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0 UNIDADE - 1 GESTÃO DE BENEFÍCIOS 1 Caro estudante, Queremos lhe dar as boas-vindas e cumprimentá-lo pela oportunidade de participar dessa modalidade de ensino- aprendizagem presente no currículo do curso que escolhestes estudar. Você está participando de um momento importante na instituição e no nosso país, pois a Educação a Distância – EAD está se expandindo cada vez mais, por ser uma modalidade que busca atender as novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial. As características fundamentais da sociedade contemporânea que têm impacto sobre a educação são, pois, maior complexidade das relações sócio-produtivas, uso mais intenso de tecnologia, redimensionamento da compreensão das relações de espaço e tempo, trabalho mais responsabilizado, com maior mobilidade, exigindo um trabalhador multicompetente, multiqualificado, capaz de gerir situações de grupo, de se adaptar a situações novas e sempre pronto a aprender. Em suma, queremos que a partir do conhecimento das novas tecnologias de interação e do estudo independente, você, caro estudante, torne-se um profissional autônomo em termos de aprendizado e capaz de construir e reconstruir conhecimentos, afinal esse é o trabalhador que o mercado atualmente exige. Dessa forma, participe de todas as atividades e aproveite ao máximo esse novo tipo de relação com os seus colegas, tutores e professores, e nos ajude a construir uma FATE e uma sociedade cada vez melhor. 2 GESTÃO DE BENEFÍCIOS: POLITICAS E SUA IMPORTÂNCIA. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: Entender a sua importância para colaboradores e as empresas. Proporcionar ao aluno condições de entendimento da real função da gestão de benefícios, sua importância, suas dificuldades e conhecer os tipos de benefícios existentes na atual conjuntura. Estimular o entendimento sobre benefícios, e preparar os discentes para coloca-los em prática dentro das organizações. INTRODUÇÃO Ao decorrer desta unidade tentaremos primeiramente identificar lembrando, que esse conteúdo servirá de embasamento para as demais unidades. Assim, antes de conhecermos os diferentes tipos de benefícios existentes, se faz necessário conhecermos um pouco mais sobre a gestão de benefícios, bem como entender sobre a valorização do ser humano dentro das organizações, pois esta é uma forma de melhoria das condições de trabalho que está advindo como uma resposta à necessidades de mudanças de práticas. Diante de tais mudanças ocorridas ao longo do tempo, a atividade de Recursos Humanos ocupou a posição estratégica dentro da organização, ou seja, está agregando valor aos negócios. O único problema do mau aproveitamento deste recurso ocorre principalmente em empresas de pequeno porte, que na maioria das vezes são conduzidas por administrações familiares que se negam a fazer alterações em sua cultura a menos que a lei obrigue. Além deste agravante algumas também não possuem setor de Recursos Humanos e nem um profissional especializado em Gestão de Pessoas. A 3 empresa que se adaptar aos novos modelos de gestão pode, além do cumprimento da lei, garantir melhores resultados de seus colaboradores. Além disto, pode-se cobrar dos funcionários uma pequena taxa que diminui os custos e fazem com que os funcionários vejam os benefícios como eles realmente são e não como uma obrigação da empresa. Assim, as organizações podem reter os bons funcionários e reduzir o índice de turnover, e melhor avaliar os propósitos, custos e valores que são apresentados na elaboração de projetos. 1. BENEFÍCIOS. Os benefícios atingem dois objetivos: o da organização e o das pessoas. Os objetivos das organizações São estar competitivas no mercado de trabalho, melhorar a qualidade de vida dos empregados, melhorar o clima organizacional, reduzir a rotatividade de pessoal e o absenteísmo, facilitar a atração e manutenção dos recursos humanos e aumentar produtividade em geral. Os objetivos para as pessoas: Os benefícios atingem principalmente o atendimento de suas necessidades intrínsecas e extrínsecas. Necessidades intrínsecas são as endógenas, que nascem e florescem no interior do indivíduo e são, em geral, de caráter psicológico. Por exemplo: - Necessidades sociais, de relacionamento, de status etc., e podem ser supridas pela organização graças às políticas sociais,valores culturais, práticas gerenciais e outras formas que privilegiem o atendimento desse tipo de necessidade de acordo com a tipicidade do ambiente no momento vivido pela empresa e a intensidade das necessidades sentidas. - Necessidades extrínsecas são as exógenas, que têm origem no mundo externo do indivíduo e que lhe fornecem, em geral, a satisfação de fatores físicos. Por exemplo: - Incentivos financeiros, serviços, seguros etc. Essas necessidades são satisfeitas pelas empresas por meio de “pacotes” (conjunto de benefícios), que, somados ao salário percebido pelo empregado, formam concretamente a sua remuneração. Os benefícios dão um grande suporte para que as pessoas 4 consigam satisfazer também segundo Chiavenato (2002) “os fatores insatisfacientes (ambientais ou higiênicos), bem como fatores satisfacientes (motivacionais ou intrínsecos) descritos por Goleman”. Para o Ministério do Trabalho Benefício para o Trabalhador significa: Melhoria de suas condições nutricionais e de qualidade de vida; Aumento de sua capacidade física; Aumento de resistência à fadiga; Aumento de resistência a doenças; Redução de riscos de acidentes de trabalho. Para Empresas: Aumento de produtividade; Maior integração entre trabalhador e empresa; Redução do absenteísmo (atrasos e faltas); Redução da rotatividade; Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida; Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto de renda devido). Para o Governo Redução de despesas e investimentos na área da saúde; Crescimento da atividade econômica; Bem-estar social. Segundo Chiavenato (1999) “Benefícios são certas regalias e vantagens concedidas pela organização, a título de pagamento adicional dos salários à totalidade ou à parte de seus funcionários”. 5 De acordo com Marras (2003) denominan-se “Benefícios o conjunto e programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao sistema de salários. O somatório compõe a remuneração do empregado” Os Benefícios surgiram com a preocupação de reter o pessoal e reduzir a rotatividade, principalmente onde as condições eram adversas. Hoje, eles são discutidos por diversos aspectos quanto aos seus propósitos. Existe uma dificuldade muito grande em classificar os benefícios sociais e segundo Chiavenato apresenta três: a. Quanto à sua exigibilidade legal: - Legais – Legislação trabalhistas ou previdenciária e convenção coletiva entre sindicatos. Ex: férias, 13° salário, salário-familia. - Espontâneos – Não são exigidos por lei. Ex: refeições, empréstimos. b. Quanto à sua natureza: - Monetários – Concedidos em dinheiro, geralmente na folha de pagamento e que germa encargos sociais. Ex: férias, 13° salário.. - Não Monetários: Serviços, vantagens ou facilidades. Ex: transporte, refeitório, clube... c. Quanto aos seus objetivos: - Assistenciais – Prover aos funiconários e suas famílias de certas condições em caso de emprevistos ou emergências. Ex: Assistência médica,odontológicas,financeiras,creches...6 - Recreativos – Proporcionam condições físicas e psicológicas de repouso,diversão,recreação,higiene mental ou lazer. Ex: clube, música ambiente, passeios 1.1 Tipos de Benefícios Os benefícios oferecidos pelas empresas podem ser subdivididos, segundo Marras (2003, p.139) em: • Benefícios Compulsórios - são aqueles que a empresa concede ais seus empregados em atendimento às exigências da lei ou de normas legais como acordos ou convenções coletivas de trabalho, como: complemento auxilio – doença, 13° Salário, Salário-Família, Salário-Maternidade, Férias remuneradas, Repouso Semanal Remunerado, Auxílio-Doença, FGTS, Adicional de 50% para Horas-Extras, Abono de 1/3 sobre as férias, Adicional Periculosidade etc. • Benefícios Espontâneos - são aqueles que a empresa oferece aos seus empregados por vontade própria, onde geralmente o objetivo é atender às necessidades dos empregados ou de tornar o perfil da remuneração atraente e competitiva no mercado de trabalho, tanto para atrair novos recursos humanos quanto para manter os atuais. Conforme quadro 1 a seguir , Marras (2003), demonstram os seguintes benefícios espontâneos mais encontrados no mercado: 7 Quadro 1 Benéficios Espontâneos. TIPO DE BENEFÍCIO % INCIDÊNCIA NA AMOSTRA Restaurante 100 Seguro de Vida 100 Assitência Médica 100 Festa para empregados 75 Transportes 70 Cesta Básica 60 Seguro de Acidentes Pessoas 60 Veículo Designado 58 Clube dos empregados 58 Pagamento de Quilometragem 55 Assistência Odontológica 50 Fonte : Marras, 2003. Para Chiavenato (1999), existem objetivos nos planos de benefícios, classificados em: • Individuais: “Benefícios procuram atender às necessidades individuais das pessoas proporcionando vida pessoal e familiar, e de trabalho mais tranqüila e produtiva” (Chiavenato, 1999, p.275). • Econômicos: Elemento de atração e retenção de pessoal que reduzem a fadiga física e psicológica, melhora a qualidades de vida. • Sociais: Procuram preencher deficiências, lacunas ou carências da previdência social, da educação, e outros serviços prestados pelo governo. 8 Neste contexto surge a necessidade das empresas elaborarem um desenho do pacote de benefícios, o que de forma geral, cada uma elabora o seu. Algumas elaboram o desenho de forma que atenda todos os funcionários igualmente, sem diferenciações. Outras preferem classificar os funcionários por níveis e oferecer planos de acordo com caráter elitista. Então a empresa estabelece objetivos e estratégias de benefícios que podem ser de pacificação no caso de atender o desejo dos funcionários, de comparativa de benefícios quando proporcionam programas similares aos programas existentes no mercado ou de 20 benefícios mínimos quando são atendidos apenas os exigidos por lei e espontâneos de menor custo. Depois disto ela envolve todos os participantes e sindicatos, comunicam os benefícios para todos compreenderem o plano utilizando os meios de comunicação para fazê-lo (boletins, relatórios. etc) e por fim monitoram os custos onde começam a acompanhar o processo e avaliar o desempenho e os custos. “A tendência aponta para uma evolução no sentido da satisfação das necessidades sociais, de auto-estima e de auto-realização. Para tanto as organizações precisam preparar-se para atender a essa futura demanda” (CHIAVENATO, 1999, p. 276). Os benefícios levam em conta dois critérios importantes. O primeiro é o princípio do retorno do investimento que “significa que todo benefício deve trazer alguma contribuição à organização, no sentido de compensa-lo ou reduzi-lo, trazendo algum retorno” (Chiavenato,1999, p.276). Os exemplos que ele cita são: aumento da produtividade, elevação da moral, melhoria da qualidade e retenção de talentos. O segundo é o princípio da mútua responsabilidade onde o custo dos benefícios deve ser compartilhado entre a organização e os funcionários beneficiados. “A mútua responsabilidade é característica das pessoas que colaboram entre si para promover um propósito de interesse comum” (Chiavenato, 1999,p.276). Alguns pacotes são pagos totalmente pela empresa (pagamento das horas não trabalhadas), e outros são 9 rateados (refeições e transporte) e outros, ainda, pagos pelos funcionários ( seguro de vida em grupo ou convênio com farmácias e supermercados). Muitas vezes os funcionários não reconhecem os custos dos benefícios, mas eles ocupam lugar de destaque no orçamento de despesas da organização. Em alguns casos existe uma pequena compensação dos custos, pois proporcionam deduções de impostos. “ Muitas empresas estão comunicando os custos dos benefícios para seus funcionários como forma de conscientiza-los da sua importância e do volume de dinheiro aplicado. Outras organizações criam equipesde trabalho para avaliar o desempenho do benefícios, controlar seus custos e melhorar continuamente sua qualidade e adequação”(CHIAVENATO, 1999, p.279). 1.3 Planos de Benefícios. Os planos de benefícios concedidos pelas organizações brasileiras podem ser classificados de conformidade com os grupos hierárquicos da estrutura organizacional. Ou seja, é comum verificar que cada nível da pirâmide organizacional (estratégico, tático e operacional) há um tipo de plano de benefícios diferenciado. Algumas empresas começam a implantar planos de benefícios flexíveis em que o empregado pode optar, dentro de critérios determinados pela empresa, por quais benefícios quer receber e em que valores-teto. Assim, alguns colaboradores por vezes, quando são admitidos possuem outro Plano de Assistência Médica (privado) e fazem a opção de não querer o Plano oferecido para a empresa. Para esses colaboradores, eles poderiam requerer a parte de contribuição da empresa no Plano ofertado, por exemplo, para melhorar a cesta de alimentação. Sempre que a empresa implanta uma 10 política de benefícios devem se preocupar com a natureza jurídica desse fornecimento. A legislação trabalhista considera salário utilidade ás vantagens fornecidas ao empregado e que configurem uma economia de seus gastos quando tais vantagens não são fornecidas como ferramentas ou instrumentos de seu trabalho. Há ainda que se analisar e evitar a configuração de prejuízo ao empregado dos benefícios atuais. Tendência atual – salário utilidade Acompanhando uma tendência que se iniciou na jurisprudência, a legislação trabalhista foi alterada com uma nova redação do artigo 458 da CLT, excluindo do rol de vantagens que possam configurar salário utilidade alguns benefícios: a. Vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; b. Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os c. Valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; d. Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; e. Assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante segurosaúde; f. Seguros de vida e de acidentes pessoais; g. Previdência privada; 11 Assim, qualquer que seja a forma de fornecimento desses benefícios, havendo ou não co - participação do empregado, desde que efetuada a opção escrita pela participação nos benefícios e autorizados expressamente por eles os descontosem folha, os benefícios acima não configuram salário utilidade (art 458, § 2º CLT). Há, no entanto, outros benefícios que são considerados como salário utilidade pelo mesmo artigo 458 da CLT em seu caput: “(...) compreendem-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado”. A alimentação, no entanto, para as empresas inseridas no PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador não têm natureza salarial, conforme artigo 6o. Do Dec nº 05, de 14 de janeiro de 1991. Assim, desde que a empresa esteja inserida no PAT ao fornecer alimentação (seja valerefeição, seja cesta básica, seja alimentação em refeitório), e forneça como demais benefícios os previstos no parágrafo 2o. Do artigo 458 da CLT, os riscos de configuração de salário utilidade são muito remotos. Existem também alguns benefícios que poderíamos chamar de “especiais”, o executivo pode ter direito a receber pacote idêntico ao oferecido ao pessoal gerencial (grupo tático, do meio da pirâmide), que poderia estar composto entre outros, dos seguinte itens: Plano especial de assistência médica; Seguro de acidentes pessoais; Refeitório e menus especiais; Estacionamento reservados; Horários flexíveis. Ao pessoal operacional, as empresas oferecem um plano “básico” de benefícios: Refeitório ou ticket-refeição subsidiados; Plano Standard de assistência médica; 12 Seguro de vida em grupo; Transporte subsidiado; Cesta básica. 1.4 Vantagens para as organizações com planos de benefícios As vantagens podem ser diretas ou indiretas conforme abaixo: Maior capacidade de atração de bons profissionais; Maior capacidade de manutenção de bons profissionais; Maior competitividade; Maior comprometimento dos funcionários; Maior controle sobre os funcionários; Maior produtividade e mão de obra mais saudável; Menor absenteísmo; Menor pressão sobre os salários; Menor rotatividade de pessoal; Melhor clima organizacional; Melhor imagem perante a comunidade; Melhor índice de qualidade; Redução de solicitações de adiantamentos. 13 1.5 Benefícios Sociais nas empresas O salário pago em relação ao cargo ocupado constitui somente uma parcela do pacote de compensações que as organizações costumam oferecer aos seus empregados. A remuneração geralmente é feita de muitas outras formas além do pagamento em salário: uma considerável parte da remuneração total é constituída de benefícios sociais e de serviços sociais. Um dos custos de maior relevância e a importância para as organizações e é representado pela remuneração - direta ou indireta - dos seus empregados, em todos os níveis hierárquicos. A remuneração direta - isto é, o salário - dentro dessa abordagem, é proporcional ao cargo ocupado, enquanto a remuneração indireta - isto é, os serviços e benefícios sociais – são geralmente comuns para todos os empregados, independentemente do cargo ocupado. PARA ORGANIZAÇÃO PARA O EMPREGADO Eleva a moral do empregado Oferece conveniências não avaliáveis em dinheiro Reduz a rotatividade e o absentismo Oferece assistência disponível na solução de problemas pessoais Eleva a lealdade do empregado face á empresa Aumenta a satisfação no trabalho Aumenta o bem estar do empregado Contribui para o desenvolivimento pessoal e bem estar individual Facilita o recrutamento e a retenção do pessoal Oferece meios de melhor relacionamento social entre os empregados 14 Aumenta a produtividade e diminui o custo unitário de trabalho Reduz sentimentos de insegurança Demonstra as diretrizes e os propósitos da empresa para com os empregados Oferece oportunidades adicionais de assegurar status social Reduz Isturbios e queixas Oferece compensação extra Promove relações públicas com a comunidade Melhora relações com a empresa Fonte : Centro Paula Souza (2010). Conforme Chiavenato (1999, p.276) os principais princípios para a concessão de benefícios são: • Princípio do retorno do investimento: Não se deve empreender voluntariamente nenhum benefício ao empregado, a menos que haja, como retorno para a organização, um rendimento em termos de produtividade e moral por parte dos empregados. • Princípio da mútua responsabilidade: Os custos dos benefícios devem sercompartilhados entre as organizações e os empregados beneficiados ou, pelo menos, a concessão de um benefício deve repousar na solidariedade das partes envolvidas. A concessão de benefícios deve: Satisfazer a alguma necessidade real; Confinar-se a atividades em que o grupo é mais eficiente que o indivíduo; Estender-se sobre a mais ampla base possível de pessoas; Evitar conotações de paternalismo benevolente; Repousar em financiamento sólido e garantido. 15 Principais quesitos a serem considerados: Ser vantajoso, a longo tempo, para empresa e empregado; Ser aplicável em base econômico – financeiras defensáveis; Ser planejado e custeado entre a empresa e empregados, no que se refere o tempo,dinheiro, tarefas e especialmente à administração dos serviços. 2. REMUNERAÇÕES. 2.1. Remuneração Variável Funcionários motivados são sinônimos de maior produtividade, novas ideias e, portanto, mais crescimento e lucro para a empresa. Altos salários e benefícios, porém, não bastam para manter a motivação dos profissionais. Para estimular a paixão pelo trabalho, os departamentos de Recursos Humanos das grandes empresas estimulam desafios, projetam planos de carreira, investem em comunicação interna e capacitam gestores. Existem quatro tipos de remuneração variável que estão sendo muito utilizadas atualmente, estas formas estão presentes em diversos artigos sobre remuneração. Estas formas de remuneração são: “Stock options” (programa de compra de ações); “EVA” (valor econômico agregado); “PLR” (programa de participação nos lucros ou resultados) e benefícios flexíveis, serão mais bem analisados a seguir. 2.2. STOCK OPTIONS São programas de incentivo de longo prazo, aponta Hansen (2003), que permitem aos funcionários comprar ações da companhia onde trabalham por um preço abaixo do mercado Se dentro de alguns anos tudo der certo, a empresa crescer e ganhar valor, esse pacote de ações poderá transformar-se 16 na tão sonhada independência financeira. Os programas de stock options estão longe de ser uma novidade no Brasil. Eles chegaram aqui na década de 70, na carona dos programas de remuneração adotados pelas multinacionais norte- americanas. No início, foi um privilégio oferecido apenas a poucos executivos do primeiríssimo escalão das empresas. Agora esses programas estão se popularizando cada vez mais. As stock options são, acima de tudo, aponta Tomlinson (2001), uma arma poderosa das organizações para reter profissionais fundamentais para os seus negócios. Geralmente há uma carência mínima para o funcionário poder exercer o seu direito de compra e venda das ações. Esse período é chamado de "vesting", ciclos que normalmente vão de três a cinco anos. Se por algum motivo o executivo deixar a empresa nesse período, ele perde o direito às ações. Não é atoa que no universo corporativo as stock options ganharam o sugestivo nome de algemas de ouro. Há uma infinidadede variações de planos de stock options no mercado, que são adotados pelas empresas de acordo com o seu perfil e o dos funcionários e de acordo com o setor em que atuam. Isso faz com que não haja unanimidade nem mesmo entre as consultorias na hora de definir cada modelo. De uma forma geral, no entanto, os planos podem ser divididos em quatro modelos básicos: a. Stock options A empresa concede ao funcionário o direito às ações com preço definido e prazo determinado de carência (vesting) para a compra. b. Restricted stocks Nesse caso, normalmente não há compra de ações por parte do funcionário. A empresa dá um pacote de ações, mas estabelece algumas restrições ao uso. A mais comum é a permanência do profissional por um 17 determinado número de anos na organização. Algumas companhias estabelecem também uma valorização mínima acumulada no preço da ação. Se a pessoa deixar a empresa ou se as ações não alcançarem a valorização prevista, adeus bolada. Como se trata de uma doação, as ações pertencem de fato ao funcionário. c. Phantom stocks As empresas que adotam esse plano normalmente são as de capital fechado ou aberto que não querem diluir o seu capital. Nesse modelo, o funcionário não tem direito à posse das ações. A companhia define a cota à qual ele tem direito, mas não a entrega. Depois do período de vesting, ela paga ao profissional o equivalente à sua valorização. Esse modelo também é conhecido como SAR, sigla em inglês para Direito sobre Valorização de Ações. d. Planos de desempenho São aqueles cuja premiação é vinculada a um indicador de desempenho financeiro ou econômico da empresa. Esses programas podem utilizar ações ou ser baseados em unidades de valor da empresa criadas especificamente para esse fim. O objetivo dos pacotes oferecidos a toda a equipe, ao contrário dos assinados pelos altos executivos, é motivar os funcionários a buscar o melhor resultado e dividir com eles parte do sucesso da empresa. 2.3. EVA - ECONOMIC VALUE ADDED (valor econômico agregado) A idea de beneficio residual apareceu na literatura da teoria contábil nas primeiras décadas deste século, se definia como a diferença entre a utilidade operacional e o custo de capital. Uma noção do EVA foi primeiramente mencionada por Alfred Marshall (1980) em sua obra “Capital, the principles of economics”, o valor econômico agregado (EVA) está sendo considerado o principal direcionamento do mercado globalizado, o EVA revela se os gestores estão sendo eficazes. A companhia americana Stern Stewart & Co. 18 Desenvolveu uma metodologia sobre este tema e patenteou este produto denominado de EVA como uma marca registrada, mas é um conceito geral baseado na teoria financeira e econômica de muitos anos. O EVA é também chamado de EP (economic profit) lucro econômico ou utilidade econômica, terminação usada por outra firma consultora, MC Kinsey & Co. , outros termos são utilizados por outras consultoras, ainda que não tendo as mesmas características do EVA originalmente patenteadas pela Stern Stewart & Co. Pela metodologia do EVA, supõe-se que o sucesso da organização esta relacionado diretamente com a geração de valor econômico, que se calcula subtraindo-se os resultados operacionais dos custos financeiros e dos ativos utilizados na geração desta receita. É a diferença entre a rentabilidade dos ativos da organização e o custo do financiamento ou do capital requerido para gerar o resultado. O EVA é uma medida de atuação, é parte de uma cultura de gerencia de valor, que é uma forma utilizada para que todos que tomam decisões em uma organização se coloquem em posição que permitam delinear estratégias e objetivos encaminhados fundamentalmente à criação de valor. Por tanto, esta medida leva em consideração a produtividade de todos os fatores utilizados para desenvolver a atividade empresarial. Pelo EVA, o custo do capital é considerado a cada passo. Um exemplo: o sistema de metas que a maioria das empresas usa pode fazer com que o funcionário, faltando pouco tempo para fechá-las e ganhar o bônus, acerte um negócio significativo, mas com prazo de pagamento muito longo. A meta está cumprida, mas a vantagem está com a varejista, que foi financiado. A decisão que focaliza a geração de valor levaria o executivo a refletir sobre o que seria mais vantajoso. Ou seja, valor econômico agregado se fundamenta em que os recursos empregados por uma empresa devam produzir uma rentabilidade superior a seu custo, pois não sendo assim, será melhor para a organização investir seu capital em outra atividade, conforme destacado por Ittner e Lacker (1998) e Shinder e Macdowell (1999). 19 Conclusão : As mudanças e transformações que vem ocorrendo nas organizações nos últimos tempos estão exigindo destas uma grande reflexão a respeito da motivação dos benefícios e das estratégias de remuneração de seus funcionários. Os programas de remuneração variável, conforme apresentado nesta unidade proporcionam entre outras atitudes, uma relação de comprometimento entre os empregados e a organização, resultando em mais renda para o empregado e maior produtividade para as empresas. De acordo com o objetivo deste modulo tentamos em esclarecer as formas de remuneração variável mais comumente encontradas nas organizações, foram apresentadas as quatro formas de remuneração variáveis mais utilizadas no momento. Concluído esta unidade iremos iniciar a próxima unidade da disciplina de benefícios.com enfoque ao programa de participação nos lucros ou resultados. Referencias: CHIAVENATO, Idalberto: Introdução a Teoria Geral da Administração. 6ª Edição. São Paulo: Campus, 1999.______: Introdução a Teoria Geral da Administração. 6ª Edição. São Paulo: Campus, 2002. CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, art 458, § 2: Disponível em <http://artclt.wordpress.com/2008/06/13/artigo-458/> acesso em 12 de fevereiro fevereiro de 2014. HANSEN, Don R: Gestão de Custos Contabilidade e Controle. 2ª Edição, Thomsom Pioneira, 2003. MARRASM Jean Pierre: Administração de Recursos Humanos. 11ª Edição, Atlas, 2003. TOMLINSON, Asha, Stock options: last year´s darling, this year headache, anadian HR. 20 21
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