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FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DE PIRACICABA ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA EXPERIÊNCIA 4 : LANÇAMENTO HORIZONTAL DE UM PROJÉTIL OBJETIVOS Comprovar a validade das equações de movimento para o lançamento horizontal de projéteis. Determinar o tempo de queda do projétil. Determinar a velocidade de lançamento do projétil. Determinar a velocidade do projétil ao atingir o solo. INTRODUÇÃO No estudo o movimento de projéteis, consideramos que ele está sujeito a dois movimentos independentes, podendo ser decomposto nos eixos X e Y. No eixo y o projétil está sujeito à força gravitacional, ocasionando sobre ele um movimento de queda livre (MRUV). Como não há força atuando na horizontal (eixo x), a projeção do projétil nesse eixo executará um movimento uniforme. Portanto, temos as seguintes equações atuando sobre o projétil, em cada eixo: EIXO X EIXO Y Sx = S ox + Vx t (1) SY = SOY + V O Y t + ½ g t2 (3) VX = V OX = Constante (2) Vy = V O Y + g t (4) Para se determinar o tempo de queda, considerando na vertical S o y = 0 e V 0 y = 0, então a equação (3) resulta em: Sy = ½ g t 2 Fazendo S y = h ( altura de lançamento) e t = tq (tempo de queda), então, o tempo gasto para o projétil atingir o solo vale: (5) Para determinar a velocidade de lançamento, consideremos o movimento no eixo horizontal. Usando a equação (1) e fazendo: So x = 0 Vx = V 0 ( velocidade inicial) So x = A (alcance) Então: Sx = Vo t Vo = A (6) t 3. MATERIAL Trilho inclinado Esfera de aço Anteparo vertical Papel Papel carbono Papel milimetrado 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Parte 1 Medir a altura da mesa (h) 0,85 m e soltar a esfera de uma certa altura sobre o trilho inclinado, marcando a distância que a mesma atinge o solo. Calcular o tempo que a esfera demora para chegar ao solo e a velocidade média horizontal da esfera, após abandonar o trilho, considerando o seu movimento vertical ( repetir 5 vezes). Parte 2 Fixar um ponto de lançamento no trilho para soltar a esfera da mesma altura sobre o trilho inclinado, colocando o anteparo a 10cm distante da mesa, repetindo o lançamento por mais 4 vezes, afastando o anteparo da mesa de 10 em 10 cm, soltando a esfera sempre da mesma altura sobre o trilho inclinado. Medir a altura em que a esfera bate no anteparo, preenchendo a tabela 2. Para cada posição do anteparo, calcular o tempo de queda da esfera até atingir o anteparo. Para cada posição do anteparo, calcular a velocidade média horizontal da esfera. Tabela 1 (Parte 1) Altura da mesa em relação ao solo = 0,85m Altura de lanç.no anteparo (m) Distância no Solo X (m) Tempo de queda Tq (s) Velocidade média V0 Horizontal (m/s) 0,25 0,280 0,42 0,66 0,20 0,330 0,42 0,78 0,15 0,412 0,42 0,98 0,10 0,519 0,42 1,23 0,05 0,646 0,42 1,53 Cálculo de tq y = gt²/2 0,85 = 10.t² /2 1,70 = 9,8t² t² = 1,70 / 9,8 t = √0,17 tq = 0,425s Cálculo de V0 p/ x1 = 0,280m x1 = V0 . t 0,280 = V0 . 0,42 V0 = 0,280 / 0,42 V0 = 0,66m/s p/ x2 = 0,330m x1 = V0 . t 0,330 = V0 . 0,42 V0 = 0,330 / 0,42 V0 = 0,78m/s p/ x3 = 0,412m x1 = V0 . t 0,412 = V0 . 0,42 V0 = 0,412 / 0,42 V0 = 0,98m/s p/ x4 = 0,519m x1 = V0 . t 0,519 = V0 . 0,42 V0 = 0,519 / 0,42 V0 = 1,23m/s p/ x5 = 0,646m x1 = V0 . t 0,646 = V0 . 0,42 V0 = 0,646 / 0,42 V0 = 1,53m/s Tabela 2 (Parte 2) (h=0,25m) Altura de lanç.no anteparo (m) Altura do atingida h(m) Tempo de queda Tq (s) Velocidade média V0 Horizontal (m/s) 0,10 0,080 0,126 0,66 0,20 0,760 0,393 0,66 0,30 0,184 0,194 0,66 0,40 0,320 0,254 0,66 0,50 0,510 0,322 0,66 V0 = 0,66m/s para h=0,25m (conforme tabela 1) Cálculo de tq p/ y1 = 0,080m y = gt²/2 0,080 = 9,8.t² /2 0,16 = 9,8t² t² = 0,16 / 9,8 t = √0,016 tq=0,126s p/ y2 = 0,760m y = gt²/2 0,760 = 9,8.t² /2 01,52 = 9,8t² t² = 1,52 / 9,8 t = √0,155 tq=0,393s p/ y3 = 0,184m y = gt²/2 0,184 = 9,8.t² /2 0,368 = 9,8t² t² = 0,368 / 9,8 t = √0,0375 tq=0,194s p/ y4 = 0,320m y = gt²/2 0,320 = 9,8.t² /2 0,64 = 9,8t² t² = 0,64 / 9.8 t = √0,065 tq=0,254s p/ y5 = 0,510m y = gt²/2 0,510 = 9,8.t² /2 1,02 = 9,8t² t² = 1,02 / 9,8 t = √0,104 tq=0,322s Conclusões Projétil é o corpo lançado ao ar com velocidade inicial, se o projétil fosse subtraído à ação da gravidade e seu ar não oferecesse resistência, nenhuma força atuaria sobre ele e, pelo princípio da inércia, o seu movimento seria uniforme e retilíneo, sua velocidade seria, em grandeza e direção, a velocidade inicial, mas como o projétil é pesado, seu peso comunica-lhe velocidade vertical de cima para baixo. Na parte 1 concluímos que conforme fomos soltando a esfera em diferentes alturas h, seu tempo de queda tq foi sempre o mesmo, alterando o alcance e a velocidade inicial, vimos também que o gráfico do alcance x em função da velocidade inicial V0 é uma reta. Na parte 2 concluímos que mantendo a altura h de 0,25m e posicionando o anteparo em diferentes alcances x a velocidade inicial da esfera se manteve a mesma, alterando assim seu tempo de queda, notou também que o gráfico do alcance x em função do tempo de queda tq é uma reta. Uma consideração importante a ser feita, é que, a velocidade vertical não é modificada pela intervenção da velocidade horizontal, mas à medida que aumenta a altura que a bola percorre na rampa, ela adquire uma velocidade horizontal maior, conseqüentemente atingindo um maior alcance. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aula teórica em laboratório de física. Profº Edson Pigoretti. CHANCELER, Lafayette Mons. Física 2. São Paulo: Coleção F.T.D., 1965. RAMALHO, Francisco et. al. Os fundamentos da física 1. 8 ed. São Paulo: Moderna, 2003. ROBORTELLA, José Luíz de Campos et. al. Física mecânica – segundo grau. 7 ed. São Paulo: Ática, 1988.