Prévia do material em texto
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Equações Diferenciais - Exercícios Programados 09 Soluções Exercício 1 Ache o wronskiano do par de funções mencionado. a) e2t, e−3t/2 b) etsent, et cos t c) cos2 θ, 1 + cos 2θ. Solução: a) Temos y1(t) = e2t ⇒ y′1(t) = 2e2t y2(t) = e−3t/2 ⇒ y′2(t) = − 3 2 e−3t/2. Daí, ∣∣∣∣ e2t e−3t/22e2t − 32e−2t/2 ∣∣∣∣ = −32e2te−3t/2 − 2e2te−3t/2 = −3 2 et/2 − 2et/2 = −7 2 et/2. b) Tem-se y1(t) = etsent⇒ y′1(t) = etsent+ et cos t y2(t) = et cos t⇒ y′2(t) = et cos t− etsent. Daí,∣∣∣∣ etsent et cos tetsent+ et cos t et cos t− etsent ∣∣∣∣ = e2t (sent cos t− sen2t− sent cos t− − cos2 t) = −e2t. c) Temos y1(t) = cos2 θ ⇒ y′1(t) = 2 cos θ (−senθ) = −2sen2θ y2(t) = 1 + cos 2θ ⇒ y′2(t) = −2sen2θ. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2008/2 Daí, ∣∣∣∣ cos2 θ 1 + cos 2θ sen2θ −2sen2θ ∣∣∣∣ = −2sen2θ cos2 θ + sen2θ(1 + cos 2θ) = −2sen2θ ( 1 + cos 2θ 2 ) + sen2θ(1 + cos 2θ) = −sen2θ(1 + cos 2θ) + sen2θ(1 + cos 2θ) = 0. Exercício 2 Verificar que as funções y1 e y2 são soluções da equação diferen- cial dada. Estas funções constituem um conjunto fundamental de soluções? a) y′′ + 4y = 0; y1(t) = cos 2t, y2(t) = sen2t b) y′′ − 2y′ + y = 0; y1(t) = et, y2(t) = tet c) x2y′′ − x(x+ 2)y′ + (x+ 2)y = 0, x > 0; y1(x) = x, y2(x) = xex Solução: a) Tem-se y′′1 + 4y1 = (cos 2t) ′′ + 4(cos 2t) = −4 cos 2t+ 4 cos 2t = 0, y′′2 + 4y2 = (sen2t) ′′ + 4sen2t = −4sen2t+ 4sen2t = 0. Portanto, y1 e y2 são soluções da equação diferencial. Como y1(0) = 1 e y′1(0) = 0, y2(0) = 0 e y′2(0) = 1; as funções y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções. b) Tem-se y′′1 − 2y′1 + y1 = (et)′′ − 2(et)′ + et = et − 2et + et = 0, y′′2 − 2y′2 + y2 = (tet)′′ − 2(tet)′ + tet = (et + tet)′ − 2(et + tet) + tet = (2et + tet)− 2et − tet = 0. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2008/2 Portanto, y1 e y2 são soluções da equação diferencial. Como∣∣∣∣ et tet1 et + tet ∣∣∣∣ = tet + t2et − tet = t2et 6= 0, as funções y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções. c) Tem-se x2y′′1 − x(x+ 2)y′1 + (x+ 2)y1 = x2(x)′′ − x(x+ 2) + (x+ 2)x = 0, x2y′′2 − x(x+ 2)y′2 + (x+ 2)y2 = x2(xex)′′ − x(x+ 2)(xex)′ + (x+ 2)(xex) = x2(ex + xex)′ − x(x+ 2)(ex + xex) + (x+ +2)(xex) = x2(2ex + xex)− x(x+ 2)(ex + xex) + (x+ +2)(xex) = x2ex(x+ 2)− x(x+ 2)ex − x2ex(x+ 2) + +(x+ 2)(xex) = 0. Portanto, y1 e y2 são soluções da equação diferencial. Como, pelo exercício anterior W (ex, xex) 6= 0, as funções y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções. Exercício 3 Determine se o par de funções é linearmente independente ou linearmente dependente. a) f(t) = t2 + 5t, g(t) = t2 − 5t b) f(t) = t, g(t) = t−1 c) f(t) = 3t, g(t) = |t| d) f(x) = x3 g(x) = |x|3. Solução: a) Vamos determinar o wronskiano do par f(t) = t2 + 5t e g(t) = t2 − 5t.∣∣∣∣ t2 + 5t tt2 − 5t2t+ 5 2t− 5 ∣∣∣∣ = (t2 + 5t)(2t− 5)− (t2 − 5t)(2t+ 5) = −10t2 + 20t. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2008/2 Como o wronskiano não é identicamente nulo, o par de funções é linearmente independente. b) Vamos determinar o wronskiano do par f(t) = t e g(t) = t−1.∣∣∣∣ t t−11 −t−2 ∣∣∣∣ = −t−1 − t−1 = −2t−1. Como o wronskiano não é identicamente nulo, o par de funções é linearmente independente. c) Para t > 0, g(t) = t e daí, f(t) − 3g(t) = 0. Assim, f e g são linear- mente dependentes para t > 0. Se t < 0, g(t) = −t e então f(t) + 3g(t) = 0; portanto, f e g são linearmente dependentes em t < 0. Porém, para qualquer intervalo I que contém a origem, não existe c tal que f+cg = 0, para todo t ∈ I. d) Para x > 0, g(x) = x3 e daí, f(x)− g(x) = 0. Assim, f e g são linearmente dependentes para x > 0. Se x < 0, g(x) = −x3 e então f(x) + g(x) = 0; portanto, f e g são linearmente dependentes em x < 0. Porém, para qualquer intervalo I que contém a origem, não existe c tal que f+cg = 0, para todo x ∈ I. Exercício 4 O wronskiano de duas funções é W (t) = t2sent. As funções são linearmente independentes ou linearmente dependentes? Por quê? Solução: Como o wronskiano W (t) = t2sent não é identicamente nulo, as funções são linearmente independentes. Exercício 5 Se as funções y1 e y2 forem linearmente independentes e solu- ções de y′′ + p(t)y′ + q(t)y = 0, provar que c1y1 e c2y2 são também soluções linearmente independentes, desde que nem c1, nem c2, sejam nulas. Solução: Como y1 e y2 são soluções linearmente independentes da equação y ′′ + p(t)y′ + q(t)y = 0, temos W (y1, y2) 6= 0. Vamos provar que c1y1 e c2y2 são soluções da equação y ′′ + p(t)y′ + q(t)y = 0: (c1y1) ′′ + p(t) (c1y1) ′ + q(t) (c1y1) = c1 (y1) ′′ + c1p(t) (y1) ′ + c1q(t) (y1) = c1 (y′′1 + p(t)y ′ 1 + q(t)y1) = 0; (c2y2) ′′ + p(t) (c2y2) ′ + q(t) (c2y2) = c2 (y2) ′′ + c2p(t) (y2) ′ + c2q(t) (y2) = c2 (y′′2 + p(t)y ′ 2 + q(t)y2) = 0. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2008/2 Portanto, c1y1 e c2y2 são, de fato, soluções da equação. Para provar que elas são linearmente independentes, tomaremos o wronskiano W (c1y1, c2y2). W (c1y1, c2y2) = ∣∣∣∣ c1y1 c2y2c1y′1 c2y′2 ∣∣∣∣ = c1c2 ∣∣∣∣ y1 y2y′1 y′2 ∣∣∣∣ = c1c2W (y1, y2) 6= 0, pois c1 e c2 são ambas não nulas. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2008/2