i Carbonato de amônio 503 ii Bicarbonato de amônio, carbonato ácido de amônio 504 i Carbonato de magnésio 504 ii Bicarbonato de magnésio, Carbonato ácido de magnésio 507 Ácido clorídrico 508 Cloreto de potássio 509 Cloreto de cálcio 510 Cloreto de amônio 31 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 511 Cloreto de magnésio 515 Sulfato de potássio 516 Sulfato de cálcio 517 Amônio Sulfato 524 Hidróxido de sódio 525 Hidróxido de potássio 526 Hidróxido de cálcio 527 Hidróxido de amônio 528 Hidróxido de magnésio 529 Óxido de cálcio 530 Magnésio Óxido 541 i Fosfato ácido de alumínio e sódio, alumínio fosfato de sódio ácido 551 Dióxido de silício, Sílica 552 Silicato de cálcio 553 i Silicato de magnésio 553iii Talco, Metasilicato ácido de magnésio 554 Silicato de alumínio e sódio, alumínio silicato de sódio 556 Silicato de cálcio e alumínio 559 Silicato de alumínio 570 i Ácido esteárico 574 Ácido glucônico 575 Glucona-delta-lactona 576 Gluconato de sódio 577 Gluconato de potássio 578 Gluconato de cálcio 580 Gluconato de magnésio 620 Ácido glutâmico 621 Glutamato de sódio, glutamato monossódico 622 Glutamato de potássio, glutamato monopotássio 623 Glutamato de cálcio, diglutamato de cálcio 624 Glutamato de amônio, glutamato monoamônio 625 Glutamato de magnésio, diglutamato de magnésio 626 Ácido guanílico 627 Guanilato dissódico, dissódio 5’-guanilato 628 Guanilato de potássio, potássio 5’-guanilato 629 Guanilato de cálcio, cálcio 5'-guanilato 630 Ácido inosínico 631 Inosinato dissódico, dissódio 5’-inosinato 632 Inosinato de potássio, potássio 5’-inosinato 633 Inosinato de cálcio, cálcio 5’-inosinato 634 5`-Ribonucleotideo de cálcio 635 5`-Ribonucleotideo dissódico 900 Dimetilpolisiloxano, polidimetilsiloxana 901 Cera de Abelha 902 Cera de Candelila 903 Cera de carnaúba 904 Goma Laca 32 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 905 a Parafina líquida, óleo mineral 920 Cloridrato de L-cisteína 927 Azodicarbonamida 928 Peróxido de benzoíla 950 Acesulfame de potássio 951 Aspartame 952 Ácido ciclâmico e seus sais de cálcio, potássio e sódio 953 Isomalte 954 Sacarina e seus sais de Na, K e Ca 955 Sucralose 957 Taumatina 965 Maltitol e xarope de maltitol 966 Lactitol 967 Xilitol 999 Extrato de Quilaia 1001 i Acetato de colina 1001 ii Carbonato de colina 1001 iii Cloreto de colina 1001 iv Citrato de colina 1001 v Tartarato de colina 1001 vi Lactato de colina 1100 Alfa-amilase 1102 Glucosa Oxidasa 1200 Polidextrose 1201 Polivinilpirrolidona, Povidone 1202 Polivinilpirrolidona insolúvel 1518 Triacetina, Triacetato de glicerila 1520 Propileno glicol, metilglicol As classes de aditivos alimentares consideradas pela legislação brasileira são: • Acidulante ? substância capaz de indicar ou intensificar o gosto acídulo do alimento. A legislação brasileira permite os seguintes acidulantes: ácido adípico, ácido cítrico, ácido fosfórico, ácido fumárico, ácido glicônico, ácido glicólico, ácido lático, ácido málico, ácido tartárico, glucona delta lactona. • Antioxidante ? substância que retarda o surgimento de alterações oxidativas no alimento. Os antioxidantes permitidos na legislação brasileira são: ácido ascórbico, ácido cítrico, ácido fosfórico, ácido nerdi-idroguaiarético, butil- hidroxianiso (BHA), butil-hidroxitolueno (BHT), citrato de monoisopropila, 33 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores fosfolipídios (lecitina), galato de propila ou de duodecila ou de octila, resina de guáiaco, tocoferóis, etileno-diamino-tetracetato de cálcio e de sódio (EDTA), citrato de monoglicerídio e tertio butil hidroxiquinina(TBHQ) • Antiumectante ? substância com capacidade de diminuir as características higroscópicas do alimento. A legislação brasileira permite os seguintes antiumectantes: carbonato de cálcio, carbonato de magnésio, fosfato tricálcico, citrato de ferro amoniacal, silicato de cálcio, ferrocianeto de sódio, alumínio silicato de sódio, dióxido de silício. • Aromatizante ? substância ou mistura que intensifica ou confere aroma e/ou sabor aos alimentos (incluindo as bebidas). São classificados em aroma natural, aroma natural reforçado, aroma reconstituído, aroma imitação e aroma artificial. • Conservador ? substância que retarda ou impede a alteração dos alimentos por micro-organismos e/ou enzimas. Os conservadores permitidos na legislação brasileira são: ácido benzoico, ácido bórico, ésteres do ácido p-hidroxibenzoico, ácido sórbico, dióxido de enxofre e derivados, nitratos, nitritos, propi-ionatos e ácido deidroacético (deidroacetato de sódio). • Corante ? substância que intensifica ou confere cor ao alimento. A legislação brasileira permite o uso dos corantes: amarelo ácido ou amarelo sólido, amarelo crepúsculo, laranja, tartrazina, azul de indantreno ou azul de alizarina, indigotina, eritrosina, bordeaux S ou amaranto, escarlate GN, vermelho sólido E, vermelho cochonilha A ou Ponceau 4R, citru n. 2 e azul brilhante. • Edulcorante ? substância orgânica artificial, não glicídica, com capacidade adoçante extremamente alta. A legislação brasileira permite o uso de sacarina até uma quantidade de 0,05%. • Espumífero e antiespumífero ? substâncias que modificam a tensão superficial de alimentos líquidos. 34 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Espessante ? substância capaz de intensificar a viscosidade de soluções, emulsões e suspensões em alimentos. A legislação brasileira permite os seguintes espessantes: agar Agar, alginatos, carboximetilcelulose sódica, goma adragante, goma arábica, goma caraia, goma guar, goma jataí, mono e diglicerídios, musgo irlandês (caragena) e celulose microcristalina. • Estabilizante ? substância que mantém e favorece as características físicas de suspensões e emulsões. A legislação brasileira permite o uso de: fosfolipídoios, goma arábica, mono e diglicerídios, polifosfatos, óleo vegetal bromado, citrato de sódio, lactato de sódio, estearoil 2-lactil lactato de cálcio, estearoil 2-lactil lactato de sódio, estearato de propileno glicol, agentes tamponantes, monopalmitato de sorbitana, moestearato de sorbitana, polisorbato 60, polisorbato 65, polisorbato 80, polisorbato 20, polisorbato 40, éster gum ou goma éster, celulose microcristalina, goma guar, acetato isobutirato de sacarose (SAIB), estearato de polioxietileno glicol, fumarato de estearila e sódio, diacetil de tartarato de mono e diglicerídios, alginato de propileno glicol, goma xantana, fosfato dissódico, tartarato de sódio. • Umectante ? substância capaz de evitar a perda de umidade pelo alimento. Os umectantes permitidos são: glicerol, sorbitol, dioctil sulfossuccinato de sódio, propileno glicol e lactato de sódio. ----------------FIM DO MÓDULO I--------------
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