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Excitação Rítmica do Coração Guyton, cap 10 1. Sistema eletrocardiogênico especializado 1- Geração de impulsos ritmados: contração 2- Condução rápida dos impulsos por todo o coração Contração atrial: 1/6 s antes da contração ventricular (tempo de enchimento do ventrículo) Diferentes porções do ventrículo se contraem ao mesmo tempo ↘Geração de pressão nas câmaras ventriculares 2. Sistema Excitatório e Condutor Especializado do Coração 2.1 Nodo Sinusal Marcapasso cardíaco: músculo cardíaco especializado, contém pouquíssimos filamentos musculares contráteis. Fibras conectadas diretamente com as fibras musculares atriais: PROPAGAÇÃO IMEDITA. Capacidade de autoexcitação → automatismo → descarga automática rítmica → RITMICIDADE Controle dos batimentos cardíacos: controla a frequência de batimentos de todo o coração. As fibras sinusais são mais permeáveis aos íons Na+ e Ca++, por isso sua membrana é menos eletronegativa que a do músculo cardíaco. Canais rápidos de sódio inativados: ação dos canais lentos de sódio e cálcio. Velocidade de condução atrial: 0,3 m/s Vias internodais: feixes fibrosos com muitas fibras especializadas em condução (condução mais rápida). Localização: parede posterolateral superior do AD, próximo a abertura da veia cava superior. 2.2 Vias Internodais Transmissão do impulso cardíaco pelos átrios até o nodo A-V; Banda interatrial anterior: diversas pequenas faixas de condução, cursa pela parede anterior dos átrios, do direito até o esquerdo. Vias internodais anterior, média e posterior: faixas teciduais pelas paredes que terminam no nodo A-V. 2.3 Nodo Atrioventricular Principais responsáveis pelo retardo na condução do impulso dos átrios para os ventrículos Localização: parede posterior do AD, atrás da válvula tricúspide. Feixe A-V: condução anterógrada. Frequência de disparo: 40 a 60 BPM. Retardo total: NODO SINUSAL/ SINOATRIAL Gera o impulso VIAS INTERNODAIS condução NODO ATRIOVENTRICULAR (A-V) retardo do impulso para os ventrículos FEIXE (A-V) Conduz o impulso dos átrios para os ventrículos FIBRAS DE PURKINJE Distribui impulsos para toda as partes dos ventrículos Vias internodais: 0,33 s Nodo A-V + feixe A-V: 0,13 s Total: 0,16 s 2.4 Sistema de Purkinje Transmissão rápida do nodo e feixe A-V para os ventrículos Características funcionais praticamente opostas à do nodo A-V: São muito calibrosas; Maiores que as fibras musculares do ventrículo; Velocidade de condução: 1,5 a 4 m/s; Transmissão quase instantânea para o restante do músculo ventricular. Transmissão é rápida devido à alta permeabilidade das junções comunicantes dos discos intercalados das fibras de Purkinje. Contém poucas miofibrilas. Condução unidirecional; Exceto pelo feixe A-V, os átrios e ventrículos são completamente isolados eletricamente pela barreira fibrosa, exceto em caso de anomalias. O feixe A-V se prolonga, pelo septo interventricular em direção ao ápice do coração, e se divide nos ramos direito e esquerdo, que cursam pelo endocárdio respectivamente de cada lado. As extremidades finais das fibras de Purkinje penetram cerca de 1/3 da espessura do miocárdio, ficando contínuas com as fibras musculares cardíacas. Quando o impulso atinge as fibras de Purkinje, ele se dispersa de modo quase imediato por toda a massa muscular dos ventrículos. Importante na sincronia da contração muscular ventricular. 2.5 Transmissão do Impulso Cardíaco pelo Músculo Ventricular Depois de atingir a extremidade final das fibras de Purkinje: O impulso é transmitido para toda a massa muscular ventricular pelas próprias fibras musculares; Velocidade de condução: 0,3 a 0,5 m/s Músculo cardíaco espiralado, com septos fibrosos entre as camadas espiraladas. Transmissão do impulso da superfície endocárdica até a superfície epicárdica: 0,03 s Tempo total de transmissão do impulso, desde o início dos ramos ventriculares até a última fibra miocárdica: 3. Controle da Excitação e da Condução no Coração Nodo Sinusal: Marca-passo cardíaco, controla a ritmicidade. O impulso geralmente se origina no nodo sinusal. Por que? As fibras do feixe A-V e do nodo A-V tem menos junções GAP: mais resistência para a passagem de íons excitatórios. 0,06 s d 3.1 Marca-passos Anormais Marca-passo Ectópico: Quando outra parte do coração desenvolve frequência de descargas rítmicas mais rápidas que o nodo sinusal; Ex: nodo A-V ou fibras de Purkinje, ou até mesmo um local do músculo cardíaco. Produz sequencias anormais de contração; Pode comprometer o bombeamento. Pode ser causado por um bloqueio da condução do impulso do nodo sinusal dos átrios para os ventrículos; - Átrios continuam a frequência normal - Novo marca-passo geralmente se desenvolve no sistema ventricular de Purkinje, alterando a frequência de contração do músculo ventricular - O sistema de Purkinje não inicia a condução da nova frequência imediatamente, havendo uma parada no bombeamento (desmaio). - Síndrome de Stokes-Adams: retomada tardia dos batimentos cardíacos (pode ser fatal). 4. Controle da Ritmicidade Cardíaca pelo Sistema nervoso Autônomo Nervos parassimpáticos (vagos): nodos S-A e A-V; não chega aos ventrículos. Nervos simpáticos: distribuem-se por todo o coração com forte representação no músculo ventricular. 4.1 Estimulação Parassimpática (Vagal) N. Vago Estímulo Acetilcolina ↓a frequência do nodo sinusal (lentifica a transmissão de impulsos ↑ Permeabilidade ao K+ (sai da célula e fica no LEC) Prolongamento da hiperpolarização: torna os tecidos muito menos exitáveis No nodo sinusal: reduz o potencial de repouso, ou seja, a subida inicial do potencial de membrana demora mais. ↘Estímulo vagal forte pode interromper completamente a autoexcitação do Nodo sinusal. Por que? A frequência de descargas intrínsecas do nodo sinusal é muito maior que a de qualquer outra parte do coração; Ele pode atingir seu limiar novamente muito antes que as outras fibras. Frequências de disparo: Nodo sinusal: 70 a 80x por minuto Nodo A-V: 40 a 60x por minuto Fibras de Purkinje: 15 a 40x por minuto D f d f f s No nodo A-V: a hiperpolarização torna mais difícil a excitação do nodo pelas fibras atriais. 4.2 Efeito da Estimulação Simpática Aumenta: Frequências de descarga no nodo sinusal; A velocidade de condução; A excitabilidade em todas as porções do coração; A força de contração de toda a musculatura cardíaca; Estimulação simpática: Norepinefrina Receptores beta adrenérgicos Aumento da permeabilidade das fibras a Na e Ca (aumento da permeabilidade ao cálcio aumenta a força de contração do miocárdio) Aumento do potencial de repouso Aumento do potencial de repouso durante a diástole Acelerando o processo de autoexcitação Nos nodos A-V e fibras de Purkinje: Torna mais fácil a excitação de porções sucessivas pelos potenciais de ação, reduzindo o tempo de condução entre átrios e ventrículos.