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Trabalho Individual II Letras Português

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Estudos Disciplinares VI – Trabalho Individual - TILetras Português: Nota 10,0 
PERGUNTA 1 
No poema “Aula de Português”, de Carlos Drummond de Andrade, há referências 
aos usos da língua. 
 
Aula de Português 
 
A linguagem 
na ponta da língua 
tão fácil de falar 
e de entender. 
 
A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que quer dizer? 
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a priminha. 
 
O português são dois; o outro, mistério. 
Fonte: ANDRADE, C. D. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. 
 
Em qual das alternativas faz-se uma referência à variedade padrão da língua? 
 
a. “A linguagem / na ponta da língua”. 
 
b. “A linguagem / na superfície estrelada de letras”. 
 
c. “[a língua] em que pedia para ir lá fora”. 
 
d. “[a língua] em que levava e dava pontapé”. 
 
e. “[a língua] do namoro com a priminha”. 
1 pontos 
PERGUNTA 2 
Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da 
linguagem, próximo, portanto, da modalidade oral: 
 
a. “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!” 
 
b. “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!” 
 
c. “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...” 
 
d. “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro.” 
 
e. “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia.” 
1 pontos 
PERGUNTA 3 
Quanto aos aspectos fônicos e ao seu estatuto sociolinguístico, é correto afirmar que 
o falar da senhora entrevistada, de acordo com o texto exposto: 
é... eu veju contá qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu 
secadô veiu um leitãozim... i pegô a fuçá a ropa dela... ea foi... cua mão chuja di 
sabão ea deu um tapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leitão... u leitão sumiu.... 
quanu ea veiu i chegô dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu berçu... quanu 
ea chegô u mininu tava choranu... eli tava cua marca di sabão. 
(Adaptado de E. T. R. Amaral. "A transcrição das fitas: abordagem preliminar") 
 
 
a. é inovadora quanto à redução do ditongo /ow/ - chegô, pegô, ropa -, pois esse 
processo emerge na língua a partir da segunda metade da década de 1980. 
 
b. exemplifica processos - como a supressão de segmentos em tava, contá e 
pegô - que são frequentes em localidades rurais isoladas, mas raros nas 
variedades linguísticas contemporâneas de outras localidades do Brasil. 
 
c. apresenta processos característicos das variedades urbanas cultas - como o 
apagamento de segmentos em leitãozim e ea. 
 
d. concentra traços de arcaísmo linguístico condicionados pela idade avançada 
da senhora - como a nasalização da vogal tônica sucedida por consoante 
nasal (quanu, isfreganu). 
 
e. registra alterações presentes em distintas variedades do Português do 
Brasil - como a harmonização vocálica em mininu - e uma alteração 
específica - a assimilação de ponto de articulação em chuja, 
frequentemente estigmatizada na língua. 
1 pontos 
PERGUNTA 4 
No tocante à oralidade e à escrita, a perspectiva que se preocupa com o papel da 
escrita e da fala em contextos de ensino formal é: 
 
 
I. dicotômica. 
II. sociointeracionista. 
III. variacionista. 
IV. culturalista. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
a. I. 
 
b. II. 
 
c. III. 
 
d. IV. 
 
e. II e III. 
1 pontos 
PERGUNTA 5 
Leia a letra da música e as afirmações que seguem. 
 
Cuitelinho 
 
Cheguei na bera do porto 
Onde as onda se espaia. 
As garça dá meia volta, 
Senta na bera da praia. 
E o Cuitelinho não gosta 
Que o botão da rosa caia. 
Quando eu vim da minha terra, 
Despedi da parentaia. 
Eu entrei em Mato Grosso, 
Dei em terras paraguaia. 
Lá tinha revolução 
Enfrentei fortes bataia. 
A tua saudade corta 
Como aço de navaia. 
O coração fica aflito, 
Bate uma outra faia. 
E os oio se enche d'água. 
Que até a vista se atrapaia. 
 
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. Bortoni-Ricardo, S.M. 
Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004. 
 
A canção “Cuitelinho” manifesta aspectos culturais de um povo, observados, por 
exemplo, no jeito de falar. Observe as afirmativas abaixo, considerando a 
preservação da produção cultural marcada nas formas linguísticas evidenciadas na 
música. 
 
I. Recriação da realidade brasileira de forma ficcional. 
II. Criação neológica na língua portuguesa. 
III. Formação da identidade nacional por meio da tradição oral. 
IV. Incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil. 
V. Padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem o mesmo 
significado. 
Está correto o que afirma apenas em 
 
a. I e V. 
 
b. II e III. 
 
c. III. 
 
d. I e III. 
 
e. IV e V. 
1 pontos 
PERGUNTA 6 
A oralidade e a escrita apresentam características distintas. São marcas da 
modalidade escrita da língua, exceto: 
 
a. A escrita rompe com a temporalidade da fala para se constituir numa rede 
articulada, num texto tecido de forma aberta a uma gama de sentidos que se 
produzem no contexto de recepção mais do que no contexto da enunciação. 
 
b. A distância existente entre autor e leitor exige do autor uma representação 
imagética prévia do virtual leitor a quem se dirige e que é o seu “leitor ideal”; 
essa é uma relação que se estabelece entre indivíduos e grupos unidos não 
como audiência, em presença, e sim com um público leitor, anônimo, mas 
suposto. 
 
c. A dimensão visual e espacial da escrita, articulada a sua materialidade e 
inserção num suporte externo, tornaram-na estanque e conservável, 
permitindo guardar as informações durante um tempo indeterminado. 
 
d. A natureza da comunicação escrita possibilita estendê-la para além do simples 
contato pessoal, tornando acessível, àqueles que sabem ler, um campo 
intelectual mais extenso. 
 
e. A modalidade escrita possibilita o caráter documental do texto, visto que ele se 
perpetua no decorrer dos tempos e em sociedades distintas. 
1 pontos 
PERGUNTA 7 
Com base no texto abaixo e no conceito de hesitação, responda. 
é... eu veju contá qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu 
secadô veiu um leitãozim... i pegô a fuçá a ropa dela... ea foi... cua mão chuja di 
sabão ea deu um tapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leitão... u leitão sumiu.... 
quanu ea veiu i chegô dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu berçu... quanu 
ea chegô u mininu tava choranu... eli tava cua marca di sabão. 
(Adaptado de E. T. R. Amaral. "A transcrição das fitas: abordagem preliminar") 
 
 
A hesitação é uma estratégia apontada como constitutiva da construção do texto 
falado. O falante, de modo não controlado ou parcialmente controlado, usa artifícios 
como prolongamento de vogais e consoantes, com a finalidade de mostrar-se 
cauteloso em relação ao que diz ou, ainda, reorganizar o que deseja enunciar, 
caracterizando o "ganhar tempo" na produção da fala. Vale ressaltar também que as 
hesitações sofrem pressões situacionais, que dependem do contexto da interação e 
dos interlocutores envolvidos. Com base no exposto, observe os exemplos. 
 
I. "quanu ea veiu i chegô dentru di casa"; 
II. "eli tava cua marca di sabão"; 
III. "nu... nu... nu... nu fucim du leitão..."; 
IV. "i quanu ea istendeu ropa nu secadô veiu um leitãozim"; 
V. "quanu ea chegô u mininu tava choranu". 
 
Está correto o que se afirma apenas em 
 
a. I e II. 
 
b. III. 
 
c. II e III. 
 
d. III e IV. 
 
e.I e V. 
1 pontos 
PERGUNTA 8 
Numa perspectiva sociolinguística, leia e analise a montagem do outdoor que segue, 
a respeito das Leis de Trânsito. 
 
Disponível em: <http://img162.imageshack.us/img162/4742/071111bloguncoveringorgxm6.jpg>. 
Acesso em: 10 mar. 2012. 
 
Leia as explicações relacionadas ao outdoor acima especificado: 
 
I – A frase “Chique, hein?” associa uma linguagem coloquial de um pai (Leis de 
Trânsito) chamando a atenção do filho (“motorista que bebe”, leitor) que “brinca” de 
forma inadequada. 
II – A oração “Se o carro pegar fogo, vai ser cremado.” possibilita a interpretação do 
leitor apenas com a elipse após a vírgula: somente o carro será cremado, se [ele] 
pegar fogo, pelo fato de ter sido utilizado pelo motorista que dirigiu 
inadequadamente. 
III – As linhas que separam dois tipos distintos de orações – CAIXA ALTA, letras 
maiúsculas e caixa baixa, letras minúsculas – caracterizam desenho do local de 
trânsito (Avenida, Rua etc.) no momento de ação do leitor, associado ao presente do 
indicativo: “está dirigindo...” 
IV – A utilização de verbos no pretérito perfeito, no presente do indicativo e no futuro 
evidencia o alerta do motorista e as consequências, se algo inadequado foi realizado 
anteriormente, do que acontece no momento e os problemas que serão causados 
em virtude da bebida no trânsito. 
V – A primeira oração, que demonstra a pergunta ao leitor – “Bebeu e está 
dirigindo?” –, pode ser interpretada pela oração da parte inferior do outdoor – “Dirigir 
e beber é suicídio” –, em que as Leis de Trânsito explicam ao leitor o efeito causado 
pela pergunta realizada na parte superior do outdoor. 
Marque a alternativa correta, que evidencia ponto V – VERDADEIRO – e F – FALSO 
– de cada explicação: 
 
a. V-F-F-V-V. 
 
b. F-V-V-F-V. 
 
c. F-V-F-V-V. 
 
d. F-V-V-V-V. 
 
e. V-F-V-V-V. 
1 pontos 
PERGUNTA 9 
Os processos sensíveis ao contexto ocorrem quando um dado segmento fonológico 
é substituído em função do contexto de uso. A reduplicação e a assimilação são 
exemplos desse processo. Qual alternativa apresenta reduplicação? 
 
a. resistro no lugar de registro. 
 
b. mimi no lugar de dormir. 
 
c. fejão no lugar de feijão. 
 
d. começá no lugar de começar. 
 
e. chuja no lugar de suja. 
1 pontos 
PERGUNTA 10 
Com base no texto abaixo, responda à questão. 
 
O trecho é parte da transcrição de uma entrevista oral, concedida por uma senhora 
de 84 anos, moradora de Barra Longa (MG). Pertence ao corpus de uma pesquisa 
realizada na cidade, envolvendo pessoas idosas com pouca ou nenhuma 
escolaridade e que não habitaram outros lugares. A entrevistada fala sobre a 
existência da figura folclórica do lobisomem. 
é... eu veju contá qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu 
secadô veiu um leitãozim... i pegô a fuçá a ropa dela... ea foi... cua mão chuja di 
sabão ea deu um tapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leitão... u leitão sumiu.... 
quanu ea veiu i chegô dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu berçu... quanu 
ea chegô u mininu tava choranu... eli tava cua marca di sabão. 
(Adaptado de E. T. R. Amaral. "A transcrição das fitas: abordagem preliminar") 
 
O procedimento de inserção, comum na construção do texto falado, vem 
exemplificado, no trecho: 
ea [ela] tinha dexadu u mininu nu berçu... 
 
Do ponto de vista da produção desse texto, a inserção caracteriza 
I. um truncamento que, não aceitável em textos escritos, impede que essa produção 
oral seja associada à noção de autoria. 
II. um movimento típico de autoria, realizado por meio do retorno ao próprio discurso 
para dar ao ouvinte informações que direcionam a interpretação da sequência 
narrativa, de modo semelhante ao que ocorre com os índices que solucionam ou 
antecipam fatos pendentes nas narrativas escritas. 
III. um acréscimo que, assinalado por uma quebra de fronteiras prosódicas, fornece 
informação indispensável para a explicitação da relação entre as personagens 
"leitão" e "menino" e se constitui em uma marca de autoria. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a. I. 
 
b. II. 
 
c. III. 
 
d. I e II. 
 
e. II e III.