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Professora Alexandra Anastacio CONCEITUAÇÃO – ANVISA Resolução - CNNPA nº 12, de 1978 1.DEFINIÇÃO: Cereais são as sementes ou grãos comestíveis das gramíneas, tais como: trigo, arroz, cevada, aveia, milho, centeio. • Existem formas híbridas como o triticale (cruzamento entre o trigo e o centeio), o trigo anão, o milho opaco e arroz, capazes de dar um rendimento muito maior que as sementes originais, além de apresentarem teor nutricional aumentado. 2.DESIGNAÇÃO: O produto é designado pelo nome do cereal ou do derivado do cereal, seguido de sua classificação. Ex: "arroz extra longo", "arroz inflado". Trigo- Triticum aestivum Milho- Zea mays Sorgo- Sorghum vulgare arroz- Oriza sativa Aveia-Avena sativa Cevada- Hordeum vulgare Centeio secale cereale REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DA FARINHA DE TRIGO. Instrução Normativa 8/2005 03/06/2005 2. Conceitos: 2.1. Farinha de Trigo: produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.) ou outras espécies de trigo do gênero Triticum , ou combinações por meio de trituração ou moagem e outras tecnologias ou processos. 2.1.1. O presente Regulamento não se aplica às Farinhas elaboradas com grãos de trigo da espécie Triticum durum Desf. 2.2. Farinha de Trigo Integral: produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.) ou outras espécies de trigo do gênero Triticum , ou combinações por meio de trituração ou moagem e outras tecnologias ou processos a partir do processamento completo do grão limpo, contendo ou não o gérmen. 2.3. Farinha de Trigo adicionada de outros vegetais: produto elaborado à base de farinha de trigo adicionado de outros produtos vegetais. 2.4. Preparados à base de farinha de trigo para a alimentação humana: produto que pode conter ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, apropriados para a produção de pães, bolos, tortas, massas, empadas, quitutes, pizzas ou outros produtos típicos de confeitaria, que com adição de água ou fermento ou ovos ou gordura ou outros ingredientes, e preparado segundo as instruções presentes na embalagem, deve produzir o produto típico designado na rotulagem, sem a necessidade de adição de outros aditivos alimentares DERIVADOS DE CEREAIS ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL No grão de cereais identificam-se duas partes muito distintas: o pericarpo e a semente. • O pericarpo, recobre a semente e se adere firmemente à capa da semente (testa). • Na semente predomina o endosperma ao qual está aderido o germe ou embrião, o conjunto é recoberto pela fina camada de aleurona. • Do ponto de vista tecnológico, o grão de trigo pode ser dividido em três partes distintas: o endosperma (83%) farelo (14%) e germe (3%). ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL ESTRUTURA DO GRÃO DOS CEREAIS E RESPECTIVOS NUTRIENTES PARTES NUTRIENTES Casca e películas envolventes (pericarpo) Celulose, minerais e vitaminas Endosperma Amido, proteínas de baixo valor biológico germe Fonte de gordura, proteína de baixo valor biológico, vits. Lipossolúveis. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS GRÃOS Quadro 1- Composição média (%) dos grãos de cereais maduros e Secos (Fonte: Coenders, 1996) Cereal Umidade Glicídios Proteínas Lipídios Fibras Trigo 11 69 14 2 3 Aveia 13 58 10 5 10 Sorgo 11 70 12 4 2 Milho 11 72 10 4 2 Cevada 14 63 12 2 6 Centeio 11 71 12 2 2 Arroz 11 65 8 2 9 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS MELHORA DA VIDA ÚTIL DE PRODUTOS INTEGRAIS No experimento desenvolvido na Europa, foram utilizados tratamentos térmicos, como vaporização e lavagem dos grãos de trigo e suas frações (farinha, farelo e farelinho) para avaliar o comportamento das enzimas. Além da lipase, também foram avaliadas as enzimas peroxidase, endoxilanase e alfa-milase (α-amilase). "O efeito do vapor na farinha integral a 100ºC durante 180 segundos, foi efetivo para inativar as três primeiras enzimas (lipase, peroxidase e endoxilanase) e parte da α-amilase, sem gelatinizar ou liquefazer o amido FARINHA BRANCA MENOS MINERAIS MENOS LIPÍDOS MENOS FIBRAS FARINHA INTEGRAL MAIS MINERAIS MAIS LIPÍDOS MAIS FIBRAS Características sensoriais COMPOSIÇÃO QUÍMICA • CARBOIDRATOS (ENDOSPERMA) – 70% 60% AMIDO 40% - PENTOSANAS, β-GLUCONAS, GLICOFRUTANOS E CELULOSE • PROTEÍNAS (ENDOSPERMA): 1-13% Albuminas Globulinas Prolaminas Glutelinas 85% do total de PTNs São deficientes nos AA lisina, treonina e triptofano PTNs de BVB • VITAMINAS (germe e farelo): do complexo B e VIT. E • FIBRAS (farelo) : celulose, hemicelulose, lignina e gomas • MINERAIS (germe e farelo): K, P, Fe, Mg e Ca • LIPÍDEOS (germe) – 2 a 5% AG: palmítico, oléico e linoléico Fosfolipídeos (4%) - lecitina AMIDO O amido é constituído de glicose Amilose (20 a 35%) + Amilopectina (70 a 80%) = Amido Fração solúvel reage ao lugol Fração insolúvel RETROGRADAÇÃO OU RECRISTALIZAÇÃO: MASSA COZIDA RESFRIADA RETROGRADAÇÃO DO AMIDO DIMINUIÇÃO DE VOLUME E EXPULSÃO DA ÁGUA LIVRE (SINÉRESE) PRODUTO DURO E SECO A retrogradação ocorre na fração da AMILOSE. Cereais CEROSOS - amilopectina Cereais NÃO CEROSOS - amilose 1)TRIGO: Sua origem remonta à época persa, e foi trazido para o Brasil por Martim Afonso. É o mais importante dentre os cereais empregados na confecção de pão, devido à presença de duas proteínas - a gliadina e a glutelina – que com a adição de líquidos, se juntam formando uma substância de propriedade elástica, denominada glúten. FRAÇÃO PROTÉICA DO TRIGO (solubilidade): Solúvel em água – albuminas Insol em água e sol. em soluções salinas diluídas – globulinas Solúvel em álcool – prolaminas Somente solúvel em sol. Ácida ou alcalina diluídas – glutelinas. FORMAÇÃO DO GLÚTEN FARINHA DE TRIGO + ÁGUA AGITAÇÃO MECÂNICA Hidratação das PTNs GLIADINA, GLUTENINA (pontes de H, pontes de –S-) GLÚTEN (90% de PTN, 8% LIP, 2% HC) Se assado, o glúten mostra que se expande, à medida que o vapor em seu interior é formado, e que se coagula quando aquecido, dando origem à estrutura de produto assado. Glúten é um sistema funcional de proteínas (rede elástica tridimensional) que caracteriza a massa de farinha de trigo Panificação Formação da rede de glúten FARINHA DE TRIGO + ÁGUA AGITAÇÃO MECÂNICA VISUALIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO GLÚTEN GLÚTEN GLUTENINA GLIADINA GLIADINA (prolamina)- viscosidade GLUTENINA (glutelina) – elasticidade As gliadinas são viscosas e conferem extensibilidade a massa, ou seja, permitem o estiramento da massa sem que ela se parta e o aumento do tamanho durante a fermentação. As gluteninas conferem elasticidade à massa, ou seja, a capacidade de retornar a forma anterior e ao tamanho original depois de haver sido estirada. ANÁLISES BROMATOLÓGICAS: Umidade ou voláteis a 105C Material: estufa regulada a 105 C; cápsula de porcelana; dessecador c/ sílica gel c/ indicador. Método gravimétrico e está baseado na determinação da perda de peso do produto submetido a aquecimento. O produto resultante denomina-se de produto dessecado. Lipídeos ou extrato etéreo Extração com solventes(éter, éter de petróleo) segida da remoção por evaporação ou destilação do solvente empregado. Material: estufa regulada a 105 C; cartuchos de Soxhlet; éter etílico anidro. Pode-se pesar o material dessecado ou a gordura do balão. Cinza ou resíduo mineral fixo Considera-se cinza total o resultado da incineração do produto à T de 500-550 C em mufla. Os materiais ricos em água devem ser previamente dessecados. A perda de peso fornece o teor de matéria orgânica do alimento. A diferença entre o peso original da amostra e essa perda fornece a quantidade de cinzas presentes. Material:forno mufla regulado à 500-550 C; cadinhos de porcelana; bico de Bunsen. Proteínas (N x 6,25): O método mais correntemente empregado para a determinação do N é o de Kjeldahl. A base do processo consiste em deslocar o N presente na amostra, transformando-o em sulfato de amônio, por meio de H2SO4, e desse sal obtido desloca-se o N na forma de amônia recebendo-a em sol. de ác. bórico. Por titulação c/ HCl 0,02 N determina-se a quantidade de N presente naquela amostra.[ Fibra: O termo “fibra da dieta”, é utilizado para determinar um complexo de compostos que inclui: lignina, polissacarídeos insolúveis (celulose e hemicelulose) e polissacarídeos solúveis (subst. Pécticas, gomas, mucilagens, alginatos, etc). O método enzimático é atualmente o mais apropriado. Glicídeos ou “Nifext”, quando determinado por diferença: Cálculo:somam-se os Nos correspondentes as percentagens das 5 determinações (umidade, cinza total, extrato etéreo, PTN e fibra detergente neutro). Diminui-se o No obtido de 100. A diferença corresponde ao valor da fração “Nifext” para 100 g de produto. DETERMINAÇÃO DE GLÚTEN ANÁLISE GRAVIMÉTRICA AGENTES OXIDANTES Bromato de potássio (proibido) Àcido ascórbico sob a ação da enzima ascorbato oxidase produz ácido dihidroascórbico (oxidante) Azodicarbonamida- proveniente do ácido carbônico TODA BARRA DE CEREAL É RICA EM FIBRAS ???? BETA GLUCANA em farelo de aveia, aveia em flocos e farinha de aveia Alegação “Este alimento contém beta glucana (fibra alimentar) que pode auxiliar na redução do colesterol. Seu consumo deve estar associado à uma alimentação equilibrada e baixa em gorduras saturadas e a hábitos de vida saudáveis.” Requisitos específicos Esta alegação pode ser aprovada para aveia em flocos, farelo e farinha de aveia. A utilização da alegação em outros produtos/alimentos está condicionada à comprovação científica de eficácia. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de beta glucana abaixo de fibras alimentares. Além disso, deve constar a seguinte frase de advertência em destaque e negrito no rótulo dos produtos: “Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica.” MACARRÃO SEM GLÚTEN MACARRÃO COM GLÚTEN PÃO INTEGRAL???? COMPOSIÇÃO QUÍMICA TIPOS DE ARROZ
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