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Lipídeos Plano de ensino 5.1. Conceituação 5.2. Classificação geral: simples, compostos e derivados 5.3. Composição e Estrutura 5.3.1. Ácido graxo: saturado e insaturado 5.4. Reações químicas 5.4.1. Neutralização 5.4.2. Saponificação 5.4.3. Hidrogenação 5.4.2. Interesterificação 5.4.3. Halogenação 5.4.4. Lipólise 5.4.5. Oxidação 5.5. Propriedades físicas: 5.5.1. Ponto de fusão 5.5.2. Calor específico 5.5.3. Viscosidade e densidade 5.5.4. Polimorfismo 5.5.5. Ponto de fumaça 5.5.6. Índice de refração Lipídeos CONCEITO São biomoléculas insolúveis em água, e solúveis em solventes orgânicos. Desempenham várias funções: Reserva de energia Combustível celular Componente estrutural das membranas biológicas Isolamento e proteção de órgãos BIO-QUIMICA Função BIO-QUIMICA I – Lipídeos Simples II – Lipídeos Complexos: A seguir descreveremos estas duas classes de lipídeos. I- Lipídeos Simples: São aqueles que sofrem quebra pela molécula de água (hidrólise) produzindo como produtos ácidos graxos e álcoois. São os óleos, gorduras e ceras.(TAGs) II – LIPÍDEOS COMPLEXOS: São aqueles que contém outros grupos além de ácidos graxos. Nesta classe estão incluídas, os fosfolipídeos, glicolipídeos, carotenóides, tocoferóis (Vit. E), Vitaminas A, D, K, esteróides etc. H 3 C - (CH 2 ) 14 - COOH AC. PALMÍTICO ÓLEO DE PALMA H 3 C - (CH 2 ) 16 - COOH AC. ESTEÁRICO GORDURA DE CARNEIRO H 3 C - (CH 2 ) 2 4 - COOH AC. CERÓTICO CERA DE ABELHA AC. HEXADECANÓICO AC. OCTADECANÓICO AC. HEXAHEICOZÓICO CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS * CÉRIDAS - AC. GRAXO + ÁLCOOL SUPERIOR * GLICÉRIDAS - AC. GRAXO + GLICERINA neparana@ig.com.br AC. CARBOXÍLICO + ÁLCOOL ÉSTER H2O ÁLCOOIS SUPERIORES * POSSUEM ALTO PESO MOLECULAR * GERALMENTE 15 OU MAIS CARBONOS NA CADEIA Lipídios Ácidos Graxos: São ácidos carboxílicos, saturados ou insaturados, de 4-36 C. Representação: R - COOH , onde R é uma cadeia alquila longa. Classificação quanto às ligações químicas: Saturados sem dupla ligação. Insaturados com dupla ligação. Classificação quanto à estrutura da CC: Linear sem ramificação. Ramificado com ramificação. Constituição dos Lipídeos São ácidos orgânicos, de cadeia longa, com mais de 12 C Cadeia pode ser saturada ou insaturada; BIO-QUIMICA Grupamento carboxílico Cadeia hidrocarbonada Ácido esteárico (18:0) Ponto de fusão: 69,6C 11 Ácido oléico [18:1(9)] Ponto de fusão: 13,4C 12 ácidos graxos saturados 13 Mistura de ácidos graxos saturados e insaturados Ácidos graxos saturados Não possuem duplas ligações; São geralmente sólidos à temperatura ambiente-maior ponto de ebulição; Gorduras de origem animal ricas em ácidos graxos saturados. BIO-QUIMICA BIO-QUIMICA Ácidos graxos insaturados São ácidos carboxílicos com cadeias 4 e 36 C, com 1 ou mais duplas ligações; Menor ponto de ebulição; As duplas ligações estão na posição cis. Ácido oléico BIO-QUIMICA Composição de alguns óleos e gorduras COLESTEROL Éo esteróide mais abundante nos animais ! É classificado como esterol por causa do grupo OH na posição C3 ! Componente majoritário das membranas plasmáticas Plantas: tem pouco colesterol – sintetizam outros esteróis ! Leveduras e fungos: sintetizam esteróis ! ! Mamíferos: o colesterol é o precursor metabólico dos hormônios esteróides Esteróides Vitamina D2 é formada por meio da ação fotoelétrica de luz UV sobre o esterol vegetal ergosterol, um aditivo comum do leite Vitamina D3 é derivada de maneira semelhante, a partir do 7-deidrocolesterol Vitamina D2 e D3 se tornam ativa pela hidroxilação enzimática realizada no fígado. A vitamina D ativa aumenta a concentração de Ca+2 ao promover a absorção intestinal de Ca+2 dos ossos Deficiência de vitamina D - raquitismo LIPÍDEOS SATURADOS MONOINSATURADOS POLIINSATURADOS CADEIA CURTA CADEIA LONGA Coco Babaçu Amêndoas Cacau Banha Dendê Sebo Ômega 9 Oliva Canola Girasol (h) Ômega 6 (Linoléico) Milho Algodão Soja Girasol (R) Ômega 3 (Linolênico) Linhaça Atum Salmão Arenque BIO-QUIMICA omega Classificação de acordo com a primeira insaturação ÔMEGA () Modo de agrupar ácidos graxos insaturados. v-9, principal representante o ácido oléico ( C 18:1) v-6, representado pelo ácido linoléico ( C 18:2) v-3, está incluído o ácido a - linolênico ( C 18:3) Ex: canola ou soja, peixes de águas frias e profundas (salmão, truta, arenque, cavalinha, atum, destacando-se a manjuba e sardinha). Ex: Sementes oleaginosas; Óleo de milho, girassol e soja. Ex: óleos vegetais BIO-QUIMICA 26 Ácidos graxos insaturados - Ômega Atualmente são agrupados em famílias conhecidas como (ômega). A representação é baseada: no número de carbonos; número de duplas ligações; posição que a primeira dupla ligação ocupa na sua estrutura a partir do grupo terminal metila (CH3). 26 27 ÔMEGA -6 Exemplo: C18:3n6, ou seja, 18 contém 18 carbonos 3 contém três duplas ligações n6 a primeira ligação está localizada no carbono 6, a partir do grupo metila (ômega-6 ou -6). Lipídeos 27 28 ÔMEGA -3 C18:3n3 Contém 18 C; 3 duplas ligações; n3 – a primeira insaturação está localizada no carbono a partir do grupo metila terminal( ômega 3); Lipídeos 28 29 Ômega 3 Funções: Dão origem aos ácidos graxos poliinsaturados (AGPI); Fazem parte da composição das membranas biológicas; Apresentam propriedades antiinflamatórias; Previne doenças coronarianas (arritmias cardíacas); 29 30 Inibem o crescimento de placas aterosclerótica; Ômega 3 30 31 Principais Fontes - Ômega 3 Óleos vegetais: Óleo de soja -7% Óleo de canola-10% Peixes (C 20:5) Óleo de peixe(C 22:6) 31 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS Os AGPI (ácidos graxos poli-insaturados) precursores das famílias omega-3 e omega-6, o ácido α-linolênico e o ácido linoléico, respectivamente, são definidos como ácidos graxos essenciais, por não serem sintetizados endogenamente nos seres humanos e em alguns animais, devido à carência de enzimas dessaturases, que são capazes de inserir ligação dupla entre os carbonos 3-4 e 6-7, assim como de enzimas hidrogenases capazes de remover tais insaturações. Esses AG são sintetizados, exclusivamente, pelo reino vegetal. Gorduras Trans Formadas a partir de ácidos graxos insaturados por hidrogenação natural (no rúmen de animais) ou industrial; Apesar de serem insaturadas apresentam uma estrutura linear, comportando-se como gorduras saturadas. BIO-QUIMICA Processo de Hidrogenação Átomos de hidrogênio são inseridos até que a gordura atinja a consistência desejada. BIO-QUIMICA Hidrogenação dá origem a uma gordura com: Ponto de fusão mais elevado Melhor qualidade de estocagem Melhor palatibilidade e textura Maior vida de prateleira Por isso é tão utilizada na indústria. BIO-QUIMICA Classificação São dois grupos: 1 - Lipídios Simples ou Ternários - C, H e O; 2 - Lipídios Complexos - C, H, O e N contém fósforo e enxofre; BIO-QUIMICA Classificação 1 - Lipídios Simples ou Ternários formados de C, H e O; São ésteres de ácidos graxos + álcool; Óleos – animal e vegetal - Glicerídeos Gorduras – animal e vegetal - Ceras – animal e vegetal BIO-QUIMICA Glicerídeo 1 - ÓLEOS: - ésteres de glicerol com ác. graxos insaturados Líquidos viscosos incolores ou levemente amarelados, de origem animal ou vegetal. BIO-QUIMICA Lipídios Trialcigliceróis (TG) = triglicerídios = gorduras = gorduras neutras: lipídios + simples contendo AG. São ésteres de AG + Glicerol Moléculas não-polares São absolutamente hidrofóbicos. Essencialmente insolúveis em água. Justificativa: as hidroxilas (glicerol) e os grupos carboxilatos (AG) estão envolvidos na ligação de esterificação. Os ácidos graxos que participam da estrutura de um triacilglicerol são geralmente diferentes entre si. Lipídios Classificação: TG Simples: apenas 1 tipo de AG. TG Misto: + de 1 tipo de AG. Função: Reserva de energia São armazenados nas células do tecido adiposo São armazenados em uma forma desidratada Fornecem, por grama, aproximadamente o dobro da energia fornecida por carboidratos. Glicerídios De origem vegetal: Óleos comestíveis: algodão, amendoim, babaçu, coco, milho, oliva, soja, dendê, usados em culinária. BIO-QUIMICA Glicerídios 2- GORDURA: Sólidas à temperatura ambiente. Predominam ésteres de Glicerol com ácido graxo saturado. Sólidos brancos Ou levemente amarelados, de origem animal ou vegetal. De origem animal: Sebo: gordura branca consistente, encontra em volta das vísceras. Usado na fabricação de sabões, sabonetes, velas e glicerina; BIO-QUIMICA Glicerídios De origem animal: Banha: obtida pela refinação da gordura dos suínos. Composta 62% de oleína e 38% de palmitina e estearina. Manteiga: gordura do leite. Usada na alimentação, 80% de gordura saturada. BIO-QUIMICA Glicerídios De origem vegetal: Gordura de coco: fabricação de sabonetes e perfumaria. Gordura de cacau: manteiga de cacau BIO-QUIMICA Cerídios CERAS são ésteres de ácidos graxos e monoálcoois; Classificam-se em vegetais e animais; Vegetais fabricam ceras para revestir folhas, evitam evaporação de água; AVES tem suas penas revestidas por gorduras, não se encharcam de água e facilita flutuação. BIO-QUIMICA Cerídios Ceras Animais Cera de abelha: palmitato de melissita Ceras Vegetais Cera de carnaúba: cerotato de melissila BIO-QUIMICA Cerídios Aplicação: Fabricação de velas; Fabricação de sabões; Graxa para sapatos; Ceras para assoalhos; Fabricação de vernizes; Medicamentos. BIO-QUIMICA Classificação 2 - Lipídios Complexos ou Compostos C, H, O e N podem conter P e S; Dividem-se em: Fosfolipídios: ácidos graxos, glicerol, H3PO4 e um derivado nitrogenado. Cerebrosídios: ácidos graxos, galactose ou glicose e uma base nitrogenada. Esteróides: derivados do colesterol Lipídios BIO-QUIMICA Fosfolipídios Definição: ácidos graxos, ácido fosfórico e aminoálcool (colina, colamina e serina). Ocorrência: gema do ovo, azeite de soja e cérebro BIO-QUIMICA Glicerofosfolipídio (estrutura geral) Ácido graxo saturado (ex. ácido palmítico) Ácido graxo insaturado (ex. ácido oléico) Grupo cabeça substituinte 50 Fosfatidilcolina 52 Esfingomielina 53 Cerebrosídios Definição: ácidos graxos, galactose e aminoálcoois. Ocorrência: células vivas do sistema nervoso. BIO-QUIMICA Estereóides Existem em todas as plantas e animais, apresentam a estrutura cíclica Ciclopentanoperidrofenantreno BIO-QUIMICA BIO-QUIMICA Professora Dra Rosi Bio-quimica.blogspot.com Esteróides No reino animal, mais abundantes são derivados do colesterol C27H46O; Colesterol é componente estrutural das membranas celulares e precursor de vit D, testosterona e estradiol; Colesterol é importante no organismo, produzido principalmente no fígado, mesmo que alimentação seja pobre em colesterol (um adulto, de peso médio, tem cerca de 250g de colesterol em seu organismo). BIO-QUIMICA terpenóides Vitaminas A E K Lipídios Terpenos Possuem unidades isoprenóides como unidades básicas. As vitaminas E e K são os representantes mais importantes, além de vários óleos aromáticos de vegetais. Vitamina E Vitamina K Digestão dos lipídeos Produção de bile e metabolismo de lipídios BIO-QUIMICA Início: Intestino Ação: lipase pancreática Lipoproteínas Associações entre proteínas e lipídios encontradas na corrente sanguínea, com função de transportar e regular o metabolismo dos lipídios são elas: Quilomícron VLDL LDL HDL IDL BIO-QUIMICA Lipoproteínas: São associações entre proteínas e lipídios encontradas na corrente sanguínea, e que tem como função transportar e regular o metabolismo dos lipídios no plasma Quilomícron = É a lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na corrente sanguínea VLDL = "Lipoproteína de Densidade Muito Baixa", transporta triacilglicerol endógeno IDL = "Lipoproteína de Densidade Intermediária", é formada na transformação de VLDL em LDL LDL = "Lipoproteína de Densidade Baixa", é a principal transportadora de colesterol; seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio HDL = "Lipoproteína de Densidade Alta"; atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio. Lipídios Lipoproteínas São associações entre proteínas e lipídios encontradas na corrente sanguínea, e que têm como função transportar os lipídios no plasma e regular o seu metabolismo. A fração lipídica das lipoproteínas é muito variável, e permite a classificação das mesmas em 5 grupos, de acordo com suas densidades e mobilidade eletroforética: · Quilomícron: é a lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na corrente sanguínea · VLDL (Very Low Density Lipoprotein): Lipoproteína de Densidade Muito Baixa, transporta triacilglicerol endógeno. · IDL : (Intermediary Density Lipoprotein):Lipoproteína de Densidade Intermediária, é formada na transformação de VLDL em LDL · LDL (Low Density Lipoprotein): Lipoproteína de Densidade Baixa, é a principal transportadora de colesterol; seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio. Por ser uma lipoproteína aterogênica, o LDL ganhou a fama de mau-colesterol. · HDL (High Density Lipoprotein): Lipoproteína de Densidade Alta; atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio. Por essa razão é considerado uma lipoproteína de proteção contra a aterosclerose coronariana, sendo denominado, vulgarmente, como o bom-colesterol. Aspectos Físicos nos lipideos Polimorfismo – depende da temperatura Ponto de fusão – sólido para líquido Índice de refração – geralmente é proporcional ao tamanho da cadeia ou a insaturação Saponificação – aquecido em solução aquosa basica forma glicerol e sais alcalinos (“sabões”). REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO * CONSISTE EM FAZER REAGIR O GLICÉRIDO ( GORDURAS DE ANIMAIS ) COM UMA BASE FORTE, COM UMA RELAÇÃO ESTEQUIOMÉTRICA DE 1:3. Densidade Hidrogenação – adição de H nas duplas ligações, ocorre com o aquecimento Transesterificação ou interesterificação – transforma óleo em gordura, sem a presença do “trans” empregando ácidos ou bases ou ainda enzimas – CH = CH– + H2 – CH2– CH2– A HIDROGENAÇÃO CATALÍTICA DO ÓLEO PRODUZ A GORDURA Ni 150o C ÓLEO ( COMESTÍVEL ) GORDURA ( MARGARINA ) Alterações nos alimentos Lipólise – hidrólise das ligações ester nos lipídeos por ação enzimática ou por aquecimento Rancidez hidrolítica – efeitos benéficos: maturação de queijos; iogurtes, chocolates. Indesejaveis: ranço, acidez, favorece oxidação. Autoxidação – enzimático ou não; o oxigênio atmosférico interage com as duplas produzindo peróxidos e formando aldeidos. Efeito observado- ranço. Iniciação – forma radicais livres Propagação – formação de peróxidos Terminação – formação de compostos não reativos. Reação de neutralização Reação de saponificação Reação de interesterificação Reação de halogenação Reação hidrolítica ou lipólise Rancidez oxidativa Reações Químicas 72 72 Reação de neutralização Neutralização do grupamento carboxílico do ácido graxo na presença de uma base forte. A titulação é feita com NaOH ou KOH, que neutraliza os ácidos livres no meio. 73 Representação da reação de neutralização de um ácido graxo 73 74 Reação de Saponificação Consiste na desesterificação do triacilglicerídeo, na presença de solução concentrada de álcali forte (NaOH ou KOH) sob aquecimento, liberando sais de ácidos graxos e glicerol. Representação de uma reação de saponificação 75 Reações de neutralização e saponificação e determinações analíticas: - Índice de saponificação Número de miligramas (mg) de hidróxido de potássio requerido para saponificar um grama de óleo ou gordura. É utilizado para estimar o peso molecular médio dos ácidos graxos. - Índice de acidez É o número de miligramas de KOH necessários para neutralizar os ácidos graxos livres presentes em um grama de óleo ou gordura. 76 3- Reação de Hidrogenação A adição de hidrogênio (H2) às duplas ligações dos ácidos graxos insaturados, livres ou combinados, é chamada de reação de Hidrogenação Hidrogênio em presença de níquel, platina ou paládio finamente subdividido, se adiciona à ácidos graxos insaturados. O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta com a diminuição do número de insaturações na molécula, e portanto por esse processo são obtidos, a partir de óleos vegetais, produtos sólidos ou semi-sólidos. 77 77 Gordura insaturada (óleo vegetal) Gordura Vegetal Hidrogenada 78 H 2 / catalisador ( N i , P d ou P t ) 78 Principais objetivos da hidrogenação conversão de óleos em gorduras plásticas, melhora da firmeza da gordura, reduz a susceptibilidade à deterioração, produção de margarinas e outras gorduras compostas No processo de hidrogenação catalítica pode haver formação de ligações duplas trans, ou seja, gorduras trans, o que pode ser prejudicial à saúde se consumido em grande quantidade. Definição Ácido graxos trans : Tipo específico de ácidos graxos formados durante o processo de Hidrogenação industrial ou natural (ocorrido no rúmen de animais) 80 80 Isomeria Geométrica Cis Ácido Oléico ( C18:1 cis ) 81 81 PF =13oC PF =44oC 82 82 Controle de processamento Índice de iodo (I.I.) mede insaturação ( dupla ligação do AG) Classificação de óleo e gordura (I.I.) é quantidade de iodo (g) adicionados a 100g de amostra, a análise pode ser realizada com qualquer halogênio que a medida é índice de iodo Princípio: o iodo e outros halogênios se adicionam numa dupla ligação da cadeia insaturada dos ácido graxos > saturação > solidez < I.I. > insaturação > liquidez >I.I.> rancidez oxidativa 83 83 Interesterificação modificação da estrutura glicerídica dos óleos e gorduras por rearranjo molecular dos ácidos graxos na molécula de glicerol Em condições apropriadas de temperatura e pressão, com auxílio de catalisadores, há troca de seus grupos acilas entre os grupamentos ésteres. Mudar a composição de triacilgliceróis. Ex. obtenção de gorduras, a partir de óleos, com composição similar a gordura do leite 85 A reação se inicia quando um catalisador apropriado é adicionado ao óleo, o qual promove a separação dos ácidos graxos da cadeia do glicerol. Como a reação continua, os ácidos graxos destacam-se e simultaneamente se religam nas posições abertas dentro da mesmo glicerídeo (intramolecular), e em posições vagas de glicerídeos adjacentes (intermolecular). Desta maneira, quando a reação atinge seu ponto de equilíbrio, os ácidos graxos formam novas cadeias de triacilglicerídeos que não mais representam a ordem de distribuição original ; no entanto, sem alterar as características geométricas, baseada na forma cis, dos ácidos graxos. 85 Processo químico ou enzimático Modifica as propriedades de cristalização, alterando a plasticidade da gordura. Pode modificar a digestibilidade e a taxa de absorção dos ácidos graxos. Catalisador Lipase Fracionamento Separa gorduras em frações de propriedades físicas diferentes. Consiste em cristalizar uma gordura a baixa temperatura e eliminar por filtração ou centrifugação os triglicerídeos com ponto de fusão relativamente elevados. A velocidade de resfriamento influi na formação dos cristais. Oleínas líquidas Estearinas sólidas Fotoxidação – o oxigênio age direto na dupla sem formar radicais livres. Alterações nos alimentos Como evitar a oxidação Uso de antioxidantes – EDTA, vitamina E, BHA, ácido cítrico Diminuição do contato com oxigênio
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