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EMBOLIA PULMONAR 26/07/2018 1 2 3 CASO CLÍNICO Paciente, 42 anos de idade, natural e procedente de Maceió, com relato de dispnéia e dor torácica à esquerda de início súbito, com piora nas últimas 24 h. Informa que a dor não tem caráter ventilatório-dependente e não tem fator de piora ou melhora. Na revisão dos sistemas, relata dor pélvica e irregularidade menstrual há cerca de três meses. Refere que entre as menstruações apresenta saída de líquido semelhante a uma “salmora” e com odor fétido.Informa também dispareunia, anorexia e perda ponderal estimada de 6 Kg nesse período. Nega tabagismo; etilismo e demais drogas ilícitas. Dispnéica (2+/4+); SaO2= 88%, em ar ambiente; hipocorada leve (1+/4+); anic- térica e acianótica; hidratada e enchimento capilar normal. AC.: RCI, compatível com Fibrilação Atrial; P2 hiperfonética; sem sopro. FC= 104 bpm e PA= 120 X 70 mmHg AP.: MV um pouco reduzido em base Esquerda, com sibilos poucos bilaterais Abdome: Plano, flácido, doloroso à palpação profunda do hipogastro, sem si- nais de irritação peritoneal; ausência de visceromegalias. FID com tumefação visível e palpável (adenomegalias???) MMII.: Edema (2+/4+) em MIEsq até a raiz da coxa; dor a dorso-flexão do pé 4 Termos técnicos desconhecidos? 5 Alguma pergunta necessária à complementação da HDA? 6 Hipóteses Diagnósticas 7 Ocidente: incidência na população geral estimada em 5/10.000 pacientes, com mortalidade quatro vezes maior quando o tratamento não é instituído Pode surgir como condição primária ou como complicação em qualquer área da medicina 1/3 dos pacientes com tromboembolismo venoso cursam com TEP, com mortalidade de 30% 5 a 10% dos casos de óbito intra-hospitalar A presença de fatores de risco para o tromboembolismo venoso é a condição inicial para o estabelecimento de elevada suspeita clínica e realização de adequada profilaxia As situações em que prevaleçam um ou mais componentes da tríade de Virchow (1.Estase venosa, 2.Lesão endotelial e 3.Estado de hiper-coagulabilidade) favorecem o desenvolvimento de trombose. Rudolph Carl Virchow ( 1821 – 1902) TRÍADE DE VIRCHOW FATORES DE RISCO Estados de hipercoagulabilidade: Maliginidades, gravidez e puerpério, terapia com estrogênios, trauma, cirurgia de extremidades inferiores, quadril, abdomen e pelve; doenças inflamatórias intestinais, Síndrome Nefrótica, Sepse, Trombofilias. Injúria da parede vascular: Trauma ou cirurgia, venopunção, irritação química, doença valvar cardíaca ou troca valvar, ateroesclarose, cateteres IV. Estado de estase circulatória: Fibrilação atrial, disfunção de ventrículo esq, imobilização ou paralisia, insuficiência venosa, obstrução venosa por tumores, obesidade ou gravidez. Pacientes com Insuf. Cardíaca hospitalizados, sem profilaxia adequada, a TVP pode estar presente em mais de 70% dos casos A descompensação de pacientes com disfunção ventricular e DPOC pode estar relacionada a episódios de TEP, nem sempre fácil identificar Uso de estrogênios Aumenta a incidência de TEV O AVE deve ser considerado como fator predisponente ao TEV Na ausência de profilaxia adequada, a incidência de TVP no pós fratura de fêmur é cerca de 60% e nos submetidos a colocação de prótese de joelho de até 80% O TEV é uma complicação frequente dos pacientes com neoplasia Trousseau: CÂNCER e TROMBOSE (Relatos de 1888) Neoplasias de pâncreas, pulmão e trato GI Avaliar a possibilidade de neoplasia em pacientes com fenômeno Tromboembólico – Síndrome paraneoplásica? DESORDENS DA COAGULAÇÃO Deficiência de antitrombina; deficiência de proteina C e S; resistência à proteína C (Fator V de Leiden); desfibrinogenemia; anticorpo antifosfolipídio / anticardiolipina; mutação da protrombina; desordens do Plasminogênio. A investigação das trombofilias deve ser realizada em paciente jovens com diagnóstico de TEV QUADRO CLÍNICO Geralmente inespecífico, dificultando o diagnóstico Os sinais e sintomas dependem: 1. Localização e tamanho do êmbolo e 2.Condições cardiorespiratórias prévias. Apresentação: 03 (Três) Síndromes Clínicas: 1.Colapso Circulatório (embolia maciça); 2.Dispnéia não explicada (embolia submaciça); 3.Dor torácica (Infarto pulmonar) Nos pacientes estáveis clinicamente, a DISPNÉIA e a DOR TORÁCICA são os sintomas prevalentes DISPNÉIA 79% DOR TORÁCICA 65% DOR PLEURÍTICA 28% TOSSE 39% DOR NAS PERNAS 30% HEMOPTISE 13% PALPITAÇÕES 25% SIBILÂNCIA 10% DOR PRECORDIAL 5% SÍNCOPE 9% Sinal de HOLMANS Depois de lutar contra um câncer no esôfago, no ano de 2011, passar por uma cirurgia para a retirada do tumor e por exames que demonstraram a cura da doença, o ator e diretor Marcos Paulo não resistiu a uma EMBOLIA PULMONAR e morreu neste domingo (11), aos 61 anos. Marcos combinou dois fatores de risco – histórico de câncer e muitas horas em uma mesma posição, uma vez que viajou de Manaus, onde acompanhou o Amazonas Film Festival, para o Rio de Janeiro, na manhã de domingo. O chef de cozinha, ator e apresentador Rodolfo Bottino, de 52 anos, morreu por volta das 9:40 h deste domingo (11) em Salvador, vítima de embolia pulmonar. Rodolfo estava internado no Hospital da Bahia desde quinta-feira (8) para realização de uma cirurgia no fêmur. Faleceu na madrugada de hoje, 13 de junho, o bispo emérito de Guarulhos (SP), dom Luiz Gonzaga Bergonzini. Dom Bergonzini estava internado no hospital Stella Maris, em Guarulhos, desde o dia 21 de maio, onde apresentava um quadro de pneumonia, que evoluiu para embolia pulmonar. Mas uma joelhada 'boba' de um adversário adiou o sonho e gerou uma lesão no quadríceps da perna direita. O procedimento no quadríceps era relativamente simples e a previsão de volta era de até oito semanas. Mas, na cirurgia, realizada no início de janeiro, formou-se um coágulo na perna esquerda e no pulmão. Resultado: uma embolia pulmonar que ele descobriu de forma bem dolorida em uma noite em claro. Ao lado da noiva, capixaba Varejão se recupera de embolia pulmonar DIAGNÓSTICO O PENSADOR (Rodin – 1880) DIAGNÓSTICO Avaliação Clínica – Critério de Riscos Exames Complementares D-Dímero ECG Marcadores de Injúria miocárdica RX de Tórax Ecocardiograma Cintilografia Pulmonar V/P Doppler de MMII TC Helicoidal do Tórax RNM Angiografia(*) Não esquecer!!! Todos os pacientes com suspeita de embolia pulmonar devem ser avaliados com escores de probabilidade antes de solicitar exames complementares (D-dímeros, mapeamento V/Q, tomografia, ressonância, doppler, arteriografia). Recomendam-se os escores de Wells ou de Genebra modificado Arteriografia Pulmonar TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Homem de 44 anos, previamente hígido, procura assistência médica com dor torácica à direita há dois dias, associada à dispnéia e que piora à inspiração. Nega qualquer doença prévia, tabagismo, etilismo, cirurgia prévia ou uso de qualquer medicação. Passado de Trombose Venosa Profunda (MID) há 06 anos anos e IAM há 02 anos. Pressão arterial: 130 x 80 mmHg, pulso: 116 bpm, temperatura: 36,9ºC, freqüência respiratória: 24 ipm, saturação arterial de oxigênio: 89%; Ausculta cardíaca: normal; Ausculta pulmonar: redução do MV em base do pulmão direito; Extremidades: sem edema e com pulsos de boa amplitude Exames complementares: Gasometria arterial em ar ambiente: pH: 7,46; PaCO2: 35 mmHg; PaO2: 61 mmHg. SaO2= 92% RX de tórax e ECG: a seguir CASO CLÍNICO S1-Q3-T3 (S1: onda S na derivação I proeminente; Q3: onda Q na derivação III; T3: inversão de onda T em DIII). Sinal de Palla Sinal de Palla e Westermark TRATAMENTO HEPARINA Fracionada Não-Fracionada – enoxi heparina ANTICOAGULANTESORAIS Varfarina Sódica NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS Rivaroxabana Dabigatrana TROMBOLÍTICOS EMBOLECTOMIA A americana Serena Williams passa por um tratamento para superar uma embolia pulmonar. Segundo a revista "People", a atual campeã de Wimbledon passou por um tratamento de emergência para remover um coágulo de seu pulmão. A tenista americana de 29 anos está longe das quadras desde Wimbledon/2010 por causa de duas cirurgias no pé direito. EMBOLECTOMIA 40
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