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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E EXECUÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER NO NOVO CPC/15 Profa. Fernanda Macedo •Intercâmbio entre o mundo jurídicoe o mundo real; •Processo – fase – atos; •Meios executórios; •“Agir” e“Coagir”; •Relação com asobrigações; •Tipos de execução; Questões gerais sobre a execução civil A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento • Art 785. • O CPC/2015 superou a controvérsia que havia na vigência do CPC/1973 sobre haver interesse processual para demanda de conhecimento mesmo quando o credor já dispõe de título extrajudicial. A lei não explicitou, mas da leitura do art 815 do CPC, se extrai a possibilidade de opção pela ação monitória: se o credor pode optar entre execução e cognição mediante condenação, parece coerente dizer que pode optar entre execução e monitória – que tem igualmente natureza de atividade cognitiva. Obrigações específicas, é permitido ao julgador, de ofício, iniciar a fase executória ( cumprimento de sentença) • Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA • a) A decisão judicial não á recorrida (não há recurso contra a decisão) – há o trânsito em julgado e, a partir do desse momento, há o cumprimento de sentença definitiva. • b) Recurso com efeito suspensivo (ele impede que a decisão impugnada gere seus efeitos, entre ele o da executabilidade). Nessa circunstância não cabe cumprimento de sentença. • c) Recurso sem efeito suspensivo. Se o recurso não tem efeito suspensivo, esse título executivo é executável, cabendo o cumprimento de sentença. Havendo recurso pendente de julgamento, pode haver a reforma ou anulação do título executivo judicial, razão pela qual o cumprimento de sentença será provisório. • Logo, cumprimento provisório de sentença é a execução cabível na pendência de recurso sem efeito suspensivo. O cumprimento provisório da sentença nas obrigações específicas É perfeitamente possível o cumprimento provisório da sentença nas obrigações específicas quando o recurso ofertado não for dotado de efeito suspensivo. Nesse sentido é o disposto no art. 520, §5° do NCPC. Formalização dos autos • Os autos do recurso irão para o Tribunal; os autos do cumprimento de sentença provisória permanecem com o juiz de primeiro grau. • A criação de novos autos (chamados de carta de sentença) incumbe ao exequente, pois a necessidade produz a atividade. O exequente deve atender ao art. 522 do NCPC, sendo que, necessariamente, há o requerimento inicial (forma de dar inicio ao cumprimento de sentença). Na instrução deste requerimento, o exequente deve juntar cópia de peças dos autos principais (incisos do art. 522 NCPC). Alerta-se que o cumprimento provisório só pode ser iniciado com a provocação • O art. 520, §1 é regra que também se aplica às obrigações específicas. Isso porque o magistrado só poderá começar o cumprimento de sentença nas obrigações específicas quando existir decisão transitada em julgado ou nas hipóteses de tutela provisória; do contrário, o requerimento da parte é imprescindível. COMUNICADO CG Nº 438/2016 TJSP Comunicado- 5/04/2016 (Protocolo CPA nº 2015/036348 - SPI) A Corregedoria Geral da Justiça COMUNICA aos Magistrados, Membros do Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradorias, Advogados, Dirigentes de Unidades Judiciais e dos Setores de Protocolo e Servidores em Geral, em atenção ao contido no Provimento CG nº 16/2016, que: (....) 1.2 – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: No portal E-SAJ escolher a opção “Petição Intermediária de 1º Grau”, categoria “Execução de Sentença” e selecionar a classe, conforme o caso: “156 – Cumprimento de Sentença” ou “157 – Cumprimento Provisório de Sentença” ou “12078 – Cumprimento de Sentença Contra a Fazenda Pública”. 1.3 - A Unidade Judicial, ao realizar o cadastro da petição, deverá optar pela tramitação do incidente em apartado, que receberá numeração própria. 2) No cumprimento de sentença deverão ser anexados os documentos mencionados no Provimento CG Nº 16/2016, na seguinte ordem: petição, sentença, acórdão, certidão do trânsito em julgado (se o caso) e documentos pertinentes ao pedido do início da fase executiva; 3) Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias do requerimento de cumprimento de sentença definitivo, a serventia providenciará o arquivamento provisório dos autos físicos, no arquivo geral, com lançamento da movimentação “61612 – Arquivado Provisoriamente – Cumprimento de Sentença Digital”; 4) Finda a fase do “cumprimento de sentença (digital)”, com a satisfação do débito e após o trânsito em julgado da sentença, a Unidade Judicial deverá lançar a certidão de trânsito em julgado (Categoria 13, Modelo 701 - Certidão - Trânsito em Julgado com Baixa - Processo Digital). O sistema se encarregará de baixar o processo, lançando a movimentação “60690 - Trânsito em Julgado às partes - com Baixa”. 5) Posteriormente, no processo principal (físico) e no cumprimento de sentença (digital), a Unidade Judicial deverá: 5.1- PROCESSO PRINCIPAL (FÍSICO): Lançar a movimentação de arquivamento, código “61615 – Arquivado Definitivamente”. 5.2- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (DIGITAL): Lançar a movimentação de arquivamento, código “61615 – Arquivado Definitivamente”. O sistema moverá o processo para a fila de “Arquivados”. Demais orientações estão contidas no manual “Peticionamento Eletrônico Intermediário (Processos Físicos) 1º Grau”, que segue disponibilizado ao final. Obrigação de fazer e não fazer • Na execução da obrigação de fazer e não fazer exige-se um comportamento do devedor. • *dificuldade do legislador em buscar mecanismos que façam com que o direito do credor seja efetivamente satisfeito. Art 816- Prazo para cumprimento da obrigação • O artigo 816 do CPC determina que a realização voluntária da obrigação ocorra em prazo a ser fixado pelo juiz, se outro não houver no título executivo. • Toda execução tem por pressuposto – além do título – o inadimplemento (art. 786). Portanto, quando o credor vem a juízo para promover a execução, o prazo previsto para adimplemento espontâneo já foi superado e não pode mais servir de parâmetro – não ao menos de forma pura e simples – para o juiz. • Do contrário, o juiz estaria a simplesmente dobrar o prazo de que o devedor dispunha para adimplemento da obrigação. Isso quer dizer que o prazo é sempre aquele fixado pelo juiz – exceto se, por alguma improvável razão, as partes tivessem, para além do prazo previsto para o adimplemento, estabelecido um segundo prazo, para ser observado ao ensejo de ordem judicial. • O lapso fixado pelo juiz deve ser proporcional e, para tanto, há que considerar o prazo – convencional ou legal – de que já dispusera o devedor para adimplemento espontâneo da obrigação. Obrigação de fazer fungível (pode ser satisfeita por outros sujeitos além do devedor) • a) astreintes (art. 814, CPC); • b) determinar a realização da obrigação por terceiro (arts. 816 e 817, CPC); • c) determinar a realização da obrigação pelo próprio exequente ou sob a sua supervisão (art. 816, CPC). Obrigação de fazer infungível (só pode ser satisfeita pelo próprio devedor, em razão de suas qualidades pessoais únicas) a) astreintes e outras medidas de pressão psicológica. Astreintes. • Multa por descumprimento de decisão judicial (astreintes): o art. 537, §3º, CPC/15, trata da chamada astreintes, prevendo a possibilidade de essa multa ser passível de cumprimento provisório. Nessesentido, fica superada a orientação do STJ exposta no REsp 1.347.726, segundo a qual não seria admissível o cumprimento provisório da multa diária, uma vez que ela seria baseada em uma mera decisão interlocutória, sendo exigível apenas quando confirmada por decisão definitiva ou o respectivo recurso não for recebido no efeito suspensivo. Astreintes. • Por outro lado, o referido dispositivo prevê também que o valor da multa deverá ser depositado em juízo, podendo ser levantado pelo exequente apenas após o trânsito em julgado da decisão ou na pendência de agravo em recursos especial ou extraordinário. Modificação da multa fixada pelo juiz: • o art. 537, §1º, CPC/15, prevê expressamente a possibilidade de o juiz modificar o valor ou da periodicidade da multa vincenda (isto é, da multa que ainda não tenha incidido). • Sobre as hipóteses nas quais a multa pode ser modificada, o Novo Código prevê também que, além dos casos de insuficiência ou excessividade do valor da multa, poderá haver a modificação quando o obrigado demonstrou cumprimento parcial superveniente da obrigação ou justa causa para o descumprimento (art. 537, §1º, II). LIMITES PARA O VALOR DA MULTA E FIXAÇÃO DE TETO • O valor das astreintes não está limitado ao valor da obrigação principal. Assim,é possível que a multa incida e que o seu valor venha a ultrapassar o valor da obrigação principal. Por sinal, o enunciado 96 da Primeira Jornada de Direito Processual Civil prevê que “Os critérios referidos no caput do art. 537 do CPC devem ser observados no momento da fixação da multa, que não está limitada ao valor da obrigação principal e não pode ter sua exigibilidade postergada para depois do trânsito em julgado”. • A rigor, o que está limitado ao valor da obrigação principal é a cláusula penal. Isso, contudo, se dá em razão de vedação legal, em particular em razão do disposto no art. 421 do Código Civil, in verbis: “o valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal”. LIMITES PARA O VALOR DA MULTA E FIXAÇÃO DE TETO • A jurisprudência tem admitido que o Julgador, ao fixar o valor da multa, desde logo estabeleça um teto para o valor total da incidência daquela. Assim, estabelece-se, por exemplo, uma multa de cem reais por dia, limitada ao valor total de dez mil reais. Sobre a matéria, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que “cabe fixar um teto máximo para a cobrança da multa, pois o total devido a esse título não deve se distanciar do valor da obrigação principal” (AgInt no AREsp 976.921/SC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 09-03-2017, DJe 16/03/2017), sendo também assentado que “Ao limitar o valor máximo do somatório das astreintes, o magistrado intenta evitar o enriquecimento sem causa ou um abuso em seu descumprimento” (AgRg no AREsp 587.760/DF, Rel. Ministro Moura Ribeiro, Terceira Turma, julgado em 18-06-2015, DJe 30-06-2015) Multa vencida pode ser reduzida? • A 2° Turma do TJRS tem sido uníssona em afirmar a impossibilidade de redução de multa vencida , colacionando, inclusive, lição de Marcelo Abelha para ratificar este entendimento, qual seja: • "É importante observar que a possibilidade de o magistrado, fundamentadamente, modificar o valor e a periodicidade da multa, e até mesmo excluí-la nas hipóteses descritas nos incisos do §1.º do art. 537, restringe-se apenas ao que não se referir ao passado, ou seja, apenas a situações vincendas, posto que para o passado já está acobertada pela preclusão, salvo se tiver sido objeto de impugnação recursal da parte. A expressão "modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la" deixa muito claro que não pode o juiz, sob pena de violar a segurança jurídica, mexer a seu bel prazer com a multa, ora colocando, ora tirando, como se fosse um joguete nas suas mãos. Apenas sobre as vincendas é que poderá revogar ou alterar o seu valor ou periodicidade.“ • (Neste sentido: Recurso Cível n° TJ-RS – Recurso Cível 71006033591, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 19/05/2016; TJ-RS – Recurso Cível: 71006156038 RS, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado: 29/09/2016; TJ-RS – Recurso Cível 710059662634, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Luís Francisco Franco, Julgado: 28/07/2016.) • STJ- algumas decisões sobre diminuição de astreintes • AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - INSURGÊNCIA CONTRA O VALOR TOTAL DAS ASTREINTES - REDUÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - COMPORTAMENTO DA DEVEDORA QUE FOI A ÚNICA CAUSA PARA O MONTANTE ALCANÇADO - ESCRITURA OUTORGADA MEDIANTE ORDEM JUDICIAL - JUROS MORATÓRIOS - NÃO INCIDÊNCIA - FIXAÇÃO DO PERIODO DE INCIDÊNCIA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. No caso, verificou-se que não houve justificativa idônea para o não cumprimento da ordem judicial, a não ser a renitência da empresa, razão pela qual não é possível discutir o valor da multa após o descumprimento de ordem por longo período. 2. Certo é que a confrontação entre o valor da multa diária e o valor da obrigação principal não deve servir de parâmetro para aferir a proporcionalidade razoabilidade da sanção. O que se deve levar em consideração nessa situação é a ausência total de disposição da parte devedora em cumprir a determinação judicial.(...) • STJ - AREsp: 1246436 PR 2018/0023392-5, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Publicação: DJ 03/10/2018) STJ- algumas decisões sobre diminuição de astreintes • AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO - ASTREINTES FIXADAS POR DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO JUDICIAL - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO. INSURGÊNCIA DA RÉ. 1. De acordo com a orientação firmada nesta egrégia Corte Superior, o valor fixado a título de astreintes encontra limitações na razoabilidade e proporcionalidade, sendo possível ao juiz, nos termos do § 6º do art. 461 do CPC, "de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva". Isso é possível mesmo na hipótese de execução das astreintes, pois tal instituto, de natureza processual, tem como objetivo compelir o devedor renitente ao cumprimento da obrigação e não aumentar o patrimônio do credor. 2. Tendo em vista que a finalidade da multa é constranger o devedor ao efetivo cumprimento da obrigação de fazer, tal penalidade não pode vir a se tornar mais atraente para o credor do que a própria satisfação do encargo principal, de modo a proporcionar o seu enriquecimento sem causa. 3. O acórdão recorrido, ao reduzir o valor da multa em execução das astreintes de R$ 160.525,38 para R$ 10.000,00, agiu em consonância com o entendimento firmado nesta Corte Superior. 4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp n. 1.371.369/RN. Relator Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, Dje 26/2/2016) 4. Ante o exposto, nego provimento ao agravo em recurso especial. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 12 de setembro de 2018. MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO Relator EXECUÇÃO DO VALOR DA MULTA • A cobrança do valor total da multa deverá ser efetivada por meio do procedimento executivo previsto no art. 523, do Código de Processo Civil, ainda que a fixação das astreintes tenha sido realizada em provimento liminar. • Tal • cumprimento poderá ser feito nos mesmos autos ou caderno processual apartado, valendo mencionar que esta última possibilidade conta com a vantagem de evitar eventual tumulto processual. Não se afigura correta a instauração de processo executivo autônomo porque aquela multa é fixada em decisão judicial, não configurando título executivo extrajudicial, mas sim título judicial, conforme prevê o art. 515, inc. I, do CPC. • Assim, caberá ao credor da multa requerer a intimação do devedor para pagá-la,no prazo de quinze dias, sob pena de, não o fazendo, incidir multa de dez por cento e honorários advocatícios no mesmo percentual (art. 523, §1º, do CPC), podendo o executado opor-se à execução do título judicial por meio de impugnação ao cumprimento de sentença (art. 525 do CPC). TERMO A QUO PARA EXECUÇÃO DA MULTA • Art. 537, §4º, tenha previsto que “A multa será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento da decisão e incidirá enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado”, no §3º daquele mesmo preceptivo estabeleceu que “A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte”. Destinação do valor da multa • o art. 537, §2º, do CPC/15, dispõe que o valor da multa deverá ser destinado integralmente ao exequente. Execução das obrigações de fazer I) Petição Inicial Requisitos do art. 319, CPC Título executivo (sendo sua ausência motivo para que o juiz determine a emenda da petição inicial em 15 dias por se tratar de vício sanável). Não é possível garantir o juízo. II) Citação Para cumprir a obrigação no prazo estabelecido pelo título executivo, e na ausência de indicação de prazo no título, fixado pelo juiz (art. 815, CPC). Possibilidade de fixação de multa pelo atraso no cumprimento da obrigação (art. 814) *O juiz pode modificar o valor da multa prevista no título tanto para maior como para menor, bem como a periodicidade. Posturas do executado após a citação a) embargar a execução- Prazo de 15 dias *possibilidade de concessão de efeito suspensivo. b) cumprir a obrigação no prazo fixado Extinção da execução, salvo cobrança de honorários e custas processuais. c) permanecer inerte III) Prosseguimento da execução Opção pela execução à custa do executado ou a conversão em perdas e danos (art. 816, CPC) *Permite-se que o exequente insista na multa como meio coercitivo psicológico. *Natureza da obrigação – sendo infungível a única saída do exequente será a conversão da execução de fazer em execução por quantia certa. Satisfação à custa do executado *Também se resolverá futuramente em perdas e danos, já que os valores despendidos com o terceiro serão cobrados do executado pelo procedimento do cumprimento de sentença por quantia certa. Art. 817: • Aprovação da proposta pelo juiz (oitiva das partes), o exequente poderá cumprir a obrigação pessoalmente ou por preposto, sob sua direção e vigilância, valendo-se do direito de preferência (art. 820) – somente poderá executar por quantia certa o valor que já tiver adiantado ao executado, acrescido dos prejuízos decorrentes do acréscimo de custo e perdas e danos. *Depósito pelo exequente da quantia prevista (parágrafo único). *Art. 818 • oitiva das partes sobre a prestação realizada (10 dias) • Não impugnação – obrigação satisfeita. • Impugnação – decisão do juiz Obrigação de não fazer • Não existe mora na obrigação de não fazer, considerando-se que, se o dever era de abstenção, a prática do ato por si só importa na inexecução total da obrigação. • *Direito do credor: desfazer o fato ou ser indenizado quando os efeitos forem irremediáveis. • *Tutela jurisdicional reparatória Natureza da obrigação • *permanente (ou contínua) • Permite o retorno ao estado anterior. • Art. 822: Determinação para desfazer o ato no prazo determinado pelo juiz Havendo recusa – requerimento ao juiz para mandar desfazer o ato à custa do executado (devedor responderá por esse ato e também por perdas e danos). *instantânea Impossível o retorno ao estado anterior. Conversão em perdas e danos (art. 823, parágrafo único). Perdas e danos: é possível fazer a conversão das obrigações específicas em perdas e danos nas seguintes situações: • a) por opção do credor, não só em relação às obrigações contidas em título judicial, mas também no que se refere às obrigações fixadas em título extrajudicial (NCPC, art. 499); • b) quando a obrigação de fazer e não fazer for infungível, mas o credor se nega a efetuar a prestação; • c) quando a coisa for deteriorada (ex.: pegar fogo). Nesse caso, mesmo que o procedimento de cumprimento de sentença de obrigação específica já tenha sido iniciado, se, no prazo de entregar a coisa, ela se deteriora, o magistrado deve determinar um procedimento incidental liquidatório, com o fim de apurar o valor da coisa antes da avaria, para, então, converter o procedimento em cumprimento de sentença para pagamento de quantia. É uma hipótese de incidente liquidatório fora das daquelas previstas no capítulo de liquidação de decisão judicial (NCPC, arts. 509 e seguintes) Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND