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aula 07 execução de obrigação de fazer e não fazer

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
E EXECUÇÃO DE FAZER E 
NÃO FAZER NO NOVO CPC/15
Profa. Fernanda Macedo
•Intercâmbio entre o mundo jurídicoe o mundo real;
•Processo – fase – atos;
•Meios executórios;
•“Agir” e“Coagir”;
•Relação com asobrigações;
•Tipos de execução;
Questões gerais sobre a 
execução civil
A existência de título executivo 
extrajudicial não impede a parte de 
optar pelo processo de conhecimento
• Art 785.
• O CPC/2015 superou a controvérsia que havia na
vigência do CPC/1973 sobre haver interesse processual
para demanda de conhecimento mesmo quando o credor
já dispõe de título extrajudicial. A lei não explicitou, mas
da leitura do art 815 do CPC, se extrai a possibilidade de
opção pela ação monitória: se o credor pode optar entre
execução e cognição mediante condenação, parece
coerente dizer que pode optar entre execução e monitória
– que tem igualmente natureza de atividade cognitiva.
Obrigações específicas, é permitido ao 
julgador, de ofício, iniciar a fase
executória ( cumprimento de sentença) 
• Art. 536. No cumprimento de sentença que
reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou
de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a
requerimento, para a efetivação da tutela específica
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático
equivalente, determinar as medidas necessárias à
satisfação do exequente
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE 
SENTENÇA
• a) A decisão judicial não á recorrida (não há recurso contra a
decisão) – há o trânsito em julgado e, a partir do desse momento, há
o cumprimento de sentença definitiva.
• b) Recurso com efeito suspensivo (ele impede que a decisão
impugnada gere seus efeitos, entre ele o da executabilidade). Nessa
circunstância não cabe cumprimento de sentença.
• c) Recurso sem efeito suspensivo. Se o recurso não tem efeito
suspensivo, esse título executivo é executável, cabendo o
cumprimento de sentença. Havendo recurso pendente de
julgamento, pode haver a reforma ou anulação do título executivo
judicial, razão pela qual o cumprimento de sentença será provisório.
• Logo, cumprimento provisório de sentença é a execução cabível na
pendência de recurso sem efeito suspensivo.
O cumprimento provisório da 
sentença nas obrigações 
específicas
É perfeitamente possível o cumprimento provisório da
sentença nas obrigações específicas quando o recurso
ofertado não for dotado de efeito suspensivo. Nesse
sentido é o disposto no art. 520, §5° do NCPC.
Formalização dos autos
• Os autos do recurso irão para o Tribunal; os autos do
cumprimento de sentença provisória permanecem
com o juiz de primeiro grau.
• A criação de novos autos (chamados de carta de
sentença) incumbe ao exequente, pois a
necessidade produz a atividade. O exequente deve
atender ao art. 522 do NCPC, sendo que,
necessariamente, há o requerimento inicial (forma de
dar inicio ao cumprimento de sentença). Na instrução
deste requerimento, o exequente deve juntar cópia
de peças dos autos principais (incisos do
art. 522 NCPC).
Alerta-se que o cumprimento provisório 
só pode ser iniciado com a provocação
• O art. 520, §1 é regra que também se aplica às
obrigações específicas. Isso porque o magistrado só
poderá começar o cumprimento de sentença nas
obrigações específicas quando existir decisão
transitada em julgado ou nas hipóteses de tutela
provisória; do contrário, o requerimento da parte é
imprescindível.
COMUNICADO CG Nº 438/2016
TJSP
Comunicado- 5/04/2016 (Protocolo CPA nº 2015/036348 - SPI)
A Corregedoria Geral da Justiça COMUNICA aos Magistrados, Membros do Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradorias, 
Advogados, Dirigentes de Unidades Judiciais e dos Setores de Protocolo e Servidores em Geral, em atenção ao contido no Provimento 
CG nº 16/2016, que:
(....) 
1.2 – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: No portal E-SAJ escolher a opção “Petição Intermediária de 1º Grau”, categoria “Execução de 
Sentença” e selecionar a classe, conforme o caso: “156 – Cumprimento de Sentença” ou “157 – Cumprimento Provisório de Sentença” ou 
“12078 – Cumprimento de Sentença Contra a Fazenda Pública”.
1.3 - A Unidade Judicial, ao realizar o cadastro da petição, deverá optar pela tramitação do incidente em apartado, que receberá
numeração própria.
2) No cumprimento de sentença deverão ser anexados os documentos mencionados no Provimento CG Nº 16/2016, na seguinte ordem: 
petição, sentença, acórdão, certidão do trânsito em julgado (se o caso) e documentos pertinentes ao pedido do início da fase executiva;
3) Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias do requerimento de cumprimento de sentença definitivo, a serventia providenciará o arquivamento 
provisório dos autos físicos, no arquivo geral, com lançamento da movimentação “61612 – Arquivado Provisoriamente – Cumprimento de 
Sentença Digital”;
4) Finda a fase do “cumprimento de sentença (digital)”, com a satisfação do débito e após o trânsito em julgado da sentença, a Unidade 
Judicial deverá lançar a certidão de trânsito em julgado (Categoria 13, Modelo 701 - Certidão - Trânsito em Julgado com Baixa - Processo 
Digital). O sistema se encarregará de baixar o processo, lançando a movimentação “60690 - Trânsito em Julgado às partes - com Baixa”.
5) Posteriormente, no processo principal (físico) e no cumprimento de sentença (digital), a Unidade Judicial deverá:
5.1- PROCESSO PRINCIPAL (FÍSICO): Lançar a movimentação de arquivamento, código “61615 – Arquivado Definitivamente”.
5.2- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (DIGITAL): Lançar a movimentação de arquivamento, código “61615 – Arquivado Definitivamente”. 
O sistema moverá o processo para a fila de “Arquivados”.
Demais orientações estão contidas no manual “Peticionamento Eletrônico Intermediário (Processos Físicos) 1º Grau”, que segue 
disponibilizado ao final.
Obrigação de fazer e não fazer 
• Na execução da obrigação de fazer e não fazer exige-se 
um comportamento do devedor.
• *dificuldade do legislador em buscar mecanismos que 
façam com que o direito do credor seja efetivamente 
satisfeito.
Art 816- Prazo para cumprimento 
da obrigação 
• O artigo 816 do CPC determina que a realização voluntária da obrigação
ocorra em prazo a ser fixado pelo juiz, se outro não houver no título
executivo.
• Toda execução tem por pressuposto – além do título – o inadimplemento (art.
786). Portanto, quando o credor vem a juízo para promover a execução, o
prazo previsto para adimplemento espontâneo já foi superado e não pode
mais servir de parâmetro – não ao menos de forma pura e simples – para o
juiz.
• Do contrário, o juiz estaria a simplesmente dobrar o prazo de que o devedor
dispunha para adimplemento da obrigação. Isso quer dizer que o prazo é
sempre aquele fixado pelo juiz – exceto se, por alguma improvável razão, as
partes tivessem, para além do prazo previsto para o adimplemento,
estabelecido um segundo prazo, para ser observado ao ensejo de ordem
judicial.
• O lapso fixado pelo juiz deve ser proporcional e, para tanto, há que
considerar o prazo – convencional ou legal – de que já dispusera o devedor
para adimplemento espontâneo da obrigação.
Obrigação de fazer fungível (pode ser 
satisfeita por outros sujeitos além do 
devedor)
• a) astreintes (art. 814, CPC);
• b) determinar a realização da obrigação por terceiro
(arts. 816 e 817, CPC);
• c) determinar a realização da obrigação pelo próprio
exequente ou sob a sua supervisão (art. 816, CPC).
Obrigação de fazer infungível (só 
pode ser satisfeita pelo próprio 
devedor, em razão de suas qualidades 
pessoais únicas)
a) astreintes e outras medidas de pressão psicológica.
Astreintes. 
• Multa por descumprimento de decisão judicial
(astreintes): o art. 537, §3º, CPC/15, trata da chamada
astreintes, prevendo a possibilidade de essa multa ser
passível de cumprimento provisório. Nessesentido, fica
superada a orientação do STJ exposta no REsp 1.347.726,
segundo a qual não seria admissível o cumprimento
provisório da multa diária, uma vez que ela seria baseada
em uma mera decisão interlocutória, sendo exigível
apenas quando confirmada por decisão definitiva ou o
respectivo recurso não for recebido no efeito suspensivo.
Astreintes. 
• Por outro lado, o referido dispositivo prevê também que o
valor da multa deverá ser depositado em juízo, podendo
ser levantado pelo exequente apenas após o trânsito em
julgado da decisão ou na pendência de agravo em
recursos especial ou extraordinário.
Modificação da multa fixada pelo 
juiz: 
• o art. 537, §1º, CPC/15, prevê expressamente a possibilidade de
o juiz modificar o valor ou da periodicidade da multa vincenda
(isto é, da multa que ainda não tenha incidido).
• Sobre as hipóteses nas quais a multa pode ser modificada, o
Novo Código prevê também que, além dos casos de insuficiência
ou excessividade do valor da multa, poderá haver a modificação
quando o obrigado demonstrou cumprimento parcial
superveniente da obrigação ou justa causa para o
descumprimento (art. 537, §1º, II).
LIMITES PARA O VALOR DA 
MULTA E FIXAÇÃO DE TETO
• O valor das astreintes não está limitado ao valor da obrigação
principal. Assim,é possível que a multa incida e que o seu
valor venha a ultrapassar o valor da obrigação principal. Por
sinal, o enunciado 96 da Primeira Jornada de Direito
Processual Civil prevê que “Os critérios referidos no caput do
art. 537 do CPC devem ser observados no momento da
fixação da multa, que não está limitada ao valor da obrigação
principal e não pode ter sua exigibilidade postergada para
depois do trânsito em julgado”.
• A rigor, o que está limitado ao valor da obrigação principal é a
cláusula penal. Isso, contudo, se dá em razão de vedação
legal, em particular em razão do disposto no art. 421 do
Código Civil, in verbis: “o valor da cominação imposta na
cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal”.
LIMITES PARA O VALOR DA MULTA E 
FIXAÇÃO DE TETO
• A jurisprudência tem admitido que o Julgador, ao fixar o
valor da multa, desde logo estabeleça um teto para o valor
total da incidência daquela. Assim, estabelece-se, por
exemplo, uma multa de cem reais por dia, limitada ao
valor total de dez mil reais. Sobre a matéria, o Superior
Tribunal de Justiça já decidiu que “cabe fixar um teto
máximo para a cobrança da multa, pois o total devido a
esse título não deve se distanciar do valor da obrigação
principal” (AgInt no AREsp 976.921/SC, Rel. Ministro Luis
Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 09-03-2017,
DJe 16/03/2017), sendo também assentado que “Ao
limitar o valor máximo do somatório das astreintes, o
magistrado intenta evitar o enriquecimento sem causa ou
um abuso em seu descumprimento” (AgRg no AREsp
587.760/DF, Rel. Ministro Moura Ribeiro, Terceira Turma,
julgado em 18-06-2015, DJe 30-06-2015)
Multa vencida pode ser reduzida?
• A 2° Turma do TJRS tem sido uníssona em afirmar a impossibilidade de redução de
multa vencida , colacionando, inclusive, lição de Marcelo Abelha para ratificar este
entendimento, qual seja:
• "É importante observar que a possibilidade de o magistrado, fundamentadamente,
modificar o valor e a periodicidade da multa, e até mesmo excluí-la nas hipóteses
descritas nos incisos do §1.º do art. 537, restringe-se apenas ao que não se referir ao
passado, ou seja, apenas a situações vincendas, posto que para o passado já está
acobertada pela preclusão, salvo se tiver sido objeto de impugnação recursal da parte.
A expressão "modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la" deixa
muito claro que não pode o juiz, sob pena de violar a segurança jurídica, mexer a seu
bel prazer com a multa, ora colocando, ora tirando, como se fosse um joguete nas suas
mãos. Apenas sobre as vincendas é que poderá revogar ou alterar o seu valor ou
periodicidade.“
• (Neste sentido: Recurso Cível n° TJ-RS – Recurso Cível 71006033591, Terceira Turma Recursal
Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em
19/05/2016; TJ-RS – Recurso Cível: 71006156038 RS, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado: 29/09/2016; TJ-RS – Recurso Cível
710059662634, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Luís Francisco Franco,
Julgado: 28/07/2016.)
•
STJ- algumas decisões sobre 
diminuição de astreintes
• AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA -
INSURGÊNCIA CONTRA O VALOR TOTAL DAS ASTREINTES -
REDUÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - COMPORTAMENTO DA DEVEDORA
QUE FOI A ÚNICA CAUSA PARA O MONTANTE ALCANÇADO -
ESCRITURA OUTORGADA MEDIANTE ORDEM JUDICIAL - JUROS
MORATÓRIOS - NÃO INCIDÊNCIA - FIXAÇÃO DO PERIODO DE
INCIDÊNCIA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. No caso,
verificou-se que não houve justificativa idônea para o não cumprimento
da ordem judicial, a não ser a renitência da empresa, razão pela qual
não é possível discutir o valor da multa após o descumprimento de
ordem por longo período. 2. Certo é que a confrontação entre o valor da
multa diária e o valor da obrigação principal não deve servir de
parâmetro para aferir a proporcionalidade razoabilidade da sanção. O
que se deve levar em consideração nessa situação é a ausência total de
disposição da parte devedora em cumprir a determinação judicial.(...)
• STJ - AREsp: 1246436 PR 2018/0023392-5, Relator: Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Data de Publicação: DJ 03/10/2018)
STJ- algumas decisões sobre 
diminuição de astreintes
• AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AUTOS DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO - ASTREINTES FIXADAS POR DESCUMPRIMENTO DE
DETERMINAÇÃO JUDICIAL - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU
SEGUIMENTO AO RECURSO. INSURGÊNCIA DA RÉ. 1. De acordo com a
orientação firmada nesta egrégia Corte Superior, o valor fixado a título de
astreintes encontra limitações na razoabilidade e proporcionalidade, sendo
possível ao juiz, nos termos do § 6º do art. 461 do CPC, "de ofício, modificar o
valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou
excessiva". Isso é possível mesmo na hipótese de execução das astreintes, pois tal
instituto, de natureza processual, tem como objetivo compelir o devedor
renitente ao cumprimento da obrigação e não aumentar o patrimônio do credor.
2. Tendo em vista que a finalidade da multa é constranger o devedor ao efetivo
cumprimento da obrigação de fazer, tal penalidade não pode vir a se tornar mais
atraente para o credor do que a própria satisfação do encargo principal, de modo
a proporcionar o seu enriquecimento sem causa. 3. O acórdão recorrido, ao
reduzir o valor da multa em execução das astreintes de R$ 160.525,38 para R$
10.000,00, agiu em consonância com o entendimento firmado nesta Corte
Superior. 4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp n. 1.371.369/RN.
Relator Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, Dje 26/2/2016) 4. Ante o exposto,
nego provimento ao agravo em recurso especial. Publique-se. Intimem-se.
Brasília (DF), 12 de setembro de 2018. MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO Relator
EXECUÇÃO DO VALOR DA MULTA
• A cobrança do valor total da multa deverá ser efetivada por meio do
procedimento executivo previsto no art. 523, do Código de Processo Civil,
ainda que a fixação das astreintes tenha sido realizada em provimento
liminar.
• Tal
• cumprimento poderá ser feito nos mesmos autos ou caderno processual
apartado, valendo mencionar que esta última possibilidade conta com a
vantagem de evitar eventual tumulto processual. Não se afigura correta a
instauração de processo executivo autônomo porque aquela multa é fixada
em decisão judicial, não configurando título executivo extrajudicial, mas sim
título judicial, conforme prevê o art. 515, inc. I, do CPC.
• Assim, caberá ao credor da multa requerer a intimação do devedor para
pagá-la,no prazo de quinze dias, sob pena de, não o fazendo, incidir multa
de dez por cento e honorários advocatícios no mesmo percentual (art. 523,
§1º, do CPC), podendo o executado opor-se à execução do título judicial por
meio de impugnação ao cumprimento de sentença (art. 525 do CPC).
TERMO A QUO PARA EXECUÇÃO DA 
MULTA
• Art. 537, §4º, tenha previsto que “A multa será devida
desde o dia em que se configurar o descumprimento
da decisão e incidirá enquanto não for cumprida a
decisão que a tiver cominado”, no §3º daquele
mesmo preceptivo estabeleceu que “A decisão que
fixa a multa é passível de cumprimento provisório,
devendo ser depositada em juízo, permitido o
levantamento do valor após o trânsito em julgado da
sentença favorável à parte”.
Destinação do valor da multa
• o art. 537, §2º, do CPC/15, dispõe que o valor da 
multa deverá ser destinado integralmente ao 
exequente.
Execução das obrigações de fazer
I) Petição Inicial
Requisitos do art. 319, CPC
Título executivo (sendo sua ausência motivo para que
o juiz determine a emenda da petição inicial em 15 dias
por se tratar de vício sanável).
Não é possível garantir o juízo.
II) Citação
Para cumprir a obrigação no prazo estabelecido pelo título
executivo, e na ausência de indicação de prazo no título, fixado
pelo juiz (art. 815, CPC).
Possibilidade de fixação de multa pelo atraso no cumprimento da
obrigação (art. 814)
*O juiz pode modificar o valor da multa prevista no título tanto para
maior como para menor, bem como a periodicidade.
Posturas do executado após a citação
a) embargar a execução- Prazo de 15 dias
*possibilidade de concessão de efeito suspensivo.
b) cumprir a obrigação no prazo fixado
Extinção da execução, salvo cobrança de honorários e custas
processuais.
c) permanecer inerte
III) Prosseguimento da execução
Opção pela execução à custa do executado ou a conversão
em perdas e danos (art. 816, CPC)
*Permite-se que o exequente insista na multa como meio
coercitivo psicológico.
*Natureza da obrigação – sendo infungível a única saída do
exequente será a conversão da execução de fazer em
execução por quantia certa.
Satisfação à custa do executado
*Também se resolverá futuramente em perdas e danos, já
que os valores despendidos com o terceiro serão cobrados
do executado pelo procedimento do cumprimento de
sentença por quantia certa.
Art. 817:
• Aprovação da proposta pelo juiz (oitiva das partes), o
exequente poderá cumprir a obrigação pessoalmente ou
por preposto, sob sua direção e vigilância, valendo-se do
direito de preferência (art. 820) – somente poderá executar
por quantia certa o valor que já tiver adiantado ao
executado, acrescido dos prejuízos decorrentes do
acréscimo de custo e perdas e danos.
*Depósito pelo exequente da quantia prevista (parágrafo
único).
*Art. 818
• oitiva das partes sobre a prestação realizada (10 dias)
• Não impugnação – obrigação satisfeita.
• Impugnação – decisão do juiz
Obrigação de não fazer
• Não existe mora na obrigação de não fazer,
considerando-se que, se o dever era de abstenção, a
prática do ato por si só importa na inexecução total da
obrigação.
• *Direito do credor: desfazer o fato ou ser indenizado
quando os efeitos forem irremediáveis.
• *Tutela jurisdicional reparatória
Natureza da obrigação
• *permanente (ou contínua)
• Permite o retorno ao estado anterior.
• Art. 822:
Determinação para desfazer o ato no prazo determinado pelo juiz
Havendo recusa – requerimento ao juiz para mandar desfazer o ato 
à custa do executado (devedor responderá por esse ato e também 
por perdas e danos). 
*instantânea
Impossível o retorno ao estado anterior.
Conversão em perdas e danos 
(art. 823, parágrafo único).
Perdas e danos: é possível fazer a conversão das obrigações
específicas em perdas e danos nas seguintes situações:
• a) por opção do credor, não só em relação às obrigações
contidas em título judicial, mas também no que se refere
às obrigações fixadas em título extrajudicial (NCPC, art.
499);
• b) quando a obrigação de fazer e não fazer for infungível,
mas o credor se nega a efetuar a prestação;
• c) quando a coisa for deteriorada (ex.: pegar fogo). Nesse
caso, mesmo que o procedimento de cumprimento de
sentença de obrigação específica já tenha sido iniciado,
se, no prazo de entregar a coisa, ela se deteriora, o
magistrado deve determinar um procedimento incidental
liquidatório, com o fim de apurar o valor da coisa antes da
avaria, para, então, converter o procedimento em
cumprimento de sentença para pagamento de quantia. É
uma hipótese de incidente liquidatório fora das daquelas
previstas no capítulo de liquidação de decisão judicial
(NCPC, arts. 509 e seguintes)
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND