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BASES TÉCNICAS CIRÚRGICAS NA ORTOPEDIA VETERINÁRIA


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BASES TÉCNICAS CIRÚRGICAS NA ORTOPEDIA VETERINÁRIA
A grande maioria das fraturas vai se consolidar de forma secundária, através da formação de calo ósseo. Mas algumas fraturas não formam calo ósseo periosteal e cicatrizam primária, sendo a minoria, pois precisa de boa estabilidade, rígida e da necessidade de fazer a reconstrução anatômica da fratura (moldar a fratura de forma perfeita), se não houver há reconstrução biológica e orienta a consolidação secundária. Fraturas com vários fragmentos tem uma maior chance de cicatrizar secundariamente.
As correções de fraturas podem ser feitas através da imobilização com bandagens ou pensos ou por fixação com pinos intra medulares, cerclagens, fixador esquelético externo, placas convencionais e bloqueadas, hastes bloqueadas e CRIF (fixação interna com clamp e barra). Existem forças atuando e forças a serem neutralizadas, a rotação e o arqueamento por exemplo fazem om osso ficar fora do lugar retardando a consolidação. 
As forças que podem ocorrer (forças atuantes – forças vetoriais, precisam ser neutralizadas, através do uso de implantes, pois do contrário há o desalinhamento dos ossos), sendo que há tensão de compressão e distração (afastamento, ex: glúteos sobre fraturas em trcanter maior do fêmur), com vetores divergentes. Força de envergamento, deslizamento tangencial e angular, força de torção (mais destrutível para o calo ósseo pois quando se gira há o alongamentos dos vs que se rompem, impedindo a nutrição do calo, sendo a força que mais gera instabilidade) e cargas combinadas. 
Existem duas teorias de ortopedia moderna, a do marceneiro (fratura simples) onde se encaixa certinho os dois pedaços e deixa consolidar de forma direta, faz uma reconstrução anatômica, usa de grandes incisões, busca a redução perfeita para consolidar primariamente, acaba sendo mais agressivo e lesionando mais tecidos moles adjacentes, e a do jardineiro (fratura cominutiva) da estabilidade que consiga segurar, mas não estabilidade muito forte, faz abordagens mais minuciosas, mas sabe que vai cicatrizar e consolidar secundariamente, busca pela redução biológica, pois sabe que não vai conseguir reconstruir perfeitamente. 
Os pinos intramedulares podem variar em modelos e tamanhos podendo ser utilizados de forma isolada ou em associação, é feito de aço cirúrgico de baixa reatividade. Convencionalmente vai de 1,0 a 6,5mm. Podem ser usados isoladamente ou em associação, é comum usar com outros tutores, como por exemplo com uma placa. Pino com rosca para usar em IM é obsoleto. Para usar isoladamente ele deve ser calibroso, tendo de 70-75% do diâmetro do canal medular. Se for associar a outro tutor para evitar competição por espaço usar de 40-60% da cavidade com o pino. Não neutraliza forças de rotação, por isso seu uso sozinho é muito limitado do ponto de vista mecânico. Pino neutraliza principalmente a força de arqueamento. Não usar PIM em rádio não tem por onde inserir de forma segura sem prejudicar alguma articulação e o canal medular é muito estreito não conseguindo neutralizar arqueamento. NÃO neutraliza rotação, compressão e de forma irrisória o cisalhamento/deslizamento. 
PRINCIPAIS PROBLEMAS: pino muito fino e seu uso não associado.
Tem vantagem de ser baixo custo, Pouco trauma tecidual, Pouca lesão vascular, Técnica rápida e de boa curva de aprendizado e necessita de Pouco instrumental. As Desvantagens são que é Pouco estável, o Tempo de reabilitação, pode causar Lesão articular e Lesão de tecidos moles, Migração e não neutraliza Forças de rotação.
Pode ser inserido por dois métodos, a céu aberto ou a céu fechado, ou seja, expondo ou não o osso. No método aberto a inserção do pino pode ser normógrada (inserido pela extremidade do osso dista ou proximal - epífise) ou retrógrado (insere pelo foco de fratura até um ponto, traz o pino e alinha o osso para então passar no outro fragmento). Em alguns ossos como a tíbia, só aceita inserção normógrada (pois sai o PIM no joelho, na articulação), fêmur, úmero pode ser por ambos, rádio não aceita nenhum. 
Pq o PIM é usado associado? Pois não neutraliza todas as forças.
Placas não resistem muito bem as forças de arqueamento, por isso a associação com os PIM garantem uma somação das vantagens. 
CERCLAGENS – feito do mesmo material que o pino (aço 360), mas este é maleável, pois a temperatura que o material é fordado é diferente (baixas temperaturas por longos períodos). Necessidade de um alicate ou retorcedor para retorcer o fio em volta do osso. Nó inicial com a mão mesmo, e depois com o auxílio do instrumental retorce o fio, sempre dando tensão. Nunca se usa a cerclagem como tutor único pois não tem resistência. Normas: fazer reconstrução anatômica e não biológica, usar em fraturas oblíquas longas ou fragmentos grandes (esquírolas), mínimo de duas cerclagens, e sempre associado a outros tutores, e deve gerar compressão fragmentar. 
Se mal colocado pode prejudicar a resposta do periósteo à cicatrização.
A banda de tensão pode ser utilizado assim como as placas, é um fio metálico em faixa ou banda que tem como princípio transformar as forças de tensão em compressão e permitir a consolidação da fratura em casos onde há força de distração atuante como olécrano (tríceps), crista tibial (quadríceps), calcâneo (gastrocnemio), trocânter maior (glúteo) pois há grupos musculares inseridos. 
COMPLICAÇÕES: quebra do implante, migração, transfixação da cortical, excesso de mobilidade, infecções, não união da fratura, 
A Haste Bloqueada ou interlocking nail é utilizada em fraturas diafisárias de fêmur, tíbia e úmero onde utiliza-se um pino intramedular perfurado para realizar o travamento com parafusos ou bolts, com o auxílio de um guia/gabarito externo para acertar a localização do oríficio. Acima de 4mm (4-10mm). O pino vai no meio do osso e passa os parafusos através do osso travado o pino, geralmente dois proximais e dois distais. Pode ocupar até 90% do canal medular ganha em estabilidade. NÃO consegue usar em fraturas distais e/ou proximais pois a fixação é nesses pontos. Bloqueia compressão, rotação e arqueamento. Pode ser utilizada para fraturas cominutivas. Gera consolidação secundária.
Suas Vantagens são o Custo acessível, Pouco trauma tecidual, Pouca lesão vascular e ser Muito estável, já as Desvantagens consistem no Material específico, a curva Curva de aprendizado é mais demorada e se as Fraturas são proximais e distais.
PLACAS As Placas podem ser de dois tipos, convencionais (a estabilidade é por atrito) ou placas bloqueadas (estabilidade angular). As placas podem ser compressivas (tem o orifício ovalado, garante maior estabilidade, pela compressão estimula osteogênese), estáticas (do jeito que coloca ela fica, orifícios circulares), especiais, bloqueadas (orifício com rosca para bloqueio, formato de oito do orifício). Placas de 1,5 – 4,5mm o tamanho remete ao diâmetro do parafuso que vai ser colocado e não ao tamanho da placa. Classificação quanto a função: compressão (comprime o foco de fratura – fraturas de traços simples/transversos – precisa de estabilidade absoluta, nessa situação as cargas passam pela placa e osso), apoio (quem segura o osso na posição é o implante, não há divisão com osso pela responsabilidade às forças, estabilidade relativa e aplaca promove consolidação secundária/reconstrução biológica) e neutralização (a placa estabiliza o sistema inteiro e com parafusos estabilizando as esquirolas).
Tem como Características a permitir a redução anatômica ou biológica, Fixação interna estável, Apoio rápido e livre de dor, Estabilidade absoluta (em casos de reconstrução anatômica compressão) e é Indicado para a maioria das fraturas de ossos longos, Fraturas múltiplas e cominutivas e Animais pesados e semi-domesticados.
PLACA BLOQUEIA TODAS AS FORÇAS,